Economia, Política

Petrobras vai pagar R$ 21,9 bilhões em dividendos extraordinários

Foto: Fernando Frazão

 

A Petrobras irá distribuir aos acionistas um total de R$ 21,95 bilhões, referente a 50% do valor avaliado para os dividendos extraordinários. A decisão é relativa ao exercício social de 2023. Com as atualizações monetárias desde o dia 31 de dezembro do ano passado, o pagamento está atualmente calculado em R$ 1,7571521 por ação preferencial e ordinária. No entanto, a remuneração se dará em duas parcelas iguais nos meses de maio e de junho e, até as datas dos efetivos repasses, os valores seguirão sendo corrigidos.

Na ocasião, também serão pagos R$ 14,19 bilhões referentes a compromissos assumidos anteriormente pela Petrobras, levando em conta o lucro de 2023 e a fórmula prevista em sua Política de Remuneração aos Acionistas. Dessa forma, considerando todos os repasses, atualmente os valores somam R$ 2,8949567 por ação preferencial e ordinária, sendo que cada uma das duas parcelas equivale neste momento a R$ 1,44747835. As atualizações, que seguirão sendo realizadas até o efetivo pagamento, têm como base a taxa Selic.

A decisão foi aprovada nesta quinta-feira (25) durante assembleia geral ordinária, que voltou a deliberar sobre a remuneração aos acionistas relativa ao exercício social de 2023. Até o mês passado, já haviam sido pagos R$ 58,21 bilhões. Com os novos repasses que serão realizados, a remuneração total chegará a R$ 94,35 bilhões.

Um impasse envolvendo o pagamento dos dividendos extraordinários na Petrobras vinha se arrastando desde março, quando foi anunciado o resultado financeiro da companhia em 2023 com um lucro líquido de R$ 124,6 bilhões, o segundo maior de sua história. Na ocasião, o Conselho de Administração da Petrobras, composto majoritariamente por representantes da União indicados pelo governo brasileiro, comunicou que faria a retenção dos dividendos extraordinários, avaliados R$ 43,9 bilhões.

A decisão de reter esse montante foi tomada devido à previsão de novos investimentos. Embora a diretoria da companhia houvesse sugerido distribuir 50% dos valores, o Conselho de Administração avaliou que seria necessário examinar melhor os cenários e demandou análises mais detalhadas, postergando o pagamento desses recursos para outro momento.

Conforme o Estatuto da Petrobras, anualmente os acionistas têm direito de repartir dividendos mínimos correspondentes a 25% do lucro líquido ajustado. Valores que superam esse percentual são considerados dividendos extraordinários, cujo repasse não é obrigatório.

A retenção dos valores anunciados em março teve repercussão nas ações da Petrobras, que despencaram cerca de 10% em apenas um dia. Especialistas em economia e mercado de petróleo apontaram a queda como resultado de um movimento especulativo voltado para pressionar pelo pagamento dos dividendos de forma imediata, estimulado principalmente por acionistas com interesses de curto prazo. A crise também alcançou a esfera política, levando o governo a ser questionado sobre a permanência no cargo do presidente da Petrobras, Jean Paul Prates.

Na Petrobras, a discussão interna foi retomada na última reunião do Conselho de Administração, ocorrida na sexta-feira (19). Considerando o aumento do preço do barril do petróleo, calculou-se que a capacidade de financiamento dos projetos da Petrobras subiu de 65% para 85%. Com base nesse cenário, o Conselho de Administração voltou atrás e deu aval para que a diretoria encaminhasse à Assembleia Geral Ordinária a proposta de pagamento dos dividendos extraordinários em 50%.

Conforme o calendário de pagamento previsto, a primeira parcela deverá ser repassada no dia 20 de maio para os detentores de ações da Petrobras negociadas na B3, a bolsa de valores brasileira. Já quem possui American Depositary Receipts (ADRs), certificados de ações negociados nos Estados Unidos, será remunerado no dia 28 de maio. A segunda parcela está agendada para 20 de junho para os acionistas com títulos na B3 e para 27 de junho para os detentores de ADRs.

