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Banco Central comunica vazamento de dados de chaves Pix

 

Um total de 238 chaves Pix de clientes da Phi Serviços de Pagamentos S.A. (Phi Pagamentos) tiveram dados vazados, informou nesta terça-feira (22) o Banco Central (BC). Esse foi o quinto vazamento de dados desde o lançamento do sistema instantâneo de pagamentos, em novembro de 2020.

Segundo o BC, a divulgação ocorreu por causa de falhas pontuais em sistemas da instituição de pagamento. A autarquia ressalta que os mecanismos de segurança e de monitoramento do Pix minimizaram a extensão dos dados cadastrais vazados, limitando a exposição a 238 chaves Pix ou menos de 0,00004% das mais de 630 milhões de chaves cadastradas no Diretório de Identificadores de Contas Transacionais (DICT).

A exposição, informou o BC, aconteceu em dados cadastrais, que não afetam a movimentação de dinheiro. Dados protegidos pelo sigilo bancário, como saldos, senhas e extratos, não foram expostos. Embora o caso não precisasse ser comunicado por causa do baixo impacto potencial para os clientes, a autarquia esclareceu que decidiu divulgar o incidente em nome do “compromisso com a transparência”.

Todas as pessoas que tiveram informações expostas serão avisadas por meio do aplicativo da Phi Pagamentos ou do internet banking da instituição. O Banco Central ressaltou que esses serão os únicos meios de aviso para a exposição das chaves Pix e pediu para os clientes desconsiderarem comunicações como chamadas telefônicas, SMS e avisos por aplicativos de mensagens e por e-mail.

A exposição de dados não significa necessariamente que todas as informações tenham vazado, mas que ficaram visíveis para terceiros durante algum tempo e podem ter sido capturadas. O BC informou que o caso será investigado e que sanções poderão ser aplicadas. A legislação prevê multa, suspensão ou até exclusão do sistema do Pix, dependendo da gravidade do caso.

Histórico

Esse foi o quinto incidente de divulgação de dados do Pix desde a criação do sistema, em novembro de 2020. Em agosto de 2021, ocorreu o vazamento de dados 414,5 mil chaves Pix por número telefônico do Banco do Estado de Sergipe (Banese). Inicialmente, o BC tinha divulgado que o vazamento no Banese tinha atingido 395 mil chaves, mas o número foi revisado mais tarde.

Em janeiro de 2022, foi a vez de 160,1 mil clientes da Acesso Soluções de Pagamento terem informações vazadas. No mês seguinte, 2,1 mil clientes da Logbank pagamentos também tiveram dados expostos.

O vazamento mais recente ocorreu em setembro do ano passado, quando dados de 137,3 mil chaves Pix da Abastece Ai Clube Automobilista Payment Ltda. (Abastece Aí) foram vazados. Em todos os casos, foram vazadas informações cadastrais, sem a exposição de senhas e de saldos bancários. Por determinação da Lei Geral de Proteção de Dados, a autoridade monetária mantém uma página em que os cidadãos podem acompanhar incidentes relacionados com a chave Pix ou demais dados pessoais em poder do BC.

Fonte: Agência Brasil

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‘Cartão de crédito faz uma função além do que deveria’, critica Campos Neto sobre rotativo

Roberto Campos Neto

 

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira, 22, que a solução para os problemas do crédito rotativo precisa considerar uma série de pontos para não gerar uma ruptura no mercado de crédito.

Segundo o executivo, uma solução desorganizada pode gerar problemas para o consumo no país. Ele citou dados que mostram que os cartões de crédito representam 40% do consumo no Brasil, índice alto em relação a outros países. “Você pode concluir ou pelo menos especular que o cartão de crédito faz uma função além do que deveria”, afirmou. “A gente precisa achar uma solução que entenda que o parcelado sem juros é importante para o consumo brasileiro, não pode ter nenhuma ruptura”, disse, durante participação em evento do Santander em São Paulo. “Não tenho como dizer qual vai ser a solução, mas acho que a solução vai passar por esses pontos. Não fazer nada pode ser pior”, alertou.

Um dos pontos em discussão são eventuais restrições ao parcelamento sem juros, que, de acordo com os bancos, é subsidiado pelos juros cobrados no crédito rotativo. Campos Neto afirmou que a inadimplência acima de 50% no rotativo mostra que “há algo de errado” com essa linha de crédito.

