Economia, Política

Manter a alta do ICMS é ameaça aos empregos no RN, diz setor produtivo

Foto: Adriano Abreu

 

Entidades representativas da indústria e do comércio reagiram negativamente ao anúncio da intenção do Governo do Estado de manter a alíquota do ICMS em 20% para 2024. Na quarta (4), o secretário da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier, disse que o Estado pretende enviar um projeto de lei complementar à Assembleia Legislativa formalizando o pedido. A Fecomércio-RN viu o anúncio com “surpresa e perplexidade” e afirmou que a medida ameaça empregos. A Federação da Agricultura e Pecuária (Faern) vai pressionar deputados para barrar prorrogação do aumento. Já a Fiern aponta que manter a alíquota vai prejudicar o crescimento de alguns setores.
A Fecomércio-RN fez duras críticas ao projeto e ressaltou que o Rio Grande do Norte irá perder competitividade perante outros estados. “Dados da própria Sefaz mostram que, em 12 meses, não houve perda efetiva de arrecadação de ICMS no contexto global, visto que, apesar da queda de R$ 366 milhões na arrecadação das “blue chips” (telecomunicações, combustíveis e energia elétrica), houve aumento de R$ 617 milhões na arrecadação total, ou seja, o crescimento nos demais segmentos da arrecadação deixou um saldo superior a R$ 250 milhões, mais que suficiente para a compensação”, destaca.
A entidade lembrou que o Senado aprovou na quarta-feira (4), o projeto que viabiliza a compensação de R$ 27 bilhões da União aos estados e ao Distrito Federal pela perda de receita provocada pela redução do ICMS incidente sobre combustíveis. Além disso, após negociações, o governo concordou em antecipar cerca de R$ 10 bilhões previstos no acordo para 2024. “O RN deve ficar com cerca de R$ 350 milhões deste valor, dos quais cerca de R$ 90 milhões devem ir para os municípios e os R$ 260 milhões restante ficar com o estado”, reforça a Fecomércio.
A Federação do Comércio também cobra esclarecimentos do Congresso sobre as regras de transição propostas pela reforma tributária, relativas ao IBS e CBS, e compensações previstas para serem custeadas com o Fundo de Equalização. “Caso os recursos estimados para esse Fundo sejam suficientes para manter os níveis de arrecadação com o ICMS atual quando da implantação do IBS, não há motivos para a correria dos estados na busca por aumentar as suas alíquotas modais”, destacou.
O presidente da Faern, José Vieira, disse que o setor produtivo é “terminantemente” contra a manutenção da alíquota de 20%. Vieira diz que pretende tocar uma articulação junto à Assembleia Legislativa pela rejeição do projeto de lei e tentar sensibilizar a governadora Fátima. Na avaliação dele, o Governo deve se concentrar em reduzir gastos públicos para equilibrar as contas do Estado.
José Vieira, presidente da Faern: setor produtivo é terminantemente contra o projeto Foto: Alex Régis
“Nós precisamos  recuperar as estradas e as estruturas do Rio Grande do Norte, fazendo o dever de casa, reduzindo custos e não aumentando imposto, colocando nas costas da sociedade potiguar a continuidade desse imposto, que ao nosso ver dificulta muito o incentivo e o ambiente de negócios. Eu espero que a governadora também seja sensível e entenda que não é mais possível continuar com a taxa de ICMS tão alta de 20%, porque isso pesa muito no bolso do contribuinte potiguar”, diz José Vieira.
Fiern: crescimento da indústria será afetado
Para o presidente eleito da Federação das Indústrias do RN, Roberto Serquiz, o setor produtivo é contrário à manutenção da alíquota. A Federação realizou um estudo técnico e identificou que a indústria potiguar está em fase de “recuperação”, após várias turbulências, como a pandemia e a Guerra da Ucrânia, que impactou no preço dos insumos. “Manter essa carga, esse sacrifício, vai interferir no crescimento de alguns setores. Daí, não se olha com bons olhos a ideia do governo de manutenção da alíquota”, aponta Serquiz.
Na mesma linha de raciocínio, a Associação dos Empresários do Alecrim (AEBA) defende que a manutenção da alíquota em 20% vai provocar aumento dos preços de produtos e serviços, além de reduzir os níveis de consumo. O presidente da AEBA, Matheus Feitosam acrescenta que a medida põe em xeque a credibilidade do Governo. “Muitos expressaram dúvidas sobre a credibilidade das promessas do Governo, mas o setor produtivo optou por dar um voto de confiança”, diz.
Desde 1º de abril deste ano, a alíquota do ICMS passou de 18% para 20%, após aprovação de lei pela Assembleia a e sanção da governadora Fátima Bezerra. Na prática, isso significa que todos os produtos e serviços vendidos no Estado tiveram uma elevação de dois pontos percentuais no preço. O texto prevê que o aumento tem vigência até 31 de dezembro deste ano, mas, agora, o governo pretende prorrogar a cobrança dos 20% para 2024 também.
Deu na Tribuna do Norte
Economia

