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Casos de dengue no Brasil crescem 37% nos primeiros quatro meses de 2023

Dengue, chikungunya e zika são transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti (foto)

 

O Brasil contabilizou, até o fim de abril, 899,5 mil novos casos prováveis de dengue, um aumento de 37% quando comparado ao total do mesmo período de 2022 (654,8 mil).

Os números atualizados foram apresentados nesta quinta-feira (4) pelo Ministério da Saúde, no lançamento da Campanha Nacional de Combate à Dengue, Zika e Chikungunya.

Os casos de dengue neste ano estão concentrados em todos os estados do Sudeste e Centro-Oeste, além de Paraná e Santa Catarina (Sul) e Acre, Rondônia e Tocantins (Norte).

Regiões que não costumavam enfrentar surtos de dengue agora já os têm com frequência.

“Antes, era Norte e Nordeste por conta da miséria, dos depósitos, da baixa capacidade de enfrentamento… aí você vê que ela migra para o Sul e para o Sudeste. O mosquito é inteligente, ele se adapta, então temos que correr mais do que ele. De repente, temos agora um problemaço no Paraná, em Santa Catarina, no Sul do país. Isso era maior no Nordeste”, disse o secretário-executivo do Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Jurandi Frutuoso.

Quando o vírus se espalha em áreas onde ele não havia circulado de forma intensa no ano anterior, existe um aumento da quantidade de casos devido ao número de pessoas suscetíveis, abundância de vetores (mosquitos Aedes aegypti) e à própria circulação viral.

Alda Maria da Cruz, diretora do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, chamou atenção para o fato de o Aedes ageypti ser um mosquito cada vez mais adaptado aos centros urbanos.

Essa é uma das razões pelas quais se tem observado um “aumento crescente das epidemias, e cada vez com intervalos mais curtos entre os surtos”. Isso vale não somente para a dengue, mas também para a chikungunya e a zika, que são igualmente transmitidas pelo Aedes aegypti.

Neste ano, o Brasil já registrou 86,9 mil casos prováveis de chikungunya, com 19 óbitos. A doença está concentrada nos estados de Tocantins, Minas Gerais, Espírito Santo e Mato Grosso do Sul.

Os casos de zika foram 6.295, e não houve óbitos até o momento. Os estados mais afetados são Acre, Rondônia e Tocantins.

O Ministério da Saúde lançou hoje uma campanha de comunicação e o Painel de Monitoramento de Arboviroses, para que a população possa consultar o número de casos de cada uma das doenças, os sintomas e as formas de prevenção. Uma peça audiovisual também será veiculada na mídia.

“A ideia da campanha de comunicação é avisar que, quanto mais rápido você identificar esses sinais e sintomas e buscar o serviço de saúde, mais rápido a gente vai ter o diagnóstico e um desfecho melhor para esse caso”, enfatizou a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente, Ethel Maciel.

Deu no R7

Notícias

Anvisa aprova 1ª vacina contra a dengue de uso amplo no Brasil

A vacina foi batizada de Qdenga e foi produzida com vírus vivo atenuado do sorotipo dois da dengue

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou uma nova vacina contra a dengue, desenvolvida pela farmacêutica japonesa Takeda. A decisão foi divulgada na quinta-feira 2. O produto, batizado de Qdenga, teve eficácia de 80% nos estudos clínicos.

Esse é o segundo imunizante contra a doença a receber registro no Brasil, mas o primeiro imunizante indicado para o uso amplo na população, entre 4 e 60 anos, com ou sem histórico prévio de dengue.

O produto protege contra os quatro sorotipos do vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. De acordo com a Anvisa, a vacina será administrada via subcutânea em esquema de duas doses, com intervalo de três meses entre as aplicações.

“A demonstração da eficácia da vacina Qdenga tem suporte principalmente nos resultados de um estudo de larga escala, de fase três, randomizado e controlado por placebo, conduzido em países endêmicos para dengue com o objetivo de avaliar a eficácia, segurança e imunogenicidade da vacina”, justificou a Anvisa ao anunciar a aprovação.

