OPINIÃO

Ano Novo, Feliz ?

Por Renato Cunha Lima

O filósofo Mário Sérgio Cortela certa vez disse: “Retrovisor é menor que parabrisa, porque passado é referência e não direção.”

De fato, o retrovisor é menor que o parabrisa, pois o caminho que você tem a frente é mais importante que o que deixou pra trás. A vida segue e tudo que você tem a decidir é o que fazer com o tempo que lhe é dado.

Contudo, algumas despedidas, destaco, são drásticas e traumáticas, como na história bíblica de Sodoma e Gomorra: Não poderia haver memória; tudo era começo.

Imagine você deixar tudo para trás, sua vida, sua história, sua memória, sua luta, sem direito sequer a um minúsculo retrovisor?

—Não sei vocês, mas essa foi a minha sensação neste réveillon.

Segundo a bíblia, esse foi exatamente o aviso dos anjos para Lot e sua família, que abandonassem Sodoma e Gomorra e deixassem tudo, absolutamente tudo, para trás em rumo a esperança.

Reza a lenda, que a mulher de Lot desobedeceu os alertas dos anjos e castigada se tornou uma pedra de sal, quando olhou para trás. De alguma forma Sodoma e Gomorra não saíram de seu coração.

Agora, em 2023, dizem que a cena se repetirá, como num espelho, no futuro, pelas mesmas razões: depravação (para gozo perdido) e distopia (para desengano de esperanças).

— Vivemos na plenitude da promiscuidade moral e na distopia de aplaudir a desonestidade no poder e de reverenciar instituições que se dizem democráticas quando censuram e perseguem.

A diferença, na profecia atual, está na despedida: Na repetição, as pessoas serão condenadas às memórias, não terão expectativas, planos e esperanças, e, por isso, sairão de costas, sem saber aonde estão indo, e perdendo, pouco a pouco, a visão de onde saíram.

Nesta hipótese, escaparia o Curupira, ícone do folclore brasileiro, que tem os pés para trás ou talvez, uma mulher seja transformada em pedra de açúcar, por tentar olhar para frente, imaginando um fim…


Renato Cunha Lima 
é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

As luzes piscantes de Varsóvia

Por Renato Cunha Lima

Em tempos tirânicos, sempre bacana reviver e aprender com as histórias daqueles que resistiram e venceram a perseguição e a censura.

No começo dos anos 80 – olha que história incrível – os poloneses viviam sob a opressão comunista. Tudo era restrito e monitorado, sobretudo a comunicação e o direito de ir e vir.

Os poloneses tiveram seus passaportes cancelados e durante os primeiros meses da Lei marcial, ninguém podia sequer viajar entre as cidades da Polônia sem a devida autorização do governo.

Cartas sempre eram entregues abertas, amassadas dentro de sacos plásticos e com um carimbo escrito “Censurado”.  Quando alguém discava um número no telefone, uma voz automaticamente avisava, “conversa monitorada”.

Os comunistas assumiram o controle de toda a comunicação, substituíram âncoras e jornalistas dos jornais, rádios, tudo passou a ser monitorado e na TV era comum a transmissão de filmes russos sobre a Segunda Guerra Mundial.

Então começaram a surgir editoriais independentes e clandestinos.  Poloneses passaram a traduzir, imprimir e distribuir várias obras “subversivas” de Alexander Solzhenitsyn, George Orwell, e até mesmo de Murray Rothbard e Ayn Rand.

O melhor veio com o heróico casal Zbigniew e Sofia Romaszewski.  Eles montaram uma estação de rádio clandestina, que constantemente mudava de lugar para não serem pegos pela polícia.

A transmissão era curta, cerca de oito a dez minutos de cada vez, sempre levando uma voz de esperança e notícias que jamais seriam divulgadas na mídia oficial.

Uma certa noite, quando estavam “no ar”, perguntaram se havia alguém ouvindo e pediram para piscarem as luzes de suas residências para mostrar se acreditavam na liberdade.