Empresários afirmam que RN perde competitividade com manutenção do ICMS a 20%

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O posicionamento do Governo do Estado de manter o ICMS a 20% já gera uma forte reação da classe empresarial, que se coloca contrária a medida e alerta para o Estado perder competitividade.

Em nota divulgada nesta quinta-feira, a Federação do Comércio do Rio Grande do Norte alertou para os impactos do aumento do ICMS: “Como viemos alertando, nosso estado perde competitividade. Nosso vizinho, a Paraíba, apesar da recente aprovação no aumento da alíquota para o ano que vem, anunciou no início deste ano um conjunto de medidas de incentivo fiscal, reduções, isenções de impostos e de inovação, o que já tem se refletido na geração de empregos e crescimento da economia”.

No comunicado, a Fecomércio destaca ainda que “estamos pagando o preço do aumento de impostos desde abril. Também vale frisar que, mesmo com pequenas altas no saldo de empregos formais calculado pelo Caged, até agosto, o cenário aponta que fecharemos 2023 abaixo dos resultados de 2022”.

A nota da entidade chama atenção que dados da própria Sefaz-RN mostram que, em 12 meses, não houve perda efetiva de arrecadação de ICMS no contexto global, visto que, apesar da queda de R$ 366 milhões na arrecadação das “Blue Chips” (telecomunicações, combustíveis e energia elétrica), houve aumento de R$ 617 milhões na arrecadação total, ou seja, o crescimento nos demais segmentos da arrecadação deixou um saldo superior a R$ 250 milhões, mais que suficiente para a compensação.

A Fecomércio também chama atenção para o risco do endividamento da própria população. Só no primeiro semestre, em Natal, os percentuais de endividamento das famílias chegaram a 88% e de inadimplência a 47%, acima das médias nacionais, segundo estudo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

Entenda o caso do aumento do ICMS

O secretário estadual da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier confirmou, nesta manhã, que o Governo do Estado enviará para Assembleia Legislativa projeto para manter o ICMS a 20%.

Segundo o auxiliar da governadora Fátima Bezerra, o ICMS a 20’% é essencial para o Estado potiguar. Ele observou que Paraíba e Ceará já estão com leis aumentando para esse mesmo patamar. Já Pernambuco propõe ICMS a 20,67%.

“Sabíamos que isso iria acontecer. O ICMS a 20% precisa ser mantido. E vamos enviar esse projeto para Assembleia Legislativa. Sei que vai ter uma discussão política, mas precisamos manter o ICMS a 20%”, disse o secretário Carlos Eduardo Xavier.

Governo do RN aumentou ICMS a 20% em janeiro de 2023

Exatamente no dia 24 de dezembro de 2022 a governadora Fátima Bezerra sancionou a lei que prevê o aumento da alíquota básica do ICMS de 18% para 20% sobre produtos e serviços comercializados no estado a partir de abril de 2023.

A lei sancionada foi publicada na edição do Diário Oficial do Estado.

A nova lei altera a Lei Estadual nº 6.968, de 30 de dezembro de 1996, que trata sobre o ICMS.

No artigo 27 da antiga lei, a alíquota básica do imposto cobrado sobre diversos produtos passa dos atuais 18% para 20% no período de 1º de abril de 2023 até 31 de dezembro de 2023. Ainda de acordo com o texto, a alíquota vai voltar ao patamar de 18% em 1º de janeiro de 2024.