Economia

Profissionais liberais de 18 áreas terão direito a alíquota reduzida em novos impostos

 

O primeiro projeto de regulamentação da reforma tributária, apresentado nesta quarta-feira (24) pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, prevê redução de 30% na alíquota geral do Imposto sobre Bens e Serviços (IBS) e na Contribuição Social sobre Bens e Serviços (CBS) para alguns profissionais liberais.

São 18 atividades de natureza científica, literária ou artística, que estão submetidas à fiscalização por conselho profissional:

Administradores
Advogados
Arquitetos e urbanistas
Assistentes sociais
Bibliotecários
Biólogos
Contabilistas
Economistas
Economistas domésticos
Profissionais de educação física
Engenheiros e agrônomos
Estatísticos
Médicos veterinários e zootecnistas
Museólogos
Químicos
Profissionais de relações públicas
Técnicos industriais
Considerando a alíquota média de 26,5% projetada para os novos tributos, a prestação de serviços realizada por esses profissionais estaria sujeita a uma tributação de 18,55%.

A redução de 30% se aplica à prestação de serviços realizada por pessoas físicas, desde que os serviços prestados estejam vinculados à habilitação dos profissionais.

Para as pessoas jurídicas, as exigências são maiores:

Os sócios devem ter habilitações profissionais diretamente relacionadas com os objetivos da sociedade e devem estar submetidos à fiscalização de conselho profissional.
Não podem ter pessoas jurídicas como sócio.
Não podem ser sócias de outra pessoa jurídica.
Não podem exercer atividade diferente das habilitações profissionais dos sócios e os serviços relacionados à atividade-fim devem ser prestados diretamente pelos sócios. É possível que esses sejam ajudados por auxiliares ou outros colaboradores.
Segundo o projeto de lei complementar, o objetivo desses requisitos é assegurar a vinculação direta entre os serviços prestados e a habilitação profissional dos prestadores de serviços.

Serviços de saúde e de educação estarão sujeitos à alíquota reduzida de 60%, o que fará com que eles sejam tributados em 10,6%.

Deu na Gazeta do Povo

Economia

INSS inicia pagamento antecipado da primeira parcela do 13º no RN

Foto: Ramylle Freitas

 

O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS)começou, nesta quarta-feira (24), a realizar o pagamento de abril que virá com crédito de antecipação da primeira parcela do 13º salário para aposentados, beneficiários de auxílios e pensionistas. No Rio Grande do Norte, 534.756 mil pessoas serão beneficiadas até o dia 8 de maio, que será paga conforme o dígito final do Número de Inscrição Social (NIS). Segurados com renda mensal acima do piso nacional terão seus pagamentos creditados a partir de 2 de maio.

A folha de pagamentos de abril do Regime Geral de Previdência Social (RGPS), que paga aposentadorias, pensões e auxílios no RN, é de R$ 899,6 milhões, somada aos R$ 439,9 milhões destinados ao pagamento da primeira parcela do 13º salário. Já o pagamento de benefícios assistenciais do mês de abril será de R$ 161,6 milhões.

Seguindo o cronograma, a partir desta quarta-feira (24), os beneficiários poderão consultar o extrato de pagamento para verificar quanto vão receber.

Número do benefício

A primeira parcela antecipada corresponde a 50% do valor total do abono anual e não incidem descontos, como Imposto de Renda, que serão cobrados apenas na segunda parcela, programada para ser paga entre o final de maio e o início de junho. Para saber a data do pagamento basta ver o número final do cartão de benefício, sem considerar o último dígito verificador, que aparece depois do traço.

Como conferir

Para quem não tem acesso à internet, basta ligar para a Central 135. Ao ligar, informe o número do CPF e confirme algumas informações cadastrais, de forma a evitar fraudes. O atendimento está disponível de segunda-feira a sábado, das 7h às 22h.

Os segurados que têm acesso à web podem acessar o site Meu INSS (https://meu.inss.gov.br/). Após fazer o login na tela inicial clique no serviço de “Extrato de Pagamento”. É possível ter acesso ao extrato e todos os detalhes sobre o pagamento do benefício.