Zbigniew e Sofia, curiosos e ansiosos, correram para a janela para conferir e durante horas, assistiram toda Varsóvia piscando suas luzes nos apartamentos e casas. Foi a noite mais bela da história de Varsóvia e da Polônia.

Os poloneses descobriram que não estavam sozinhos no sonho e desejo por liberdade. Algum tempo depois o regime comunista caiu e Varsóvia nunca mais teve uma noite nas trevas da tirania.

Quem sabe os brasileiros em breve não façam o mesmo? Toda vez que alguém censurar e cercear liberdades, que as luzes pisquem para nos lembrar que somos muitos dispostos a lutar pela liberdade.

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

“Nem começou”

Por Tota Farache

A expectativa já não era boa, porque o passado já o condenava, mas nem começou e o camarada Lula já mostra para que veio.

Veio para desconstruir tudo que foi feito pelo atual governo, independente dos pontos positivos.

Desrespeitando o equilíbrio fiscal, Lula mostrou um total desequilíbrio.

Voltamos no tempo, aliás, só Lula deve pensar isso, pois suas falas e bravatas são sonhos psicodélicos que remontam os anos 60, que já não encontram eco nem ouvidos numa sociedade globalizada e com visão moderna de administração de qualquer economia.

Nem começou, e Lula já fez a Petrobras perder 20% do seu valor de mercado desde o dia das eleições. Bilhões de reais jogados no lixo, desperdiçando todo um trabalho responsável, sério e austero feito pela companhia petrolífera até então.

Nem começou, e o futuro presidente Lula já escalou para o governo de transição ex-ministros e aliados que já foram presos ou denunciados por corrupção.

Que maravilha, nem começou e já sabemos que Lula está montando um time “de primeira”: uma seleção brasileira no mínimo suspeitíssima, e olha, que o jogo nem começou.

José Dirceu, Guido Mantega, Paulo Bernardo, Paulo Okamotto, entre outros, fazem parte desse “timaço”.

Alguém perguntaria ?

E o povo ?

“O povo que se exploda” como diria Justo veríssimo, personagem do genial Chico Anísio.

Nem começou, mas Lula já consegue rir com um prejuízo de R$ 156 bilhões nas maiores empresas do Ibovespa, e comentar com ironia: “Nunca vi um mercado tão sensível” ainda ridiculariza o líder petista.

Nem começou, e a sua liberdade de expressão pode ser banida do mapa.

Isso mesmo. Exemplos mostram isso diariamente, com contas do twitter, Instagram e outras redes sociais sendo bloqueadas e canceladas aos milhares pelo todo poderoso do TSE. Tempos sombrios apoiado pela ditadura da toga.

Nem começou, e Lula já se reuniu com Alexandre de Moraes (ele mesmo) e ambos já falam “abertamente” no projeto para “regulamentar as plataformas digitais”, forma covarde de denominar a real motivação: censura.

E se você conseguiu chegar até aqui sem se indignar, não tem problema não, muita água ainda vai rolar e, com certeza, vem muito mais por aí, e apesar de todos esses pesadelos que já ocorreram nos últimos 12 dias, é sempre bom lembrar:

Nem começou…

 

Tota Farache é Jornalista e editor do Blog Os Libertários

OPINIÃO

Cale-se agora e cale-se para sempre também

Por Mateus Nacer

É uma pergunta simples: você prefere que a sociedade seja livre, que as pessoas possam fazer o que quiserem, ou prefere uma sociedade de controle, em que deva obedecer a vontades ditatoriais de um líder ou Governo?

Analisando toda a literatura sobre os dois modelos de sociedade (a livre e a ditatorial), podemos ver uma espécie de trindade óbvia sobre as distopias, ou seja, as utopias invertidas – livros que descrevem não um mundo maravilhoso, mas um mundo de censura e controle absoluto da vida.

Dentre as obras mais conhecidas estão 1984, de George Orwell, Laranja Mecânica, de Anthony Burgess, e Admirável Mundo Novo, de Aldous Huxley. Além do óbvio O Processo, de Franz Kafka (imprescindível para os tempos de juristocracia do Brasil).

