Mordomia

Lula torrou R$ 70 milhões com viagens ao exterior: hospedagem nos EUA custou R$ 7,5 mi

Foto: Ricardo Stukert

 

As viagens internacionais do presidente Lula em 2023 custaram pelo menos R$ 70 milhões. Só a hospedagem em Nova Iorque, para participar da Assembleia Geral da Nações Unidas custou R$ 7,7 milhões. O presidente e comitiva ficaram no luxuoso hotel Lotte New York Palace. O aluguel de veículos, salas e tradutores custou mais R$ 6 milhões, fechando a conta em R$ 13,8 milhões – o equivalente a R$ 23 mil benefícios do Bolsa Família. O ex-presidente Jair Bolsonaro gastou R$ 37,6 milhões com viagens ao exterior em 2019 – primeiro ano do seu governo.

Só o aluguel de veículos para locomoção de Lula e comitiva em Nova Iorque custou R$ 4,2 milhões. O aluguel de salas, mais R$ 1,35 milhão. A contratação de intérpretes, aluguel de equipamentos, água, café, internet, somaram mais R$ 500 mil. As viagens de Lula pelo mundo custaram R$ 27,7 milhões com hospedagem, R$ 29,5 milhões com aluguel de veículos, salas, equipamentos, tradutores, e R$ 11,2 milhões com diárias para assessores e seguranças.

Os dados foram obtidos pelo blog por meio da Lei de Acesso à Informação. Foram fornecidos pelo Ministério das Relações Exteriores. No caso das diárias, o ministério informou apenas o valor total da despesa em todas as viagens. Informou o total dos gastos com hospedagens em cada viagem, sem citar detalhes. Os alugueis de veículos, salas e equipamentos foram detalhados.

As viagens mais caras

A viagem para Xangai e Pequim, em abril, custou R$ 5 milhões, sendo R$ 1,1 milhão com a locação de veículos e R$ 2 milhões com hospedagem. A viagem para Dubai, para a COP28, no início de dezembro, custou R$ 3,8 milhões, sendo R$ 2,1 milhões com hospedagens. A viagem de Lula arrastou uma caravana de 22 deputados, nove senadores e oito assessores à COP28. Mais uma despesa de R$ 1,2 milhão. As cinco passagens mais caras – todas de deputados, na classe executiva – tiveram valor médio de R$ 50 mil.

A viagem para Paris, onde Lula buscava o apoio da França para acordos comerciais com o Mercosul, custou R$ 3,8 milhões, sendo R$ 2,3 milhões com hospedagem e R$ 1,2 milhão com aluguel de veículos. Lula não conseguiu os apoios. A viagem para Lisboa e Madri, em abril, custou R$ 4,8 milhões. Foram gastos R$ 2,3 milhões com veículos e R$ 2 milhões com hospedagem. Na viagem a Nova Délhi, a despesa chegou a R$ 3,2 milhões, sendo R$ 2,2 milhões com hospedagem. (Veja abaixo tabela com as viagens mais caras)

Bolsonaro também gastou mais com hospedagens nas suas viagens ao exterior – R$ 14,5 milhões. As diárias da equipe de apoio custaram R$ 12,6 milhões. O fretamento de veículos para as equipes de apoio e seguranças consumiram mais R$ 10,2 milhões.

Deu na Gazeta do Povo

Mordomia

Arthur Lira utilizou voos oficiais da FAB para viajar a Salvador e Rio de Janeiro no Carnaval

 

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), utilizou pelo menos três voos oficiais da Força Aérea Brasileira (FAB) para viajar de Brasília a Salvador e Rio de Janeiro durante o Carnaval, para participar de um bloco carnavalesco e do desfile da escola de samba Beija-Flor de Nilópolis. Segundo dados abertos da corporação, os voos ocorreram entre os dias 9 e 12 de fevereiro, sendo dois deles com oito pessoas e um com cinco, por motivos de “segurança”.

De acordo com o relatório da FAB a que a Folha de São Paulo teve acesso, e que foi confirmado pela Gazeta do Povo nesta sexta (16), Lira partiu de Brasília para Salvador no dia 9 (veja na íntegra). Lá, ele se juntou ao deputado federal Elmar Nascimento (União-BA) para participar de eventos carnavalescos, incluindo a apresentação do cantor Bell Marques no ‘Bloco Vumbora’.

Após aproveitar as festividades na capital baiana, Lira seguiu viagem no domingo (11) em direção ao Rio de Janeiro. Na cidade maravilhosa, ele desfilou pela escola de samba Beija-Flor de Nilópolis, que recebeu um patrocínio de R$ 8 milhões da prefeitura de Maceió. A cidade é governada por João Henrique Caldas (PL-AL), aliado político de Lira.