A consulta também pode ser feita pelo aplicativo Meu INSS, disponível para aparelhos com sistemas Android e iOS. Assim como no acesso pelo site, de início, é necessário fazer login e senha. Depois disso, todos os serviços disponíveis e o histórico das informações do beneficiário serão listados.

Quem tem direito

O 13º salário é destinado a aposentados, pensionistas e pessoas que receberam benefícios temporários, como auxílio por incapacidade temporária e auxílio-reclusão. No entanto, o valor é proporcional ao tempo de recebimento do benefício.

As beneficiárias de salário-maternidade têm direito ao 13º proporcional. No entanto, ele é pago junto com a última parcela do benefício. Já as pessoas que recebem o Benefício de Prestação Continuada (BPC) ao idoso e à pessoa com deficiência não têm direito ao abono.

Deu no Novo Notícias

Economia

Dividendos da Petrobras devem render R$ 6 bilhões aos cofres públicos

Foto: Fernando Frazão

Os dividendos da Petrobras podem render até R$ 6 bilhões aos cofres públicos. Por ser o acionista majoritário da empresa, a Uniãotem direito a receber uma parcela de 28,67% em relação ao que for distribuído pela companhia. O valor total de dividendos extras da petrolífera é de R$ 43,9 bilhões e, com a distribuição de 50% desse valor, estima-se que cerca de R$ 21,9 bilhões devem ser repassados aos acionistas. De acordo com a avaliação do conselho de administração da Petrobras, não haveria impactos negativos para a empresa por conta da melhora dos preços do mercado internacional.

Na última sexta (19), o Conselho de Administração da Petrobras definiu o pagamento de metade do valor de dividendos extraordinários que haviam sido totalmente retidos. Com a distribuição, o governo vai ter uma parcela significativa dos recursos. Caso seja aprovada, a pauta seria uma vitória para a equipe econômica do ministro da Fazenda, Fernando Haddad. A próxima assembleia dos acionistas vai acontecer na próxima quinta-feira (25), para definir efetivamente a distribuição.

Deu na JP News

Economia

Dois anos após sancionado, Plano Diretor de Natal atrai R$ 1,8 bilhão

Bairros como Tirol, Petrópolis, Capim Macio, Areia Preta, Neópolis e Ponta Negra são os que mais estão sentindo impacto do PDN | FOTO: ADRIANO ABREU

 

Passados dois anos da sanção do Novo Plano Diretor de Natal, a capital potiguar já começa a colher frutos após as modificações nas regras de uso e ocupação do solo, uma vez que a revisão anterior havia acontecido em 2007. Entre os impactos, já são 61 grandes empreendimentos licenciados, que podem gerar um Valor Geral de Vendas (VGV) na ordem de R$ 1,8 bilhão. Há ainda cerca de 40 projetos em análise na Secretaria de Meio Ambiente e Urbanismo de Natal (Semurb). Além disso, a Prefeitura estima outros três projetos de lei para este ano visando agregar e impulsionar ainda mais o novo Plano Diretor.

Entre os principais bairros que já sentiram os impactos das mudanças estão Tirol, Petrópolis, Capim Macio, Areia Preta, Neópolis, Ponta Negra, Pajuçara, Planalto, Lagoa Nova, Dix-Sept Rosado, Barro Vermelho, Guarapes e Redinha, com lançamentos e projetos já em execução por parte das incorporadoras. Segundo a Semurb, são empreendimentos que vão desde a construção de novos hotéis, flats, apartamentos, condomínios horizontais e verticais e lojas comerciais. Em média, cada empreendimento gera em torno de 200 a 250 empregos de maneira direta, sem contar nos indiretos.

Segundo um levantamento feito pela Dois A Engenharia, a arrecadação tributária em Natal chega a crescer 20 vezes com a construção/finalização de um prédio, isso se considerar impostos como ISS, ITIV e IPTU. O secretário de Meio Ambiente e Urbanismo Thiago Mesquita diz que esses dois primeiros anos superaram as expectativas. “Já emitimos mais de 60 alvarás de construção que representam um investimento da ordem de R$ 1,8 bilhão em VGV da iniciativa privada. Isso é uma das vantagens do Plano Diretor. Percebemos que se criou um clima em Natal de uma cidade que tem segurança jurídica e transparência para quem vai investir”, explica.