Ele ainda disse que é preciso considerar que a inadimplência vista no cartão de crédito nos últimos meses também é fruto da rápida expansão da oferta, puxada majoritariamente por novos players de mercado. “O negócio de crédito é um negócio de assimetria de informação. Isso fez com que alguns desses entrantes novos da operação de cartões tivessem inadimplência alta com juros altos”, afirmou o presidente do BC. Ainda de acordo com Campos Neto, o cartão de crédito representa 20% do crédito no país e, nesse produto, só um terço das operações têm cobrança de juros, seja no rotativo, seja no parcelado. Com isso, cerca de 15% do crédito no Brasil não tem a incidência de juros, comentou.

Deu na Jovem Pan

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‘Superaplicativos’ vão reunir todos os bancos do cliente em um único local, diz Campos Neto

 

O Banco Central está trabalhando nos chamados “agregadores financeiros”, apelidados de “superaplicativos”, que reunirão as informações das pessoas físicas atualmente espalhadas por vários bancos em uma única plataforma. A informação é do presidente do BC, Roberto Campos Neto.

Segundo ele, a expectativa é de que esse tipo de aplicativo esteja disponível dentro de um ano e meio, ou seja, próximo ao fim de 2024. O mandato de Campos Neto no comando do BC vai justamente até o fim do ano que vem. Ele já informou que não pretende continuar na instituição em 2025.

O agregador financeiro é mais uma etapa do “open banking” (ou open finance), uma plataforma desenvolvida pelos participantes do sistema que permite aos clientes o compartilhamento dos dados bancários e históricos de transação com bancos e fintechs (pequenas empresas de tecnologia em serviços financeiros). O objetivo é aumentar a concorrência entre os bancos.

“É um produto que provavelmente as instituições financeiras vão aparecer. A cada dia que passa, os apps agregam mais informações e produtos e serviços. Dele e de terceiros. O ‘open finance’ turbina esse processo em prol do consumidor. Se o consumidor tem duas, três contas em diferentes instituições financeiras, vai poder agregar todas as suas informações em um único local”, disse o diretor de Regulação do BC, Otavio Damaso, em junho.

De acordo com o BC, entre as funcionalidades dos “superaplicativos” estarão:

  • Escolher de qual banco retirar recursos ao fazer um pagamento por meio do PIX;
  • Se quiser pegar crédito, o aplicativo mostrará a taxa de juros que cada banco oferece para a operação;
  • Conversão de moeda física para moeda digital, e vice-versa, entre o mesmo banco, ou diferentes instituições financeiras;
  • Realização de investimentos, possibilitando uma maior competição sobre as taxas de retorno;
  • Se tiver ações de empresas em um banco, outras instituições financeiras vão saber e poderão oferecer um custo de ‘custódia’ (manutenção) mais barato;
  • Bancos vão começar a competir pelos serviços ofertados, como crédito, por exemplo, pois saberão as taxas que outros cobram. E será possível fazer a “portabilidade do crédito”.
  • Unificar o fluxo financeiro de débitos e créditos em uma única ferramenta.

“Se quiser fazer crédito, vai aparecer a taxa de juros que cada banco para aquela operação. Vai poder competir online pela sua operação”, disse o presidente do BC, Roberto Campos Neto, nesta sexta-feira (11), durante participação no Fórum de Gestão Empresarial da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap).

No fim do ano passado, Campos Neto afirmou que, em sua visão de futuro, não é razoável esperar que as pessoas tenham que lidar com diferentes aplicativos para acessar informações e serviços de diferentes instituições financeiras.

O Banco Central informou que não há necessidade de regulação adicional para os agregadores financeiros, pois os regulamentos do open finance já possibilitam esse tipo de produto.

Fonte: g1

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Presidente do BC diz que PIX poderá ter opção no crédito

 

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, afirmou nesta sexta-feira (11) que a instituição continua trabalhando em novas funcionalidades do PIX, o sistema de transferência de recursos em tempo real, e avaliou que isso poderá ser, no futuro, uma alternativa ao cartão de crédito.

A declaração foi dada um dia após ele ter informado que o BC avalia alternativas para reduzir a inadimplência nas operações com cartão de crédito rotativo – que ocorre quando o cliente não paga o valor total da fatura e joga a dívida para o mês seguinte.

Entre elas, estaria o fim do rotativo do cartão de crédito, e o parcelamento do saldo devedor com juro menor. Outra sugestão foi cobrar uma tarifa para compras parceladas com prazo maior.