Resumindo brevemente a ideia dos livros, trata-se da descrição de sociedades que, graças a uma abstração – como a “paz”, a “igualdade”, a “fraternidade” ou o que for -, não permite que as pessoas façam o que desejam; pensem livremente sem interferência, ainda que pensem errado; acreditem no que quiserem; digam qualquer coisa, mesmo a maior bobagem; ajam como quiserem ou trabalhem e criem a riqueza que desejem.

Mas o que isso tem a ver com o Brasil?

Calma, vamos chegar lá!

Nos últimos dias, uma multidão de verde e amarelo tomou as ruas do país, logo após as eleições “limpas” e “seguras” que elegeram um, sou forçado a dizer, “ex-ladrão” e “ex-condenado” em três instâncias.

Mas o que tanto essas pessoas temem?

Por que não aceitam o resultado de um processo “justo”, “constitucional” e “democrático”?

Talvez porque, além de ser responsável pelo maior escândalo de corrupção do país, a ligação de Lula e do PT com ditaduras socialistas causa repulsa e traz consigo medo e insegurança.

Poderíamos estar prestes a viver uma ditadura com requintes de uma distopia?

A Folha de S.Paulo publicou há algumas semanas uma reportagem admitindo que a relação de Lula e do PT com ditaduras é uma “pedra no sapato”, já que o petista “foi próximo ideologicamente de líderes autoritários e firmou parcerias econômicas com regimes socialistas”.

O eufemismo da Folha chega a ser engraçado.

Lula não foi próximo; ele ainda é! E não se trata apenas de parceria econômica, mas de laços ideológicos e de poder.

Lula participou da fundação do Foro de SP com Fidel Castro, com o intuito de “resgatar na América Latina o que se perdeu no Leste Europeu”, ou seja, o comunismo.

Lula sempre idolatrou Fidel, o maior tirano assassino da história do continente.

Até mesmo durante a campanha, quando teve a oportunidade de se afastar um pouco do genocida, Lula insistiu em sua “profunda admiração pelo líder cubano”.

Na Venezuela, Lula gravou vídeos de apoio tanto a Chávez como a Maduro, e disse certa vez que Chávez dirigia uma Ferrari, enquanto ele dirigia um Fusquinha, mas ambos apontando para o mesmo destino.

Gleisi Hoffmann, presidente do PT, sempre defendeu o regime venezuelano abertamente.

Durante seu governo, Lula se aproximou de Ahmadinejad, o responsável à época pela ditadura iraniana. Lula se aproximou do Hamas, grupo terrorista que controla a Faixa de Gaza.

Lula foi ao Gabão e, ao retornar, “brincou” que foi lá “aprender a como ficar quase 40 anos no poder”.

Sem falar que Lula é amigo e diz ter orgulho do seu relacionamento com Daniel Ortega, o ditador da Nicarágua que fecha igrejas e persegue cristãos.

Lula e o PT jamais demonstraram respeito pela democracia. Seu DNA é extremamente autoritário, quiçá totalitário, digno de um “líder supremo” das distopias.

Tanto que o PT sempre tratou adversários como inimigos mortais, não como políticos ou partidos com divergências legítimas e dignas de respeito.

A relação das violações diretas da lei por parte de ministros amigos de Lula é pública e indiscutível.

O STF anulou as quatro ações penais contra o petista, inclusive sua condenação pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, sem qualquer razão séria; alegou erro de endereço no processo, coisa que, pasmem, ninguém notou durante cinco anos e ao longo de três instâncias.

O Tribunal permitiu, com essa trapaça, que Lula fosse candidato nas eleições deste ano sem a absolvição de nenhum de seus crimes.

Recentemente, esses mesmos ministros eliminaram de forma sistemática o direito de livre expressão nas redes sociais. Bloquearam contas bancárias, violaram o sigilo de comunicações e “desmonetizaram” comunicadores de “direita”.

Censuraram a imprensa, em desrespeito direto à Constituição Federal. Mandaram a polícia para cima de apoiadores do presidente da República que mantinham um grupo particular de conversas no WhatsApp.

