Saúde, Tecnologia

Ferramenta desenvolvida no RN promete revolucionar a comunicação com pacientes em tratamento oncológico

 

Em um avanço significativo para o tratamento e acompanhamento de pacientes oncológicos que recebem quimioterapia ou imunoterapia, foi registrado no Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) um software inovador na forma de aplicativo. Desenvolvido com o intuito de criar um canal direto e eficaz de comunicação entre os profissionais de saúde e os pacientes da Liga Contra o Câncer, em Natal, o aplicativo promete melhorar significativamente a atenção e a qualidade de vida desse público.

 

O projeto é fruto da dissertação de mestrado da enfermeira Alessandra Navarro, sob a orientação do professor doutor Edilmar de Moura, do Programa de Pós-graduação em Biotecnologia da Universidade Potiguar (PPGB/UnP) e coordenador da Liga Contra o Câncer. A iniciativa destaca-se não apenas pela sua aplicabilidade prática, mas também pela integração acadêmica e profissional na busca de soluções inovadoras no tratamento contra o câncer.

 

“Como professor, o nosso papel é estimular, entender, potencializar e ajustar os projetos de acordo com as demandas do mercado. Já a demanda do mercado, neste caso, é facilitar a comunicação do paciente para com a equipe, reduzindo distâncias, sem a necessidade de deslocamento físico e demais custos, mas com a certeza de uma orientação qualificada e que entenda o problema real que precisa ser resolvido. A felicidade da finalização deste projeto é a conexão do ambiente acadêmico com a casa do paciente, trazendo melhor qualidade de vida e diminuindo custos para o paciente, hospital e sistema de saúde”, comemora Edilmar, coordenador da Liga e docente da UnP, integrante do maior e mais inovador ecossistema de qualidade do Brasil: o Ecossistema Ânima.

 

Lacuna

Alessandra Navarro, com sua experiência e dedicação, identificou uma lacuna importante na comunicação entre pacientes e profissionais de saúde, propondo uma solução digital que agora torna-se realidade. “Diante da complexidade da terapia sistêmica oncológica, observamos que o paciente consegue ter uma assistência completa da equipe durante sua presença no ambiente hospitalar para realização de seu tratamento. Nela, existe todo um aparato de profissionais especializados que realizam o tratamento e desenvolvem estratégias de cuidado”, comenta.

 

“Ao retornar para seu domicílio, este paciente poderá sentir a necessidade de manejar as reações adversas, relacionados ao seu tratamento, sem estar no ambiente hospitalar, o que pode deixá-lo fragilizado, necessitando o seu retorno em busca desses cuidados. Desta forma, fizemos um levantamento dos principais eventos adversos da quimioterapia e imunoterapia, e desenvolvemos uma ferramenta com orientações sobre o manejo de reações adversas do tratamento, com o objetivo de minimizar essas reações, possibilitando uma maior adesão ao tratamento e experiência do paciente com mais conforto e segurança. Neste intuito, foi desenvolvido um chatbot. Ao acessá-lo, o paciente pode relatar seus sintomas e obter as informações de como manejá-los em qualquer momento, durante o seu tratamento”, acrescenta a enfermeira mestre formada pelo PPGB/UnP, Alessandra Navarro.

 

A parceria entre o Escritório de Inovação da LIGA e o Instituto Metrópole Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), representado pela professora doutora Anna Gisele Ribeiro e o mestrando Mike Job Santos Pereira da Silva, foi fundamental para o desenvolvimento do aplicativo. Esta colaboração interdisciplinar entre instituições de renome destaca o papel crucial da tecnologia e da inovação no avanço dos cuidados de saúde, especialmente em áreas tão sensíveis e críticas como a oncologia.

 

Características do app

O aplicativo, que em breve estará disponível, além de facilitar a comunicação, visa oferecer suporte contínuo aos pacientes, permitindo o acesso a informações importantes sobre o tratamento, efeitos colaterais e conduta, além de um canal direto para esclarecimento de dúvidas com os profissionais envolvidos em seu tratamento. Com essa ferramenta, espera-se não apenas melhorar a qualidade de vida dos pacientes, mas também otimizar o acompanhamento clínico, permitindo ajustes mais rápidos e precisos nas terapias, conforme necessário.

 

O projeto é um exemplo real de como a interseção entre a saúde e a tecnologia pode trazer benefícios concretos aos pacientes e como a academia, representada pelo Instituto Metrópole Digital da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (IMD/UFRN), pode desempenhar um papel fundamental na inovação dentro do setor de saúde. A iniciativa destaca a importância da pesquisa aplicada e da colaboração entre diferentes especialistas e instituições para o desenvolvimento de soluções que atendam às necessidades emergentes no cuidado ao paciente.

 

Com a implementação deste aplicativo, a Liga Contra o Câncer dá mais um passo importante em direção à modernização de seus serviços, reafirmando seu compromisso não só com o tratamento, mas também com a qualidade de vida de seus pacientes. Este é um marco significativo na produção da Propriedade Intelectual e na jornada contínua para oferecer cuidados de saúde mais compassivos, personalizados e eficientes para aqueles que enfrentam o câncer.

Negócios, Tecnologia

Com 13 novos parques em 2024, RN gera 32% da energia eólica no País

 

Líder na produção de energia eólica no Brasil, o Rio Grande do Norte deu mais um passo para ampliar ainda mais a primeira posição na viabilização de energia limpa no País. O Estado ganhou 13 novos parques eólicos nos dois primeiros meses de 2024, segundo o Mapa das Energias Renováveis do Observatório da Indústria Mais RN, núcleo de planejamento estratégico contínuo da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Norte (Fiern). O número de parques em operação representa um crescimento de 0,45 gW de potênciaativa no Estado. Só em 2023, o RN registrou R$ 22,5 bilhões em investimentos em novos projetos de geração de energia, tanto para fontes eólicas como solares.

O Estado tem 293 parques eólicos em atividade e, no cenário nacional, fica atrás apenas da Bahia, que tem 319 empreendimentos. Mesmo assim, o RN é líder na potência em operação, com 9,43 gW, o que representa quase 32% de toda a geração de energia eólica no País. A plataforma da Fiern aponta ainda que há 91 empreendimentos em desenvolvimento, com 3,58 gW de potência outorgada, que consiste na potência em construção ou ainda não construída.

