Ciências, Curiosidade

Conheça o ‘Cometa do Diabo’, três vezes maior que o Everest e que se aproxima da Terra

Conhecido como 12P/Pons-Brooks ou Cometa do Diabo, o seu corpo sofreu duas fraturas internas nos últimos quatro meses, devido a duas explosões. Como resultado, o objeto perdeu uma quantidade significativa de poeira e gelo, levando ao aparecimento de estruturas que lhe valeram o nome de “cometa do diabo”.

Este cometa periódico do tipo Halley foi descoberto pela primeira vez por Jean-Louis Pons em 12 de julho de 1812 e depois redescoberto independentemente por William Robert Brooks em 1883.

 

 

Tendo em conta a composição do núcleo do cometa, os astrônomos classificam-no como um criovulcão – ou vulcão frio. Tem um núcleo sólido, com um diâmetro estimado de 30 km, e está cheio de uma mistura de gelo, poeira e gás conhecida como criomagma. O núcleo está rodeado por uma nuvem difusa de gás chamada coma, que se desprende do interior do cometa.

Quando a radiação solar aquece o interior do cometa, a pressão aumenta e o cometa explode violentamente, lançando as suas entranhas geladas para o espaço através de grandes fendas do núcleo.

Outro fato que tem repercutido muito é o de este corpo celeste ter três vezes o tamanho do Monte Evereste, a montanha mais alta do nosso planeta, com quase nove quilômetros.

Quando é que será visto perto da Terra?

Segundo o Live Science, o cometa atingirá o seu ponto mais próximo da Terra no domingo, dia 21 de abril de 2024. Nessa data, o objeto astronômico poderá ser visto sem a necessidade de instrumentos especializados. Depois, regressará ao Sistema Solar exterior.

Este cometa deverá tornar-se visível nos dias próximos ao eclipse solar total, em abril, do próximo ano.

No entanto, e uma vez que o brilho do cometa pode ser imprevisível, não há garantia de que seja visível, e os observadores poderão ter de utilizar binóculos ou telescópios para o ver. Contudo, a combinação do eclipse solar total com a passagem de um cometa potencialmente brilhante, é um evento astronómico imperdível.

Os cientistas recomendam que se aproveite esta oportunidade para o ver, uma vez que o tempo da sua órbita à volta do Sol é de 71 anos. Segundo os cálculos dos especialistas, só poderá voltar a ser visto em 2095.

Por fim, embora o nome possa assustar-nos e as suas dimensões e proximidade da Terra nos façam pensar o pior, a verdade é que os cientistas não preveem qualquer tipo de risco no próximo encontro entre o nosso planeta e este cometa.

Deu no Tempo

Ciências

Natal e Parnamirim terão programação especial para observar o eclipse anelar

 

O Rio Grande do Norte será um dos únicos estados do país em que será possível contemplar o Eclipse Solar Anelar, uma borda fina da estrela, ao redor da silhueta lunar, que acontecerá neste sábado (14). O Parque da Cidade, em Natal, e o Centro Cultural Trampolim da Vitória, em Parnamirim, divulgaram uma programação especial para observação do fenômeno.

Na capital potiguar, alguns horários relevantes incluem o início da parcialidade às 15h29, o início do anel (anularidade) às 16h43, a anularidade máxima às 16h45 e o fim da anularidade às 16h47. Recomenda-se, para a observação, uso de vidro de soldador 14, encontrado em lojas de materiais de construção e de ferramentas.
No Parque da Cidade, a programação acontece na Praça de Eventos, em frente ao prédio da administração, sendo gratuita e aberta ao público. Começa às 14h indo até às 18h30, abrangendo diversos momentos-chave do eclipse. A entrada é gratuita.
Estão incluídas atividades pedagógicas explicando aspectos da dinâmica do sistema Sol-Terra-Lua e do que será observado no eclipse, bem como atividades culturais, como danças circulares dos povos, roda de capoeira, e apresentação musical. Após a finalização do eclipse, será feito um breve reconhecimento do céu noturno e uma última atração cultural encerrará o encontro, às 18h30.
Enquanto isso, no Centro Cultural Trampolim da Vitória (CCTV), localizado no antigo Aeroporto Augusto Severo, a programação inicia às 10h com estandes e oficinas. A entrada é gratuita. A partir das 15h, o público terá acesso a parte interna da base área (pista de estacionamento das aeronaves) para observação do eclipse. A Agência Espacial Brasileira (AEB) deverá distribuir óculos com filtros especiais.
Confira a programação dos estandes no CCTV, de 10h às 14h:
Sessões de Planetário (Equipe CVT-E / IFRN);
Oficina “Cubesats lab” (Equipe CVT-E / IFRN);
Estande “Meninas no Espaço” (Equipe Meninas no Espaço);
Estande #VejoCiênciaEmTodosOsLugares (Equipe Clube de Ciência – IFRN);
Oficina “Programa GLOBE” (Equipe AEB);
Estande “Elipses na Astronomia” e “Caravana Espacial” (Equipe Cometa Nordestino/Caravana Espacial/UFRN);
Estande “AEB” (Equipe AEB/URRN);
Estande “BANT” (Equipe BANT);
Oficina “Astrofotografia” (Equipe IFRN – Campus Central);