Anteriormente, em 2015, a Anvisa aprovou a vacina do laboratório Sanofi Pasteur, mas o imunizante acabou descartado pela maioria dos países como estratégia de prevenção por ser recomendado apenas para quem já contraiu algum sorotipo da dengue. Ela tem ainda como limitação a faixa etária para qual é indicada: 9 aos 45 anos.

Deu na Oeste

Cidade, Saúde

Janeiro termina com aumento de 360% nos casos de dengue e outras arboviroses em Natal

Equipes da Unidade de Vigilância de Zoonoses mantém rotina de visitas para exterminar focos nas casas Foto: Divulgação

 

 

Como acontece todos os anos, a chegada do verão traz as primeiras chuvas do ano e com ela vêm os mosquitos. Junto com eles houve um aumento significativo dos casos de Dengue, Febre do Chikungunya e Zika vírus.

De acordo com os dados do Boletim Epidemiológico de Arboviroses (Dengue, Febre do Chikungunya e Zika vírus) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em Natal subiu 362,5% nas 4 primeiras semanas de 2023, se comparado com o mesmo período do ano passado. Em 2022 foram 48 casos, este ano foram 174 casos prováveis, o maior número desde 2019, onde no mesmo período foram 312 casos.

 

 

Para o chefe da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) da SMS, Jan Pierre, a situação ainda está dentro dos parâmetros normais, mas o aumento dos casos é preocupante. “A gente está em uma situação endêmica, mas perceba que as notificações das primeiras semanas deste ano [2023] estão maiores do que do ano passado [2022], então isso já acende um alerta”, explica.

O aumento dos casos é um reflexo da forma como não respeitamos, coletivamente, as orientações sanitárias para minimizar o número de mosquitos e, consequentemente, dos casos de arboviroses.

Uma reclamação antiga de moradores das quatro regiões da cidade é sobre os terrenos baldios que viram verdadeiros lixões, devido ao descarte incorreto de materiais como lixo doméstico, restos de obras e móveis quebrados.

O aposentado Cacá Medeiros, morador de Cidade Satélite, na Zona Sul da capital, tem sofrido com os mosquitos e reclama sobre o descarte de lixo nos terrenos baldios da região. “Colocam muito entulho nos terrenos baldios, inclusive fui testemunha de que carroceiros colocam lixo nesses terrenos, em especial, entulho. A gente sabe que isso vai acabar deixando todo mundo por aqui doente”, denuncia.

O chefe da UVZ reforça que a maior parte dos focos do Aedes Aegypti acontece dentro de imóveis, e recomenda: “é fazer aquele trabalho de analisar seu imóvel, seu quintal, não deixar água armazenada, fechar as caixas d’água, fazer a limpeza dos terrenos, limpar calhas, enfim, tudo evitar ao máximo locais propícios para a proliferação dele”.

Em Natal, quem quiser contatar a Unidade de Vigilância de Zoonoses, basta ligar para o Disk UVZ nos telefones: (84) 3232 8235 e (84) 3232 8237. Para informar casos de suspeita de Dengue grave ou óbitos suspeitos ou confirmados por dengue, ligue para o CIEVS Natal no Disque notifica: 0800 285 9435 ou (84) 3232 9435.

Deu no Diário do RN

Notícias

Rio Grande do Norte registrou 12.664 casos de dengue em 2022, aponta boletim da Sesap

O mosquito africano Aedes aegypti é o transmissor da dengue, ou melhor, a fêmea do mosquito — Foto: Freepik

 

O Rio Grande do Norte registrou 12.664 casos de dengue em 2022. Os dados constam no mais recente boletim das arboviroses, com dados de todas as 52 semanas epidemiológicas do último ano.

De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap), o Rio Grande do Norte teve, ainda, 42.552 considerados prováveis e 13.378 casos descartados de dengue. Além deles, foram 21 mortes confirmadas causadas pela doença.