Segundo diz, cada um desses projetos gera 250 empregos, fora os indiretos. “Estamos falando de 15 mil empregos na construção civil. Não é só uma transformação econômica, não é só uma mudança de Natal ser uma referência em investimentos imobiliários, mas também transformação social”, ressalta.

Sérgio Azevedo, do Sinduscon/RN, ressalta importância de ter infraestrutura em diferentes bairros | FOTO: ADRIANO ABREU

O presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Rio Grande do Norte (Sinduscon-RN), Sérgio Azevedo, aponta que “o Plano Diretor foi um divisor de águas para o mercado imobiliário e para a população de Natal”. “Começamos a ver empreendimentos extremamente modernos e preocupados com a gentileza urbana e aproveitar áreas em Natal que já tinham toda uma infraestrutura de saúde, segurança e transporte que eram impossíveis de se construir com o plano ultrapassado que tínhamos”, avalia.

Ele destaca que é preciso incentivar o mesmo crescimento em mais bairros. “Não adianta ficar focado só em Tirol e Petrópolis. Tivemos crescimento em Capim macio, temos oportunidades na zona Norte, mas precisa-se de outros investimentos do Poder Público para melhorar a mobilidade e o saneamento básico. O que precisa melhorar é dotar Natal de uma melhor infraestrutura para que essas outras áreas possam vir a ser exploradas”, acrescenta Azevedo.

Cidade com novos empreendimentos imobiliários

O mercado imobiliário de Natal prepara lançamentos e já tem dado andamento para novos empreendimentos com as recentes regras em vigor do Plano Diretor. Um desses casos é da Dois A Engenharia, que prepara lançamento para 2024 e já tem obras em andamento para um prédio em Petrópolis, nas imediações da Praça Pedro Velho, o Jardins do Potengi, lançado no ano passado. O empreendimento terá 66 apartamentos e será de uso misto, com área comercial inclusa.

“Avaliamos esses dois anos de sanção do Plano como um sucesso e bastante entusiasmo. É perceptível a movimentação de novos empreendimentos imobiliários que vão gerar emprego, renda e receita para o município”, explica Gustavo Pinheiro, diretor de incorporações da Dois. Ele diz que a empresa tem outros dois projetos em desenvolvimento para Natal. “Era um dos bairros com índice básico de 1.2 e que agora pode chegar a 2.5 de gabarito, viabilizando esse novo conceito e projeto”, pontua.

Outro caso é um empreendimento da Moura Dubeux, o Trairi 517, lançado recentemente no bairro de Petropólis, com 37 pavimentos e 72 apartamentos, tendo 2.525m² no total. Outro projeto é o Mood Parque das Dunas, em Capim Macio. A gerente da empresa, Fabiana Moreira, diz que as mudanças no PDN trouxeram mais atratividade para o mercado, que estava tímido. “Até o plano anterior, as normas eram mais engessadas, o que não trazia essa atratividade para o mercado imobiliário que já tinha passado por um momento ruim. Temos mais empreendimentos que estão sendo desenvolvidos e com lançamento para ainda em 2024”, revela a executiva.

O diretor da Abreu Imóveis, Ricardo Abreu, também avalia que a nova legislação tem contribuído. “Hoje vejo que o Plano está atendendo uma boa parte do que a cidade precisa, que é essa energia mais forte para atrair pessoas e empresas que queiram empreender um edifício em Natal”, declara.

Para o presidente do Sindicato da Habitação do RN (Secovi-RN), Renato Gomes Netto, a expectativa é de que o movimento de crescimento siga nos próximos anos. “Essas construtoras estão soltando os projetos gradativamente que estão licenciados e os que estão próximos. A expectativa é boa, acho que o PDN cumpriu o papel inicial, mas acreditamos que em 2024 e 2025 o mercado vai estar bem delineado com quais caminhos vai tomar”, sugere Gomes Netto.