“A qualidade dos ventos, tanto no litoral do Rio Grande do Norte como em boa parte do interior, tem atraído novos investimentos na geração de energia eólica. Esse crescimento da atividade tem lastro nos 5,5 Gw (on-shore) já contratados para os próximos anos. Isso sem falarmos do potencial de 51 Gw já mapeado para geração da energia eolica off-shore, em fase de aquecimento. Essa liderança mais a vocação natural do Estado têm levado o SENAI/RN, através do Hub de Inovação e Tecnologia (HIT), a liderar diversos projetos nacionais e manter amplo intercâmbio mundial”, aponta o presidente da Fiern, Roberto Serquiz.

Segundo o presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil do RN (Sinduscon-RN), Sérgio Azevedo, o RN possui “qualidades excepcionais para os ventos” e destaca o protagonismo do Estado na área.

“Temos excelentes jazidas de ventos, e na medida que tenhamos capacidade de escoamento, com linhas de transmissão, o RN seguirá sendo o protagonista de produção de energia eólica no Brasil enquanto tivermos área para construir os parques. Nosso problema, em gerando energia, é o escoamento, mas tem que existir a necessidade da demanda. O Brasil precisa retomar o seu crescimento para termos demanda de energia cada vez maior e com isso possamos construir uma maior quantidade de parques para gerar mais energia para suprir essa necessidade”, explica.

Segundo o coordenador de desenvolvimento energético da Secretaria de Desenvolvimento Econômico do RN (Sedec-RN), Hugo Fonseca, a entrada em operação dos novos parques está dentro do cronograma das outorgas recém-contratadas.

“Esses parques que entraram em operação estão obedecendo o cronograma previsto de implantação. Temos uma série de usinas que estão previstas para entrar em operação em 2024, mas esses 13 estão dentro do plano informado à Aneel e, principalmente, para o início da entrada de operação e comercialização desses projetos já junto a ONS. Esses 13 parques estão dentro do universo dos quase 13,1 GW contratados e outorgados que entrarão em operação até o início de 2026”, explica Hugo Fonseca.

“Avaliamos esse crescimento de forma muito positiva, pois cada novo parque significa em media 500 empregos. Além de movimentar toda cadeia produtiva, desde pousadas, casas alugadas de moradores das cidades do entorno, como também movimenta o setor de bares restaurantes, pousadas e a economia das cidades próximas”, disse Max Fonseca, consultor da Associação Potiguar de Energias Renováveis (Aper-RN).

“O RN já é um líder em energias renováveis, pois lidera a produção de energia eólica no Brasil. O fator central é pelo recurso disponível dos ventos da região Nordeste, com destaque para o RN. Aliado a isso é importante ter um governo pensando nas energias renováveis, em atrair investimentos, e a gente tem percebido isso no Estado, com Atlas Eólico, Onshore, Offshore, e agora o hidrogênio e solar. O papel do Estado de dar uma indicação aos investidores faz com que os estudos atraiam mais investimentos”, destacou a presidente da Associação Brasileira de Energia Eólica, Elbia Gannoum.

RN terá 1,97 bilhão para linhas de transmissão

O Rio Grande do Norte vai receber o investimento de R$ 1,97 bilhão por conta do primeiro leilão de transmissão de energias renováveis que vai ocorrer no dia 28 de março, na sede da B3, em São Paulo.
Ao todo, o leilão vai contemplar 15 lotes em 14 estados brasileiros. A previsão é que seja investido cerca de R$ 18,2 bilhões. No leilão deste ano, o Rio Grande do Norte foi contemplado nos Lotes 3 e 4 junto com os estados do Ceará, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Entre os projetos previstos, destaca-se a linha de transmissão de 500kV, entre Ceará-Mirim e João Pessoa (PB), com 198 quilômetros.

O presidente do Sindicato da Indústria Construção Civil do RN (Sinduscon-RN), Sérgio Azevedo, aponta ainda que o desenvolvimento do setor é importante para que o Estado esteja pronto para a demanda de Hidrogênio Verde que se aproxima.

“Acredito na capacidade do RN de gerar essa energia. A vantagem do H2V é que em boa parte das plantas, não em todas, não há necessidade de linhas de transmissão. A produção de energia é para consumo da própria indústria de hidrogênio, para o próprio processo de hidrólise, então esse é um ponto que o RN sai com uma vantagem”, acrescenta Azevedo.

Segundo Hugo Fonseca, coordenador de desenvolvimento energético da Secretaria Estadual de Desenvolvimento Econômico (Sedec), os empreendimentos estão previstos para entrar em operação no ano de 2029. As novas linhas serão integradas ao Sistema Interligado Nacional (SIN) e têm como objetivo principal expandir e fortalecer a rede básica de energia elétrica do estado. “As quatro grandes obras, nos blocos 3 e 4, garantirão a conexão de novos empreendimentos de geração de energia no sistema elétrico nacional”, ressaltou ele.

O leilão deste ano prevê a construção, operação e manutenção de 6.464 quilômetros de linhas de transmissão e 9.200 MVA em capacidade de transformação em todo o país. “A partir do leilão, esses projetos já podem comercializar seus contratos, abrindo margem no sistema elétrico para a conexão de novos empreendimentos”, complementou.

PANORAMA DAS EÓLICAS
293 é o número de parques em operação no RN

9,43 gW é a geração de energia com parques eólicos no Estado

30% é a produção de energia eólica do RN para o Brasil

25,5 GW de potência contratada no Brasil

13 é o número de parques instalados no último bimestre no RN

3,5 gW é a potência contratada no RN

91 empreendimentos estão em construção

3,58 gW é a potência outorgada


Informações: Tribuna do Norte e Fiern/Aneel

Tecnologia

Aprenda como saber se um link é seguro antes de clicar nele

 

Com o aumento dos golpes na internet, surge a preocupação crescente sobre a segurança dos links que encontramos online. Os golpistas têm aprimorado suas táticas, como a utilização de encurtadores de links, tornando mais difícil discernir se um link é seguro ou não.

Além de adotar precauções e verificar os riscos antes de clicar indiscriminadamente, existem ferramentas disponíveis para analisar os endereços. Dessa forma, é possível saber se um link é seguro antes de clicar. Vamos explicar como esses analisadores de links funcionam e listar os cinco melhores para ajudar a enfrentar essa incerteza.

Para verificar a segurança de um link, é possível analisar a URL. Se o protocolo de transferência de hipertexto (HTTP) tiver um “S” no final (HTTPS), significa que o site possui um Certificado de Segurança SSL, indicando que é seguro. Além disso, você pode utilizar uma ferramenta de verificação de links, como a fornecida pelo Google.