CiênciBus/Parque das Ciências (Equipe IFRN – Campus Central).

Informações da Tribuna do Norte
Ciências, Saúde

Spray nasal contra a depressão promete reduzir sintomas em 8 semanas

Imagem de capa para Spray nasal contra a depressão promete reduzir sintomas em 8 semanas
O estudo sobre o spray nasal contra depressão foi publicado na revista científica The New England Journal of Medicine e apresentado no 36º Congresso de Neuropsiquiatria de Barcelona, na Espanha.

 

Esperança contra a depressão. Novos testes com um spray nasal, anunciado no começo do ano, mostram que o medicamento pode reduzir os sintomas do transtorno em oito semanas (dois meses) e estabilizar o quadro após oito meses.

O estudo, publicado na revista científica The New England Journal of Medicine e apresentado no 36º Congresso de Neuropsiquiatria de Barcelona, na Espanha, sugere combinar o uso do spray nasal com medicamentos tradicionais para quem sofre de depressão resistente ao tratamento (DRT).

Esse novo spray nasal de escetamina deve ser prescrito pelo psiquiatra, que verificará a dosagem correta para cada caso.

Como funciona

O funcionamento do spray nasal para depressão resistente ao tratamento é direto nos receptores de glutamato N-metil-D-aspartato (NMDA).

A medicação é à base de escetamina dosada com a quetiapina de forma flexível.

Esses elementos químicos presentes no remédio ajudam a restaurar as conexões sinápticas em células cerebrais de pessoas que sofrem de depressão.

De acordo com os estudos, é maior o benefício e tolerância ao spray nasal em comparação a outros medicamentos tradicionais.

A melhora dos pacientes testados foi observada de forma gradual, apresentando equilíbrio maior na 8ª semana e com manutenção, confirmada, após a 32ª semana – oito meses de tratamento.

Pesquisadores entusiasmados

O professor de psiquiatria e medicina psicossomática e psicoterapia do Hospital Universitário de Frankfurt, da Universidade Goethe, na Alemanha, Andreas Reif, demonstrou entusiasmo com o spray nasal.

“A escetamina é uma nova arma em nosso arsenal”, ressaltou Andreas, lembrando que a doença atinge 20% a 30% das pessoas que sofrem de depressão.

E acrescentou: “Sabemos que o spray nasal de escetamina é eficaz na DRT. No entanto, até agora, havia apenas ensaios controlados por placebo, além do tratamento antidepressivo contínuo”.

Os testes

Para examinar os efeitos do spray, foram aplicados testes em 675 voluntários que sofrem depressão resistente e, desta vez, sem o uso paralelo de placebo.

O que se observou foi parte da remissão da doença.

O estudo foi aplicado em pacientes em 171 locais em 24 países. A ideia era observar também as influências do ambiente e questões paralelas.

Depressão

Em todo o mundo, estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram com esse transtorno.

A depressão tem origem bastante complexa, pode ser orgânica, genética ou circunstancial. Para especialistas, um conjunto de fatores influencia como genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos.

É um mal que influencia em pequenos atos do dia a dia, como dificuldades para trabalhar, dormir, estudar e até comer.

Especialistas afirmam que nem todas as pessoas com transtornos depressivos apresentam os mesmos sintomas. É importante buscar ajuda médica e de psicólogos.

