Saúde

Vacina contra dengue volta às clínicas particulares

FILIPE BARBOSA/ENQUADRAR/ESTADÃO CONTEÚDO

A vacina contra a dengue, produzida pela farmacêutica japonesa Takeda, voltou a ser oferecida em algumas clínicas particulares do Brasil, para pessoas fora do público-alvo do Ministério da Saúde. Desde fevereiro deste ano, a Takeda priorizou o envio de doses ao Ministério da Saúde, após a aprovação da vacina pela Anvisa no início de 2023. Em dezembro do mesmo ano, com o aumento dos casos de dengue, a procura pela vacina cresceu significativamente nas clínicas particulares e farmácias. Devido à escassez de doses no Sistema Único de Saúde (SUS), que atende apenas crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, a Takeda decidiu priorizar o Ministério da Saúde, retirando o imunizante das clínicas particulares.

Com a redução dos casos de dengue e do número de mortes, as vacinas estão voltando às clínicas particulares. Laboratórios já informaram os clientes sobre a disponibilidade para a primeira ou segunda dose. O custo da vacina na rede particular varia entre R$ 350 e R$ 450 por dose, totalizando de R$ 600 a R$ 900 para as duas doses necessárias. A Takeda continua priorizando a distribuição ao SUS, mas está atendendo também a demanda da população interessada em se imunizar.

Publicado por Luisa Cardoso

Saúde

RN registra aumento no número de transplantes em 2024

Foto: Sesap / Reprodução

O Rio Grande do Norte registrou um aumento de quase 25% no total de transplantes realizados no primeiro semestre de 2024, que totalizaram 198 procedimentos, em relação ao mesmo período de 2023, quando foram realizados 160 transplantes. Os dados são da Central Estadual de Transplantes da Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), que coordena os trabalhos no estado.

O transplante de córneas representou o maior crescimento, com o aumento de 71 procedimentos em 2023 para 94 em 2024. Segundo a coordenadora da Central Estadual de Transplantes do RN, Rogéria Medeiros, houve um incentivo maior para a captação desse órgão. “O aumento no número de transplantes de córneas é resultado do trabalho de conscientização nas unidades hospitalares”, explica ela.

Segundo dados da Central de Transplantes do RN, o número de transplantes de medula óssea passou de 60 para 81, aumento atribuído à entrada da Liga Norte Riograndense contra o Câncer no sistema de realização de procedimentos, após habilitação no Ministério da Saúde.

Deu na 98 FM

Saúde

Brasil deixa lista dos 20 países com mais crianças não vacinadas

Foto: Magnus Nascimento

O ano de 2023 marcou um avanço do Brasil na imunização infantil e fez o país deixar o ranking das 20 nações com mais crianças não vacinadas. A constatação faz parte de um estudo global divulgado nesta segunda-feira (15) pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Organização Mundial da Saúde (OMS).

A pesquisa revela que o número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1 caiu de 710 mil em 2021 para 103 mil em 2023. Em relação à DTP3, a queda entre os mesmos anos foi de 846 mil para 257 mil. A DTP é conhecida como a vacina pentavalente, que protege contra a difteria, o tétano e a coqueluche.

Com a redução na quantidade de crianças não vacinadas, o Brasil, que em 2021 era o sétimo no grupo dos países com mais crianças não imunizadas, deixou a lista negativa. O Brasil apresentou avanços constantes em 14 dos 16 imunizantes pesquisados.

A chefe de Saúde do Unicef no Brasil, Luciana Phebo, destacou que o comportamento da imunização infantil no país é uma retomada após anos de queda na cobertura de vacinação. Ela ressalta a importância de o país seguir em busca de avanços, inclusive levando a vacinação para fora de unidades de saúde, exclusivamente.

“É fundamental continuar avançando ainda mais rápido para encontrar e imunizar cada menina e menino que ainda não recebeu as vacinas. Esses esforços devem ultrapassar os muros das unidades básicas de saúde e alcançar outros espaços em que crianças e famílias – muitas em situação de vulnerabilidade – estão, incluindo escolas, Cras [Centro de Referência de Assistência Social] e outros espaços e equipamentos públicos”, assinala.

No mundo

O resultado de avanço do Brasil está na contramão do cenário global, no qual houve aumento no número de crianças que não receberam nenhuma dose da DTP1, passando de 13,9 milhões em 2022 para 14,5 milhões em 2023.

O número de crianças que receberam três doses da DTP em 2023 estagnou em 84% (108 milhões). A DTP é considerada um indicador chave para a cobertura de imunização global.

Em 2023 havia no mundo 2,7 milhões de crianças não vacinadas ou com imunização incompleta, em comparação com os níveis pré-pandemia de 2019.

Ao todo, o levantamento do Unicef e da OMS traz dados de 185 países.

Efeito da não vacinação

Uma forma prática de entender a importância da vacinação é por meio da observação de certas doenças, como o sarampo, que apresentou surtos nos últimos cinco anos.

A cobertura vacinal contra o sarampo estagnou, deixando cerca de 35 milhões de crianças sem proteção ou com proteção parcial. Em 2023, apenas 83% das crianças em todo o mundo receberam a primeira dose do imunizante. Esse patamar fica abaixo da cobertura de 95% necessária para prevenir surtos, mortes desnecessárias e alcançar as metas de eliminação do sarampo.

Nos últimos cinco anos, surtos de sarampo atingiram 103 países – onde vivem aproximadamente três quartos dos bebês do mundo. A baixa cobertura vacinal nessas regiões (80% ou menos) foi um fator importante. Por outro lado, 91 países com forte cobertura vacinal não experimentaram surtos.

HPV em meninas

Um dado positivo, porém, insuficiente no levantamento, é a vacinação de meninas contra o papilomavírus humano (HPV), causador do câncer do colo do útero. A proporção de adolescentes imunizados saltou de 20% em 2022 para 27% em 2023.

No entanto, esse nível de cobertura está bem abaixo da meta de 90% para eliminar esse tipo de câncer como um problema de saúde pública. Em países de alta renda, o nível é de 56%, e nos de baixa e média, 23%.

Fonte: Agência Brasil

 

 

Saúde

Anvisa proíbe venda de chocolates de marca famosa contaminados por metal

No recente comunicado da Anvisa, uma ação drástica foi tomada contra uma renomada marca de chocolates. Cerca de dois lotes foram retirados do mercado devido à contaminação por metais pesados perigosos, como chumbo e cádmio. Esse episódio reacende a discussão sobre a segurança alimentar e a importância da vigilância constante sobre os produtos consumidos pela população brasileira.

O consumo de chocolate é uma prática comum entre os brasileiros, integrando o cotidiano de muitas famílias. Essa medida preventiva da Anvisa busca proteger os consumidores de riscos significativos à saúde, causados pela ingestão desses contaminantes tóxicos presentes em alimentos.

Qual foi a causa da proibição pela Anvisa?

Conforme divulgado, os produtos afetados são o Chocolate em Pó 50% Cacau, lote 09/23, e o Chocolate em Pó 100% Cacau, lote 10/23 RS, ambos da marca Qualicau. Os testes realizados identificaram a presença excessiva de chumbo e cádmio, motivando a ação imediata da Anvisa para evitar maiores problemas de saúde pública.

O que são o cádmio e o chumbo e quais seus perigos?

O cádmio é um metal pesado comumente liberado através de atividades industriais, enquanto o chumbo pode entrar na cadeia alimentar por meio da contaminação de solo, água e ar, além de práticas agrícolas inadequadas. A exposição a esses materiais pode resultar em problemas graves como alterações neurológicas, danos renais, efeitos adversos no desenvolvimento infantil e riscos aumentados de doenças cardiovasculares.

Como a Anvisa atua na proteção da saúde pública?

Saúde

4 técnicas para lidar com a ansiedade no trabalho

Imagem: Julia Zavalishina

 

A ansiedade é cada vez mais comum em ambientes profissionais que exigem alta produtividade, cumprimento de prazos rigorosos e constante adaptação a mudanças. Em níveis moderados, ela pode ser benéfica, aumentando a atenção e a capacidade de reação diante de desafios.

No entanto, quando não gerenciada adequadamente, pode impactar significativamente a saúde mental e física, além de reduzir a eficiência e a satisfação no trabalho. “Há situações em que é comum se sentir ansioso ou nervoso. Mas, quando esse sentimento começa a controlar o dia a dia e causar problemas ao bem-estar emocional e físico, é hora de procurar ajuda especializada”, explica o psicólogo André Carneiro, especialista em Terapia Cognitiva-Comportamental (TCC).

Pensando nisso, separamos 4 dicas que podem ajudar a lidar com essa questão. Confira!