Os verificadores de links são ferramentas ou softwares projetados para analisar hiperlinks quebrados em um site ou página da web. Eles ajudam a evitar malware, ataques de phishing, botnets e sites falsos, utilizando bases de dados de listas de bloqueio e serviços de reputação online.

Aqui estão os cinco melhores analisadores de link:

  1. NordVPN: Oferece uma ferramenta gratuita que utiliza um modelo de aprendizagem de máquina para identificar padrões de phishing e sites falsos com alta precisão. Basta acessar o site da NordVPN e inserir o endereço que deseja verificar.
  2. Norton Safeweb: Analisa e classifica os sites para verificar como eles afetam seu dispositivo. Além disso, possui o recurso Link Guard, que oferece proteção contra hiperlinks não seguros.
  3. Google: Oferece uma ferramenta de navegação segura que analisa bilhões de URLs por dia em busca de websites não seguros.
  4. URLVoid: Utiliza bases de dados de listas de bloqueio e serviços de reputação de sites para verificar links inseguros. Também verifica se um domínio está na lista negra por um serviço de lista negra de domínios.
  5. VirusTotal: Analisa arquivos e URLs suspeitas para detectar vírus, worms, cavalos de troia e outros tipos de malware. Utiliza mais de 70 soluções de antivírus diferentes.

 

Essas ferramentas desempenham um papel crucial na proteção contra ameaças cibernéticas, fornecendo uma camada adicional de segurança ao navegar na internet.

Deu no Olhar Digital

Educação, Tecnologia

Metrópole Parque seleciona oito novas empresas para incubadora

 

Oito startups de Tecnologia da Informação (TI) foram selecionadas para participar do programa de incubação do Parque Tecnológico Metrópole Digital (Metrópole Parque). O ingresso é decorrente do último processo seletivo do polo, aberto para empresas interessadas em amadurecimento, expansão e acesso à estrutura física do maior polo de TI do Rio Grande do Norte (RN).

As startups ingressantes respondem por modelos de negócios inovadores em tecnologia e atuam em diferentes segmentos de mercado, como Biotecnologia, E-commerce, Saúde, Recursos Humanos, Comércio, Contabilidade e Internet das Coisas. Com a assinatura do contrato, as oito startups podem iniciar a associação já neste mês, cujo vínculo pode durar de 18 meses (para o programa de pré-incubação) até quatro anos (incubação).

As diferentes modalidades de associação são pensadas para negócios em distintos estágios de amadurecimento. A pré-incubação, por exemplo, é direcionada para startups (ou mesmo projetos) com protótipo funcional com potencial de se tornar um negócio de TI. Já a incubação é voltada para negócios com produtos ou serviços já em fase de comercialização e que almejam ampliar a atuação no mercado.

Em ambos os programas, os empreendedores inseridos na incubadora têm acesso a diferentes benefícios, como assessorias especializadas, capacitações para empreendedores, serviços de comunicação, acesso à Data Center, entre outras vantagens.

“Estamos empolgados com essa parceria, que é um reconhecimento do nosso potencial. No IMD, teremos acesso a uma infraestrutura de ponta e ao conhecimento de especialistas, o que nos permitirá acelerar ainda mais o desenvolvimento e o crescimento da nossa empresa”, comemora Diego Andrade, CEO da Maano, startup especializada em processos empresariais.

Além dessa, outras sete startups marcaram seu ingresso na incubadora. São elas: Microciclo Biotecnologia, EcommerceHub, Exercitium, DOSIFY, Tudo no Alecrim, Strategi e Cactus Soft. A incubadora ainda celebrou a renovação do contrato da HUBBI, empresa do setor automotivo já sediada no Metrópole Parque.

O Metrópole Parque sediará, no dia 8 de março, um evento de boas vindas para as empresas, para tanto comemorar a aprovação como apresentar detalhes sobre a incubadora. O evento deve acontecer às 14h, na sala B206.

Números da incubadora

Com o ingresso dos oito empreendimentos, a incubadora do Metrópole Parque abrange agora um total de 34 startups, atuantes em segmentos diversos – de perfis generalistas até áreas específicas, como Bioinformática.

A participação de empresas de tecnologia em incubadoras como a do Metrópole Parque tem surtido efeitos positivos no mercado de trabalho, especialmente no que diz respeito a postos de emprego. No âmbito do programa, por exemplo, são cerca de 230 profissionais empregados, responsáveis por conduzir negócios que já ultrapassaram a marca de milhões em faturamento.

Junto a elas, outras empresas que não estão associadas à incubadora, mas fazem parte do ecossistema do Metrópole Parque como credenciadas, aumentam esse total de empregos para 2,7 mil postos de trabalho qualificados. Sem contar com as empresas da incubadora, ao todo, são 113 empresas associadas ao polo – quatro delas categorizadas como credenciadas residentes (que não são incubadas, mas estão sediadas fisicamente no IMD).

Até o momento, a incubadora do Parque já atendeu mais de 200 projetos e hoje conta com modelos de associação tanto presencial, quando as empresas funcionam presencialmente na sede do IMD, como remotamente. Além disso, as empresas de tecnologia incubadas no Metrópole Parque são responsáveis por alcançar destaques recorrentes em programas e seleções de nível nacional. Exemplo disso são as premiações no Top Open Startups 2023 e no Startup Awards, além das seleções em editais de fomento, como o Fundeci, Catalisa ICT, entre outros.

Informações do IMD/UFRN

Tecnologia

BYD abre pré-venda do Dolphin Mini: O elétrico mais barato do Brasil

 

O BYD Dolphin Mini, uma das mais esperadas inovações automotivas do ano, está oficialmente em pré-venda. O subcompacto elétrico fez sua estreia pública no Brasil durante o programa Domingão do Huck, transmitido pela TV Globo no último domingo (25). A montadora chinesa também divulgou os detalhes técnicos do veículo, enquanto o preço está programado para ser revelado em 28 de fevereiro.

Aqueles que optarem por adquirir o carro durante a pré-venda, mesmo sem conhecer todos os detalhes, serão beneficiados com uma condição especial. Ao realizar um sinal de R$ 10 mil, esse valor será descontado do preço final. A expectativa é que o BYD Dolphin Mini se posicione como o carro elétrico mais acessível do Brasil, com um preço estimado de R$ 99.800. Considerando o bônus oferecido, os primeiros compradores podem adquirir o modelo por aproximadamente R$ 89.800.

O BYD Dolphin Mini estará disponível em uma única versão de acabamento e oferecerá quatro opções de cores. Foi confirmado que o modelo será inicialmente lançado com capacidade para quatro ocupantes, com uma versão de cinco lugares programada para ser lançada posteriormente.

O veículo é equipado com um motor elétrico dianteiro de 75 cavalos e 180 Nm de torque. Utilizando baterias Blade de LFT com capacidade de 38 KWh, o carro apresenta uma autonomia de 280 km, conforme testes realizados pelo Inmetro.

O processo de carregamento do Dolphin Mini pode ser realizado em Wallbox AC, atingindo uma velocidade de até 6,6 kWh, ou em estações rápidas DC, que permitem um carregamento de até 60 kWh. No segundo caso, a recarga de 10% a 80% da bateria é concluída em aproximadamente 30 minutos.

O veículo elétrico está equipado com seis airbags (frontais, laterais e de cortina), faróis e lanternas com guias de LED, direção elétrica com ajuste de altura e profundidade, e controle de velocidade de cruzeiro (sem função adaptativa ou ACC).

O Dolphin Mini apresenta a conhecida central multimídia da BYD, com uma tela giratória de 10,1 polegadas, compatibilidade com Android Auto e Apple CarPlay, navegador GPS e Spotify nativos, além de um quadro de instrumentos digital de 7 polegadas. O carro também inclui carregador de celular por indução, rodas de liga leve aro 16 e sistema de freios a disco nas quatro rodas, juntamente com um freio de estacionamento eletrônico.

Esses recursos, muitos dos quais são incomuns em veículos com preços até R$ 100 mil no Brasil, tornam o Dolphin Mini uma opção atraente. Se o preço, com o bônus limitado a 3 mil unidades, permanecer em R$ 89,8 mil, o veículo se destaca como uma escolha proporcionalmente mais acessível do que modelos mais básicos, como Citroën C3 ou Volkswagen Polo.

Em termos de design e dimensões, o Dolphin Mini faz parte da linha de design “Ocean” da BYD, compartilhada com o Dolphin e Seal, mas apresenta uma abordagem mais esportiva. Os recortes dos faróis e sua integração ao capô inclinado conferem ao veículo um visual agressivo. Na parte traseira, o design segue a mesma linguagem estilística, com destaque para a lanterna alongada sobre a tampa do porta-malas, que se ilumina ao acionar o freio. Linhas elegantes se estendem pelas laterais, evidenciando vincos que partem das rodas dianteiras e elevam a linha de cintura das portas traseiras.

Com 3,78 metros de comprimento, 1,71 de largura e 1,58 metros de altura, o Dolphin Mini possui uma distância entre-eixos de 2,50 metros, superando modelos como o Fiat Mobi e Renault Kwid. Com um peso de 1.568 kg e altura do solo de 110 mm, o veículo destaca sua vocação urbana, embora o porta-malas com capacidade de 230 litros seja mais restrito em termos de espaço.

Informações da CNN

Polícia, Tecnologia

Violações no ambiente virtual crescem 24% no RN

 

O uso indiscriminado do espaço virtual, o acesso prematuro às plataformas digitais e o amadurecimento de estratégias por abusadores integram uma cadeia que ameaça a vida de crianças e adolescentes: a exploração sexual na internet. Em quatro anos, segundo o Painel de Dados da Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos, o número de violações sexuais contra esse público na internet cresceu 24% no Rio Grande do Norte. Em 2020, foram 25 casos notificados pelo levantamento. Já em 2023, o número passou para 31. As denúncias, por sua vez, não apresentaram crescimento expressivo, saindo de 19 para 20. O crime, conforme apontam fontes ouvidas pela reportagem, também é perpassado pela subnotificação.

A nível nacional, por sua vez, as queixas de imagens de abuso e exploração sexual infantil na internet bateram recorde em 2023. Ao todo, como mostra um levantamento da Safernet, organização que atua no recebimento de denúncias anônimas contra os direitos humanos e encaminha as ocorrências às autoridades, foram 71.867 notificações em todo o Brasil. O número é o maior desde o início da série histórica iniciada em 2006.

O professor Anderson Lanzillo, do Departamento de Direito Privado da UFRN, esclarece que a exploração sexual contra crianças e adolescentes na internet acompanha as complexidades que marcam a evolução das transformações digitais. Isso significa que, se antes os conteúdos circulavam em sua forma física, hoje eles estão disseminados em páginas na internet e nas redes sociais. Em muitos casos, as violações também acontecem a partir de transmissões em tempo real a partir de lives.

O docente avalia que essas possibilidades, dada sua capacidade de expansão, resultam em um perigo maior de exposição às vítimas. Isso porque tratam-se de espaços utilizados na comunicação cotidiana da sociedade, como é o caso do Instagram e Facebook, onde a presença de crianças e adolescentes é uma realidade. “Dentro dessa lógica, a exploração sexual não apenas com a exposição de material pornográfico, mas como prática que define as formas de exploração, também acompanhou isso”, complementa.

 

O procurador de Justiça, Manoel Onofre Neto, tem uma perspectiva semelhante e chama atenção para outro detalhe: o modus operandi dos abusadores. Longe de ser um processo instantâneo, ele esclarece que os criminosos tendem a criar conexões com familiares da vítima e estabelecer contatos gradualmente até obter a confiança da criança/adolescente para que envie fotos íntimas. A partir disso, se tem início as tentativas de encontros presenciais e as ameaças em casos de negativas. Tudo isso, favorecido por um perfil falso, no qual os violadores se escondem atrás de imagens de jovens com idades correspondentes ao das vítimas.

O contexto é apenas um dos vários desafios gerados pelo ‘submundo da internet’, apontado pela professora Ana Paula Felizardo, docente de Direito na UFRN. Para ela, os crimes contra grupos vulneráveis estão sendo intensificados. “Muitas vezes, os servidores onde as fotos de uma pronografia foram depositadas são de outros países. Então, o fenômeno da violência sexual contra crianças e adolescentes vai acompanhar as mudanças e práticas sociais”, afirma. Nas palavras dela, a exploração é como um ‘caminhão descontrolado’ que exige a criação de contenção para proteger a infância e adolescência da população.

Regulamentação
Face ao panorama de crescimento das violações virtuais, a legislação e as decisões jurídicas estão em evolução. Embora o Marco Civil da internet, instituído pela Lei 12.965/2014, estabeleça parâmetros para regular a grande rede, a regulação ainda carrega uma lógica que olha para o ambiente virtual com foco na conexão entre pessoas. É o que avalia Anderson Lanzillo, chamando atenção para uma problemática: o dispositivo para remoção de conteúdo.

O motivo é o fato do texto atribuir aos produtores de conteúdo a remoção de materiais da internet apenas sob ordem judicial. Por conta disso, uma das principais discussões está em promover uma responsabilização direta às plataformas digitais, o que teve maior repercussão no país a partir do “PL das Fake News”. Nos tribunais judiciais, por outro lado, entendimentos da jurisprudência avançam para interromper a veiculação de materiais de exploração sexual contra menores.

“Diante desse cenário, o que a nossa jurisprudência evoluiu – houve decisão recente em 2023 – é de fazer uma exceção quando envolve crianças e adolescentes. [O objetivo] é obrigar a remoção mesmo sem ordem judicial porque se trata de direitos indisponíveis, de um público que tem um tratamento especial. Então, há hoje um avanço no entendimento dos nossos tribunais”, explica Anderson Lanzillo.

Uma outra interpretação importante se refere a abuso sexual contra vulneráveis. Manoel Onofre Neto esclarece que os tribunais já entendem que pode ocorrer estupro na modalidade virtual. “Se antigamente o estupro era compreendido como algo físico, como a penetração ou ato lascivo como apalpar os seios, hoje é pacífico na jurisprudência de que pode ocorrer estupro virtual e já houve condenações aqui no Rio Grande do Norte”, complementa. Um exemplo desses crimes são simulações de atos sexuais a partir de video-chamadas.

Aritculações do MPRN e políticas públicas

O procurador Manoel Onofre Neto avalia que a prevenção é a principal medida que deve ser trabalhada no combate à exploração sexual contra crianças e adolescentes na internet. Nesse processo, o MPRN vem desenvolvendo um trabalho de articulação em rede, ao lado da Prefeitura de Natal , Cedeca Casa Renascer e UFRN para implementar a Lei 637/22 que prevê a instituição do programa “Escola que Cuida” nas escolas da capital potiguar.

A iniciativa foi inspirada no trabalho desenvolvido pelo Cedeca Casa Renascer, voltado ao enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescente no Rio Grande do Norte, e já alcançou 30 escolas desde 2005. Gilliard Laurentino, psicólogo na Organização, esclarece que o trabalho funciona por meio da capacitação de pelo menos quatro professores de cada escola que, posteriormente, ficam responsáveis por turmas de alunos para orientar sobre a autoproteção. Em 2023, um grupo de trabalho foi criado para promover o avanço do projeto como política pública a partir da Lei 633/22, mas a iniciativa ainda aguarda previsão orçamentária pela Prefeitura.

Na esfera estadual, por outro lado, um projeto de lei que cria a semana da educação tecnológica e digital foi aprovado pelo Governo do RN. Juliana Silva, coordenadora da Coordenadoria de Promoção e Defesa dos Direitos Humanos (CPDH) do Estado, esclarece que a finalidade é não apenas instruir as crianças e adolescentes sobre as modalidades de violação, mas também ensinar os mecanismos de denúncias e formas de se resguardar. “Dentro do ambiente virtual, nós temos uma dificuldade ainda maior de [conscientizar] porque é necessário uma ação de educação sobre a tecnologia”, argumenta.

Se, por um lado, a necessidade de prevenção é evidente, por outro, os processos de investigação também exigem maior enfoque. Por conta disso, a Procuradoria de Justiça do Ministério do Estado criou a Coordenação de Investigações Especiais (Ciesp), inserido no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Órgão, em 2017. O objetivo é investigar e combater crimes de exploração sexual infantil no ciberespaço. Ao todo, desde sua criação até 2023, o Ciesp realizou 24 operações.

Informações da Tribuna do Norte

Polícia, Tecnologia

Apple lança Proteção de Dispositivo Roubado para dificultar acesso de ladrões

 

A Apple lançou uma nova atualização para seu sistema operacional iOS, que inclui um recurso chamado Proteção de Dispositivo Roubado. Essa nova opção de segurança tem como objetivo dificultar o acesso de ladrões às principais funções e configurações dos iPhones e iPads.

A empresa está incentivando os usuários a ativarem imediatamente essa proteção. A proteção foi adicionada na versão mais recente do iOS, a 17.3. Ela foi projetada para impedir que os ladrões apaguem os dados dos celulares para revender, ou acessem o ID Apple e outras contas importantes. A empresa afirma que esse recurso adiciona uma camada extra de segurança para os usuários, lidando com uma vulnerabilidade que os ladrões já descobriram e aproveitaram.

A novidade funciona por meio do rastreamento de “locais conhecidos” de um usuário, como sua casa ou local de trabalho, e adicionando obstáculos de segurança biométricos que precisam ser superados caso alguém tente usar o dispositivo para fazer certas coisas quando está longe desses lugares. Além disso, ela reduz a importância das senhas, dando mais ênfase às características biométricas, como o reconhecimento facial e de impressões digitais.

Para baixar a atualização é necessário verificar as configurações do dispositivo, inserir o código de acesso e procurar pela opção de ativação. É importante garantir que a autenticação em dois fatores e o recurso Localizar dispositivo estejam ativados.

Deu na JP News

Saúde, Tecnologia

“Telepatia”: projeto de Elon Musk quer tornar real o controle de dispositivos pelo pensamento

À esquerda, protótipo do chip “Telepathy”, da Neuralink. Empresa começou testes do implante cerebral em humanos que perderam movimentos dos membros.| Foto: Modificado de Neuralink/Reprodução

 

O primeiro produto da Neuralink, empresa do bilionário Elon Musk, se chamará “Telepatia” (“Telepathy”) — é um chip implantado no cérebro que permitirá que uma pessoa paralisada “controle seu celular ou computador, e através deles quase qualquer outro dispositivo, só pelo pensamento”. A promessa é do próprio Musk, que sugeriu a seus seguidores na rede social X, da qual ele também é dono, que imaginassem se o físico teórico tetraplégico Stephen Hawking, falecido em 2018 de uma doença genética neurodegenerativa, “pudesse se comunicar mais rápido que um velocista da datilografia ou um leiloeiro. Esta é a meta”.

A promessa veio junto com a notícia de que a Neuralink já implantou o dispositivo eletrônico no cérebro de um paciente humano, na segunda-feira (29). O paciente recebera o implante no dia anterior e estava “se recuperando bem”, com “resultados iniciais [que] mostram uma detecção de sinais neuronais promissora”. A autorização para implantação foi dada pelo governo americano em maio do ano passado.

Como funciona a tecnologia de interface cérebro-máquina

O Telepatia da Neuralink consiste em um chip central, com bateria recarregável à distância, cercado por 1.024 filamentos mais finos que fios de cabelo que “desabrocham” no ato de implantação, cobrindo uma área maior do cérebro que a da abertura cirúrgica no crânio (que é fechada após o procedimento). Esses filamentos são sensíveis às pequenas perturbações elétricas pelas quais os neurônios se comunicam, conhecidas como potenciais de ação. Em vez de uma corrente elétrica como a da fiação de uma casa, esse sinal é feito de gradientes de íons de sódio e potássio, de carga elétrica positiva, dentro e fora dos neurônios, as principais células do cérebro, que atuam como fios elétricos em longas projeções que recebem o sinal (dendritos) e o transmitem (axônio). Essas mudanças de carga elétrica pela movimentação das cargas positivas são detectáveis pelos eletrodos nos filamentos, e são interpretáveis por processadores de computador para que virem comandos como arrastar um cursor em tela. O chip se comunica com outros aparelhos eletrônicos com ondas eletromagnéticas, como se faz no caso das tecnologias de Wi-Fi e Bluetooth. É mais próximo da segunda tecnologia, por usar baixa energia.

“Só pelo pensamento” pode ser um pouco de exagero de Musk. A neurociência desvenda desde os anos 1870 que há no cérebro áreas especializadas em movimentos específicos. Com o tempo, os neurocientistas mapearam a correspondência entre área do cérebro e movimento (além de sensações) a um “homúnculo cerebral”, um mapa do corpo no cérebro. Esse mapa feito de neurônios no córtex (a camada mais externa do cérebro) tem relação com movimentos, mas não necessariamente produz o que se considera pensamento. Que esse córtex motor possa ser usado para mover cursores em computador é algo que atesta a flexibilidade do nosso cérebro, desenvolvida durante as centenas de milhares de anos de uso de ferramentas pelos nossos ancestrais.

A concorrência está na dianteira, mas pode ter desvantagem técnica

O anúncio da implantação em paciente humano vem com algum atraso, e a Neuralink já está perdendo a corrida para ao menos uma concorrente: a Synchron, empresa fundada em 2012 que tem aprovação do governo americano para testes em humanos desde 2021. A concorrente está cada vez mais perto de lançar produtos no mercado: anunciou na quinta-feira (31) que adquiriu ações da fábrica alemã Acquandas, que tem a capacidade de montar uma peça delicada do implante por um processo de formação de camadas de metal. O processo patenteado pela empresa envolve a manipulação de coberturas muito finas de metal através de técnicas que envolvem a luz ultravioleta, a deposição de átomos por ímãs em vácuo e a corrosão seletiva com banhos químicos, permitindo uma “liberdade de design sem paralelos”.

O primeiro produto a chegar no mercado poderá ser o Synchron Switch, um chip que é inserido no cérebro através de vasos sanguíneos e permite que o paciente opere dispositivos domésticos conectados à internet e cursores em computadores. É essencialmente um estente (implante usado em cirurgias cardiovasculares) “inteligente”. No momento, seis pacientes nos EUA e quatro na Austrália estão fazendo testes. “Há milhões de pessoas com paralisia que precisam dessa tecnologia, e estamos preparados para produzi-la em grandes volumes”, disse Tom Oxley, diretor executivo da Synchron, à CNBC. Somente em 2022, a empresa ganhou US$ 75 milhões (R$ 369 milhões) de investidores como Bill Gates (fundador da Microsoft) e Jeff Bezos (fundador da Amazon).

O modo de implantação por dentro de vasos sanguíneos é uma vantagem da Synchron, pois é comparativamente menos invasivo. A Neuralink precisa abrir o crânio dos pacientes para implantar o seu dispositivo, trazendo assim mais riscos. Mas Musk está correto em dizer que os sinais são mais fortes quando o contato com o cérebro é direto, neste caso poderá superar o que a concorrente consegue fazer.

As duas empresas não são as únicas a atuar no problema de restaurar movimento aos paralisados. Há quatro meses, uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia em San Francisco anunciou que restaurou a fala a uma paciente que sofreu um acidente vascular cerebral há 18 anos. Um implante cerebral do tamanho de um cartão de crédito ajudou Ann, de 47 anos de idade, a utilizar a inteligência artificial para fazer um avatar virtual transmitir suas palavras por áudio.

Controvérsias bioéticas

A sugestão de Musk que as pessoas poderão ser mais rápidas em se comunicar com o Telepatia que velocistas da digitação e leiloeiros sugere aderência a certa linha de pensamento. Como nem mesmo a maioria das pessoas que dispõem de saúde completa do sistema nervoso e muscular esquelético consegue falar com a velocidade de um leiloeiro, a ideia de melhoria do padrão normal aponta para o transumanismo, a linha de pensamento de quem não quer apenas aliviar sofrimento, mas “melhorar” a natureza humana pela autonomia individual e integração mais íntima do organismo humano à tecnologia.

“O transumanismo é uma ideologia”, alertou a bioeticista espanhola Elena Postigo, no ano passado. “Um conjunto de ideias sem fundamento racional exaustivo, cuja finalidade é a obtenção de determinados fins concretos”. Ela não se opõe ao objetivo de ajudar pessoas afligidas por sofrimentos decorrentes da perda de movimentos, mas acredita que os transumanistas, entusiastas de modificações do ser humano em direção a um progresso tecnológico, “tomam a parte pelo todo” ao reduzir o ser humano a genes e neurônios, e são adeptos de “uma pseudorreligião, pois suas afirmações não se sustentam no plano racional: trata-se de pura fé na ciência”.

Elon Musk, no entanto, não é um transumanista completamente deslumbrado por um futuro brilhante. Na verdade, ele tem feito alertas a respeito de potenciais efeitos catastróficos do avanço da tecnologia e da inteligência artificial, e vê na integração desses avanços ao organismo humano uma forma de preservar o ser humano e evitar sua extinção por máquinas hostis. Se não se pode contra elas, junta-se a elas, pensa o bilionário.

