Janeiro termina com aumento de 360% nos casos de dengue e outras arboviroses em Natal

Equipes da Unidade de Vigilância de Zoonoses mantém rotina de visitas para exterminar focos nas casas Foto: Divulgação

 

 

Como acontece todos os anos, a chegada do verão traz as primeiras chuvas do ano e com ela vêm os mosquitos. Junto com eles houve um aumento significativo dos casos de Dengue, Febre do Chikungunya e Zika vírus.

De acordo com os dados do Boletim Epidemiológico de Arboviroses (Dengue, Febre do Chikungunya e Zika vírus) da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), os casos de doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti em Natal subiu 362,5% nas 4 primeiras semanas de 2023, se comparado com o mesmo período do ano passado. Em 2022 foram 48 casos, este ano foram 174 casos prováveis, o maior número desde 2019, onde no mesmo período foram 312 casos.

 

 

Para o chefe da Unidade de Vigilância de Zoonoses (UVZ) da SMS, Jan Pierre, a situação ainda está dentro dos parâmetros normais, mas o aumento dos casos é preocupante. “A gente está em uma situação endêmica, mas perceba que as notificações das primeiras semanas deste ano [2023] estão maiores do que do ano passado [2022], então isso já acende um alerta”, explica.

O aumento dos casos é um reflexo da forma como não respeitamos, coletivamente, as orientações sanitárias para minimizar o número de mosquitos e, consequentemente, dos casos de arboviroses.

Uma reclamação antiga de moradores das quatro regiões da cidade é sobre os terrenos baldios que viram verdadeiros lixões, devido ao descarte incorreto de materiais como lixo doméstico, restos de obras e móveis quebrados.

O aposentado Cacá Medeiros, morador de Cidade Satélite, na Zona Sul da capital, tem sofrido com os mosquitos e reclama sobre o descarte de lixo nos terrenos baldios da região. “Colocam muito entulho nos terrenos baldios, inclusive fui testemunha de que carroceiros colocam lixo nesses terrenos, em especial, entulho. A gente sabe que isso vai acabar deixando todo mundo por aqui doente”, denuncia.

O chefe da UVZ reforça que a maior parte dos focos do Aedes Aegypti acontece dentro de imóveis, e recomenda: “é fazer aquele trabalho de analisar seu imóvel, seu quintal, não deixar água armazenada, fechar as caixas d’água, fazer a limpeza dos terrenos, limpar calhas, enfim, tudo evitar ao máximo locais propícios para a proliferação dele”.

Em Natal, quem quiser contatar a Unidade de Vigilância de Zoonoses, basta ligar para o Disk UVZ nos telefones: (84) 3232 8235 e (84) 3232 8237. Para informar casos de suspeita de Dengue grave ou óbitos suspeitos ou confirmados por dengue, ligue para o CIEVS Natal no Disque notifica: 0800 285 9435 ou (84) 3232 9435.

Deu no Diário do RN

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