Código de Obras pode impulsionar mais crescimento

Segundo avaliação do presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil no Rio Grande do Norte (Sinduscon), Sérgio Azevedo, o novo Código de Obras que será apreciado pela Câmara Municipal poderá impulsionar ainda mais o desenvolvimento da cidade. “O Código de Obras é uma ferramenta extremamente importante para que possamos usar o Plano Diretor em sua plenitude, uma vez que algumas regras do PDN ficaram para serem reguladas por meio dessa outra lei que regula pontos como estacionamentos, área de varanda, entre outros aspectos”, ressalta.

É a mesma visão do diretor de incorporações da Dois A, Gustavo Pinheiro. “O Código de Obras dará mais incentivo para desenvolvimento de nossa cidade. Ele muda configurações internas, regras, premissas e requisitos que precisam ser seguidos, como dimensão dos cômodos, por exemplo”, diz.

Segundo o titular da Semurb, Thiago Mesquita, além do Código de Obras, dois outros projetos devem ser enviados à Câmara Municipal ainda este ano para complementar as mudanças do Plano Diretor: a regulamentação das Áreas Especiais de Interesse Turístico e Paisagístico, de Ponta Negra à Redinha; e a lei de unificação das zonas de Proteção Ambiental de Natal. “Teremos uma lei única que vai unificar as 10 ZPAs de Natal para padronizar as subzonas de uso restrito, conservação e preservação e facilitará não só a consulta, mas melhorar as prescrições para áreas de uso restrito desde que se invista em tecnologias de sustentabilidade. Tudo isso vai trazer possibilidade de crescimento e investimentos”, acrescenta, relembrando que a Via Costeira, por exemplo, já possui quatro consultas prévias de pequenos empreendimentos, uma das novidades trazidas pelo PDN.

A Lei Complementar 208/2022, que atualizou o Plano Diretor de Natal, foi aprovada em 23 de dezembro de 2021 após debates com órgãos, associações e entidades da sociedade civil e na Câmara Municipal, sendo sancionado pelo prefeito Álvaro Dias em 7 de março de 2022.

Outra lei recém sancionada foi a de Transferência de Potencial Construtivo, que consiste na permissão para o proprietário de um imóvel urbano transferir seu potencial construtivo não utilizado, que por força de lei, é afetado por restrição imposta pelo Poder público, a outro imóvel que possa receber esse potencial.

Deu na Tribuna do Norte

Economia, Política

Deputado Nelter Queiroz cobra solução paliativa para ponte rompida na BR-304

Foto: Eduardo Maia

Os prejuízos causados à população dos municípios de Lajes, Angicos, Caiçara dos Rio dos Ventos, Riachuelo, Santa Maria, Fernando Pedrosa, Assu, Santana do Matos e Mossoró, com o rompimento de uma ponte na BR-304, em Lajes, no dia 31 de março, pautaram o discurso do deputado Nelter Queiroz (PSDB) nesta quinta-feira (18), na Assembleia Legislativa. O parlamentar se mostrou preocupado e solidário aos moradores e comerciantes das cidades impactadas com a demora para reconstrução da ponte e do desvio que vai possibilitar a volta do tráfego pela estrada.

“É lamentável que seja necessário tanto tempo para encontrar uma solução para um problema que aflige tanta gente e que representa prejuízos para tantas cidades e até para o Estado”, lamentou Nelter.

O deputado relembrou episódio parecido ocorrido em 2022, na BR 101, entre Natal e Extremoz. “Naquela época o Governo Federal convocou o exército que imediatamente instalou uma ponte temporária, resolvendo o problema em tempo recorde. A solução para essa problemática existe e pode ser feita rapidamente, diminuindo o prejuízo para os moradores e comerciantes”, cobrou ele.
 

Economia

Até onde vai a arrancada do dólar, que já bateu em R$ 5,21

Ainda não está claro para economistas e agentes do mercado em qual patamar o dólarvai se acomodar a partir de agora, depois de sucessivas valorizações registradas na semana passada e nesta segunda-feira (10/4). Na avaliação de Emerson Marçal, professor da Escola de Economia de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV EESP), porém, um fato é claro: “A moeda americana abaixo de R$ 5,00 já não será uma realidade para o curto prazo”, diz.