Lira foi procurado pela reportagem, mas não respondeu. O retorno para Brasília está previsto para a próxima semana, quando as atividades parlamentares serão retomadas.

Um decreto presidencial de 2020 autoriza autoridades como ministros de Estado e os presidentes do Congresso e da Câmara a solicitarem transporte aéreo em aeronaves do Comando da Aeronáutica. Tal norma estabelece critérios de prioridade, que incluem emergências médicas, razões de segurança e viagens a serviço.

Lira, no entanto, foi o único a utilizar as aeronaves da FAB durante o período de Carnaval entre os dias 10 a 13 de fevereiro, realizando inclusive um deslocamento de Rio de Janeiro para Campinas (SP) no dia 12.

Esta não é a primeira vez que o presidente da Câmara utiliza voos da FAB durante o Carnaval. Em 2023, ele também recorreu a esses recursos para se deslocar de Salvador a São Paulo e acompanhar as festividades na cidade, incluindo shows como o de Bell Marques.

Durante sua participação no desfile da Beija-Flor no último domingo, Lira cumprimentou Anísio Abrão David, presidente de honra da escola de samba, que já foi condenado pela Justiça por envolvimento com o jogo do bicho no estado.

“Os governos realizam parcerias público-privadas, incentivam a cultura. Ninguém pode desconhecer que a escola de samba é um movimento democrático. Independentemente de como chegou até aqui, o Carnaval é fundamental da cultura brasileira”, disse Lira no sambódromo.

Em publicação nas redes sociais, Lira afirmou que o desfile representava um ‘momento histórico para a nossa capital e para o estado de Alagoas’. Por outro lado, a Prefeitura de Maceió esclareceu que o investimento na Beija-Flor teve como objetivo promover a cultura local e estimular o turismo na capital alagoana, sem utilizar verbas de emendas parlamentares.

Deu na Gazeta do Povo

Mordomia

Cissa Guimarães, Camila Pitanga, Emicida, mulher do Freixo: eles “fizeram o L” e agora são pagos com o seu dinheiro

 

Cissa Guimarães, “a garota que quebra o coco, mas não arrebenta a sapucaia” (nas palavras de Miguel Falabella, seu antigo colega no ‘Vídeo Show’), está de volta à tevê. No próximo dia 26, a atriz e apresentadora assume o comando do ‘Sem Censura’, histórico programa diário de debates da TV Brasil, emissora do Governo Federal.

Fora do ar desde 2021, quando teve seu contrato com a Globo rompido depois de quatro décadas, Cissa receberá da EBC (a Empresa Brasil de Comunicação, gestora do canal) R$ 840 mil por ano, o equivalente a um salário mensal de R$ 70 mil.

Houve quem se indignou com o valor, principalmente por se tratar de um órgão público. Outros lembraram que ela recebia o dobro na televisão da família Marinho para participar de apenas uma atração semanal (o ‘É de Casa’).

O buraco, no entanto, é bem mais embaixo. Afinal, Cissa Guimarães integra o grupo – cada vez maior – de artistas, jornalistas e influenciadores que apoiaram Lula nos últimos anos e depois foram beneficiados pela Secretaria de Comunicação Social com cargos ou cachês de publicidade institucional. A começar pela própria diretora de Programação e Conteúdo da EBC, Antonia Pellegrino.

Roteirista de filmes como ‘Tim Maia’ e ‘Bruna Surfistinha’, ela é filiada ao PT, neta do psicanalista (e comunista) Hélio Pellegrino (1924-1988) e casada com Marcelo Freixo, atual presidente da Embratur. Também cumpre o que parece ser um requisito básico para se dar bem nessa área do governo: mantém uma boa relação com a primeira-dama Janja Silva.

Com um salário mensal de R$ 27,3 mil, Antonia tem se cercado de outras figuras que “fizeram o L” e agora estão colhendo os frutos de sua militância. Como o jornalista e ex-editor do site Intercept Brasil, Leandro Demori. Conhecido pela série de reportagens ‘Vaza Jato’ (sobre a proximidade do ex-juiz Sergio Moro com os procuradores da Operação Jato), ele ganhou um talk-show próprio e uma remuneração anual de cerca de R$ 430 mil na tevê do governo.