Na nova lei, o governo também fixava em 7% a alíquota do ICMS em produtos da cesta básica como arroz, feijão, fava, café torrado e moído, flocos e fubá de milho, óleo de soja e de algodão, margarina, pão e frango.

Por fim, o texto ainda estabelece que “Esta Lei não produzirá efeitos na hipótese de implementação das compensações previstas originalmente no art. 14 da Lei Complementar Federal nº 194, de 23 de junho de 2022”.

O que é ICMS

ICMS é a sigla que identifica o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal e de Comunicação.

 

Deu no Agora RN

Notícias

Senado aprova compensação de R$ 27 bilhões a estados e municípios

Senado aprova compensação de R$ 27 bilhões a Estados por queda na  arrecadação de ICMS - TV Pampa

 

O plenário do Senado aprovou nesta quarta-feira (4) o projeto de lei complementar que garante a compensação de R$ 27 bilhões da União a estados e ao Distrito Federal em razão da perda de receita provocada pelo corte de ICMS incidente sobre combustíveis, ocorrido entre junho e dezembro de 2022. A matéria já havia sido aprovada na comissão mais cedo e agora segue para a sanção do presidente da República.

A matéria foi proposta pelo governo federal para formalizar um acordo, homologado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no qual a União se compromete a compensar os estados. A necessidade de repor as perdas se deu depois da aprovação, em junho do ano passado, de duas leis complementares que desoneraram o ICMS cobrado sobre a venda de combustíveis — uma das principais receitas dos estados.

Com as receitas desfalcadas, governadores foram à Justiça e obtiveram liminares no STF para que os cofres estaduais fossem ressarcidos. Do total acordado, mais de R$ 15,2 bilhões já foram ajustados, inclusive nas dívidas com a União, e o restante será acertado até 2025.

Mais cedo, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, esteve no Senado para articular pessoalmente a votação da proposta.

Inicialmente, senadores da oposição fizeram ponderações em relação à votação do projeto de lei e sugeriram dois destaques para alterar trechos do texto. Uma das principais críticas tem a ver com a permissão ao governo para deixar de aplicar, em 2023, o valor mínimo constitucional de investimento em saúde e educação.

“Nós não temos como aprovar nesta Casa esse artigo 15. Ele é inconstitucional, porque nós não podemos mudar nossa Constituição. […] Não tem condições de esta Casa sair com essa imagem de ter retirado mais de R$ 20 bilhões da saúde e da educação, aproveitando a aflição dos prefeitos brasileiros”, argumentou o senador Ciro Nogueira (PP-PI).

Com informações de R7.

Política

Secretário de Fátima confirma que Estado quer manter ICMS a 20%

 

O secretário estadual da Fazenda, Carlos Eduardo Xavier confirmou, nesta manhã desta segunda-feira , que o Governo do Estado enviará para Assembleia Legislativa projeto para manter o ICMS a 20%.

Segundo o auxiliar da governadora Fátima Bezerra, o ICMS a 20’% é essencial para o Estado potiguar.

O secretário disse ainda  que Paraíba e Ceará já estão com leis aumentando para esse mesmo patamar. Já Pernambuco propõe ICMS a 20,67%.

“Sabíamos que isso iria acontecer. O ICMS a 20% precisa ser mantido. E vamos enviar esse projeto para Assembleia Legislativa. Sei que vai ter uma discussão política, mas precisamos manter o ICMS a 20%”, disse o secretário Carlos Eduardo Xavier.

Mais uma vez o governo Fátima (PT) mente. O que foi prometido ser provisório, agora será permanente.

O já sacrificado pagador de impostos agradece Fátima .

Notícias

Governo envia proposta de novo Refis com meta de renegociar R$ 1,7 bilhão em débitos; veja detalhes

 

O Governo do Estado do Rio Grande do Norte enviou nesta segunda-feira (28) uma mensagem para a Assembleia Legislativa (ALRN) com a proposta de instituir, por meio de um projeto de lei (PL), uma nova versão do Programa de Refinanciamento e Regularização Fiscal (Refis 2023).