Lula recebe o apoio excitado de quase toda a mídia, dos advogados de políticos corruptos e de toda essa gente “civilizada” que assinou a “Carta às Brasileiras e Brasileiros em Defesa do Estado Democrático de Direito”.

É um fenômeno nunca antes visto no Brasil ou no mundo: uma carta em favor da democracia que é um manifesto em favor da ditadura.

Isso tudo está sendo feito, segundo os amigos do futuro “líder” do Brasil, para “defender a democracia”.

Violam a lei, suprimem direitos individuais e liquidam as liberdades públicas, mas dizem que fazem essas coisas para salvar o Brasil do “autoritarismo”.

Qualquer semelhança com os livros de Orwell, Burgess, Huxley ou Kafka é mera ilusão causada por nossos olhares “antidemocráticos”. Confia!

E se nossas bocas, num descuido, gritarem por liberdade, nos resta pedir imediatamente ao STF uma mordaça.

Para eles, a voz do povo é um risco para a segurança do processo eleitoral e uma ameaça à democracia.

Vamos todos nos calar em nome do estado democrático de direito! É hora do “novo normal”: calar agora e calar-se para sempre também.

Coloque um esparadrapo na boca, uma mão na consciência e prepare o seu churrasco.

Vai ter picanha!

Mas cuidado, pode ser de cachorro.

Mateus Nácer é Jornalista
OPINIÃO

Quem ganhou o Jogo ?

Por Renato Cunha Lima

A Copa do Mundo do Qatar começa no próximo dia 20 de novembro e embora multidões de pessoas estejam nas ruas do país de verde e amarelo, o interesse não é no futebol de Neymar e companhia, mas no jogo da política, que no Brasil precisa de VAR.

Vou começar discordando totalmente dos colegas de imprensa que estão desqualificando e desmerecendo as multidões nas ruas. Um erro crasso.

O povo nunca erra quando vai às ruas e é preciso sensibilidade para entender o grito da massa e jamais criminalizar idosos, jovens, mulheres e homens que, aos milhões, protestam nas ruas das maiores cidades do país desde o anúncio do resultado das urnas.

Não há quem diga que as eleições presidenciais deste ano foram limpas, não há quem possa negar a censura e a perseguição de um dos lados da disputa, na eleição mais polarizada da história.

O juiz entrou em campo e apareceu mais que os jogadores e pior, vestiu a camisa vermelha de um dos times, que não jogou dentro das quatro linhas.

Imaginem a seleção brasileira roubada na final da Copa do Mundo com o juiz expulsando o camisa 10, anulando o gol e marcando pênalti inexistente para o adversário? Isso aconteceu nas eleições presidenciais no Brasil.

Não acusem os brasileiros que estão nas ruas de golpistas, não os vejam como antidemocráticos, sejam humildes, os escutem e compreendam o que eles dizem e desejam.

“O óbvio dos óbvios. Uma democracia não pode ser instaurada por meios democráticos: para isso ela teria de existir antes de existir. Nem pode, quando moribunda, ser salva por meios democráticos: para isso teria de continuar saudável enquanto vai morrendo.” Olavo de Carvalho.

Será que é possível a arrogância de alguns compreender tamanha verdade?

“O assassino da democracia leva sempre vantagem sobre os defensores dela. Ele vai suprimindo os meios de ação democráticos e, quando alguém tenta salvar a democracia por outros meios — os únicos possíveis –, ele o acusa de antidemocrático.” Olavo de Carvalho

Não é exatamente isso que estamos vivendo?

“É assim que os mais pérfidos inimigos da democracia posam de supremos heróis da vida democrática.” Finalizou o gênio Olavo de Carvalho.

Dificilmente haverá governabilidade e paz para um governo ilegítimo, que não tem apoio real sequer daqueles que o colocaram no poder.

A ampla aliança formada pelo sistema carcomido de poder em torno de Lula perecerá como um castelo de areia na primeira maré cheia. O mar não está para peixe, o mundo não ofertará condições para o velho pão e circo, muito menos para cerveja e picanha.