E, antes de buscar o spray nasal, é preciso conversar com o médico e examinar se o novo medicamento é adequado.

O resumo da pesquisa pode ser visto aqui

 

Deu no Só notícia boa

Ciências, Saúde

Inglaterra lançará a primeira injeção mundial administrada em sete minutos para tratar câncer

 

O NHS (Serviço Nacional de Saúde) do Reino Unido será o primeiro órgão no mundo a oferecer uma injeção que trata o câncer a centenas de pacientes na Inglaterra, o que pode reduzir o tempo de tratamento em até três quartos, segundo informações da agência Reuters.

Após a aprovação da Agência Reguladora de Medicamentos e Produtos de Saúde (MHRA, na sigla em inglês), o NHS afirmou na última terça-feira (29) que centenas de pacientes elegíveis tratados com a imunoterapia atezolizumab receberão injeção “sob a pele”, o que liberará mais tempo para as equipes de câncer.

“Essa aprovação não somente nos permitirá oferecer cuidados convenientes e mais rápidos aos nossos pacientes, mas também permitirá que as nossas equipes tratem mais pacientes ao longo do dia”, disse o médico Alexander Martin, oncologista consultor da West Suffolk NHS Foundation Trust.

O NHS informou que o atezolizumabe, também conhecido como Tecentriq, é geralmente administrado aos pacientes por via intravenosa, diretamente nas veias, por gotejamento, o que pode levar cerca de 30 minutos ou até uma hora para alguns pacientes, quando pode ser difícil acessar uma veia.

“Demora aproximadamente sete minutos, em comparação com 30 a 60 minutos para o método atual de infusão intravenosa”, disse Marius Scholtz, diretor médico da empresa responsável pela injeção.

O atezolizumab é um medicamento imunoterápico que capacita o sistema imunológico do próprio paciente a procurar e destruir células cancerígenas. O tratamento é atualmente oferecido por transfusão a pacientes do NHS com diversos tipos de câncer, incluindo pulmão, mama, fígado e bexiga.

O NHS England disse esperar que a maioria dos cerca de 3.600 pacientes que iniciam o tratamento com atezolizumab todos os anos na Inglaterra mude para a injeção que economiza tempo.

No entanto, o serviço de saúde britânico acrescentou que os pacientes que recebem quimioterapia intravenosa em combinação com atezolizumab podem permanecer na transfusão.

Deu no R7

Ciências

Cientistas brasileiros descobrem substância que reverte de vez os cabelos brancos

 

Um avanço recente está chamando a atenção no campo dos cuidados capilares.

Um grupo de cientistas brasileiros descobriu um peptídeo, que reverte de vez o problema dos cabelos brancos.

A descoberta foi patenteada e ja está disponível para comercialização.

Resultados de ensaios pré-clínicos e clínicos sugeriram que o peptídeo “Drone Grey Over”, como foi batizado, pode reverter a coloração dos cabelos grisalhos através do estímulo dos melanócitos no bulbo capilar, resultando na produção de melanina. Esse processo oferece a promessa de uma re-pigmentação segura e eficaz.

De acordo Guilherme Ferreira, um dos cientistas por trás do desenvolvimento do produto, o objetivo é fornecer uma solução que vá além da coloração superficial, visando a raiz do problema.

“Essa abordagem mais abrangente pretende oferecer uma maneira confiável e eficaz para combater os cabelos grisalhos, elevando a autoestima dos indivíduos”, descreveu.

O que é o peptídeo

Os peptídeos são formados por aminoácidos que estão unidos por ligações peptídicas. Um peptídeo pode ser formado por dois ou mais aminoácidos, sendo chamado de polipeptídeo quando muitos aminoácidos estão formando sua estrutura.

Apresentam uma grande diversidade de papéis biológicos, como a função de hormônio. A insulina, por exemplo, é um hormônio polipeptídico produzido no pâncreas, o qual é responsável por garantir a entrada da glicose nas células, diminuindo a quantidade de glicose no sangue.

No caso do Drone Grey Over, além das propriedades de coloração, o peptídeo também parece apresentar efeitos antienvelhecimento ao retardar a despigmentação dos fios.