A ideia é oferecer vantagens para o contribuinte regularizar os débitos referentes aos tributos estaduais e também passivos inscritos na Dívida Ativa do Estado. Na última edição do programa, lançada em 2020, mais de 50 mil contribuintes negociaram dívidas, que somadas chegavam a R$ 865,1 milhões, R$ 452, 6 milhões só no âmbito da Fazenda Estadual. A meta com o novo refinanciamento é duplicar esses números.

A Mensagem de Número 22, enviada do Gabinete Civil, apresenta todos os argumentos e o esboço das principais regras do Novo Refis, que promete ser o mais vantajoso para os contribuintes. A redação do projeto de lei propõe um abatimento sobre o valor dos juros e multas, que vai de 60% e chega a até 99% de desconto sobre o valor da correção. Pelo texto, poderiam ser refinanciadas dívidas tributárias referentes ao ICMS, IPVA e ITCD, além de débitos inscritos na Dívida Ativa, que já estão em processo de judicialização por estarem inscritas na dívida ativa.

Do montante recuperado com o Super Refis 2020, R$ 197,1 milhões foram quitados à vista e R$ 667,9 milhões foram parcelados tanto na esfera da Secretaria Estadual de Fazenda (Sefaz-RN) quanto na Procuradoria Geral do Estado (PGE). Por isso, a expectativa do Governo é que uma nova edição resulte em cifras próximas a esses patamares.

Regras

O projeto de lei contribuintes inadimplentes com diversos tipos de débitos, oferecendo condições vantajosas para colocar em dia suas obrigações fiscais. Ao aderir ao programa, o contribuinte fica livre de uma série de restrições, impostas pela situação de inadimplência e volta a emitir certidão negativa, a contratar e receber recursos do poder público, reduzir o passivo tributário e dar segurança jurídica à empresa, além de ficar apto a se credenciar junto à Fazenda Estadual para participar de benefícios fiscais concedidos pelo estado.

A intenção do governo com o programa é abranger créditos tributários e não tributários, proporcionando a oportunidade de quitação com descontos substanciais em multas, juros e demais acréscimos legais.

Os tipos de débitos que serão contemplados pelo Refis no Rio Grande do Norte são para créditos tributários referentes ao Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) vencidos até 31 de dezembro de 2022; ao Imposto sobre Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) caso os fatos geradores que tenham ocorrido até 31 de dezembro de 2022; e ao Imposto sobre Transmissão Causa Mortis e Doação (ITCD), em que a regularização do inclui os débitos lançados até 27 de dezembro de 202.

Já os créditos de natureza não tributária que estão definitivamente constituídos e inscritos na Dívida Ativa até 31 de agosto de 2023 incluem multas ambientais, inclusive as aplicadas pelo Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (IDEMA), multas licitatórias, inclusive aquelas aplicadas pelas autarquias e fundações públicas, multas processuais e multas administrativas diversas.

Se aprovado pelos parlamentares, a adesão ao programa deve ser feita até o dia 31 de outubro de 2023 para débitos de ICMS, IPVA e créditos não tributários. Já para os débitos de ITCD, a adesão será permitida até o dia 27 de dezembro de 2023. O pagamento poderá ser feito à vista ou em parcelas de valor mínimo de R$100 para créditos relativos ao IPVA e créditos não tributários, e de R$500 para créditos referentes ao ICM, ICMS e ITCD.

Vantagens e descontos

Os descontos e condições para pagamento variam de acordo com o tipo de débito. Para ICMS, a redução das multas, juros e acréscimos legais é de 99% para pagamento à vista; 90% para pagamento em 2 a 10 parcelas, 75% para pagamento em 11 a 20 parcelas; 60% para pagamento em 21 a 60 parcelas.

Para IPVA, a redução das multas tributárias, juros e acréscimos legais é de 99% para pagamento à vista; 90% para pagamento em 2 a 10 parcelas.

No caso do ITCD, a redução é de 50% do valor do imposto e 99% das multas, juros e acréscimos legais para pagamento à vista; 90% para pagamento das multas, juros e acréscimos legais em 2 a 10 parcelas; para créditos não tributários inscritos na Dívida Ativa, a redução das multas, juros e acréscimos legais é de 75% para pagamento à vista e 60% para pagamento parcelado em até 60 vezes.