A Europa enfrentará um inverno rigoroso sem o gás russo em razão da arrastada guerra da Ucrânia. Os americanos deverão eleger um congresso oposicionista ao governo Biden por esses dias e por aí vai, a recessão mundial é praticamente uma certeza e as velhas e ultrapassadas ideias do PT de longe nos servirão para atravessar as crises que vamos enfrentar.

O povo não deixará as ruas, mesmo se frustrada a remota esperança de alguma ação militar, pois a insatisfação é muito mais profunda que o resultado indigesto da urna eletrônica, em uma disputa injusta e repleta de dúvidas e questionamentos.

O povo de verde e amarelo perdeu a crença nas instituições, tem o judiciário como vilão, o Lula como inimigo e ilegítimo presidente, enquanto desconfia de uma traição dos parlamentares eleitos por 30 moedas.

Os soluços de convulsão social serão cada dia mais constantes e a temperatura cada vez mais elevada e no meu entender, com uma escalada cada vez maior de insatisfação, com mais instabilidade e revolta.

Enfim, esse é um jogo sem fim, sem apito final e com diria Jackson do Pandeiro: Esse jogo não é um a um (se o meu time perder tem zum-zum-zum)

O melhor seria termos um novo jogo, uma nova eleição, sem Alexandre de Moraes.  Como? Ninguém sabe e enquanto isso, só o asfalto para acolher a insatisfação popular.

Nas ruas, o povo emana seu poder e deixo aqui meus parabéns para os que lutam. Estes são os verdadeiros heróis desta combalida Nação.

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

“Bolsonaro e Lula frente a frente”

Por Ney Lopes de Souza

Hoje, às 20 horas, na BAND, o penúltimo debate entre os dois candidatos à presidência Lula e Bolsonaro.

O debate, se bem conduzido e aproveitado, é um meio de valorizar a escolha democrática.

Sempre defendi que a legislação eleitoral deveria transformar o horário gratuito em debates permanentes entre os candidatos majoritários.

Isto permitiria ao eleitor conhecer os mais capazes, eliminar a mediocridade dos despreparados, vazios, sem ideias e propostas viáveis.

Cheguei a apresentar projetos de lei – adormecidos na Câmara dos Deputados –, que transformariam parte do horário eleitoral, em debates permanentes.

O tempo seria igual para os candidatos.

A justiça eleitoral coordenaria a escolha dos nomes, seleção dos temas, tudo entregue a uma consultoria jornalística contratada para esse fim, com formato de produção totalmente jornalística (perguntas desafiadoras), visando atrair o interesse do telespectador e do ouvinte.

Os mais famosos debates da História ocorreram nos Estados Unidos.

Em 1858, Abraham Lincoln e Stephen A. Douglas reuniram-se em sete ocasiões, para discutir propostas por três horas.

Anos depois, os debates eram realizados no rádio.

Em 1960, John Kennedy e Richard Nixon protagonizaram o primeiro debate presidencial transmitido pela TV.

Em 1980, Reagan e Carter se enfrentaram também ao vivo.

Kennedy e Reagan ganharam as eleições, em razão de terem sido vitoriosos nos debates.

Em 2010, a Inglaterra inovou com debates de noventa minutos de duração, nas três quintas-feiras anteriores à eleição, todos com recorde de audiência.

Na implantação desse modelo, o resultado final mudou inteiramente o quadro eleitoral previsível, diante do excelente desempenho do líder liberal democrata, Nick Clegg, de 43 anos, que obteve expressiva votação.

Até então, o destaque nas eleições inglesas era dos dois partidos tradicionais – trabalhistas e conservadores.

A inovação engrandeceu a democracia e serviu de experiência para o mundo.

Espera-se que os candidatos Bolsonaro e Lula tenham grandeza no debate de hoje e mostrem os caminhos para um futuro melhor do país.

Se assim não agirem, estarão contribuindo para o enfraquecimento da nossa democracia.

 

Dr Ney Lopes de Souza é advogado, professor titular da UFRN e ex-deputado federal

OPINIÃO

O Fascismo ou a Democracia ?