Em novembro do ano passado, já contratado pela EBC, Demori usou suas redes sociais para reforçar um ataque coordenado da esquerda ao trabalho de outra jornalista, Andreza Matais, do Estado de S. Paulo – autora de matérias que comprovaram a participação de Luciane Barbosa Farias, a “Dama do Tráfico”, em eventos promovidos pelos ministérios dos Direitos Humanos e da Justiça e Segurança Pública.

O apresentador do ‘Dando a Real com Demori’ (nome de seu programa na TV Brasil) ainda foi a principal fonte de um texto, publicado na revista “vermelha” Forum, intitulado “Como o Estadão se tornou porta-voz da extrema direita atual?”. Segundo a publicação, ele revelou uma “trama complexa que envolve bilionários em busca da construção de um grande meio de comunicação para combater o PT e a esquerda como um todo”.

Mas os exemplos de lulistas agraciados com cargos na EBC não param por aí. Depois de ensaiar uma candidatura a deputado federal pelo PSB fluminense, e apoiar publicamente Lula em 2022, o ex-global Marcos Uchôa virou assessor da presidência da empresa estatal – e hoje acompanha o petista em suas viagens pelo mundo, além de ancorar as lives ‘Conversa com o Presidente’. Remuneração mensal: R$ 17,8 mil.

A documentarista Maria Augusta Ramos, gerente-executiva de Conteúdo da tevê, é notória por dirigir filmes como ‘O Processo’ (um panfleto contra o impeachment de Dilma Roussef) e ‘Amigo Secreto’ (também sobre o vazamento das mensagens entre Sergio Moro e os procuradores da Lava Jato). Seu salário, por mês, é de R$ 21,4 mil.

Há boquinhas disponíveis até para “influenciadores digitais” engraçadinhos. O publicitário Jeferson Monteiro, criador do perfil chapa-branca Dilma Bolada, recebia R$ 17,8 mil para ser “produtor educativo” na Gerência Executiva de Produção, Aquisições e Parcerias de Conteúdos Educativo da EBC. “Recebia”, no tempo passado, porque Monteiro acabou sendo exonerado no final de 2023.

O motivo? Ele resolveu passar uma temporada viajando pela Europa antes mesmo de ter direito às primeiras férias na empresa pública.

Mas deu tudo certo para o publicitário, que logo em seguida retomou sua função na equipe de comunicação do prefeito carioca Eduardo Paes (PSD) – anfitrião de um jantar oferecido para Lula, na quarta-feira (6), na residência oficial do chefe do executivo municipal. Seu “soldo” no Rio é ainda maior: R$ 32,8 mil.

Incluído na faixa dos R$ 17,8 mil, outro influencer muito popular, Murilo Pereira Ribeiro, o Muka, foi nomeado em janeiro para o cargo de gerente de pauta da EBC. Na prática, será um dos debatedores fixos do ‘Sem Censura’ (cuja apresentadora mais lembrada, ironicamente, é uma jornalista agora associada à direita, Leda Nagle, que comandou o programa entre 1996 e 2016).

Muka é agenciado pela Mynd8, empresa responsável por perfis pró-Lula e pela carreira de influenciadores acusados de compartilhar conteúdos falsos que teriam desencadeado a morte, por suicídio, de uma jovem de 22 anos (o famoso “Caso Choquei”). Também é – surpresa! – amicíssimo de Janja.

Artistas-lulistas receberam R$ 30 mil para estrelar campanha do Ministério da Saúde

Bem relacionada no meio cultural, a primeira-dama conseguiu que vários artistas participassem, sem receber cachê, de dois eventos simbólicos da nova era do marido no poder: a regravação do clipe para o jingle ‘Sem Medo de Ser Feliz’ (aquele do refrão ‘Lula lá’), durante a campanha, e o Festival do Futuro, realizado em Brasília no dia da posse, em janeiro do ano passado.

Mais de 20 atores e cantores aparecem no vídeo, entre eles alguns que já haviam gravado a versão original de 1989 (Chico Buarque, Marieta Severo, Lucélia Santos, Cristina Pereira). Entre os “novatos”, estão pelo menos duas celebridades mais tarde recompensadas financeiramente: Cissa Guimarães e Camila Pitanga. Esta última, por meio da participação em uma campanha do Ministério da Saúde criticada pelo alto custo dos cachês oferecidos a 17 convidados – R$ 30 mil “por cabeça”.

Criadas para conscientizar a população sobre a importância das vacinas, as peças publicitárias foram estreladas por nomes como Emicida, Caio Blat, Camila Morgado, Leandra Leal, Paulo Betti, Natália Lage, Sheron Menezes e Ivan Baron (o ativista portador de necessidades especiais que subiu a rampa com Lula na posse). Todos, sem exceção, declararam seu apoio em algum momento ao presidente – basta uma passada por suas redes sociais para confirmar.

Outra campanha da pasta da Saúde, com foco na prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, pagou R$ 120 mil para quatro influencers publicarem mensagens temáticas no Instagram. A maior fatia do bolo, R$ 50 mil, ficou com Rafael Chalub, conhecido na internet como Esse Menino.

Em 2021, Chalub viralizou com um vídeo em que ironizava o ex-presidente Jair Bolsonaro por causa da denúncia – feita pelo senador Randolfe Rodrigues (sem partido-AP) durante a CPI da Covid – sobre os mais de 50 e-mails enviados pela farmacêutica Pfizer (e não respondidos pelo governo) para solicitar um posicionamento quanto à compra de vacinas.

“O desgoverno Bozo ignorou 57 e-mails da Pfizer ano passado. Eles queriam fazer o Brasil de vitrine para imunização, até ofereceram vacinas pela metade do preço quando não viam sinais de resposta. Era pra gente tá vacinado, muitas pessoas morreram e estão morrendo por capricho desse bosta. #forabolsonaro”, dizia a legenda do post.

Questionado sobre o custo dos cachês, o Ministério da Saúde afirmou, por meio de uma nota, que o valor pago às celebridades estava abaixo do preço de mercado e era menor que o recebido por participantes das campanhas de publicidade da gestão anterior.

Diante da previsão de despesas do governo com publicidade oficial para este ano – R$ 647 milhões, contra R$ 359 milhões em 2023 –, é de se esperar que ainda mais aliados sejam reconhecidos pelos serviços prestados ao presidente. Parafraseando aquele famoso bordão da direita: “quem ‘fez o L’, lucra” (menos o povo, claro).

Deu na Gazeta do Povo

Mordomia

MORDOMIA NO GOVERNO FÁTIMA: Com votos contrários de minoritários, AGN cria cargo que vai custar R$ 424 mil por ano

 

Em assembleia com acionistas, a Agência de Fomento do Rio Grande do Norte S.A (AGN) aprovou a criação de mais uma diretoria a um custo anual de R$ 424 mil. A reunião, que ocorreu na manhã desta terça-feira (6), teve votos contrários de todos os acionistas minoritários presentes, mas o Governo do Estado, que possui 98,6% das ações, fez valer sua decisão e aprovou o novo cargo.

No dia 23 de janeiro foi enviada uma circular às entidades empresariais que são acionistas da AGN sobre da criação de um cargo diretor com vencimento mensal de R$ 32,65 mil. Na reunião desta terça-feira, participaram as Federações da Indústrias (Fiern), da Agricultura, Pecuária e Pesca (Faern), do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Fecomercio) do Rio Grande do Norte, bem como o Sindicato das Empresas de Turismo no Estado (Sindetur-RN). Todos votaram contra a criação.

Porém, com a decisão do Governo, ficou criada a Diretoria de Desenvolvimento, Estratégias e Negócios. A proposta de criação da diretoria já havia sido criticada pelos representantes das federações.

O presidente da Faern, José Álvares Vieira, disse que tinha preocupação com os números apresentados em reuniões e reiterado a necessidade de uma modernização, “mas sem criação de novos cargos na estrutura”. Para Vieira, a nova diretoria “representa um custo adicional desnecessário para uma agência cuja estrutura de recursos para financiamentos encontra-se bastante fragilizada”.

Já o presidente da Fiern, Roberto Serquiz, disse que “não vê como justificar a criação de uma diretoria de negócio, levando-se em conta que mais de 95% das operações de financiamento da AGN são de microcréditos”. Para Serquiz, ao invés da Agência de Fomento criar uma nova diretoria, a um custo anual de R$ 424.547,89, a AGN precisaria diminuir custeio”.

Missão da AGN

Dentro da matriz institucional do Governo do Estado do Rio Grande do Norte, cabe à AGN a seguinte missão: “Fomentar o desenvolvimento econômico e sustentável do Rio Grande do Norte, promovendo a criação de emprego e renda, estimulando a modernização das estruturas econômicas e sociais, aumentando assim, a competitividade empresarial do Estado”. Com a seguinte visão de futuro: “Ser reconhecida como instituição de fomento competitiva, articuladora e indutora do desenvolvimento sustentável do RN, tornando-se referência no fomento aos negócios de microempreendedores”.