“É super importante, a gente está fazendo várias políticas com o PIX crédito, que vão desafogar e dar alternativas. Mas a nossa ideia era dar uma opção que passasse por ter um parcelamento, e não ter o rotativo. De tal forma que a gente conseguisse equilibrar os números por produto. É importante que o cartão de crédito continue a ser uma alternativa viável”, declarou, durante participação no Fórum de Gestão Empresarial da Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná (Faciap).

Ainda não há informações detalhadas sobre como funcionaria o PIX na modalidade de crédito, pois o produto ainda não foi oficialmente lançado. A ideia é autorizar os bancos a oferecerem empréstimos por meio dessa ferramenta – inclusive com parcelamento (como ocorre atualmente com o cartão de crédito).

Sobre o fim do crédito rotativo do cartão de crédito, Campos Neto afirmou que tomou um “puxão de orelha” por ter antecipado os estudos sobre o assunto. Ele não informou, porém, quem o repreendeu. Lembrou apenas que o tema é tratado em conjunto com o Ministério da Fazenda, com associações do mercado financeiro e bancos.

O presidente do BC observou que houve um aumento em um “período muito rápido” na concessão de novos cartões de crédito, com o número de cartões em circulação saltando de pouco mais de 100 milhões de unidades para 215 milhões.

“Aumento muito grande, muita gente com dois, três, quatro, cinco cartões. O que começou a acontecer que você tinha, de um lado, um custo muito grande, pois aumentou muito parcelamento sem juros. Saía do parcelamento sem juros e entrava no rotativo, já entrava em uma situação ruim”, disse Campos Neto.
Ele avaliou que se há uma inadimplência registrada de 54% do total de operações, há um problema no produto em questão – o crédito rotativo.

“Não conheço nenhum país do mundo onde os cartões tenham inadimplência tão alta. E um juro muito alto, que acaba entrando nesse ciclo vicioso”, acrescentou.

Campos Neto disse que as taxas de juros do rotativo do cartão de crédito chegam a 800% ao ano para “novos entrantes”, ou seja, para pessoas que buscam a modalidade e não tem relacionamento prévio com a instituição financeira.

“O problema foi gerado por uma concessão grande de cartões, por um tema que tem um parcelamento sem juros que, aparentemente não tem custo, mas obviamente alguém paga o custo no fim”, disse ele.

O presidente do BC disse que é preciso encontrar um equilíbrio no cartão de crédito, ou as vendas parceladas, que respondem atualmente por 40% do total no país, podem cair no futuro.

“O comércio diz que precisa do parcelado sem juros porque estimula compra. Do outro lado, se nada for feito e começar a ter um colapso na indústria de cartões de crédito, vai teruma queda muito grande de vendas. Lembrando que 40% das vendas no brasil são feitas por cartão de crédito. Em um país emergente normal, é entre 10% e 15%”, explicou.

Fonte: g1

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Entenda como vai funcionar o Drex, a primeira moeda digital do Brasil

Banco Central lança a marca da moeda digital, o Drex

 

A primeira moeda digital do Brasil, que será equivalente ao dinheiro em circulação, se chamará Drex, como anunciou o BC (Banco Central) nesta segunda-feira (7).

moeda virtual oficial ainda está sendo testada, e a expectativa é que seja lançada no fim de 2024, modernizando o sistema bancário e o modo de lidar com o dinheiro.

Segundo o BC, cada letra do real digital equivale a uma característica da ferramenta. O “D” representa a palavra digital; o “R”, o real; o “E”, a palavra eletrônica; e o “X” passa a ideia de modernidade e de conexão, além de repetir a última letra do Pix, sistema de transferência instantânea criado em 2020.

Diferentemente das criptomoedas, cuja cotação é atrelada à demanda e à oferta e tem bastante volatilidade, o Drex terá o mesmo valor do real. Cada R$ 1 valerá 1 Drex, com a moeda digital sendo garantida pelo Banco Central, enquanto as criptomoedas não têm garantia de nenhuma autoridade monetária.

O Drex não será acessado diretamente pelos correntistas, mas por meio de carteiras virtuais atreladas a uma instituição de pagamento, como bancos e correspondentes bancários. O cliente depositará nessas carteiras o correspondente em reais e poderá fazer transações com a versão digital da moeda.

Na prática, o Drex funcionará como um primo do Pix, mas com diferentes finalidades e escalas de valores. Enquanto o Pix obedece a limites de segurança e é usado, na maior parte das vezes, para transações comerciais, o Drex poderá ser usado para comprar imóveis, veículos e até títulos públicos. Confira a seguir perguntas e respostas para entender com a moeda vai funcionar.