Testes clínicos demonstraram que não somente reduz a densidade dos cabelos grisalhos, mas também influencia positivamente a vitalidade e autoestima dos indivíduos.

A pesquisa

O peptídeo foi meticulosamente desenvolvido pela equipe de pesquisadores da Glia Innovation, que patenteou a sequência exclusiva.

Com base em ensaios pré-clínicos e clínicos rigorosos, comprovou-se que ele é altamente eficiente em reverter cabelos grisalhos.

A ação revolucionária da substância reativa o processo de melanogênese, estimulando os melanócitos do bulbo capilar a produzirem melanina novamente, resultando na re-pigmentação dos fios grisalhos de maneira eficaz e segura.

Comercialização

A startup brasileira já disponibilizou o peptídeo para as empresas de cosméticos que tenham interesse em desenvolver um produto comercializável.

“Estamos entusiasmados em apresentar o Drone Grey Over como uma solução inovadora para a reversão de cabelos grisalhos. Nossa equipe dedicada de pesquisadores trabalhou incansavelmente para trazer essa inovação ao mercado, e estamos confiantes de que ele estabelecerá um novo padrão na indústria cosmética”, disse Guilherme Ferreira, sócio proprietário e cientista da empresada Glia Innovation, em entrevista ao Só Notícia Boa.

Deu no Só notícia boa

 

Ciências, Pesquisa

Pesquisa potiguar explora potencial de cacto para tratamento contra o diabetes mellitus

 

Um grupo de pesquisa do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia da Universidade Potiguar (PPGB/UnP) explorou o potencial de uma espécie de cacto para tratamento contra o diabetes mellitus.

A iniciativa resultou em uma publicação na Peer Review, uma das revistas mais renomadas em estudos científicos, com a mais alta classificação (Qualis A3) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

Coordenado pela professora doutora Heryka Ramalho, envolvendo alunos de iniciação científica, uma egressa do mestrado e dois alunos de doutorado, o estudo objetivou a realização da prospecção tecnológica do Opuntia fícus-indica, cactáceo presente na Caatinga do Rio Grande do Norte, tendo em vista o poder farmacológico desse vegetal.

A docente reforça que tem incentivado os seus orientandos a realizarem investigação das prospecções tecnológicas de espécies vegetais no respectivo bioma, como forma de incentivá-los a pensarem no desenvolvimento tecnológico para o território potiguar e outros lugares do Brasil.

“Esse despertar pode estimular os mais diversos setores e às regiões do país à pesquisa e a produção patentária, ato que pode levar a redução por consequência de pobrezas e desigualdades, melhorar a qualidade de vida e gerir impactos ambientais, além de permitir a progressão científica e tecnológica das nossas pesquisas e, consequentemente, dos nossos estudantes”, explica a Heryka Ramalho.

O artigo ‘Prospecção tecnológica de Opuntia ficus-indica: um estudo relacionado ao tratamento de diabetes mellitus’ pode ser acesso on-line, através do link: https://peerw.org/index.php/journals/article/view/584/404.

Ciências, Mundo

Nasa divulga foto inédita dos anéis de Saturno

 

A Nasa divulgou uma imagem inédita dos anéis de Saturno, na sexta-feira 30. De acordo com a agência espacial, o telescópio espacial James Webb fez o registro, em 25 de junho.

Para obter a foto, os astrônomos usaram uma câmera com infravermelho capaz de enxergar o que o olho humano não consegue. A iniciativa faz parte do programa Webb Guaranteed Time Observation 1247, que busca aprofundar as pesquisas sobre o planeta.

“Os anéis de Saturno são compostos de uma série de fragmentos rochosos e gelados”, explicou a Nasa. “As partículas variam em tamanho, desde menores que um grão de areia até algumas tão grandes quanto montanhas na Terra.” Além dos anéis, outros destaques da foto são três das 146 luas de Saturno: Enceladus, Dione e Tethys.

Elemento ‘vital’ foi descoberto em lua de Saturno

Cientistas descobriram o fósforo, elemento essencial para o surgimento da vida, em grãos de gelo ejetados por Encélado — uma das luas de Saturno. O estudo foi publicado na revista científica Nature, em 14 de junho.