Por Renato Cunha Lima

O termo fascismo é derivado da palavra em latim “fasces”, que designava um feixe de varas amarradas em volta de um machado, e que foi um símbolo do poder conferido aos magistrados na República Romana de flagelar e decapitar cidadãos desobedientes. Alguma semelhança com os dias de hoje?

O gesto explicito de degola feito pelo ministro Alexandre de Moraes, passando a mão no pescoço, no julgamento que acabou impedindo o presidente da república de realizar transmissões de internet, as conhecidas “lives”, no palácio onde reside, me fez relembrar a origem do termo “FASCISMO”.

Surreal o que estamos vivendo, empresários, jornalistas e ativistas conservadores censurados e perseguidos, enquanto a imprensa brasileira aplaude calada, enquanto no exterior, o maior jornal do mundo, o The New York Times, critica e denuncia o que vem ocorrendo no Brasil.

Estamos as vésperas da eleição mais importante desde a proclamação da República. Não há dúvida disso e vamos para uma eleição extremamente polarizada, onde teremos um candidato com apoio da população, nas ruas e nas redes sociais e do outro lado, um candidato resgatado da cadeia com apoio das principais corporações do país.

Sempre disse que Bolsonaro era o primeiro líder de uma nação na história na condição de oposição, sim, na prática ele nunca foi situação, as corporações nunca engoliram sua eleição e sempre resistiram ao seu poder.

Bolsonaro governa graças a população na rua lhe apoiando contra o sistema, contra à imprensa, contra o judiciário e durante um bom tempo, contra o parlamento.

Agora novamente esses dois mundos se colidem nas urnas. O fascismo brasileiro deseja voltar ao poder, as oligarquias desejam Lula, os artistas, o judiciário, os velhos caciques da política, os banqueiros, a toda poderosa rede Globo e a a mídia em geral.

Outro dia, Lula reuniu numa fotografia diversos ex-candidatos à presidência da República em seu apoio, um retrato do teatro das tesouras que vivemos desde a Constituição de 1988, com os mesmos se revezando no poder, fingindo-se adversários e inimigos.

A eleição de Bolsonaro em 2018 revelou o Brasil real para os brasileiros que se dispuseram a enxergar e ouvir a verdade. Sempre nos roubaram e nos subjugaram de joelhos num país sem liberdades e sem justiça em favor dos mesmos.

No próximo domingo vamos às urnas para escolher entre o Fascismo de Lula e de Alexandre de Moraes e a única chance do país ser realmente democrático nas mãos do nosso tosco e sincero Jair Messias Bolsonaro. Vamos votar!


Renato Cunha Lima 
é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

Vôo Cego !