A pasta divulgou ainda os números de outras arboviroses. No caso da Chinkungunya, foram 4.722 casos confirmados e sete óbitos causados pela doença. Em relação à Zika, em 2022 foram 694 casos confirmados e nenhum óbito causado pela infecção.

Diante dos dados, a Sesap afirmou que o ano de 2022 o Rio Grande do Norte vivenciou uma epidemia das arboviroses e reforçou a importância das medidas de combate à proliferação do mosquito Aedes Aegypti.

Deu no g1

Saúde

RN tem falta de testes e de inseticida contra dengue

 

O Rio Grande do Norte tem sido afetado, em meio ao atual quadro de epidemia de dengue, pelo desabastecimento de testes sorológicos para a detecção da doença e do inseticida Cielo ULV, utilizado para ações de combate ao mosquito Aedes aegypti durante a circulação de carros fumacê. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), a indisponibilidade de insumos no Ministério da Saúde (MS) é o que  está provocando o desabastecimento no RN e em outras unidades federativas do País.

A Sesap esclareceu que o Estado conta com  testes para detecção de dengue e chikungunya por meio de biologia molecular, além de teste sorológico de dengue NS1. No entanto, estão em falta  testes sorológicos para Dengue IgM e Chikungunya IgG e IgM. “Isso decorre das dificuldades enfrentadas pela Coordenação Geral de Laboratórios de Saúde Pública do Ministério da Saúde na importação desses kits, que estão em falta. Assim que o estoque for regularizado, haverá encaminhamento dos kits aos Laboratórios Centrais de Saúde de todos os estados”, explicou a pasta.

A TRIBUNA DO NORTE apurou que, por falta de testes os exames sorológicos para detecção da dengue estão suspensos em Caicó, no Seridó potiguar, sem prazo para a retomada da testagem. O Município também não recebe, há semanas, a visita de um carro fumacê. Moradores da cidade reclamaram da falta de um inseticida utilizado nas aplicações de combate ao mosquito.

De acordo com a Sesap, o inseticida utilizado no Rio Grande do Norte é o Cielo ULV, empregado no controle do Aedes aegypti para situações emergenciais com elevada transmissão das arboviroses dengue, chikungunya e Zika vírus, em aplicações com equipamento costal motorizado e também por meio de carros fumacê. A pasta explicou que há o desabastecimento desse insumo nos estoques do Ministério da Saúde e que tem atuado para tentar minimizar os impactos da falta do inseticida. Hoje, apenas  Natal, Mossoró e Currais Novos utilizam carro fumacê, em razão da escassez do inseticida, bem como da situação epidemiológica dessas regiões.

No entanto, conforme a Secretaria, o insumo deverá acabar no próximo final de semana e não há prazo, por parte do Ministério da Saúde, para o envio do inseticida. “Inteiramos que a Sesap vem trabalhando insistentemente na tentativa de minimizar os problemas causados pela falta do Cielo ULV. Foram realizadas tentativas de empréstimo a alguns Estados vizinhos, mas não houve êxito devido à indisponibilidade do produto nos outros estados também”, afirmou a pasta.

A Sesap reforçou que, em razão do desabastecimento, é necessário intensificar as ações de rotina, “visando diminuir a transmissão de casos, com a realização de visita casa a casa, resgate de imóveis pendentes, mobilização da população e mutirões de limpeza”. Segundo a Secretaria, as ações de controle vetorial devem ser planejadas para serem executadas de forma permanente, promovendo a articulação sistemática com todos os setores dos municípios (educação, saneamento, limpeza urbana).

Conforme garantiu a Secretaria, tem sido realizada  ampla mobilização com propagandas na imprensa e distribuição de panfletos junto às secretarias de Saúde e Educação, além de qualificação das equipes municipais.

“Realizamos oficina com agentes comunitários de saúde e agentes de combate às endemias, e vamos atender os municípios com o carro fumacê até o final dessa semana, que é quando infelizmente acaba o insumo.  O MS não sinalizou previsão de envio do Cielo para nenhum estado do país”, sublinhou a Sesap. A TRIBUNA DO NORTE procurou o Ministério da Saúde, mas não houve resposta até o fechamento desta edição.