O principal objetivo da AGN é contribuir para o desenvolvimento do Estado do Rio Grande do Norte. Antes de sua instalação foi elaborado um estudo, em parceria com a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e a Federação das Indústrias do RN (Fiern), envolvendo o Projeto Conceitual da Agência. Os modelos operacional, financeiro e administrativo, além da análise de viabilidade econômica e o conjunto de planos, normas e diretrizes, asseguram o pleno cumprimento dos objetivos da AGN. Em nota, a AGN informa que em relação ao seu processo de modernização da estrutura organizacional, que “possui dotação orçamentária própria advinda de seu fluxo operacional enquanto instituição financeira destinada ao fomento e desenvolvimento”.

Segundo a nota da AGN, que é presidida pela ex-deputada estadual Márcia Maia, a mudança estrutural proposta, conforme premissas da modernização institucional, não obstante as necessárias adequações de perfis, missão, nomenclaturas e subordinação hierárquica, “não implicará aumento na quantidade de cargos na nova modelagem organizacional, exceção feita a criação do cargo na nova diretoria.

A AGN explica que a nova Diretoria objetiva a criação de uma estrutura específica de captação e ampliação de novos negócios em todas as áreas de atuação da instituição, conforme crescimento do número de financiamentos, tal qual do volume de recursos a ser liberado, mediante previsão indicada no planejamento estratégico institucional para 2024.

Deu na Tribuna

Mordomia

Ex-senador recebe aposentadoria desde os 29 anos

 

Além da fatura das incontáveis regalias que parlamentares impõem ao pagador de impostos, o cidadão também arca com milionária folha de pagamento de aposentadorias de 66 ex-senadores. Os vencimentos vão de R$8.330,18 até R$40.698,89. A mais longeva mamata é paga a Luiz Fernando Freire, que se aposentou aos 29 anos. Entre 1963 e 1967, foi deputado federal e passou três anos (1980-1983) como senador ao assumir o mandato de Henrique de La Rocque, nomeado para o TCU.

Em 2023, mais quatro nomes engrossaram a folha de pagamento: Maria do Carmo Alves, Fernando Bezerra Coelho, Vanessa Gazziotin e…

Auxílio-reclusão?

…Telmário Mota! O ex-senador pouco curtiu os R$8.330,18. O pé de meia começou a ser pago em julho. Em outubro, Mota acabou preso.

O maior contracheque é do hoje deputado estadual de São Paulo Eduardo Suplicy: R$40,6 mil depositados todo santo mês.

Folha milionária

A inchada folha de pagamento com as aposentadorias das 66 excelências está em R$1.409.468,69.

Informações do Cláudio Humberto

Judiciário, Mordomia

Super-remunerações no TJDFT: técnicos ganham até R$ 883 mil em um mês

Foto: Rafaela Felicciano

O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT) pagou super-remunerações a técnicos e analistas judiciários nos últimos meses. Um técnico lotado no Núcleo de Suporte a Redes Convergentes teve rendimento bruto de R$ 883,6 mil em dezembro de 2022 – o maior valor registrado nas folhas de pagamento do TJDFT. Ele recebeu R$ 633,9 mil líquidos naquele mês.

Segundo o contracheque, a remuneração básica do técnico era de R$ 11,7 mil em dezembro de 2022. Ele recebeu mais R$ 2,1 mil de vantagens pessoais, R$ 1,2 mil em indenizações, R$ 854,6 mil em “vantagens eventuais” e R$ 13,8 mil em gratificações, somando um total de R$ 883,6 mil. Com os descontos da Previdência e do Imposto de Renda, o TJDFT pagou efetivamente R$ 633,9 mil para o servidor.
Veja:

De outubro a dezembro de 2022, as remunerações somadas do servidor, sem os descontos obrigatórios, foram de R$ 1 milhão. Em outubro, o TJDFT pagou R$ 95,5 mil líquidos (R$ 153,7 mil bruto) para o técnico e, em novembro, a remuneração líquida dele foi de R$ 10,5 mil (R$ 14,7 mil bruto). Os dados são oficiais e estão disponíveis no site do tribunal.

O técnico judiciário em questão havia sido demitido pelo TJDFT em agosto de 2018, por improbidade administrativa. A portaria que efetivou o desligamento cita os motivos da demissão: “Valer-se do cargo para lograr proveito pessoal ou de outrem, em detrimento da dignidade da função pública; utilizar pessoal ou recursos materiais da repartição em serviços ou atividades particulares; e proceder de forma desidiosa”.

Ele conseguiu reverter a medida administrativa com direito aos valores retroativos e foi reintegrado à Corte, em outubro de 2022.

O vencimento (salário básico) de um técnico do TJDFT varia de R$ 3,3 mil a R$ 5 mil. Já a remuneração de um analista vai de R$ 5,5 mil a R$ 8,2 mil, dependendo do padrão. Os servidores podem receber penduricalhos, como gratificações por atividade externa e de segurança, que elevam o salário. Os valores das remunerações dos cargos efetivos do TJDFT estão disponíveis no site da Corte. Veja aqui.

R$ 695,2 mil e R$ 576,2 mil

Em dezembro de 2022, mês no qual o técnico recebeu R$ 633,9 mil líquidos, o TJDFT fez pagamentos acima de R$ 100 mil para pelo menos outros 16 técnicos e analistas.

O segundo maior pagamento do mês, de R$ 478,5 mil líquidos (R$ 695,2 mil bruto), foi para uma técnica aposentada. Um analista lotado no Núcleo Médico teve remuneração líquida de R$ 467 mil (R$ 576,2 mil) no período.

A situação se repetiu em outros meses. Em julho de 2023, por exemplo, pelo menos 12 analistas e técnicos tiveram remuneração acima de R$ 100 mil. O maior valor pago no mês foi de R$ 207,1 mil líquidos (R$ 217 mil bruto), para uma analista lotada em gabinete de um desembargador.

Um técnico que trabalha no gabinete de um juiz recebeu a segunda maior remuneração entre servidores do período, de R$ 171,1 mil líquidos (R$ 179,8 mil – montante bruto).

Em dezembro de 2023, foram registradas remunerações acima de R$ 100 mil para pelo menos 36 técnicos e analistas judiciários. Um analista lotado no Tribunal de Justiça do Amapá, mas que consta na folha de pagamento do TJDFT, ganhou R$ 243,2 mil líquidos (R$ 285,1 mil). No mesmo mês, um analista aposentado recebeu R$ 228,3 mil líquidos (R$ 317,6 mil).

 

O que diz o TJDFT

Sobre o caso do técnico que havia sido demitido e, após reintegrado à Corte, teve rendimento de R$ 1 milhão bruto, o TJDFT disse à coluna que, “para assegurar o fiel cumprimento da decisão final, o Tribunal efetuou os cálculos referentes aos valores que deixou de receber no período em que esteve desligado (31/08/2018 a 13/10/2022), sendo o pagamento devidamente creditado em folha de pagamento”.

“Em 10/2022, o servidor recebeu, além do próprio pagamento de outubro, as verbas devidas pelo período de janeiro a setembro/2022. Já em 12/2022, recebeu as verbas referentes aos exercícios anteriores”, explicou a Corte. O TJDFT não deu detalhes sobre os motivos da demissão e da decisão de readmissão do servidor porque disse que se trata de um processo sigiloso.

Questionado sobre o que elevou as remunerações dos servidores além de eventuais 13º e férias, o TJDFT afirmou que “houve o pagamento de passivos (débitos) de vários anos, que já teriam sido reconhecidos por decisão e aguardavam disponibilidade orçamentária para quitação, sendo decorrentes de decisões finais, que geraram o pagamento de débitos da administração com servidores, magistrados e pensionistas (viúvas de ex-servidores)”.

“Foram realizados, no período, conforme disposição legal, acertos financeiros relacionados à concessão da aposentadoria de magistrados e servidores, todos apurados após o devido trâmite processual e legalmente devidos no momento em que ocorrem os atos de desligamento”, enfatizou a Corte.

Deu no Metrópoles

 

Judiciário, Mordomia

STJ vai bancar reforma de R$950 mil para o Ministro Benedito Gonçalves morar em bairro nobre

 

Edital aberto pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) prevê gastar até R$950.868,81 para reformar um imóvel funcional do tribunal localizado no Lago Sul, área nobre do Distrito Federal que costuma ser o endereço de ricaços e autoridades no topo da República.

A belíssima casa era ocupada pelo ministro Felix Fischer. De acordo com o portal Uol, fonte da informação, depois da repaginada, o imóvel deve ser ocupado por Benedito Gonçalves. O nome do ministro não foi confirmado ou negado pela assessoria do STJ.

A reforma do casarão inclui a troca de bancadas, instalação hidráulica e elétrica, instalações para TV e ar-condicionado, troca da calçada, do muro e do portão, pintura do teto e das paredes, impermeabilização do piso e da piscina, além da reforma do teto.

À reportagem, o STJ informou que “a casa não passa por manutenção desde 1997 e é uma rotina fazer reparos e reformas nos imóveis quando eles são desocupados pelos ministros”.

Ministro Benedito Gonçalves deve ser o novo inquilino da belíssima casa. Informação não é confirmada ou negada pelo STJ (Foto: Antonio Augusto/TSE)

Deu no Diário do Povo

 

Judiciário, Mordomia

Veja valores espantosos dos itens de luxo usados pelo filho de ministro do STJ

O tênis de R$30 mil de Felipe, filho de Benedito Gonçalves, seu relógio de R$1,3 milhão, pulseira Cartier etc etc.

 

Em vez de mandar investigar os sinais exteriores de riqueza de Felipe Brandão, filho do ministro do STJ (Superior Tribunal de Justiça) Benedito Gonçalves, conhecido pelas relações com o presidente Lula (PT),  uma juíza do Rio de Janeiro preferiu censurar o vídeo em que o rapaz exibe, nas ruas de Amsterdã, um relógio de R$1,3 milhão, pulseira de R$85,5 mil, tênis de R$30 mil e outros itens de alto luxo.

O vídeo é o de número 85 de uma série promovida pelo influenciador holandês Anthony Kruijver, que mostra em suas redes sociais como as pessoas se vestem e o que usam em locais públicos.

A censura provocou efeito contrário, com sua viralização: está sendo replicado em massa nas redes sociais. Apesar do ato de violência, o vídeo do influenciador que ainda estava em seu perfil do instagram na manhã deste sábado (13)  foi apagado.

Benedito Gonçalves ao receber de Lula um afago na bochecha.

 

Celebrizado pela expressão “missão dada, missão cumprida”, que vazou de um áudio em evento no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), indignando eleitores bolsonaristas, Benedito Gonçalves recebeu de Lula um afago na bochecha logo após segredar algo aos ouvidos do presidente. Ele atuou como ministro corregedor da campanha eleitoral de 2022 e ficou conhecido por decisões controvertidas, quase sempre contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, impedindo-o até de mostrar imagens de eventos de que participou como ocupante do cargo máximo da Nação. Foi dele também a decisão de tornar Bolsonaro “inelegível”.

 

O Diário do Poder fez consulta às páginas de venda originais das marcas ostentadas e dos vendedores autorizados no Brasil. O filho do ministro Benedito Gonçalves exibiu um exclusivíssimo par de tênis Air Force, que a Nike produziu em parceria com a marca de luxo Louis Vuitton, que custa no Brasil R$30 mil. Veja o preço do par de tênis:

O item mais caro exibido pelo filho do ministro do STJ é um relógio Richard Mille RM 011, para muitos de gosto duvidoso, avaliado em US$260mil, equivalentes a cerca de R$1,3 milhão. Este relógico, exposto em sites especializados, estava no pulso esquerdo do rapaz:

Uma espalhafatosa calça Denim Tears, que Felipe vestia em completo desacordo com os demais itens de luxo que usava nas ruas de Amsterdam, é comercializada a partir de R$5 mil:

 

Durante o vídeo, Felipe fez questão de destacar que era da marca exclusiva (e cara) Prada a jaqueta que usava, apontando sua logomarca na altura do peito. Essa jaqueta é vendida em lojas na Prada no Brasil por R$17,5 mil. Veja:

 

No braço direito, o filho do ministro Benedito Gonçalves usava não apenas uma, mas duas pulseiras pulseiras da marca francesa Cartier, uma das m ais caras do mundo, que somam o equivalente R$85,5 mil. Observe os preços expostos no site da marca:

E outra no valor de R$ 58 mil:

Durante a gravação do vídeo, o influenciador holandês Anthony Kruijver observou que era de alto luxo a mochila que Felipe levava às costas. Fazendo expressão de quem estava feliz com a identificação, ele dá as costas para mostrar à câmera sua mochila Dior modelo  bolsa Dior avaliada em cerca de R$13 mil.

Uma pulseira Van Cleef é percebida no punho esquerdo de Felipe, idêntica a uma peça exibida pela mulher ao seu lado, custa 4.500 dólares cada, 9.000 no total, Ou R$45 mil.

 

A mulher que acompanhava Felipe na gravação usava um par de tênis LV Stake, que pode ser comprado por R$ 7 mil. Ela usava também um relógio Rolex mopdelo Day-Date 40, vendido por R$302,5 mil.

 

Nas redes sociais, usuários passaram a se manifestar atribuindo à ostentação do empresário um escárnio com o Brasil. “Isso é só mais uma das afrontas do poder da corrupção contra o povo brasileiro. Nada mais me surpreende aqui, infelizmente”,afirmou um internauta.

A juíza do Rio de Janeiro ignorou o fato de o vídeo ter sido produzido com autorização de Felipe, que até o divulgou em suas redes sociais, e imaginou que “a intenção” de sua divulgação seria “ridicularizar” o rapaz “e atingir terceiros”.

Deu no Diário do Poder

Mordomia, Política

Família de ministro de Lula abastece veículos com dinheiro público

 

O ministro de Portos e Aeroportos do presidente Lula (PT), Silvio Costa Filho (Rep-PE), usou recursos da cota parlamentar para abastecer veículos de familiares.

Notas fiscais mostram que o gabinete de Costa Filho encheu o tanque de veículos da mulher, Cristiana Bezerra, do pai, Silvio Serafim Costa, e do irmão, Carlos Antônio da Costa, entre abril de 2022 e agosto de 2023, no período em que ele exercia o mandato de deputado federal.

As informações foram reveladas pelo jornal O Globo, e mostraram que outro veículo abastecido com o dinheiro público foi o da cunhada de Costa Filho, Hildiany Kelly.

Procurada pelo jornal, Kelly confirmou que é dona do carro, mas não explicou o motivo pelo qual o mesmo consta no pedido de reembolso apresentado pelo gabinete.

O gabinete informou à Câmara ter abastecido 48 veículos diferentes no mesmo posto, gastando R$105,1 mil com combustível entre abril de 2022 e agosto de 2023.

O valor é referente a 10,8 mil litros de gasolina, 6,7 mil litros de diesel e 793,91 litros de etanol. Até janeiro de 2023, a Câmara estabelecia o limite mensal de R$6 mil para esse tipo de gasto. Atualmente, o limite é de R$9,3 mil.

Ao jornal, o ministro negou que cometeu as irregularidades, e alegou que o posto falhou “do ponto de vista contábil”.

“Eles falharam no ponto de vista contábil. Nós fizemos o dever de casa: prestamos contas e houve aprovação da Câmara. Em momento nenhum, fizemos abastecimento em carros com placas de familiares. Na minha cabeça, estava tudo ok. A assessoria nunca parou para adentrar nota por nota. Não é uma coisa pertinente ao gabinete. Acho que não acontece em nenhum gabinete de deputado, de avaliar placa por placa”, afirmou Silvio Costa Filho.

Deu no Diário do Poder

Judiciário, Mordomia

TCU contrariou parecer da área técnica ao autorizar penduricalho a juízes

 

Os ministros do Tribunal de Contas da União (TCU) contrariaram um parecer da área técnica da Corte ao confirmar o pagamento do benefício que permite o aumento em cerca de um terço da remuneração mensal de juízes federais e do Trabalho. Os técnicos consideraram o benefício, que foi estendido aos ministros do TCU, irregular.

O relatório foi elaborado pela Unidade de Auditoria Especializada em Pessoal do tribunal, que apontou a existência “de robustos indícios de irregularidades” no penduricalho, segundo apuração do jornal Folha de S. Paulo. O Ministério Público junto ao TCU questionou as resoluções do Conselho da Justiça Federal e do Conselho Superior da Justiça do Trabalho que aprovaram a remuneração extra.

No último dia 13, o ministro Antonio Anastasia, relator da ação, pediu o arquivamento do caso. O entendimento do relator foi acompanhado pelos demais ministros. No parecer, os técnicos do TCU classificaram o benefício como “peculiar e totalmente desproporcional” e pediram a sua imediata suspensão. A área técnica estimou que a medida, que abrange quase toda a magistratura, pode resultar em gastos de cerca de R$ 865 milhões ao erário.

“Não precisa esforço para perceber violações e ofensas aos princípios constitucionais da razoabilidade, legalidade, moralidade”, diz o parecer. Os técnicos destacaram que as resoluções “criaram gratificações novas, mediante uma retórica de assimetria entre carreiras”, sem o conhecimento do Parlamento. Os auditores defenderam que o benefício deveria ter sido discutido no Congresso e estabelecido em lei.

O penduricalho permite que juízes recebam uma gratificação por acúmulo de função por atividades administrativas ou processuais adicionais. Com isso, os juízes podem optar pelo pagamento proporcional sem bater no teto remuneratório para promotores e procuradores.

Apesar de o TCU não integrar o Poder Judiciário, existe a comparação constitucional de direitos, por isso o benefício também é estendido aos ministros da Corte. O tribunal é um órgão de controle externo do governo federal que auxilia o Congresso Nacional a acompanhar a execução orçamentária do país.

Informações da Gazeta do Povo