“É a primeira vez que este elemento foi descoberto em um oceano além da Terra”, disse o líder do estudo, Frank Postberg, em entrevista à revista Nature. O fósforo é um bloco de construção do DNA, que forma os cromossomos e carrega informações genéticas.

Presente nos ossos de mamíferos, membranas celulares e nos plânctons, o fósforo também é uma parte fundamental das moléculas transportadoras de energia presentes em toda a vida na Terra. Sem esse elemento, não seria possível haver vida neste planeta.

Deu na Oeste

Ciências, Mundo

‘Rosquinha’ achada em Marte intriga cientistas

 

 

Durante uma expedição em Marte em 23 de junho, o roverPerseverance, da Nasa, fotografou uma pedra em formato semelhante a uma “rosquinha”. A imagem intrigou cientistas.

De acordo com o portal de astronomia Space.com, a tonalidade diferente sugere que o achado veio de fora do Planeta Vermelho.

A teoria é apoiada pelo Instituto Seti, uma organização sem fins lucrativos de pesquisa sobre inteligência extraterrestre. Tom Pierson e Jill Tarter são os responsáveis pela construção da instituição, em 1984, que já teve Carl Sagan entre seus membros.

 

 

Possível origem da “rosquinha de Marte”

Segundo o Seti, o “donut marciano” provavelmente veio de um grande meteorito. A Nasa, contudo, não confirmou a teoria.

O Space.com também apoiou essa suposição e relembrou que o roverjá detectou um possível meteorito algumas semanas antes de o Perseverance pousar em Marte, em fevereiro de 2021.

O Curiosity, antecessor do Perseverance, também havia descoberto uma série de rochas espaciais no planeta vermelho, depois de seu pouso, em agosto de 2012.

Cientistas continuam as discussões sobre a rocha.

Deu na Oeste

Ciências, Educação

Habitat Marte: Interior do Rio Grande do Norte tem instalação que simula ambiente marciano

 

O sertão do Rio Grande do Norte, localizado no Brasil, abriga uma instalação única que atrai viajantes de todo o mundo: o Habitat Marte. Criado em 2017 pelo professor Julio Rezende, docente de engenharia industrial da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e coordenador da estação, o projeto tem como objetivo simular missões marcianas.

Localizado na pequena cidade de Caiçara do Rio do Vento, que possui uma população de 3.268 habitantes, de acordo com o mais recente Censo do IBGE, o Habitat Marte foi inspirado nas atividades da Mars Society, uma ONG americana que há décadas promove a exploração do planeta vermelho e realiza missões análogas em sua Estação de Pesquisa Desértica de Marte (MDRS), localizada em Utah, nos Estados Unidos.

Desde dezembro de 2017, o Habitat Marte já concluiu 112 missões simuladas, com a participação de mais de 600 pessoas de 39 países diferentes. A instalação conta com painéis solares, tratamento de esgoto e produção de alimentos, o que a torna um ambiente autossustentável. Além disso, os conhecimentos adquiridos no local têm aplicação prática para comunidades na Terra, bem como para aqueles interessados em tecnologias sociais, combate à fome e à pobreza.

Recentemente, o centro teve um projeto aprovado em um edital do programa federal Centelha, que visa promover o empreendedorismo inovador. Além disso, recebe recursos da Finep (Financiadora de Estudos e Projetos), do Sebrae-RN (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) e do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico).

Segundo Rezende, o projeto aprovado no edital contribuirá para o desenvolvimento de experimentos relacionados à produção de alimentos em ambientes controlados, utilizando técnicas como estufas, aquaponia e hidroponia.

O Habitat Marte está em constante expansão. Recentemente, foi instalada uma piscina chamada Infrastructure for Underwater Extravehicular Activity, que permite a realização de experimentos relacionados à fisiologia e à psicologia. Além disso, um segundo habitat, chamado Lava Cave Habitat, foi construído em uma formação rochosa para simular tubos de lava em Marte. No segundo semestre, está prevista a construção do Lunar Green Analog Habitat, conhecido como Lugah, que será o primeiro complexo de simulação espacial do mundo, segundo Rezende.