O Rio Grande do Norte vive, em 2022, uma explosão de casos de dengue – foram 4.006 confirmações, de acordo com o último Boletim Epidemiológico da Sesap sobre arboviroses, divulgado no dia 14 deste mês. Os casos prováveis eram 23.240. Dois óbitos haviam sido confirmados até o dia 4 de junho. Já os casos confirmados de chickungunya eram 1.349; os prováveis somavam 7.609. Não havia registro de óbitos.

Em relação à Zika, os números apontavam para 183 confirmações e 2.129 casos prováveis. Também não foram contabilizados óbitos. Um novo boletim será divulgado nesta quarta-feira (29), segundo a Sesap. Os números expressivos, especialmente em relação à dengue,  fizeram com que o Governo do Estado oficializasse, via decreto, epidemia no Rio Grande do Norte. O decreto deveria, em tese, facilitar  ações conjuntas para agilizar o acesso a insumos, como testes, larvicidas e inseticidas, vitais para a estratégia de combate à dengue.

O cenário de epidemia foi oficializado poucos dias depois de o MPRN cobrar do Governo do Estado o conserto de carros fumacê da Sesap. A informação, publicada no Diário Oficial, indicava que 11 dos 15 veículos da Secretaria estavam quebrados.

De acordo com a Sesap, 10 dos 11 veículos quebrados foram consertados. A pasta disse que aguarda a chegada de uma peça do exterior para o conserto do veículo que ainda aguarda por reparos.

Informações da Tribuna do Norte

Saúde

Em 6 meses, mortes por dengue neste ano já superam todos os óbitos de 2021

 

2022 ainda está na metade, mas já registrou mais que o dobro de mortes por dengue do que 2021, de acordo com informações divulgadas pelo Ministério da Saúde na última sexta-feira (24).

De 1º de janeiro a 20 de junho, foram 585 óbitos no país. No mesmo período do ano passado, foram registradas 246 mortes, o que representa um aumento superior a 130%.

O índice também é maior do que em 2020, quando a doença matou 574 pessoas. Em 2019, foram 840 mortes.

O número de casos este ano aumentou 196% em relação a igual período do ano passado, chegando a 1.143.041 no Brasil. A incidência é de 550 casos por 100 mil habitantes.

O estado de São Paulo lidera em número de mortes, com cerca de 200. O número é quatro vezes maior que os 52 óbitos registrados no mesmo período do ano passado e quase o triplo do total de mortes em 2021, quando houve 71.

Deu no Conexão Política

Saúde

Estado tem a maior taxa de casos de dengue do Nordeste em 2022

 

O Rio Grande do Norte possui a maior incidência de casos de dengue  por 100 mil habitantes entre todos os estados da região Nordeste. Os dados constam no Boletim Epidemiológico de Nº 16, da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), órgão vinculado ao Ministério da Saúde. O documento se refere ao período de 2 de janeiro de 2022 ao último dia 23 de abril (em relação a notificações sobre dengue e chikungunya) e de 2 de janeiro de 2022 ao último dia 9 de abril (em relação a notificações sobre zika).

De acordo com as estatísticas,  o Estado registrou, até 23 de abril, 6.278 casos de dengue (incidência de 176,3 casos/100 mil hab.). Além do RN, Paraíba (166,6 casos/100 mil hab.), Piauí (158,7 casos/100 mil hab.), Ceará (145,7 casos/100 mil hab.) e Pernambuco (108,3 casos/100 mil hab.), registram incidência maior que 100 casos por 100 mil habitantes no Nordeste. No mês passado, a demanda no serviço público obrigou a Prefeitura a ampliar os atendimentos de forma temporária. Atualmente, a rede privada também observa  aumento da procura em suas unidades.