O dólar já vinha numa tendência de alta nas últimas semanas, quando avançou sobre a casa dos R$ 5,00, em 28 de março. Deu um passo além quando alcançou R$ 5,12, na sexta-feira (12/4). Nesta segunda-feira (15/4), porém, houve uma nova mudança de nível. A cotação bateu em R$ 5,21, embora tenha caído na sequência do pregão para R$ 5,18.

Alavancas

Tamanha volatilidade tem origem de fontes variadas. Nesta segunda, por exemplo, duas alavancas atuaram para valorizar a moeda americana em relação ao real. Uma delas foi o acirramento do conflito no Oriente Médio, com o ataque do Irã a Israel, no sábado (13/4).

Se o confronto ganhar fôlego, o preço do petróleo vai subir, o que alterará de forma expressiva o arranjo de preços globais e, por conseguinte, as perspectivas de inflação no mundo. Esse cenário exerce pressão sobre o dólar, valorizando-o.

Juros americanos

Em paralelo, houve a divulgação nesta segunda-feira de dados sobre o desempenho do varejo nos Estados Unidos. Em março, as vendas do setor subiram 0,7%, ante uma expectativa de crescimento de 0,3%. O resultado mostra que a economia americana segue aquecida, o que diminui a perspectiva de queda dos juros no curto prazo no país.

As taxas altas nos EUA aumentam o interesse dos investidores por títulos do Tesouro americano. Em contrapartida, reduzem a atratividade de ativos de renda variável, com maior risco, como as ações negociadas nas bolsas de valores, principalmente em países emergentes. O dólar também sofre pressão de alta nesse processo.

Brasil sofre mais

Para os economistas, até a última semana, a manutenção dos juros elevados nos EUA era o principal fator que vinha puxando a cotação do dólar. A partir de segunda, no entanto, também entraram no jogo as questões do Oriente Médio e a questão da meta fiscal no Brasil.

Nesta segunda, o governo federal confirmou que quer trocar a previsão de um superávit primário (saldo positivo entre despesas e receitas, sem contar despesas com juros da dívida pública) de 0,5% para uma estimativa de meta zero – com eventual déficit de 0,25%.

Com isso, acrescenta Marçal, da FGV EESP, embora o movimento de apreciação do dólar seja comum a todas as moedas, o Brasil acaba “sofrendo um pouco mais”. “Isso porque nossa situação fiscal é complicada e o governo dá sinais que irá postergar o ajuste ao máximo que der”, afirma.

Proteção

Ricardo Teixeira, coordenador do curso de Gestão Financeira da FGV, observa que o aumento das incertezas em torno da economia – quer nacional, quer internacional – também valoriza o dólar. “Isso ocorre porque aumenta a demanda pela moeda americana, uma vez que as pessoas buscam proteção num cenário que parece ameaçador”, afirma.

Na semana passada, o banco Itaú revisou sua projeção para a moeda americana para os próximos anos. Em 2024, ela passou de R$ 4,90 para R$ 5,00 e, para 2025, foi de R$ 5,10 para R$ 5,20. Esse movimento deve ser uma constante nas próximas semanas entre os agentes financeiros.

Deu na Metrópoles

Economia

Brasil tem a 7ª maior inflação do G20 em 12 meses

Foto: Sérgio Lima

 

O Brasil tem a 7ª maior inflação acumulada em 12 meses do G20. O IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) para o período fechou em 3,9%.

A Argentina lidera o ranking entre as nações. Tem inflação acumulada na casa dos 3 dígitos, de 287,9%. A Turquia fica em 2º lugar com 68,5%.

Os outros nomes da lista têm inflação a níveis menores, na casa do 1 dígito. O levantamento para o G20 foi realizado pela agência de risco Austin Rating a pedido do Poder360. O grupo reúne as 19 maiores economias do mundo mais a União Africana e a União Europeia.

Em relação ao fim de 2023, o Brasil manteve a posição de 7º país com a inflação mais alta. Ao fim do ano, a taxa anualizada estava em 4,6% –uma diferença de 0,7 ponto percentual ante a classificação atual.