1. Mindfulness

Praticar mindfulness promove um estado de calma e foco no presente, o que ajuda no dia a dia profissional. A atividade é composta tanto por exercícios simples quanto mais complexos. “Pode ser desde o simples ato de parar e escutar todos os barulhos à sua volta, sentir seu corpo na cadeira ou seus pés no chão, perceber cheiros, até mesmo técnicas mais rebuscadas de meditação, dentre outras. As diversas técnicas são utilizadas como recurso em terapias médicas, psiquiátricas e psicológicas”, explica Rafaela Generoso, coach de prosperidade e riqueza.

2. Organização e planejamento

Manter-se organizado e planejar as tarefas pode diminuir a sensação de estar sobrecarregado. Utilizar ferramentas de gerenciamento de tempo, como listas de tarefas e calendários, ajuda a visualizar e priorizar as atividades diárias. Estabelecer metas realistas e dividir grandes projetos em etapas menores e mais manejáveis também auxilia no alívio da ansiedade relacionada ao trabalho.

3. Pausas regulares

Fazer pausas regulares ao longo do dia é essencial para evitar o esgotamento e a ansiedade. Levantar-se, alongar-se ou dar uma curta caminhada pode revitalizar a mente e o corpo. Além disso, intervalos programados ajudam a manter a produtividade e a clareza mental, permitindo que se retorne às tarefas com mais foco e energia.

“Nas empresas, devem existir momentos que sirvam para diminuir a tensão, por isso você tem seu horário de almoço e pausa para o café. Sem esses momentos de folga, as pessoas começam a produzir menos. Aproveite esses espaços para fazer alguns exercícios de relaxamento ou jogar conversa fora com os colegas de trabalho”, acrescenta o psicólogo César A. S. Borella.

4. Busca por apoio

Conversar com colegas de trabalho, amigos ou familiares sobre os desafios enfrentados pode proporcionar alívio emocional e novas perspectivas. Além disso, é importante buscar orientação psicológica.

“Somente o profissional especializado poderá compreender os gatilhos que levam às crises de ansiedade e trabalhar para existirem menos impactos negativos possíveis na vida e no cotidiano de alguém”, ressalta o psicólogo André Carneiro.

Deu na JP News

Saúde

Cidade de São Paulo registra 165 casos de coqueluche em 2024

Foto: TIAGO QUEIROZ/ ESTADÃO

A cidade de São Paulo registrou 165 casos de coqueluche neste ano, segundo dados da Secretaria Municipal de Saúde. A informação foi divulgada em um boletim na última quinta-feira (11). O número representa um aumento significativo em comparação com o ano passado, quando foram registrados apenas 14 casos. Até o momento, não houve óbitos relacionados à doença. O boletim também revela um crescimento contínuo dos casos ao longo dos meses. Em maio, foram registrados 32 casos, número que subiu para 105 em junho e chegou a 165 no mês seguinte. A coqueluche afeta principalmente bebês menores de um ano, e a principal forma de prevenção é a vacinação, disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS).

Os sintomas incluem tosse seca, falta de ar, febre e cansaço. A doença é altamente contagiosa, transmitida por meio de gotículas expelidas ao falar, espirrar ou tossir. A Secretaria Municipal de Saúde está trabalhando para conter o aumento dos casos, oferecendo assistência e manutenção. No estado de São Paulo, foram registrados 178 casos até 22 de junho, comparados a 52 casos em todo o ano passado. Apesar do aumento, também não houve registro de óbitos. A doença atinge principalmente bebês e crianças.

Publicado por Luisa Cardoso

Deu na JP News

Saúde

Cientistas avançam com novo spray nasal capaz de reverter danos causados pelo Alzheimer

 

Proteínas torcidas e emaranhadas entre si são comuns em cérebros de pessoas com Alzheimer. A suspeita dos cientistas é de que essa condição seja responsável por matar muitas das células cerebrais e danificar tantas outras.
Até agora, nenhum teste clínico havia conseguido ultrapassar a barreira do cérebro e mostrar algum tipo de avanço contra a deterioração do cérebro, mas uma equipe da Universidade do Texasdeu um passo importante com o desenvolvimento de um spray nasal que teve resultados promissores em ratos.

Segundo o novo estudo, o medicamento conseguiu desfazer os nós de proteínas tau nos roedores. O teste também foi feito em neurônios humanos em laboratório, também com sucesso.

O intuito dos pesquisadores foi desenvolver uma substância que pudesse identificar e destruir os nós, além de penetrar as barreiras de proteção das células — um dos maiores desafios da pesquisa.

Em entrevista ao Science Alert, o neurocientista Sagar Gaikand afirmou que o time decidiu organizar o remédio em pequenas bolhas que são capazes de “escorregar” entre as membranas celulares.

Em ratos mais velhos com doenças cerebrais ocasionadas pelo emaranhado de proteínas, um único spray foi necessário para se livrar do material tóxico armazenado no cérebro. Duas semanas após a aplicação, eles demonstraram melhora nas suas atividades cognitivas.

O teste ainda precisa ser realizado em humanos. Uma revisão do estudo feita por neurocientistas da Universidade de Edimburgo aponta que, até agora, a indústria farmacêutica falhou em conseguir a mesma eficiência em seres humanos. Ainda assim, as descobertas recentes são promissoras.

A experiência também foi realizada em corpos post-mortem de pessoas que sofreram com Alzheimer e demência. Nesses casos, o remédio conseguiu desfazer os nós de proteína e impedir que novas cepas se espalhassem em outras partes do cérebro.

Ainda não se sabe quais seriam os potenciais efeitos colaterais da medicação.

Deu na Revista Época Negócios

Saúde

Farmácia Popular terá remédios para Parkinson, colesterol, glaucoma e rinite gratuitos


ALOISIO MAURICIO/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO

A partir desta quarta-feira (10), o Ministério da Saúde passa a oferecer gratuitamente remédios indicados para o tratamento de colesterol alto, doença de Parkinson, glaucoma e rinite no Programa Farmácia Popular do Brasil. Com a ampliação, 39 dos 41 itens disponibilizados pelo projeto poderão ser retirados sem custo. Antes, apenas anticoncepcionais e remédios indicados para pessoas que tratam diabetes, hipertensão, asma e osteoporose eram entregues de forma gratuita. O restante fazia parte da lista de medicamentos por copagamento, em que o Estado subsidia até 90% do valor e o paciente realiza a compra com desconto – para pessoas cadastradas no Bolsa Família ou pertencentes à população indígena, todos os medicamentos do programa já são gratuitos. Com a nova medida, o Ministério da Saúde espera beneficiar 3 milhões de pessoas que já utilizam o programa. Pelas projeções da pasta, a inclusão dos medicamentos à lista de gratuidade pode gerar uma economia de até R$ 400 por ano para esses usuários. A atualização acontece em comemoração aos 20 anos do Farmácia Popular, que soma 70 milhões de pessoas atendidas desde sua criação, em 2004. O projeto passou por cortes no orçamento em 2022 e foi relançado em junho de 2023. No início deste ano, o programa incluiu também em seu escopo a distribuição de absorventes higiênicos para pessoas em situação de vulnerabilidade.

Como utilizar o Farmácia Popular?

Para adquirir um medicamento ou fraldas geriátricas pelo programa Farmácia Popular, o paciente precisa apresentar documento de identidade com número do CPF e receita médica em um dos estabelecimentos credenciados. A prescrição médica pode ser proveniente tanto de unidades do Sistema Único de Saúde (SUS) quanto de serviços particulares. Para retirar absorventes higiênicos, é preciso ter entre 10 e 49 anos e estar inscrita no Cadastro Único (CadÚnico). É necessário emitir o Documento de Autorização do Programa Dignidade Menstrual pelo site ou pelo aplicativo Meu SUS Digital e apresentá-lo, em formato digital ou impresso, nos estabelecimentos credenciados pelo Farmácia Popular.

Publicado por Luisa Cardoso

*Com informações do Estadão Conteúdo

Saúde

Presidente da Anvisa gastou R$ 1 milhão em 184 dias de viagens

Foto: Divulgação

O diretor-presidente da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), Antonio Barra Torres, gastou ao menos R$ 1.010.492,91 com viagens pela agência no Brasil e no exterior em seu 1º mandato (2020-2024). Os dados foram obtidos pelo Poder360 a partir de consultas no Portal da Transparência.

O médico fez 45 viagens e passou 184 dias fora de 1º de janeiro de 2022 até 22 de junho de 2024, data em que há registros. As viagens foram para reuniões, eventos e visitas técnicas. Os valores, custeados pela Anvisa, sob supervisão do Ministério da Saúde, foram usados para pagar diárias de hospedagem, transporte e seguros.

De todas as viagens, a mais cara foi a que levou o presidente aos Estados Unidos em junho deste ano: R$ 98.400,87. Eis os eventos de Barra Torres no país:

3 a 7 de junho – convenção de biotecnologia em San Diego;

10 a 14 de junho – reunião da ARNR (Autoridades Reguladoras Nacionais de Referência das Américas) da OPAS (Organização Pan-Americana da Saúde), em Washington;

e 16 a 20 de junho – evento da DIA (Drug Information Association) em San Diego.

A 2ª mais cara custou R$ 86.948,71 em uma viagem que saiu de Brasília, passou pela Argentina e terminou na Austrália. O presidente esteve lá de 7 a 18 de novembro de 2023. O top 3 de viagens mais caras termina com a ida de Barra Torres aos Estados Unidos em junho de 2022. O gasto foi de R$ 69.005,85.

ANVISA SEM PESSOAL

Enquanto o diretor-presidente viaja, a Anvisa enfrenta um problema que atinge diversas agências reguladoras federais: a falta de pessoal. Em um levantamento feito pelo Poder360, verificou-se que 9% dos cargos da agência de vigilância sanitária estão vagos. Com o quadro incompleto, o trabalho da Anvisa tem sido impactado. Há demora para licenciar medicamentos, por exemplo.

Nas últimas semanas, funcionários da agência participaram de ações do Sinagências (Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação) para negociar: a recomposição de cargos vagos; o fim do contingenciamento e o aumento do orçamento das agências; e a valorização salarial.

Diretores das agências têm se mobilizado para alertar sobre a gravidade da situação e o risco de o cenário se agravar. Em ofício enviado ao MGI (Ministério da Festão e da Inovação em Serviços Públicos), ao MDIC (Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) e ao Ministério da Saúde em 4 de julho, a diretoria da Anvisa reforçou as reivindicações dos funcionários.

O documento cita a equiparação dos profissionais de regulação com os que atuam no chamado ciclo de gestão, como carreiras do Banco Central, CGU (Controladoria-Geral da União), Susep (Superintendência de Seguros Privados) e CVM (Comissão de Valores Mobiliários). A diretoria alerta para a insuficiência de servidores e o aumento exponencial de demandas, que podem acarretar uma operação padrão ou até mesmo uma greve. Também pedem uma reunião com a chefe do MGI, Esther Dweck. Leia a íntegra do ofício (PDF – 56 kB).

Ao Poder360, o presidente da Sinagências, Fábio Rosa, disse que a possibilidade de greve não está descartada caso as tratativas não avancem. Segundo o sindicato, a próxima reunião de negociação está marcada para 11 de julho.

Deu no Poder360

Saúde

Paciente consegue salvo-conduto no STJ para cultivo próprio de cannabis

Foto: Divulgação/STJ

O vice-presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Og Fernandes, no exercício da presidência, deferiu liminar para conceder salvo-conduto a um paciente com ansiedade generalizada e depressão para garantir que ele não sofra sanção criminal pelo cultivo doméstico de cannabis sativa, destinado à extração do óleo com finalidade medicinal.

O parecer foi emitido na última quinta-feira (4).

Com a decisão, nenhum órgão de persecução penal – como polícias Civil, Militar e Federal, Ministério Público estadual ou Ministério Público Federal – poderá impedir o cultivo da planta e a extração do óleo para uso exclusivo próprio do paciente, nos termos de autorização médica.

Caso na Justiça

O caso chegou ao STJ após o Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) negar o pedido do paciente para cultivar a planta e assim produzir o óleo medicinal.

A deliberação vale até o julgamento do mérito do habeas corpus pela Sexta Turma do STJ, o que ainda não tem data para ocorrer.

O relator do habeas corpus será o ministro Sebastião Reis Junior.

Valor para importação é muito alto, diz defesa

Segundo informou a defesa do paciente, o uso do óleo foi prescrito pela médica que o acompanha, após os medicamentos tradicionais causarem diversos efeitos colaterais, bem como terem sido pouco eficientes no tratamento.

A defesa alegou ainda que o paciente, engenheiro florestal, possui autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de cadastro para a importação do óleo, mas que o valor é muito alto, razão pela qual ele participou de curso de cultivo e extração de canabidiol.

Também segundo o processo, o paciente com diagnóstico de Transtorno do Espectro Autista (TEA) sofria de graves crises e apresentou melhora ao fazer uso da substância.

Legislação atual

Em sua decisão, o ministro Og Fernandes lembrou que a jurisprudência de direito penal é no sentido de que plantar cannabis para fins medicinais é conduta atípica, ou seja, não constitui crime, em razão da ausência de regulamentação prévia.

Nesse sentido, citou diversos precedentes de colegiados que concederam salvo-conduto àqueles que necessitem utilizar a planta da mesma forma.

O ministro também considerou “frágeis os fundamentos adotados” pelo TJMG ao negar a concessão de salvo-conduto ao paciente, “mostrando-se prudente resguardar o direito à saúde”, até o julgamento pelo STJ.

Deu na CNN Brasil