Por Renato Cunha Lima
O eleitor vai às urnas nas eleições desse ano completamente cego de como vai seu candidato na corrida eleitoral. Tem pesquisa para todo gosto ou seria ao gosto do freguês?
O termo “voo cego” é geralmente usado por pilotos de avião para indicar que ele não consegue ver o solo. Por isso é necessário o uso de instrumentos para voar e aterrissar ou decolar com segurança.
Como o voto é secreto e o ato final de uma corrida eleitoral, as pesquisas eleitorais deveriam servir como instrumentos para os candidatos avaliarem suas estratégias e para o eleitor acompanhar, de forma transparente, o curso da disputa eleitoral e ter confiança no resultado das urnas.
—Agora, e se os instrumentos, no caso as pesquisas forem falhos?
Na prática, as pesquisas eleitorais se tornaram um comércio de peças publicitárias e de fabricação de tendências e cenários em favor do interesse de quem banca o levantamento.
Na disputa polarizada para Presidente da República temos pesquisas com resultados tão discrepantes em favor de um e de outro que, obviamente, alguém está mentindo.
A estatística é uma ciência e não um palpite, uma adivinhação. As pesquisas eleitorais de qualidade utilizam as teorias probabilísticas para possibilitar, dentre outras coisas,  a previsão de fenômenos futuros como são as eleições, mas o que temos no Brasil é um histórico flagrante de erros, bem além da margem aceitável.
Pelos institutos famosos, a ex-presidente Dilma Rousseff estaria ocupando hoje  uma das cadeiras do Senado, mas na urna a petista terminou em quarto lugar, numa disputa em que era considerada a favorita nas pesquisas.
Os erros não são isolados, em 2018 as pesquisas famosas não previram as vitórias de Romeu Zema em Minas Gerais, de Witzel no Rio de Janeiro e durante quase toda a corrida eleitoral as pesquisas previam a derrota de Jair Bolsonaro contra qualquer um que disputasse com ele o segundo turno.
Nas eleições de 2020 novamente erros absurdos no Rio Grande do Sul, no Ceará e em São Paulo. Tudo isso, sem que nada tenha ocorrido com os institutos vendedores de mentiras.
O presidente da câmara dos deputados, Arthur Lira, foi hoje em sua conta no Twitter alertar:
“Nada justifica resultados tão divergentes dos institutos de pesquisas. Alguém está errando ou prestando um desserviço. Urge estabelecer medidas legais que punam os institutos que erram demasiado ou intencionalmente para prejudicar qualquer candidatura.”
Nas eleições que acompanho de perto, no Rio Grande do Norte e Paraíba, a justiça eleitoral vem recorrentemente impugnando pesquisas com algum tipo de vício flagrante, mas nada impede que tenhamos ainda resultados vertiginosamente diferentes.
Analisando algumas pesquisas, verifiquei metodologias diferentes, entre pesquisas presenciais e telefônicas, e saltou aos olhos alguns institutos não seguirem a proporção socioeconômica descrita na última PNAD de 2021, como também não,  a proporção das preferências religiosas.
— Óbvio que isso altera o resultado!
Importante que os eleitores fiquem atentos e que cobrem da justiça eleitoral uma punição para os institutos que errarem muito além do aceitável estatisticamente neste primeiro turno.  Queremos pesquisas sérias, honestas, científicas e não peças para induzir o eleitor.
Faltam poucos dias para a verdade aparecer e não podemos esquecer quem usou da mentira para nos enganar e como em terra de cego, quem tem um olho é rei, abra do olho !
Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor
OPINIÃO

ANALISE: “A entrevista de Ciro Gomes”

Por Ney Lopes de Souza

Ciro Gomes, candidato do PDT à presidência da República, foi o entrevistado de ontem, 23, do Jornal Nacional.

Ele falou durante 29min54s dos 40 minutos de entrevista.

O restante do tempo (10min06s) foi ocupado pelas perguntas dos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcellos.

No dia anterior, Bolsonaro usou 24min37e o restante 15min23s utilizados pelos entrevistadores, que, ao contrário da contundência com que indagaram o presidente, foram cordiais com o pedetista.

Diz-se sempre que Ciro seria o Bolsonaro da centro esquerda, pelo seu temperamento também duro.

Na entrevista do JN, ambos mostraram autocontrole.

A mensagem passada por Ciro foi de extrema competência técnica e política, em relação aos problemas nacionais.

As pessoas podem discordar, mas não podem negar essa evidencia.

Candidato pela quarta vez e professor universitário, demonstra uma didática na exposição do que pensa, com respostas concisas para as grandes questões do país.

Com tempo mínimo no horário gratuito, aproveitou o JN para detalhar algumas ideias e anunciar que colocará  na internet a sua TV,  assim acessada: cirogomes.com.br.

Ciro enfrentou a questão que é pacífica no mundo democrático, mas no Brasil abala a estrutura da avenida Paulista, que é a taxação das grandes fortunas.

Explica dizendo que só 58 mil brasileiros têm um patrimônio superior a R$ 21 milhões, o que quer dizer, que cada super rico no Brasil vai ajudar a financiar, com 50 centavos, apenas, de cada R$ 100 de sua fortuna, a sobrevivência digna de 821 brasileiros abaixo da linha de pobreza, ou seja, aqueles domicílios que as pessoas ganham R$ 417 ou menos por cabeça por mês.

Anunciou   programa de renda mínima no Brasil, a partir de uma reforma da previdência.