A Prefeitura de Natal reuniu representantes nessa terça-feira para discutir a intensificação de medidas para conter o aumento de casos de doenças como dengue, zika e chikungunya na capital. Dentre as iniciativas, estão o reforço das ações de limpeza nas comunidades, o aumento do número de veículos para o recolhimento de pneus sem utilidade – para evitar o descarte irregular desse material – e o incremento do trabalho dos agentes de endemias.

As ações também contarão com uma campanha publicitária, veiculada esta semana nas emissoras de rádio da cidade e nos perfis oficiais da Prefeitura nas redes sociais, para alertar e conscientizar a população sobre a necessidade de cada um fazer sua parte para contribuir com a melhoria dos índices epidemiológicos locais.

Informações da Tribuna do Norte

Saúde

RN registra mais casos de dengue em 4 meses de 2022 do que em todo o ano de 2021, diz Ministério da Saúde

 

O Rio Grande do Norte já registra, nos primeiros quatro meses de 2022, mais casos prováveis de dengue do que em todo o ano de 2021. Os dados estão no boletim epidemiológico do Ministério da Saúde, que teve a edição atualizada divulgada nesta segunda-feira (2).

Segundo o documento, o Rio Grande do Norte registra de janeiro ao dia 23 de abril 6.278 casos de dengue. Em todo o ano de 2021, o Ministério da Saúde registrou 4.301 casos da doença.

A essa altura, ao final do mês de abril, o estado tinha em 2021 o total de 724 casos de dengue, de acordo com o boletim epidemiológico do Ministério da Saúde.

A Secretaria Municipal de Saúde de Natal (SMS), disse que alguns bairros da capital, como Pitimbu, na Zona Sul e Lagoa Azul e Pajuçara, na Zona Norte, vivem uma epidemia da doença, mas não o município, segundo parecer técnico.

A SMS afirmou ainda que tem feito ações de conscientização nesses bairros e intensificado a visita dos agentes de saúde nos locais mais afetados.

A incidência nos casos de dengue no estado são de 176 casos para 100 mil habitantes – a média nacional é de 254 casos.

No Brasil, o número de casos confirmados nestes quatro primeiros meses do ano também chegou ao mesmo patamar de todo o ano de 2021.

Informações do G1

Saúde

Casos de dengue aumentam mais de 800% no RN e Natal vive epidemia

 

Natal vive uma epidemia de dengue, segundo a Secretaria Municipal de Saúde. O aumento nos registros de casos da doença, que já chegou a 1.649 notificações em 2022, é suficiente para se caracterizar uma epidemia. O avanço também atinge os demais municípios do Estado. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, os dados apurados até 9 de abril de 2022 indicam aumentos um crescimento de 818% no número de casos de dengue em todo o RN em relação ao ano passado. No caso  da zika, o aumento foi de 970% e da chikungunya, 162%.

Em 2021, até a segunda semana de abril, foram registrados 435 casos prováveis de dengue, enquanto em 2022 são 3.995 no mesmo período. Os casos prováveis de chikungunya passaram de 570 para 1.494 casos prováveis, enquanto os de zika aumentaram de 39 casos prováveis no ano passado para 321 em 2022.

Em Natal, foram notificados 1.649 casos de arboviroses até o dia 22 de abril, contra 184 no mesmo período de 2021. Os números de dengue foram os que tiveram maior aumento de registros  (336,91%), seguidos pelo crescimento nas notificações de zika (266,67%) e chikungunya (75%).

De acordo com a Secretaria de Saúde de Natal (SMS), os bairros de Pajuçara e Lagoa Azul, na zona Norte, bem como Pitimbu, na zona Sul, apresentam a maior incidência de casos. Segundo Vaneska Gadelha, diretora do Departamento de Vigilância em Saúde da SMS, atualmente pode-se dizer que Natal passa por uma epidemia de dengue.

A epidemia é decretada quando há um aumento significativo de casos acima de três semanas consecutivas dentro de um gráfico chamado diagrama de controle. A cidade do Natal apresenta uma visível tendência de aumento há dez semanas epidemiológicas consecutivas.