1. O que será o Drex?

O Drex será uma moeda virtual de uma categoria chamada de CBDC (do inglês, Central Bank Digital Currencies; a sigla pode ser traduzida para o português como “moedas digitais de banco central”). Será uma versão digital da moeda soberana do Brasil, produzida e regulada pelo Banco Central, seguindo as regras do Sistema Financeiro Nacional e da política monetária brasileira.

2. Quando o Drex será lançado?

Ainda não foi divulgada uma data específica para o lançamento da moeda digital, mas a expectativa é que isso ocorra no fim de 2024. O BC afirma esperar que todos os participantes do teste-piloto do real digital, que começou em março, estejam conectados ao sistema, os chamados nós validadores, até meados de agosto, para que os testes em si sejam iniciados em setembro.

A primeira fase do teste será a interação entre a CBDC e o real “tokenizado”, espécie de representação digital dos depósitos bancários e dos saldos de instituições de pagamento que serão usados no varejo. Depois, em fevereiro de 2024, será testada a interação com tokens de títulos públicos. A chegada da novidade para a população pode ocorrer no fim do próximo ano.

3. Qual será o ‘câmbio’ com as notas físicas?

A paridade permanecerá sempre de 1 para 1, ou seja, cada real digital terá o mesmo valor de 1 real físico.

4. Como a nova moeda poderá ser utilizada?

O Drex terá a tecnologia blockchain, ou seja, uma série de códigos armazenados em diversos computadores que garantirá a posse do dono em sua carteira. Segundo o coordenador da iniciativa no BC, Fabio Araújo, a vantagem do real digital é que ele vai diminuir os intermediários nas transações virtuais.

“Não precisa mais ter advogado. Tem um pedaço de código garantindo que os valores estão de acordo com o que foi registrado no contrato. Baixa muito o custo”, disse.

5. O Drex é também uma criptomoeda?

Apesar de ser digital e utilizar a tecnologia blockchain, o Drex não terá o mesmo funcionamento do bitcoin ou do ethereum, por ter uma “produção” centralizada pelo Banco Central brasileiro e ter paridade fixa com uma moeda física.

6. O uso do real digital terá custos?

Segundo Fabio Araújo, o Drex terá custos para ser utilizado em serviços financeiros — porém menores que os existentes hoje em dia.

7. Outros países também planejam lançar versões digitais de suas moedas?

Em pouco mais de três anos, o número de bancos centrais que estudam a criação de suas próprias moedas digitais saltou de 35 para 130, segundo o Atlantic Council. Os países que estão discutindo a emissão das moedas digitais são responsáveis por 98% do PIB global. Entre eles, 42 estão em fase de pesquisa, 32 em fase de desenvolvimento, 21 lançaram pilotos e 11 já possuem versões finalizadas.

* Com informações de Agência Estado e Agência Brasil

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‘Tinhoso’, diz Lula em novo ataque ao presidente do Banco Central

Luiz Inácio Lula da Silva durante sessão Plenária de Chefes e Chefas de Estado do MERCOSUL

 

Em mais um ataque, Lula (PT) disse que o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, é “tinhoso” e “teimoso”, durante sua live semanal, nesta terça-feira, 11. O chefe do Executivo voltou a criticar a atual política de juros. “Não tem mais explicações. Precisamos garantir que o Brasil não jogue fora mais uma oportunidade”, afirmou.

“Precisamos garantir que o Brasil não jogue fora mais uma oportunidade. Você percebe que as pessoas, que estavam pessimistas, estão vendo que o dólar caiu, estão vendo a economia crescer, estão vendo sinais de que o salário vai crescer, o emprego vai crescer, ou seja, as pessoas estão ficando mais otimistas”, diz.

“A inflação tá caindo e logo, logo vai começar a baixar a taxa de juros, porque o presidente do Banco Central é teimoso, é tinhoso, mas não tem mais explicação”, disse o presidente. E destacou que a reforma tributária é um mecanismo fundamental para o crescimento do país. “As pessoas querem que a economia cresça, querem que esse crescimento seja repartido entre todos os brasileiros, as pessoas querem trabalhar.”

Deu na Jovem Pan

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Banco Central revisa projeção de crescimento do PIB para 2% e sinaliza possível corte de 0,25% na taxa de juros

Fachada do Banco Central com uma mulher de camiseta amarela e calça jeans passando em frente

 

A projeção do Banco Central de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2023 passou de 1,2% para 2%. A análise foi divulgada no Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta quinta-feira, 29. Segundo o órgão, a revisão se deuem razão da surpresa positiva no primeiro trimestre.