Mostrou como atingir esse objetivo, que seria através do BPC, Benefício Prestação Continuado, a aposentadoria rural, o seguro desemprego, e todos os programas de transferência, especialmente o novo Bolsa Família (Auxílio Brasil), que se transformariam num direito previdenciário constitucional, ou seja, ninguém mais vai depender de político A político B.

Será um direito dos mais pobres.

Não se pode negar que o discurso de Ciro tem começo, meio e fim.

Valoriza muito a visão técnica dos problemas, o que talvez dificulte a compreensão da sua mensagem, por aqueles eleitores que decidem a eleição.

Refiro-me aos menos escolarizados, os quais aumentam as chances dos candidatos.

Ciro optou por uma estratégia de permanecer totalmente contra Lula e Bolsonaro.

Apostou nesse caminho.

Isso faz com que ele busque cerca de 10% do eleitorado, que são os eleitores que rejeitam ao mesmo tempo o Lula e o Bolsonaro.

Na prática, Ciro tem mágoa insuperável do PT e grande rejeição ao estilo de Bolsonaro.

O problema é saber se Ciro terá ainda tempo para recuperar-se e chegar no segundo turno.

Ele foi competente na entrevista do JN e usou bem o seu tempo.

Fez propostas, mostrou ideias e preparo intelectual para ser presidente.

Entretanto, ficando entre os dois, que polarizam a eleição, tem dificuldades para passar a sua mensagem, realmente de nível elevado e consistente.

No horário gratuito de rádio e TV não haverá tempo para Ciro.

Ele terá apenas alguns segundos de apresentação.

Um obstáculo quase intransponível para quem tanto o que dizer.

Bolsonaro em 2018 teve 8 segundos e ganhou a eleição.

Naturalmente 2022 é outro contexto totalmente diferente.

Mas, tudo é possível.

Seria bom para o país ver Ciro no segundo turno, com Lula ou Bolsonaro.

O povo brasileiro poderia conhece-lo melhor.

 

Dr Ney Lopes de Souza é advogado, professor titular da UFRN e ex-deputado federal

OPINIÃO

Bebida Alcoólica e voz

Por Renato Cunha Lima

Depois de ouvir a voz do Lula parecendo a voz do Mumm-Ra do ThunderCats fui pesquisar o que pode provocar essa rouquidão na voz de alguém. Advinha? Cachaça! Isso mesmo, bebida alcoólica destilada.

Vejam o que diz a UFMG- Universidade Federal de Minas Gerais, estado conhecido pela grande produção de cachaça:

“O consumo excessivo de bebidas alcoólicas irrita os tecidos da laringe, aumenta o risco de câncer de laringe e a chance do indivíduo realizar abusos vocais.

As bebidas destiladas prejudicam mais agressivamente a saúde vocal, pois agridem mais os tecidos e causam ressecamento de todo o trato vocal.

O consumo excessivo de bebidas alcoólicas aumenta o risco de desenvolver câncer de boca, pregas vocais e esôfago. O uso de bebida e cigarro aumentam o risco de câncer nessas regiões.”

Além de ser “cachaceiro”, Lula foi fumante por muitos anos e já foi acometido de câncer da Laringe em 2011 e as sequelas são nítidas.

Chama atenção a piora na voz, como também, o ex-presidente sempre aparecer portanto uma garrafinha com líquido transparente nos eventos públicos.

Em um dos eventos da pré-campanha percebe-se claramente o desconforto de assessores com a tal garrafinha. Nada que o tenha intimidado a levar a danada da garrafinha por todo canto, inclusive para a posse do Alexandre de Moraes na presidência do TSE.

Recentemente, Lula, ex-condenado e ex-presidiário, criticou a Lei da Ficha Limpa e será que a estrela do PT, também criticaria o bafômetro para quem deseja ser presidente da República?

Ora, faz sentido! Se é proibido o cidadão dirigir alcoolizado um veículo, por que não a Lei Seca, também, para quem deseja dirigir o País?

O negócio está tão brabo, que o escolhido para vice tinha que ser o “Álcool em mim”, ops Alckmin.

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor