Educação, Eleições 2024

Eleições 2024: Brasil ainda tem 5,5 milhões de eleitores analfabetos

Foto: Rafaela Felicciano

 

O número de cidadãos brasileiros analfabetos aptos a votar nas eleições municipais de 2024 é de 5,5 milhões de eleitores. O número corresponde a 3,57% de um eleitorado de 155,9 milhões de pessoas. Ao contrário de 2020, quando a Bahia tinha o maior número de analfabetos, em 2024, essa posição no ranking coube a Minas Gerais, com 640,6 mil iletrados com título de eleitor.

Em 2020, a Bahia era a unidade da Federação (UF) com mais analfabetos aptos a votar em prefeitos e vereadores. Há quatro anos, 800 mil votantes baianos não sabiam ler nem escrever. Em 2024, são 612,753. Embora o número de analfabetos mineiros tenha reduzido de 750 mil para 640,6 mil, Minas ainda ficou na frente da Bahia neste quesito.

O mesmo movimento de redução no número de analfabetos aptos a votar ocorreu a nível nacional, nos últimos 12 anos. Enquanto em 2012, 7,7 milhões de brasileiros iletrados tinham título e podiam votar, em 2024, esse número caiu para 5,5 milhões, uma redução de 28%. Em 2020, a quantidade também era maior, sendo 6,5 milhões, uma queda de 15,2%.

O perfil do eleitor para as eleições municipais de 2024 é, em sua maioria, feminino (52%), sendo 27,04% (42,1 milhões) com ensino médio completo. Outros 6,41% têm ensino fundamental completo, 22,48% incompleto; 6,59% lê e escreve, 10,75% têm nível superior completo e 5,37% incompleto.

Direito ao voto

Até 1985, quando foi promulgada a Emenda Constitucional nº 25 à Constituição de 1967, os analfabetos não tinham o direito de votar.
O direito chegou a existir durante o período colonial e o império, até ser abolido em 1881. Somente 104 anos depois, quem não sabe ler ou escrever pôde exercer a democracia e escolher seus governantes por meio do voto.

Uma das mudanças no sistema de voto brasileiro com a inclusão dos analfabetos foi a votação em números. Antes, os eleitores identificavam os candidatos que desejavam votar escrevendo o nome deles por extenso.

A premissa para a mudança é que as pessoas iletradas decoram mais facilmente uma sequência de números do que de letras. A identificação de candidatos e partidos por numerais acabou sendo a base para o sistema da urna eletrônica, que é usada no Brasil desde 1996.

Deu no Metrópoles

Educação

UERN terá investimento de R$ 6,9 milhões para pesquisa

Foto: Ricardo Morais/UERN

A Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (UERN) terá um investimento de R$ 6,9 milhões para o Programa “RN Mais Científico”. A iniciativa tem como objetivo reduzir desigualdades regionais em ciência e tecnologia e impulsionar a pós-graduação na instituição. A informação foi divulgada nessa quarta-feira (17) pelo Governo do RN.

O programa será custeado com recursos do Fundo Estadual de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FUNDET), que é administrado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do Rio Grande do Norte (FAPERN). Segundo a governadora Fátima Bezerra, a iniciativa amplia a interiorização da atividade de pesquisa da instituição de ensino e simboliza o compromisso estadual com o desenvolvimento da ciência e tecnologia.

Segundo o presidente da Fundação de Amparo e Promoção da Ciência, Tecnologia e Inovação do RN (Fapern), Gilton Sampaio, as unidades (campi) da UERN em Assu, Caicó, Mossoró, Natal, Patu e Pau dos Ferros serão beneficiados com iniciativas de ciência, tecnologia e inovação. Todos os 32 programas de mestrado e doutorado stricto sensu da UERN serão contemplados.

“O programa foca no apoio, com ênfase em pesquisa, extensão e, principalmente, pós-graduação. Todos os campi da universidade são impactados pela expansão das atividades”, detalhou Sampaio.

O representante da Fapern explicou que a iniciativa será dividida em três eixos para atender todas as macrorregiões do estado. O primeiro visa no desenvolvimento da pesquisa e da pós-graduação. O segundo, concentra-se no desenvolvimento científico e tecnológico regional da graduação. Já o terceiro, vai viabilizar ações de ciência, tecnologia e inovação voltadas para melhorias na gestão administrativa e acadêmica da universidade.

As ações incluem o suporte a Unidades de Ciência, Tecnologia e Inovação (UCTIs) da UERN. O programa será executado em duas etapas. Na primeira etapa, que foi lançada nessa quarta-feira (17), serão lançados quatro editais de fomento e contratação de bolsistas e pesquisadores. Na segunda etapa, com previsão para fevereiro de 2025, serão lançados os outros quatro editais.

A reitora da UERN, Cicília Maia, comemorou o resultado e anunciou a chegada de um curso de doutorado em Letras no campus de Pau dos Ferros. “Não é fácil, sabemos das dificuldades de promover pós-graduação em áreas remotas do estado. Vamos fixar doutores nas regiões mais remotas do estado”, afirmou.

Deu na Tribuna do Norte

Educação

Governo estende prazo para adaptação a regras do teletrabalho

 Órgãos e entidades da Administração Pública Federal terão mais 90 dias para se adequar às novas regras do Programa de Gestão e Desempenho (PGD). Instrução Normativa publicada nesta quarta-feira (17) altera as diretrizes do programa, que prevê, entre outras regras, a possibilidade de adoção da modalidade do teletrabalho no serviço público.

Inicialmente, o prazo para as instituições públicas entrarem em conformidade com as novas regras de implementação e execução do programa terminaria no dia 31 de julho, mas, com a alteração do texto, o prazo encerrará em 31 de outubro, sem possibilidade de nova prorrogação.

Outra mudança estabelecida pela Instrução Normativa é a exigência do cumprimento de 6 meses na modalidade presencial para servidores que se movimentarem entre órgãos e entidades da Administração Pública, antes de aderir ao teletrabalho. Além disso, servidores em modalidade de teletrabalho integral ou parcial devem necessariamente disponibilizar número de telefone atualizado, fixo ou móvel, para divulgação dentro do órgão e para o público externo.

O PGD, gerido pelo Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, é uma ferramenta de gestão que disciplina o desenvolvimento e a mensuração das atividades realizadas pelos servidores, com foco na entrega por resultados e na qualidade dos serviços prestados à sociedade.

“O PGD é um programa que evolui conforme a maturidade de cada órgão ou entidade na adaptação ao novo modelo. Nosso objetivo é capturar boas práticas, aprimorar as regras e, em um esforço conjunto, de construção coletiva, definir caminhos cada vez mais adequados para a gestão orientada a resultados, sempre com foco na melhoria dos serviços públicos”, disse o secretário de Gestão e Inovação do MGI, Roberto Pojo.

Agência Brasil

Educação

Após greve, auxílio permanência da Faculdade de Direito da USP perde doadores e corta bolsas

Eduardo Knapp – 08.ago.2022/Folhapress

O Adote Um Aluno, programa que distribui auxílio permanência de R$ 600 a alunos em vulnerabilidade socioeconômica da Faculdade de Direito da USP (Universidade de São Paulo), começou a cortar bolsas.

Das 130 oferecidas na edição passada, foram retiradas 40 para este ano. Mais de 200 pessoas requisitaram acesso ao benefício.

Isso ocorreu, segundo seus mantenedores, por uma redução de 28% na verba, ocorrida após a última greve na instituição —de setembro a novembro de 2023. A iniciativa funciona por meio de doações, principalmente de ex-alunos.

Um diretor da Associação dos Antigos Alunos, responsável pelo programa, afirma que os financiadores ficaram irritados com a paralisação e ataques ao patrimônio e a docentes durante ela, resolvendo encerrar suas contribuições como forma de protesto.

Ele pediu para não ser identificado por não poder falar em nome da entidade, que mandou uma nota sobre o tema.

“Essa jamais foi a pretensão dos organizadores do programa, que nunca se posicionaram por menos recursos para a inclusão e o pertencimento. Acabar com o Adote não aumentará o apoio da universidade”, diz o texto da associação.

O DCE (Diretório Central dos Estudantes) da USP lamentou o corte de bolsas e disse defender o apoio financeiro a todos os estudantes necessitados. “Muitos desses doadores saíram do programa no momento em que os estudantes lutavam em greve, ironicamente, por permanência”, escreveu à reportagem.

Procurada, a Faculdade de Direito, por meio de seu diretor, Celso Campilongo, expressou sua preocupação com o corte de benefícios. “Claro, é uma consequência muito ruim para todos, instituição e alunos”, disse Campilongo.

Implementado no primeiro semestre de 2019, o Adote um Aluno foi criado num contexto de inclusão na principal universidade do país, via política de cotas. Isso mudou gradualmente o perfil socioeconômico dos alunos da Faculdade de Direito, surgindo a necessidade de maior apoio para parte dos ingressantes com potencial grau de vulnerabilidade.

Hoje, 45,2% das vagas —disponibilizadas uma vez ao ano por Fuvest e Sisu—são reservadas a oriundos do ensino público. Desse percentual, 38% das são voltadas a pretos, pardos e indígenas.

Podem se candidatar ao Adote um Aluno estudantes que se inscrevam no Programa de Apoio à Permanência e Formação Estudantil da USP, mas que, por falta de recursos institucionais para atender toda demanda, não puderam acessar o apoio vindo da reitoria.

GREVE NA USP

Iniciada em 18 de setembro de 2023 por estudantes da FFLCH (Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Sociais), a greve teve a contratação de docentes e o fortalecimento da política de permanência estudantil no centro das reivindicações. O movimento alcançou todas as unidades da USP, incluindo escolas que não têm tradição de greve, como a Faculdade de Direito e a Escola Politécnica. Professores e funcionários da universidade também aderiram à mobilização.

Segundo levantamento feito pela Adusp (Associação de Docentes da Universidade de São Paulo) com base nas folhas de pagamento disponíveis no Portal da Transparência, o corpo docente da universidade encolheu 17,56% desde 2014. O número de professores efetivos, ainda conforme a entidade, caiu de 5.934 para 4.892 em agosto deste ano.

A falta de docentes já levou algumas faculdades a cancelarem disciplinas obrigatórias, causando até mesmo o atraso de formaturas. Como mostrou a Folha, a proporção de professor por aluno na USP é a menor em 20 anos. Em 2002, a universidade tinha 0,07 educador para cada matriculado, número que baixou para 0,05 no ano passado.

Após negociação com os estudantes, a reitoria anunciou medidas como a contratação de 148 professores temporários até o fim do ano –adicionais às 879 contratações já previstas até 2025. Nenhum reforço nos programas de auxílio estudantil foi anunciado

Deu na Folha de São Paulo

Educação, Inclusão

Congresso Internacional de Desenvolvimento Infantil – CINDI começa nesta quinta-feira no Centro de Convenções de Natal

 

A capital potiguar recebe de quinta (11) a sábado (13), a segunda edição do Congresso Internacional de Desenvolvimento Infantil – CINDI, no Centro de Convenções de Natal.

O evento proporciona imersão ao universo infantil, com debates de assuntos atuais para aprofundar o conhecimento sobre intervenção precoce, autismo e desenvolvimento infantil. Na programação, profissionais nacionais e internacionais de diversos segmentos para abordar “Nossas crianças crescem: caminhos para essa transição”.

Com espaços inspirados no universo infantil, o Congresso traz experiências e conhecimento com leveza: no “Palco Beehave”, palestras sobre o tema central do Congresso e, durante os intervalos, acontece a ‘Arena do Conhecimento’, uma extensão do palco principal para tratar assuntos específicos – para esse momento, as vagas são limitadas. Em paralelo, a feira de stands durante todo o evento; ‘Lounge Games’, uma verdadeira imersão de conhecimento aliada a diversão para adentrar, de forma prática, ao universo infantil; ‘Arena do Banco do Nordeste’ – voltada às marcas apresentarem seus serviços e produtos; Festival de Artes de pessoas atípicas; além da segunda edição do MindCast – podcast do Instituto Le Blue; e, a super novidade: ‘Gameficação’, com jornadas e missões para cumprir objetivos, ganhar ‘moedas’ e pontos para trocar na lojinha do CINDI.

“O CINDI é um ambiente acolhedor! Abordamos a integração entre família, profissional e paciente. E, isso, é necessário para que tudo que fazemos e venhamos a desenvolver, tenha sentido, tanto hoje, na vida do paciente, quanto no futuro, para que essa criança, esse adolescente e, futuro adulto, consiga alcançar objetivos, funcionalidades e independência que faça a diferença na própria vida e na vida de seus familiares”, afirma Bruna Andria, CEO do CINDI, e conclui: “Somos um Congresso que envolve a todos, para trabalharmos o dia a dia de cada um que chega até nós, seja em casa, no trabalho, na clínica ou no lazer”.

Dentre alguns assuntos do evento, estão: Comportamento de segurança para pessoas atípicas; Terapia através do brincar; Guia para orientação de cuidadores: estratégias éticas e eficazes na intervenção ABA; Regulação Emocional no TEA; Novidades na medicina atípica; ABA (Análise do Comportamento Aplicada) em adultos; Direitos dos Autistas na prática; Grupos sociais na adolescência atípica e muito mais.

E, tudo isso, com um time de profissionais renomados: Dra. Raquel Del Monde (pediatra); Dr. Erasmos Casella (Neuropediatra); Dra. Analía Arévalo (Neurocientista cognitiva); Dra. Anita Brito (Neurocientista);Dr. Carlos Gadia (Neurologista); Danielle Ramos (Analista de comportamento); Dra. Carla Bertin (Especialista em inclusão e direitos de pessoa com deficiência); Marcela Rossi (Fisioterapeuta especialista em ABA, Denver e Bobath); Luciana Xavier ( Psicóloga e Neuropsicóloga); Fernando Nassi (Optometrista comportamental); Keli Santos (Psicóloga); Ana Manhani (Fonoaudióloga); Dra Patrícia Beltrão (Bióloga) e mais.

O Congresso Internacional de Desenvolvimento Infantil conta com patrocínio do Banco do Nordeste; Benu – Produtos e Eventos; e Insight Psicologia.

Inscrições e programação completa:

www.congressocindi.com.br

Educação

MEC vai liberar recursos para escolas de cidades com contas pendentes

Foto:Magnus Nascimento

Uma nova resolução governamental assinada nesta quarta-feira (3), autoriza o Ministério da Educação (MEC) a liberar recursos do Programa Dinheiro Direito na Escola (PDDE) para estabelecimentos de ensino de cidades cuja prestação de contas pela prefeitura esteja pendente. Para entrar em vigor, a resolução precisa ser publicada no Diário Oficial da União.

“Algumas escolas estão deixando de receber recursos por conta dessa situação”, disse o ministro da Educação, Camilo Santana, ao anunciar a assinatura da resolução durante a 3ª Reunião Plenária do Conselho da Federação, colegiado formado por representantes dos governos federal, estaduais e municipais que está reunido hoje no Palácio do Planalto, em Brasília.

Segundo Santana, há cerca de 264 mil processos de prestação de contas pendentes de análise no Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE). Entre eles, alguns estão há mais de 15 anos tramitando.

“Já saiu prefeito, entrou outro prefeito, voltou [o primeiro], e a pendência continua lá. Devido a essas pendências, estávamos deixando de repassar às escolas de todo o país cerca de R$ 100 milhões [do PDDE]”, disse o ministro.

Santana explicou que, pela resolução, os atuais gestores de municípios com pendências que queiram receber os recursos do programa terão que protocolar uma representação junto ao Ministério Público Federal (MPF).

“Com isso, liberaremos o repasse dos recursos do PDDE a fim de não prejudicar as escolas. Claro que o processo [de análise da prestação de contas antigas] seguirá, e os gestores responderão por qualquer eventual irregularidade”, garantiu o ministro ao assegurar que a medida beneficiará “milhares de escolas e milhões de estudantes brasileiros”.

“O programa Dinheiro Direto nas Escolas agiliza o uso de recursos diretamente nas escolas, para questões de reparos e ações em várias áreas. É um mecanismo ágil que utilizamos, inclusive, para repassar recursos às escolas gaúchas [afetadas pelos recentes temporais no Rio Grande do Sul] poderem ao menos fazer a limpeza”, concluiu o ministro.

Agência Brasil

Educação

Fies: inscrições para vagas remanescentes seguem até a próxima segunda (1°)

Foto: Agência Brasil

As inscrições para as vagas remanescentes do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) referente ao primeiro semestre de 2024 podem ser feitas até a próxima segunda-feira (1º) exclusivamente pela internet, por meio do sistema Fies Seleção, disponível no Portal Acesso Único do MEC.

De acordo com o Edital 19/2024, que trata do processo de oferta e ocupação de vagas remanescentes do Fies, o resultado da ordem de classificação e da pré-seleção será divulgado no dia 4 de julho, constituído de chamada única e de lista de espera.

“As vagas remanescentes do Fies referem-se às oportunidades de financiamento que não foram preenchidas durante as etapas regulares de seleção do programa. Elas são destinadas exclusivamente aos estudantes efetivamente matriculados no curso, turno e local de oferta para os quais se inscreveram”, informou o Ministério da Educação.

Segundo o MEC, os candidatos devem estar obrigatoriamente em situação de “cursando” no momento da inscrição no Fies ou devem ter cursado o referido semestre com aproveitamento em pelo menos 75% das disciplinas, caso o semestre já tenha sido encerrado.

CadÚnico

Candidatos com renda familiar per capita de até meio salário-mínimo que estejam inscritos no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) terão prioridade na classificação para a ocupação das vagas remanescentes. Nesses casos, também será possível solicitar a contratação de financiamento de até 100% dos encargos educacionais cobrados pelas instituições.

Entenda

O Fies foi instituído pela Lei nº 10.260, de julho de 2001. A proposta é conceder financiamento a estudantes em cursos superiores não gratuitos. Os cursos devem ser ofertados por instituições de educação superior privadas participantes do programa, bem como ter avaliação positiva no Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes), divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).

Fonte: Agência Brasil

Educação

AGU diz que escola cívico-militar de Tarcísio é inconstitucional

A Advocacia Geral da União (AGU) se manifestou nesta sexta-feira (28/6) contra o Programa Escola Cívico-Militar do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos) e disse que a lei sancionada em São Paulo é inconstitucional.

Em um parecer enviado ao Supremo Tribunal Federal (STF), a AGU afirmou que o programa é “uma flagrante infração às normas promulgadas pela União” e invade a competência do governo federal de legislar sobre as diretrizes e bases da educação nacional.

“A alocação de militares da reserva para a execução de atividades relacionadas à educação básica fora do sistema de ensino militar formal, ainda que na condição de apoio ou monitoramento, não encontra respaldo nas normas fundamentais do sistema educacional brasileiro, nem previsão compatível com a finalidade constitucional dessas instituições”, diz o documento.

O parecer afirma ainda que a legislação “extrapola os parâmetros legais” ao instituir um modelo educacional com um “viés militar próprio”, que não é nem da educação regular, nem dos colégios militares.

“Em suma, verifica-se uma flagrante infração às normas promulgadas pela União, no exercício de sua competência constitucional privativa para legislar sobre ‘diretrizes e bases da educação nacional’, conforme previsto no artigo 22, XXIV da Constituição Federal. Por todo o exposto, conclui-se pela inconstitucionalidade formal da legislação impugnada na presente ação direta”, termina o documento.

A manifestação foi feita dentro da ação impetrada pelo PSol ao STF para questionar a constitucionalidade da medida. O ministro Gilmar Mendes é o relator do caso, que ainda não tem prazo para ser julgado.

O PT também ingressou no STF contra a lei de Tarcísio e afirmou que o programa pode colocar a ordem democrática em risco.

Entenda a lei das escolas cívico-militares

A lei prevê que policiais militares da reserva possam atuar nas escolas da rede pública de ensino de São Paulo como monitores. Caberá a eles oferecer atividades extracurriculares, além de zelar pela segurança dos colégios e garantir a “disciplina” nas escolas.

Para isso, os policiais vão receber um salário de R$ 6.034 por uma jornada diária de 8 horas de trabalho. O valor é maior que o piso pago aos professores na rede estadual de ensino.

Como mostrou o Metrópoles, a resolução que regulamenta a lei permite que os policiais dêem atividades sobre os Três Poderes para os alunos.

Deu no Metrópoles

Educação

Após greve, calendário da UFRN é atualizado e aulas do 1º semestre vão até agosto

Aulas na universidade ficaram suspensas desde incício da paralisação dos docentes, em 22 de abril | Foto: Magnus Nascimento

Após o fim da greve dos professores, que durou 59 dias, o calendário letivo da Universidade Federal do Rio Grande do Norte precisou ser atualizado para possibilitar o cumprimento da carga horária dos componentes curriculares que estavam paralisados. A atualização do calendário universitário relativo ao período de 2024 a 2025 foi aprovada por unanimidade, nesta quinta-feira (27), pelos Conselhos de Ensino, Pesquisa e Extensão (Consepe) e de Administração (Consad) da universidade.

O período 2024.1 que estava, inicialmente, previsto para ser finalizado em 6 de julho, passa a ter como data final o dia 31 de agosto de 2024, com recesso previsto de 2 a 13 de setembro de 2024. Já o período letivo de 2024.2, deve ocorrer de 16 de setembro de 2024 a 1° de fevereiro de 2025, com recesso de 3 de fevereiro de 2025 a 7 de março de 2025. O ano letivo de 2025 deve iniciar em 17 de março de 2025 e finalizar em 20 de dezembro de 2025.

Além do período de aulas, o calendário universitário passou por reajustes em datas e prazos dos demais serviços, atividades e eventos da instituição. Para tanto, todo funcionamento da universidade será reajustado.

Calendário Universitário 2024-2025 (Retificado)

2024.1: 26/02/24 a 31/08/2024, com recesso de 02/09/24 a 13/09/24;
2024.2: 16/09/24 a 01/02/25, recesso de 03/02/25 a 07/03/25;
2025.1: 17/03/25 a 26/07/25, com recesso de 28/07/25 a 08/08/25;
2025.2: 11/08/25 a 20/12/25.

A UFRN foi oficialmente comunicada pelo Sindicato dos Docentes da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (Adurn-Sindicato), na última sexta-feira (21), sobre o encerramento da greve dos docentes da instituição de ensino.

Logo em seguida, foram realizadas discussões junto à comunidade universitária e a análise técnica da Pró-Reitoria de Graduação (Prograd) que resultaram na proposta de calendário que foi submetida e aprovada no Consepe e no Consad.

Deu na Tribuna do Norte

 

Educação

Escola cívico-militar de Tarcísio terá PM ensinando sobre Três Poderes

Foto: Divulgação/Governo do Estado de São Paulo

O programa de escolas cívico-militares do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) prevê que policiais militares ensinem os alunos sobre o que são os Três Poderes e as diferenças entre os papéis do presidente, dos deputados e dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF).

A gestão paulista elencou esse tema entre os conteúdos integrantes da atividade extracurricular “Projeto Valores”, a ser ministrada semanalmente pelos militares nas escolas que aderirem ao modelo a partir de 2025.

A atividade será oferecida para as turmas no contraturno escolar, durante duas horas, e abrangerá temas ligados “à ética e ao civismo”. Além de ensinar sobre a estrutura e o funcionamento dos poderes Legislativo, Executivo e Judiciário, os policiais deverão abordar com os alunos conteúdos sobre “valores cidadãos”, “habilidades para o exercício da cidadania” e “direitos e deveres do cidadão”.

Os assuntos que ficarão sob atribuição dos militares constam em uma resolução assinada na última quinta-feira (20/6) pelo secretário-executivo da Educação, Vinícius Neiva, e pelo chefe da pasta de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite.

O documento traz as primeiras regras de funcionamento das escolas cívico-militares, após a sanção da lei em maio deste ano, e apresenta detalhes sobre temas como as funções dos policiais nos colégios, a seleção das escolas e a avaliação do programa.

Conforme dispõe a resolução, os monitores militares serão responsáveis por oferecer as atividades extracurriculares, promover a “cultura de paz” nos colégios e garantir ambiente “organizado e disciplinado”.

Caberá a eles zelar pela segurança das escolas, acionar a Polícia Militar em casos “de interesse policial” e adotar “providências preliminares” até a chegada das equipes.

Os PMs também poderão participar do programa Conviva, que hoje media conflitos das unidades, por meio da atuação de professores da rede estadual dedicados ao tema da convivência escolar.

Seleção

Segundo a resolução, unidades com piores resultados no Índice de Desenvolvimento da Educação do Estado de São Paulo (Idesp) e que estejam em áreas de alta vulnerabilidade, de acordo com o Índice Paulista de Vulnerabilidade Social (IPVS), terão prioridade para receber o modelo.

Neste último critério, incluem-se escolas localizadas em bairros periféricos da cidade de São Paulo, como Parelheiros e Grajaú, na zona sul, e São Miguel Paulista, na zona leste, por exemplo.

Também têm prioridade no programa as unidades com número maior de alunos; que tenham mais de uma modalidade de ensino, como ensino fundamental e médio; e que possuam espaço físico “adequado” para receber as atividades extracurriculares.

A adesão ao modelo cívico-militar passará por três etapas: a manifestação de interesse dos diretores; a seleção das escolas pela Secretaria da Educação; e a aprovação da comunidade escolar, por meio de votação em consulta pública.

Os diretores das escolas devem mostrar interesse em aderir ao projeto até o dia 28 de junho de cada ano letivo anterior, prazo que termina nesta sexta-feira (28/6), para mudanças que seriam em 2025.

Após o governo divulgar a lista de selecionados, uma publicação no Diário Oficial avisará sobre as datas para a consulta pública, que pode ser feita de forma on-line ou presencial. Poderão participar da votação pais de alunos, funcionários das escolas e estudantes com mais de 16 anos.

Segundo a lei aprovada por Tarcísio, o modelo cívico-militar só será implementado caso a maioria dos integrantes da comunidade escolar participe da votação e aprove a mudança.

O governo diz que o programa tem como objetivo principal melhorar a qualidade de ensino, ainda que especialistas afirmem que nenhum estudo comprova que o modelo cívico-militar traga resultados melhores que os demais.

Para medir a eficácia do programa, a Secretaria da Educação prevê monitorar resultados de provas de avaliação, como o Saresp e o Saeb, de nível estadual e nacional, além de observar a frequência escolar dos alunos e os números de ocorrências registradas pelo Conviva.

Deu no Metrópoles