Deu no Portal da 98

Notícias

RN tem segundo maior aumento de arrecadação de ICMS do país

 

O Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) teve um notável aumento no primeiro semestre deste ano no Rio Grande do Norte, colocando o estado em segundo lugar no ranking nacional de crescimento. Segundo informações divulgadas pelo Conselho Nacional de Política Fazendária, órgão vinculado ao Ministério da Fazenda, o Rio Grande do Norte registrou um crescimento de 9,73% em relação ao mesmo período do ano anterior, ficando atrás apenas do Mato Grosso do Sul, que alcançou uma variação positiva de 10,62%.

Outros quatro estados, além do Rio Grande do Norte e do Mato Grosso do Sul, também apresentaram crescimento na arrecadação de ICMS: Piauí (6,02%), Rondônia (4,1%), Pará (3,15%) e Espírito Santo (0,15%). No entanto, houve um recuo na arrecadação em 17 estados. É importante notar que Alagoas, Amazonas, Sergipe e Tocantins não estão inclusos nesse panorama, pois ainda não divulgaram os dados referentes aos primeiros seis meses deste ano, de acordo com o Confaz.

Quando analisamos os estados do Nordeste com as maiores variações negativas, destacam-se Maranhão, que registrou a maior perda no país com -23,98%, seguido por Ceará (-10,7%) e Pernambuco (-9,36%). Em todo o Brasil, o pagamento de ICMS teve uma queda de 9,32% no primeiro semestre em comparação com 2022, resultando em uma arrecadação total de R$ 202 bilhões, contra os R$ 223 bilhões do período anterior. Confira levantamento feito pelo Poder 360:

Essa tendência de baixa teve início no ano de 2022 com as Leis Complementares 192 e 194. A primeira dessas leis eliminou a cobrança do PIS e da Cofins sobre combustíveis em 2022, estabelecendo também a incidência do ICMS apenas uma vez. A segunda lei proibiu a fixação de alíquotas de ICMS para combustíveis e outros setores da economia em valores superiores aos das operações em geral, que são de 17% na maioria dos estados.

Em decisão no dia 3 de junho, a Suprema Corte validou um acordo no qual o governo federal se comprometeu a repassar R$ 26,9 bilhões até 2026 aos estados, como forma de compensar as perdas na arrecadação do ICMS ocasionadas pela desoneração de combustíveis durante o governo anterior. Essa medida visa equilibrar as contas e auxiliar os estados diante dos desafios financeiros enfrentados.

Deu no Poder 360

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Deputados cobram volta de alíquota de 18% no ICMS após STF homologar compensação para estados

 

Diante do fato do Superior Tribunal Federal (STF) ter homologado a compensação financeira para os Estados, que perderam receitas por conta da redução do ICMS sobre os combustíveis desde meados de 2022, a bancada de oposição na Assembleia voltou a exigir do governo do Rio Grande do Norte a cobrança do imposto ao mesmo nível praticado até 31 de março – 18%, ao invés de 20%, alíquota em vigor desde 1º de abril.

O deputado estadual José Dias (PSDB) afirmou, no plenário da Casa, que “se não tiver para quem apelar, vai tentar todas as soluções possíveis no campo jurídico”, a fim de reduzir os 2% de impostos cobrados a mais dos consumidores do Estado, “para ter o mínimo o minimo de defesa dos interesses do povo, o que na campanha eleitoral prometemos fazer”

José Dias relatou, ainda, que a oposição tentou derrubar o decreto do Executivo, regulamentando a cobrança do ICMS de 20% até o fim do ano, mas a bancada da situação na Casa “não permitiu sequer votar, nós que assinamos o projeto para cassar o decreto, cumprimos com o dever, mas não somos maioria”.

O deputado estadual Luiz Eduardo (SDD) cobrou do Governo do Estado a redução de 20% para 18% da alíquota de ICMS sobre combustíveis, depois que o Superior Tribunal Federal (STF) homologou acordo pelo governo federal com o estados sobre a recomposição de perdas de receitas ocorridas entre agosto de 2022 e março de 2023.

“Isso traz um peso para a cadeia produtiva do Rio Grande do Norte, que precisa de mais leveza, diminuir a carga tributária para aqueles que querem empreender no Estado tenham menor custo nos produtos e ter mais competitividade no mercado”, alertou o deputado Luiz Eduardo. Luiz Eduardo voltou a destacar que o Estado já havia aderido ao acordo com a União, que destinou R$ 270 milhões para o Governo do Rio Grande do Norte, de um montante de R$ 26,9 bilhões a serem repassados aos Estados.

O deputado Gustavo Carvalho tentou sustar a cobrança do ICMS majorado em 2%, em face de lei aprovada em dezembro do ano passado, caso houvesse recomposição das receitas, mas o projeto não passou em plenário: “Estamos cobrando aos deputados da bancada de governo, o compromisso que assumiram publicamente sobre a não oneração em caso de homologação”.

A deputada estadual Cristiane Dantas (SDD) considera “um absurdo” a continuidade da cobrança da aliquota majorada de ICMS: “Conforme foi acordado com os parlamentares e inserido na lei, deveria haver a redução a partir do momento que fosse chancelada a recomposição de receitas pelo governo federal”.

Já o deputado Ubaldo Fernandes (PSDB) que integra a bancada da maioria, disse “ter certeza” que quando esses recursos da compensação entrarem no Tesouro Estadual, “o Governo terá a hombridade de poder suspender a alíquota de 20%, igual passará a ser de 18%, como era cobrado anteriormente”.

Deu no Portal da 98

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Após homologação de acordo, expectativa é que RN reduza alíquota de ICMS para 18%

 

Desde 1º de abril, o Executivo potiguar implementou o aumento na alíquota modal do ICMS, que incide sobre quase todos os produtos. O tributo saiu dos 18% para 20% e gerou diversas críticas por parte da sociedade, principalmente do setor produtivo do estado.
Pela lei aprovada no fim do ano passado pela Assembleia Legislativa, a alíquota subiria de 18% para 20% e incidiria até 31 de dezembro deste ano. Porém, por acordo entre parlamentares e Executivo, a lei “não produzirá efeitos na hipótese de implementação das compensações previstas originalmente no art. 14 da Lei Complementar Federal nº 194, de 23 de junho de 2022”, que são as compensações homologadas pelo STF.
O aumento do imposto estava condicionado à não recomposição por parte do Governo Federal das frustrações de arrecadação decorrentes da redução no ICMS sobre os combustíveis. Apesar do Governo Federal ter anunciado a compensação em março deste ano, o Governo estadual manteve o aumento sob o argumento de que o acordo ainda não havia sido formalizado. O valor de R$ 270 milhões previstos para os cofres estaduais, de acordo com o Governo, estão bem abaixo dos valores perdidos no segundo semestre de 2022 com a desoneração. O Executivo fala em perdas de R$ 420 milhões.
Em março deste ano, o secretário da Fazenda do Estado, Carlos Eduardo Xavier, disse que, após o acordo ser formalizado no STF, a situação poderia ser reavaliada. Se acontecer, podemos reavaliar, dentro desse contexto de compensar o que passou do ano passado e também algo que garanta nosso poder de arrecadação em 2023 e nos anos futuros”, disse.
Recomposição
O acordo foi firmado em março após meses de negociações entre representantes dos estados e da Fazenda Nacional. A reparação será diferente de acordo com o perfil de cada estado e será paga ao longo dos próximos quatro anos, de forma parcelada.
O repasse bilionário visa repor as perdas na arrecadação dos estados impostas por leis de 2022 que diminuíram a alíquota do ICMS sobre itens considerados essenciais, como combustíveis. O imposto é a principal fonte de recolhimento dos governos estaduais. A lei já previa compensação, mas o dispositivo foi vetado pelo então presidente Jair Bolsonaro. Depois disso, estados foram ao STF questionar a medida.
Em seu voto, Gilmar afirmou que os termos do acordo “devem ser compreendidos pelo Poder Legislativo como um consenso político-jurídico possível, diante dos debates e das soluções encontradas”.
“Registre-se que os termos do acordo foram escritos, debatidos, negociados e reescritos pelos próprios entes federativos, de forma direta, sem a interferência do Poder Judiciário. Apenas na última semana, antes do termo final do prazo e diante de alguns impasses jurídicos, houve a participação mais efetiva deste relator e de meu gabinete”, afirmou Gilmar.
Deu na Tribuna do Norte
Política