Preocupa, também, o preço pago em vidas de animais pela tecnologia de interface cérebro-máquina. Enquanto a Synchron teria sacrificado cerca de 80 ovelhas no desenvolvimento de seu estente inteligente, a Neuralink teria sacrificado até 1.500 animais, entre camundongos, ratos, ovelhas, porcos e macacos, até o final de 2022. O governo americano, contudo, disse no ano passado que não encontrou indícios de maus tratos desnecessários aos animais.

Deu na Gazeta do Povo

Comércio, Emprego, Tecnologia

Investimentos em energia solar no RN superaram os R$ 625 milhões em 2023

 

Líder absoluto na geração de energia eólica no País, o Rio Grande do Norte também tem se destacado e se consolidado nacionalmente como um dos principais geradores de energia solar. Em 2023, os investimentos na área superaram a cifra dos R$ 625 milhões. Em 2022, outros R$ 800 milhões já tinham sido investidos, em um ritmo aquecido de aportes que ultrapassam a casa das centenas de milhões desde 2019, conforme levantamento do Observatório da Energia Solar, da Associação Potiguar de Energias Renováveis (Aper). Estimativa é de que setor gere cerca de 5 mil empregos atualmente.

De acordo com José Maria Vilar, que participou da elaboração do estudo, o Estado vive um bom momento, de estabilização em um patamar elevado, mas, ainda assim, mantendo a perspectiva positiva de futuros investimentos. “O setor passou por um grande ‘boom’ em anos recentes e parece estar caminhando no sentido de uma estabilização, com crescimento mais moderado, embora haja ainda um amplo mercado potencial a ser explorado”, aponta o especialista, que também é vice-presidente da Aper.

Ainda segundo Vilar, o Rio Grande do Norte tem um grande potencial para gerar ainda mais empregos. Ele estima que aproximadamente 5 mil pessoas estejam empregadas diretamente no segmento. “Utilizando-se dados da consultoria Greener e da quantidade de CNPJs já atendidos diretamente pelo Sebrae/RN a empresas do setor, estima-se que estejam operando no RN cerca de 500 empresas integradoras, vendendo e instalando equipamentos em todas as regiões do estado. Considerando uma média de 10 empregos/empresa, estarão sendo gerados no RN cerca de 5 mil empregos, ligados diretamente à atividade”, diz.

Ele acredita que há espaço para o Estado crescer cerca de 10% em 2024 em comparação com o ano passado. “Com a continuidade na queda da Taxa Selic e o seu reflexo sobre os juros dos financiamentos, esperamos uma elevação nas vendas em cerca de 10% para o ano de 2024. A queda verificada no preço dos equipamentos, associada a uma provável retomada dos financiamentos em ritmo mais forte, além do elevado nível de satisfação por parte de quem já utiliza a energia solar, deverão assegurar a continuidade do crescimento do setor”, analisa.

Potência aumenta 46%
O investimento massivo resultou em um aumento de 46,9% na potência instalada acumulada no Estado, que passou de 381.774 kW em 2022 para 560.513 kW no ano passado, de acordo com dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Com isso, o Rio Grande do Norte atinge a 7ª posição no ranking nacional de geração de energia eólica, atrás apenas de Minas Gerais, Bahia, Piauí, Pernambuco, Ceará e São Paulo. Para José Maria Vilar o resultado é considerado positivo.

“O RN vem se mantendo bem posicionado em relação ao restante do país. Levando-se em consideração a potência total já instalada até 2023 em relação a 2022, o RN cresceu 48,2%; o Nordeste, 51%; e o Brasil, 39,6%. A potência instalada no RN representa 2,2% da potência instalada no Brasil e 10,8% da potência instalada na região Nordeste, evidenciando a importância proporcional que o RN ocupa na região”, considera.

Para se ter uma ideia, a potência instalada de 560.513 kW é suficiente para atender cerca de 311 mil domicílios residenciais com conta média mensal de R$ 200, número superior à quantidade de casas em Natal, que conta aproximadamente com 270.045 domicílios, de acordo com o último dado do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE/2022). No RN, Natal lidera a potência instalada (112.287 kW); seguida por Mossoró (85.453 kW); Parnamirim (52.633 kW); Caicó (20.898 kW); e São Gonçalo do Amarante (9.817 kW).

Natal, Parnamirim e Mossoró concentram 50% das conexões

No Rio Grande do Norte, os dez principais municípios em potência instalada respondem por 65,9% da quantidade de conexões e 60,6% da potência instalada. Somente Natal, Mossoró e Parnamirim equivalem a 50,4% das conexões – incluindo todas as categorias – ativas em 2023. O ritmo de avanço tem aumentado, diz o vice-presidente da Aper. José Maria Vilar, mas ainda está aquém do potencial potiguar. A expectativa é de quem o Estado possa crescer nesse quesito em 2024.

“A quantidade de conexões tem avançado em ritmo bem maior do que aquele que era inicialmente previsto há poucos anos. Mesmo assim, há ainda um grande potencial de crescimento, pois a quantidade de conexões já instalada no estado representa apenas 4,9% da quantidade total de domicílios”, avalia. E complementa: “Com esse aumento de atratividade, cuja expectativa é de que permaneça, já é observada uma retomada gradual na velocidade de aprovação e instalação de novos projetos, tanto residenciais quanto empresariais”.

A potência acumulada instalada no Estado corresponde a 56.405 sistemas conectados à rede no Rio Grande do Norte, um crescimento de 67,4% em comparação com 2022. A maior parte é residencial com 45.869 conexões (81,3%); depois vem os sistemas comerciais, com 8.231 conexões (14,6%); rural, com 1.781 (3,2%); industrial, com 334 (0,6%), e poder público, com 188 (0,3%).

De acordo com Vilar, a expectativa é de que o número de sistemas conectados à rede aumente em 2024 por causa de uma queda no preço médio dos equipamentos. “Com esse aumento de atratividade, cuja expectativa é de que permaneça, já é observada uma retomada gradual na velocidade de aprovação e instalação de novos projetos, tanto residenciais quanto empresariais”, aponta.

No País, setor recebeu investimentos de R$ 59,6 bi em 2023, mostra Absolar

Levantamento da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) mostrou que o Brasil recebeu no ano passado R$ 59,6 bilhões de investimentos em energia solar, somando as grandes usinas e os sistemas de geração própria em telhados, fachadas e pequenos terrenos. O resultado representa um crescimento de 49% em relação aos investimentos acumulados até o final de 2022 no País.