“Conseguimos detectar esse quadro por bairros ou por distritos sanitários da cidade. Tivemos uma situação que foi bem específica no bairro de Pitimbu, por exemplo, que houve necessidade de parceria com a Secretaria do Estado de Saúde. Agora, os bairros de Pajuçara e Lagoa Azul também demonstram bastante adoecimento da população”, explica.

Os distritos sanitários Norte I, Sul e Oeste apresentam as maiores incidências de notificações de casos por cada 100 mil habitantes, respectivamente 33,35%, 31,33% e 19,13% do total da cidade. Os dados compreendem casos notificados até o dia 22 de abril.

No bairro de Lagoa Azul, foram registrados 236 casos prováveis. Em Pitimbu, 158 casos e nos bairros do Planalto e Felipe Camarão, foram 113 e 112. Esse cenário, aliado a casos de gripe e covid-19, resultou na lotação das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs), assim como nos prontos-socorros dos principais hospitais privados de Natal.

 

Com informações da Tribuna do Norte

 

Saúde

Pesquisa desenvolvida em Natal usa inteligência artificial para prever surtos de dengue

Um grupo de cientistas desenvolveu, em Natal, um método baseado em inteligência artificial capaz de prever um surto de dengue com até seis semanas de antecedência. Dessa forma, as autoridades de saúde podem ser avisadas com antecedência sobre o risco e executar medidas de contenção.

Para realizar o estudo, ao longo de quatro anos, foram espalhadas armadilhas para coletar ovos, conhecidas como ovitrampa (que simulam um ambiente perfeito para a procriação do Aedes aegypti), nas quatro regiões de Natal, a cada 300m², formando uma malha de captura de mosquitos e ovos.

“Essa técnica, conhecida como ovitrampa, foi implantada em Natal pelo então diretor do Centro de Zoonoses de Natal, Alessandre Medeiros (in memorian). O Centro de Zoonoses de Natal é vinculado ao Departamento de Vigilância em Saúde (DVS) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal”, explicou Ricardo Valentim, diretor do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS/UFRN) e um dos pesquisadores envolvidos na pesquisa.

Além disso, os pesquisadores recolheram informações sobre casos confirmados e internações pela doença. O trabalho realizado pelos pesquisadores foi validado cientificamente, por meio da publicação de um artigo científico no Scientific Report, periódico do grupo Nature, um dos principais repositórios científicos do mundo.

Com o título em português ‘Inteligência computacional orientada a dados aplicada à previsão de surtos de dengue: um estudo de caso na escala da cidade de Natal, RN-Brasil’, o trabalho apresenta os resultados obtidos pelos pesquisadores que desenvolveram um algoritmo usando a técnicas de inteligências artificiais, como por exemplo, aprendizagem de máquina, que ensina os computadores a aprenderem determinados padrões.

“A publicação é importante, pois chancela a qualidade da pesquisa feita, o que garante o rigor científico e a revisão por pares, aspecto importante para ciência global, além de divulgar internacionalmente um importante resultado científico de cientistas potiguares”, reforça Ricardo Valentim, diretor do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (Lais) da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

Ainda de acordo com ele, a grande inovação deste método computacional foi a utilização de ovos dos mosquitos. Com isso, o algoritmo consegue prever com antecedência um iminente surto de dengue no município, antes mesmo dos primeiros casos ocorrerem.

Expansão

Segundo os pesquisadores, o método pode ser replicado para outros lugares do Brasil e também para outros países tropicais que vivem surtos ou epidemias de dengue, possibilitando a melhora da resposta dos sistemas de saúde à doença que nos últimos anos se espalhou rapidamente por todas as regiões das Américas. O vírus da dengue é transmitido por mosquitos fêmea, principalmente da espécie Aedes aegypti e, em menor proporção, da espécie Aedes albopictus.

Esses mosquitos também transmitem outras doenças, como a chikungunya e a zika. A dengue ocorre de forma generalizada ao longo dos trópicos, com variações locais de risco influenciadas pela precipitação, temperatura e rápida urbanização não planejada.

Deu no G1