STF forma maioria para validar compensação, e Governo do Estado deverá rever aumento do ICMS no RN

Secretário Carlos Eduardo Xavier Foto: Elisa Elsie

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) formou, na última sexta- -feira 2, maioria para dar aval a um acordo firmado entre o Governo Federal, os estados e o Distrito Federal para reposição das perdas impostas pelo corte do ICMS sobre combustíveis.

Até o fechamento desta edição, haviam votado a favor do acordo os ministros Gilmar Mendes, que é relator da ação, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Edson Fachin, Dias Toffoli e Alexandre de Moraes.

O acordo foi fechado em março. Na ocasião, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou o repasse de R$ 27 bilhões para os estados. O Rio Grande do Norte seria contemplado com R$ 277 milhões, pago em duas parcelas (um terço neste ano e dois terços em 2024).

Com a compensação homologada, o Governo do Estado deverá rever, a partir da próxima semana, o aumento do ICMS de 18% para 20% que entrou em vigor em abril.

A gestão da governadora Fátima Bezerra (PT) anunciou que “rediscutiria” o reajuste do imposto assim que o acordo fosse validado no STF.

O valor que o Estado receberá não compensa todas as perdas tidas em 2022, que foram na ordem de R$ 420 milhões. Mas, segundo o secretário Carlos Eduardo Xavier (Planejamento e Finanças/Tributação), o aumento do imposto será revisto em cumprimento à lei.

O texto aprovado pela Assembleia Legislativa e sancionado por Fátima Bezerra, autorizando o reajuste do ICMS, estabelece que o aumento seria anulado em caso de compensação federal pelas perdas no ano passado.

A compensação será feita porque, em março do ano passado, o então presidente Jair Bolsonaro (PL) sancionou uma lei que uniformizou a alíquota do ICMS sobre gasolina, diesel e etanol. A cobrança do imposto estadual passou a ser de um valor fixo por litro (“ad rem”), em vez de um percentual. A medida teve impacto bilionário no caixa dos estados.

Dois meses mais tarde, ainda no ano passado, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), articulou a aprovação de uma proposta que limitou à alíquota modal (que era de 18% no RN), transitoriamente, o ICMS sobre combustíveis, energia elétrica, transporte e telecomunicações. Esses bens passaram a ser considerados essenciais.

Com isso, estados como o RN – que cobravam uma alíquota de 29% sobre o combustível – tiveram prejuízo na arrecadação e elevaram a alíquota modal para reparar os cofres.

Na última quinta-feira 1º, o novo modelo de cobrança entrou em vigor. Agora, o ICMS cobrado sobre a gasolina é de R$ 1,22 por litro.

Deu no Agora RN
Notícias

IMPOSTOS: compras em sites como Shein e Shopee serão taxadas em 17%

Shein, Shopee e Aliexpress

 

Mais um tributo para o contribuinte. Varejistas como Shein, Shopee e AliExpress entraram na mira do Comitê Nacional de Secretários de Fazenda dos Estados e do Distrito Federal (Comsefaz), que decidiu cobrar uma alíquota de 17% no Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) para plataformas de importação.

A entidade já oficializou sua decisão e deu ciência ao Ministério da Fazenda. A partir de agora, as unidades federativas e a União vão alinhar as legislações para efetivar a cobrança da taxação.

“Para concretizar a decisão do Comsefaz é necessário que um convênio celebrado no Confaz seja aprovado, o que ainda não aconteceu”, disse, em nota, o Ministério da Fazenda.

O comitê estabeleceu que a alíquota do ICMS nessas importações será a menor alíquota modal utilizada pelos governadores, atualmente em 17%. A alíquota modal é utilizada nos casos de mercadorias que não têm alíquotas específicas.

Deu no Conexão Política