Em potência instalada, a fonte solar adicionou na matriz elétrica brasileira um total de 11,9 gigawatts (GW), sendo 7,9 GW de geração distribuída e 4 GW de geração centralizada. No acumulado desde 2012, o Brasil possui atualmente 37,2 GW de potência operacional da fonte solar, sendo 25,8 GW de geração distribuída e 11,4 GW de geração centralizada.

De acordo com a entidade, em 2023 o setor solar gerou mais de 352 mil novos empregos verdes no Brasil, espalhados por todas as regiões do território nacional. Desde 2012, a fonte solar fotovoltaica já movimentou mais de R$ 181,3 bilhões em negócios e gerou mais de 1,1 milhão de novos postos de trabalho. “Os 37 GW de potência acumulada da fonte solar no Brasil ultrapassaram a potência instalada da maior usina do mundo em 1 6 vezes, a hidrelétrica de Três Gargantas na China, com 22,5 gigawatts (GW)”, informou a Absolar em nota.

2024
Projeções da Absolar apontam que, em 2024, os novos investimentos trazidos pelo setor fotovoltaico poderão ultrapassar a cifra de R$ 38,9 bilhões, incluindo as grandes usinas e os pequenos e médios sistemas em telhados, fachadas e terrenos. Pela projeção da entidade, serão adicionados mais de 9 3 GW de potência instalada, chegando a um total acumulado de mais de 45,5 GW, o equivalente a mais de três usinas de Itaipu.

Dos 45,5 GW acumulados para o final de 2024, 31 GW serão provenientes de pequenos e médios sistemas instalados pelos consumidores em residências, pequenos negócios, propriedades rurais e prédios públicos, que representarão 68% do total acumulado da fonte, enquanto 14,4 GW estarão em grandes usinas solares, que representarão 32% do total acumulado.

Para o presidente do Conselho de Administração da Absolar, Ronaldo Koloszuk, a fonte solar é atualmente um dos principais vetores para acelerar a descarbonização do Brasil e ajudar o País a se posicionar como importante protagonista da transição energética para uma sociedade mais sustentável.

“Embora tenha avançado nos últimos anos, o Brasil – detentor de um dos melhores recursos solares do planeta – continua muito aquém de seu potencial solar. Há mais de 92 milhões de consumidores de energia elétrica no País, porém atualmente menos de 3,5% faz uso do sol para gerar eletricidade”, afirmou Koloszuk.

NÚMEROS DO RN

  • Investimentos

2023: R$ 625,69 milhões
2022: R$ 800,59 milhões
2021: R$ 555,80 milhões
2020: R$ 230,14 milhões
2019: R$ 108,16 milhões
2018: R$ 32,89 milhões
2017: R$ 10,64 milhões
2016: R$ 4,30 milhões
Até 2015: R$ 3,99 milhões

Os maiores produtores no RN

Potência instalada e quantidade de conexões

  • Natal: 112.287 kW (11.773)
  • Mossoró: 85.453 kW (9.585)
  • Parnamirim: 52.633 kW (7.038)
  • Caicó: 20.898 kW (2.063)
  • Macaíba: 16.989 kW (905)
  • Pau dos Ferros: 10.406 kW (1.182)
  • Assú: 11.752 kW (1.165)
  • Apodi: 9.916 kW (1.139)
  • SGA: 9.817 kW (1.256)
  • Extremoz: 9.727 kW (1.082)
  • 560.513 kW é a potência instalada acumulado no RN

46,9% foi quanto cresceu a potência instalada acumulada em 2023

10 principais municípios potiguares em potência instalada respondem por 65,9% da quantidade de conexões e 60,6% da potência instalada

Sistemas conectados à rede:

2023: 56.405
2022: 38.052
2021: 18.439
2020: 6.278
2019: 2.540
2018: 837
2017: 322
2016: 150
Até 2015: 64

Informações : Observatório da Energia Solar/APER e Tribuna do Norte

Mundo, Tecnologia

Microsoft supera Apple como empresa mais valiosa do mundo

 

A Microsoft ultrapassou a Apple nesta quinta-feira (11) como a empresa de maior valor de mercado no mundo, em meio às crescentes preocupações de investidores sobre a demanda pelos dispositivos da companhia, algo que tem pesado sobre as ações da criadora do iPhone neste início de ano.

No final desta manhã, as ações da Microsoftchegaram a subir 1,5%, dando à empresa um valor de mercado de 2,888 trilhões de dólares. A Apple mostrava retração de 0,5%, com uma capitalização de 2,887 trilhões de dólares, a primeira vez desde 2021 que o valor da empresa ficou abaixo da Microsoft.

No acumulado de janeiro, as ações da Apple têm queda de 3,3% em comparação com valorização de cerca de 2% da Microsoft, que vem pegando carona na crescente popularidade de tecnologias de inteligência artificial.

Uma série de corretoras cortaram recentemente recomendações sobre as ações da Apple, diante de preocupações de que as vendas do iPhone, a maior fonte de receita da companhia, continuarão fracas, especialmente no principal mercado da empresa, a China.

“A China pode ser um obstáculo para o desempenho nos próximos anos”, disse a corretora Redburn Atlantic na quarta-feira, apontando para a concorrência da empresa com a Huawei e tensões sino-americanas que aumentaram a pressão sobre a Apple.

As ações da Apple, cujo valor de mercado atingiu um pico de 3,081 trilhões de dólares em 14 de dezembro, encerraram o ano passado com um ganho de 48%.

Isso foi menor do que a valorização de 57% da Microsoft, que tem lançado ferramentas  de software baseadas em inteligência artificial generativa graças à sua parceria com a OpenAI, criadora do ChatGPT.

Atualmente, Wall Street está mais positiva em relação à Microsoft. A empresa não tem recomendação de “venda” e quase 90% das corretoras que cobrem a empresa recomendam a compra das ações.

Já a Apple tem duas classificações de “venda” e apenas dois terços dos analistas que cobrem a empresa a classificam como “compra”.

Ambas as ações parecem relativamente caras em termos de preço em relação aos lucros esperados. A Apple está sendo negociada a um múltiplo futuro de 28 vezes, bem acima da média de 19 nos últimos 10 anos, de acordo com dados da LSEG. A Microsoft exibe múltiplo de cerca de 31 vezes, acima da média de 24 nos últimos 10 anos.

Deu na CNN