Os índices de preço são usados para medir a variação dos preços. Ou seja, quanto vale o dinheiro de forma real. Em resumo, um produto que custava R$ 100 passa a custar R$ 110 se a inflação ampla variou em 10% para cima.

INFLAÇÃO NO BRASIL

A inflação do Brasil terminou março em 0,16%. O indicador é medido pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo).

Houve desaceleração em relação a fevereiro, quando a alta dos preços foi de 0,83%. Em março de 2023, o indicador teve variação de 0,71%.

Os dados foram divulgados na 4ª feira (10.abr.2024) pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Deu no Poder 360

Economia

Petrobras anuncia nova descoberta de petróleo na Margem Equatorial

 

A Petrobras descobriu uma acumulação de petróleo em águas ultra profundas da Bacia Potiguar, no poço exploratório Anhangá. O poço está situado próximo à fronteira entre os estados do Ceará e do Rio Grande do Norte, a cerca de 190 km de Fortaleza e 250 km de Natal, em profundidade d’água de 2.196 metros, na Margem Equatorial brasileira.

Esta é a segunda descoberta na Bacia Potiguar em 2024 e foi precedida pela comprovação da presença de hidrocarboneto no Poço Pitu Oeste, localizado na Concessão BM-POT-17, a cerca de 24 km de Anhangá. Tais descobertas ainda merecem avaliações complementares. A Petrobras é a operadora de ambas as concessões e detém 100% de participação.

Segundo a companhia, as atividades exploratórias na Margem Equatorial representam mais um passo no compromisso da Petrobras em buscar a reposição de reservas e o desenvolvimento de novas fronteiras exploratórias que assegurem o atendimento à demanda global de energia durante a transição energética. A nova campanha foi executada em linha com o histórico da Petrobras de excelência e segurança absoluta, sem qualquer incidente.

“A companhia possui um histórico de quase 3 mil poços perfurados em ambiente de águas profundas e ultraprofundas, sem qualquer tipo de intercorrência ou impacto ao meio ambiente, o que, associado à capacidade técnica e experiência acumulada em quase 70 anos, habilitam a companhia a abrir novas fronteiras e lidar com total segurança suas operações na Margem Equatorial” afirmou o presidente da Petrobras Jean Paul Prates.

Poço Exploratório Anhangá
Poço está a cerca de 190 km de Fortaleza e a 250 km de Natal, a 2.196 metros de profundidade

 

 

Além das atividades na Margem Equatorial brasileira, a companhia adquiriu, em 2023, novos blocos na Bacia de Pelotas, no Sul do Brasil, e participações em três blocos exploratórios em São Tomé e Príncipe, país da costa oeste da África.

A constatação de reservatórios turbidíticos de idade Albiana portador de petróleo é inédita na Bacia Potiguar e foi realizada através de perfis elétricos e amostras de óleo, que serão posteriormente caracterizados por meio de análises de laboratório. A Petrobras dará continuidade às atividades exploratórias na Concessão POT-M-762_R15, visando avaliar a qualidade dos reservatórios, as características do óleo e a viabilidade técnico-comercial da acumulação.

Para avaliar as descobertas, a Petrobras aplica soluções tecnológicas de geologia e geofísica, somadas à expertise e excelência do corpo técnico da companhia, bem como sua liderança mundial em operações de águas profundas e ultra profundas.

A estatal diz que a perfuração deste segundo poço exploratório foi igualmente concluída com total segurança, dentro dos mais rigorosos protocolos de operação em águas profundas, reafirmando que a empresa está preparada para realizar com total responsabilidade atividades na Margem Equatorial.

Para obter a licença de perfuração desse poço, a Petrobras realizou uma avaliação pré-operacional (APO), na qual demostrou ao Ibama estar preparada para atuar com segurança na região. Veja aqui vídeo sobre esse exercício simulado de emergência. O sucesso exploratório na Guiana e no Suriname corroboram a importância de a companhia continuar sua campanha nas Bacias da Margem Equatorial brasileira, conforme previsto no seu Plano Estratégico 2024-2028.