“No cenário doméstico, a atividade econômica apresentou forte crescimento no primeiro trimestre (1,9%), superando amplamente as expectativas. O resultado repercutiu sobretudo o desempenho do setor agropecuário. Por sua vez, a evolução da demanda doméstica e dos componentes da oferta mais sensíveis ao ciclo econômico reforça a avaliação de arrefecimento da atividade econômica”, escreveram os analistas.

Apesar da elevação, o relatório pontua que a projeção continua refletindo cenário prospectivo de desaceleração da atividade econômica. Ainda assim, as previsões para a inflação caíram para 5,0% em 2023 e para 3,4% em 2024. Nesse cenário, as projeções para a inflação de preços administrados são de 9,0% em 2023 e 4,6% em 2024.

“O comportamento benigno recente nos preços atacado, tanto na parte de alimentos quanto na parte de industriais, sugere continuidade do movimento de arrefecimento da inflação nos próximos meses, considerando as variações na margem. Para o segundo semestre de 2023, entretanto, espera-se uma maior inflação acumulada em doze meses, como consequência da exclusão, nesse indicador, do efeito das medidas tributárias que reduziram o nível de preços no terceiro trimestre de 2022 e da manutenção dos efeitos das medidas tributárias deste ano. As expectativas de variação do IPCA para 2023 e 2024 apuradas pela pesquisa Focus recuaram e encontram se em torno de 5,1% e 4,0%, respectivamente”, complementaram.

Além disso, o relatório deu um indicativo de que a taxa básica de juros possa ser baixada para 13,5% ao ano na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom). Durante a explicação sobre projeções condicionantes, os analistas esclareceram que os cenários para a inflação considerados são construídos utilizando vários condicionantes.

Entre eles está que a mediana das expectativas extraídas da pesquisa Focus de 16.6.2023 foi de estabilidade em 13,75% a.a. na reunião de junho e início de queda na reunião de agosto de 2023, quando passaria para 13,50%. A indicação está alinhada com a expectativa do mercado que aguarda baixas na Selic.

Na ata da última reunião, o comitê afirmou que a continuidade de melhores projeções inflacionárias “pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião”, que será realizada em agosto. No encontro de junho, o comitê decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75% ao ano pela sétima vez consecutiva.

Deu na Jovem Pan

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Banco Central desmente ‘discriminação’ a políticos em instituições financeiras

 

Manifestação do Banco Central (BC) enviada à coluna desmente a lorota contada pelo deputado Cláudio Cajado (PP-BA), relator do projeto que torna crime a suposta “discriminação” contra políticos.

A alegação é que pessoas “politicamente expostas” (PEPs) são preteridas em instituições financeiras por serem pessoas envolvidas na política. O BC informou que, ao contrário do que afirma Cajado, “não há vedação regulatória para celebração de concessão de crédito como PEPs e relacionados”.

A autora do projeto original, deputada Dani Cunha (União-RJ), filha de Eduardo Cunha, disse que o projeto versa sobre instituições financeiras.

“O projeto ressalva que não pode ser considerada idônea a motivação, pelo simples fato de a pessoa ser politicamente exposta”, diz a deputada.

O texto original endurecia a pena para quem, por exemplo, xingasse uma “pessoa politicamente exposta”: entre 2 e 4 anos de prisão. Não vingou.

Caso aprovado como estava, a pena para quem xingasse político seria bem maior do que para o cidadão comum injuriado: entre 1 e 6 meses.

Deu no Diário do Poder

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Banco Central e instituições financeiras vão testar moeda digital em junho

Imagem aérea da sede do Banco Central

 

O Banco Central (BC) e 14 instituições financeiras vão testar o projeto-piloto do Real Digital. De acordo com o BC, a incorporação dos interessados selecionados à plataforma do projeto será iniciada até meados de junho.

Nesta fase, serão testadas funcionalidades de privacidade, como risco de vazamento de dados sigilosos, e programabilidade por meio da implementação de um caso de uso específico – um protocolo de entrega contra pagamento (DvP) de título público federal entre clientes de instituições diferentes, além dos serviços que compõem essa transação. O especialista em crédito Fábio Ieger explica que a moeda digital vai funcionar da mesma forma que o Pix.