Deu no Portal 96

Ciências, Saúde

Taurina, elixir da vida, pode aumentar longevidade em 12% e retardar envelhecimento

Imagem de capa para Taurina, elixir da vida, pode aumentar longevidade em 12% e retardar envelhecimento

 

Já ouviu falar da Taurina, o “elixir da vida”? Pesquisadores dos Estados Unidos confirmaram que ela pode aumentar a longevidade saudável em 12% e retardar o envelhecimento.

A substância é encontrada em diversos alimentos como, peixe, frango e peru, além de ser produzida pelo nosso próprio corpo, mas vai diminuindo à medida em que a pessoa envelhece. O uso contribui ainda para perda saudável de peso, fortalecimento do sistema imunológico e redução da ansiedade e depressão.

O estudo é de pesquisadores da Universidade de Columbia (EUA), que conseguiram ótimos resultados em testes com camundongos e macacos. “Percebemos que, se a taurina está regulando todos esses processos que diminuem com a idade, talvez os níveis de taurina na corrente sanguínea afetem a saúde geral e a expectativa de vida”, disse o coordenador do estudo, Vijay Yadav, que pretende agora retardar o envelhecimento em humanos.

“Elixir da vida”

Se uma molécula pode impulsionar o envelhecimento, significa rejuvenescer, ou seja, retardar o processo de velhice, aumentando o tempo de saúde do paciente. É aí que a taurina entra!

Vijay Yadav, em uma antiga pesquisa sobre osteoporose, descobriu que o suplemento está ligado à construção óssea e outros processos, como obesidade, função imunológica e funções do sistema nervoso.

“Este estudo sugere que a taurina pode ser um elixir da vida dentro de nós que nos ajuda a viver vidas mais longas e saudáveis”, disse o coordenador.

Taurina diminui no corpo com a idade

Para comprovar a tese, de que a taurina pode retardar o envelhecimento e aumentar a expectativa de vida, os pesquisadores usaram camundongos, macacos e pessoas.

Ao analisar a corrente sanguínea desses três, eles descobriram que à medida que a idade avança, o nível de taurina diminui.

Quando comparado um indivíduo de 60 anos e uma criança de 5, os níveis da substância no sangue das pessoas mais jovens é três vezes mais que um idoso.

Esse foi o passo inicial para os profissionais iniciarem os experimentos.

Camundongos viveram mais

Os 250 camundongos fêmeas e machos de 14 meses de idade foram divididos em dois grupos: um que recebia taurina, outro que era tratado com uma solução de controle, espécie de placebo.

O resultado incrível, veio ao final dos testes. Os camundongos alimentados com taurina tiveram uma expectativa de vida média entre 12% e 10% em machos.

Para os animais, cerca de três a quatro meses extras de vida, equivalentes a sete ou oito anos em humanos.

Mais benefícios

Os especialistas mediram parâmetros de saúde em camundongos, e descobriram que os alimentados com taurina eram muito mais saudáveis que os não tratados.

A taurina diminuiu o ganho de peso, aumentou o gasto de energia, de massa óssea, melhorou a resistência e força muscular, reduziu a ansiedade e promoveu um sistema imunológico mais forte e jovem.

E nos humanos?

A resposta ainda é difícil, mas dois experimentos sugerem que a taurina tem grande potencial na saúde humana.

A equipe de Columbia analisou a relação entre o nível da substância em 12.000 adultos europeus com 60 anos ou mais.

Aquelas pessoas que tinham níveis mais altos de taurina eram mais saudáveis, com menos casos de diabetes tipo 2, níveis menores de obesidade, hipertensão e inflamação.

Já o segundo teste teve foco em níveis de taurina após o exercício físico.

“Não importa o indivíduo, todos aumentaram os níveis de taurina após o exercício, o que sugere que alguns dos benefícios do exercício para a saúde podem vir de um aumento de taurina”, disse o Vijay.

Agora, o coordenador e sua equipe vão em busca de confirmar, em um ensaio clínico randomizado em pessoas, se a taurina realmente traz benefícios à saúde para humanos.

 

Após suplementar camundongos com taurina, Vijay e sua equipe perceberam os benefícios no corpo do animal. Foto: Reprodução/Centro Médico Irving da Universidade de Columbia.
Após suplementar camundongos com taurina, Vijay e sua equipe perceberam os benefícios no corpo do animal. Foto: Reprodução/Centro Médico Irving da Universidade de Columbia.

Informações da Universidade de Columbia