“Com o avanço da pesquisa exploratória da Margem Equatorial brasileira, aumentamos o conhecimento desta região, considerada como uma nova e promissora fronteira em águas ultra profundas, que será fundamental para o futuro da companhia, garantindo a oferta de petróleo necessária para o desenvolvimento do país”, afirma o diretor de Exploração e Produção Joelson Mendes.

Investimentos
A Petrobras pretende investir US$ 7,5 bilhões em exploração até 2028, sendo US$ 3,1 bilhões na Margem Equatorial, que se estende do Amapá ao Rio Grande do Norte. Está prevista a perfuração de 50 novos poços exploratórios no período, sendo 16 na região da Margem Equatorial.

Novas reservas de óleo e gás são estratégicas para o país e essenciais para a garantia da segurança e soberania energética nacional, no cenário da transição energética justa. A Petrobras diz que a abertura dessa nova fronteira também está alinhada com o pilar estratégico da companhia em maximizar o valor do portfólio com foco em ativos rentáveis, repor as reservas de petróleo e gás, aumentar a oferta de gás natural e promover a descarbonização das operações.

Caso o Brasil mantenha a demanda de petróleo nos patamares atuais e não sejam incorporadas novas reservas, o país poderá se tornar um importador de petróleo, daí a importância da diversificação energética, garantindo tanto a oferta de petróleo, como também investimentos em novas energias de baixo carbono.

Informações da Agência Petrobras

Economia

Mercado financeiro aumenta projeção de inflação para 2024 e 2025

A projeção de alta do IPCA de 2024 no Relatório Focus, divulgado pelo do Banco Central, foi revisada para 3,76%, um aumento em relação à previsão anterior de 3,75%. Para 2025, a expectativa também subiu, passando de 3,51% para 3,53%. Considerando as últimas 53 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana para 2024 passou de 3,74% para 3,76%. Já para 2025, a projeção aumentou de 3,54% para 3,60%. A projeção para 2026 permanece em 3,50% pela 40ª semana consecutiva, seguindo a reancoragem parcial destacada pelo BC. No horizonte mais longo, de 2027, a estimativa também se manteve em 3,50% por 40 semanas. As estimativas do Relatório Focus continuam acima do centro da meta para a inflação, que é de 3%. O IPCA de 2023 fechou em 4,62%, abaixo do teto da meta de 4,75%, evitando o estouro do objetivo perseguido pela autoridade monetária pelo terceiro ano consecutivo. O Copom (Comitê de Política Monetária) divulgou em março projeções de 3,5% para o IPCA de 2024 e 3,2% para 2025, mantendo as mesmas previsões das reuniões anteriores, em dezembro e janeiro.

O cenário para o câmbio brasileiro se manteve estável. A estimativa para 2024 permaneceu em R$ 4,95, enquanto, para 2025, a mediana continuou em R$ 5,00 pela 13ª semana consecutiva.A projeção anual de câmbio no Focus agora é calculada com base na média para a taxa em dezembro, visando maior precisão nas projeções do mercado financeiro, diferente do método anterior, que considerava o valor projetado para o último dia útil de cada ano até 2020. A estimativa para a Selic no encerramento de 2024 se manteve em 9% ao ano pela 15ª semana consecutiva. Nos últimos cinco dias úteis, a mediana para o fim de 2024 também se manteve em 9,00% ao ano, considerando apenas 45 respostas.

Em março, o Copom reduziu a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual, para 10,75% ao ano, marcando o sexto corte consecutivo. O colegiado indicou que o ritmo de redução de 0,50 ponto percentual continua sendo o mais adequado para a próxima reunião. Para o fim de 2025, a projeção da Selic no Relatório de Mercado Focus permaneceu em 8,50% pela 18ª semana consecutiva. Considerando apenas as respostas dos últimos cinco dias úteis, a mediana para o encerramento de 2025 aumentou de 8,50% ao ano para 8,75%. As projeções para 2026 e 2027 permaneceram estáveis em 8,50% ao ano, sendo a 36ª semana consecutiva para 2026 e a 35ª semana para 2027.

Deu na JP News