No entanto, com a moeda digital não existirá a possibilidade de saque de cédulas em caixa eletrônico. “É um projeto que vem para transformar a realidade do Brasil, onde não vai mais existir cédulas físicas de moeda. Assim como aconteceu com a correspondência, que se transformou em fax e agora é um e-mail, totalmente digital, com a moeda está acontecendo a mesma coisa”, comenta.

Ieger também disse que a moeda digital poderá oferecer investimentos seguros. “Hoje, as criptomoedas, por exemplo, descem ou sobem absurdos do dia para noite. É um investimento de alto risco. E o real digital não vai ser assim. O risco que terá com o real digital é o mesmo que terá com o dinheiro na sua conta corrente. Não vai ter a volatilidade das criptomoedas”.

De acordo com o especialista em fraudes digitais, Thiago Bertacchini , a tendência é que a moeda digital seja segura. “Praticamente impossível você conseguir interceptar uma transação e fazer um desvio. Ela traz instantaneidade de pagamento, baixo custo, e você não precisa ter uma conta bancária para realizar transações”, afirma o especialista.

Outro foco é que o dinheiro ilícito seja mais fácil de ser identificado por meio da digitalização da moeda . “A partir do momento que o real é 100% digital, não dá para pagar sem que essa transação fique registrada. É uma forma da Receita e do governo acabar com a sonegação e com diversas fraudes. Terá o registro de onde saiu e para onde foi”, completa Ieger.

Apesar de apenas 14 instituições participarem do projeto-piloto do Real Digital, o BC recebeu 36 propostas de mais de 100 instituições de diversos segmentos financeiros. O Real Digital faz parte da agenda integrada de inovação do sistema financeiro do BC, junto com o Pix e o Open Finance.

Deu na Jovem Pan

Economia

Campos Neto: “Eu tenho mandato até 2024 e não vou abreviar”

 

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, deixou claro que não pretende antecipar sua saída do comando da autoridade monetária.
Alvo de uma série de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de integrantes do governo, inclusive durante o seminário promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na quinta-feira (25/5), Campos Neto tem mandato até 2024 na presidência do BC. E diz que vai cumpri-lo até o fim.

“Eu tenho mandato até 2024 e não vou abreviar. O que eu sempre disse é que não estava disposto a uma recondução. Já fiz bastante coisa, tem que passar o bastão para o próximo”, afirmou o presidente do BC, em entrevista à GloboNews.

A eventual troca de comando do BC começou a ser especulada após a indicação do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, para a Diretoria de Política Monetária do BC. O número 2 da pasta deve ser sabatinado no Senado, na próxima semana.

Nos bastidores, comentava-se que Galípolo era cotado para suceder Campos Neto na presidência do BC, o que poderia abrir espaço para uma saída do atual chefe da autoridade monetária antes do fim de seu mandato.

Campos Neto vem sendo o alvo preferencial de Lula e parte do governo, que criticam a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano, considerada um entrave para a retomada do crescimento do país. A desaceleração da inflação nos últimos meses pressiona ainda mais o BC a iniciar a queda dos juros. Ontem, na Fiesp, Lula disse que os juros atuais no país são uma “excrescência”.

“Não sei, acho que ele (Galípolo) vai chegar, tem o trabalho da Diretoria de Política Monetária a ser feito. A gente vai discutir ao longo do tempo. Quem decide o novo presidente é o governo. Pode decidir por alguém que está na casa ou não”, disse Campos Neto, sobre a possível chegada de Galípolo ao BC. “Vai ser um processo de aprendizado para ele, como foi para mim quando cheguei”, completou.

Campos Neto reiterou os elogios que já havia feito a Galípolo e ao servidor de carreira Ailton Aquino dos Santos, indicado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a Diretoria de Fiscalização.

“Converso bastante com o Galípolo desde o início do governo. Ailton é superquerido dentro do BC. As indicações do governo fazem parte da regra do jogo da autonomia e foram boas”, disse o presidente do BC. “Tenho certeza de que os diretores que entrarem entenderão que o processo é técnico.”

Autonomia

Em fevereiro de 2021, o então presidente Jair Bolsonaro sancionou o projeto que deu autonomia ao BC e, assim, limitou a influência do Executivo sobre as decisões relacionadas à política monetária.

Pela regra vigente desde então, os mandatos do chefe do BC e do titular do Palácio do Planalto não são mais coincidentes. O presidente do banco assumirá sempre no primeiro dia útil do terceiro ano de cada governo. Assim, o chefe do Executivo federal só poderá efetuar troca no comando do BC a partir do segundo ano de gestão. No caso de Lula, isso só acontecerá em 2024.

Deu no Metrópoles