OPINIÃO

“Pandemínios” em Festa

Por Renato Cunha Lima

Na próxima festa de réveillon chegue vestido com a 3 ª dose da vacina e no carnaval pule a 4ª onda da pandemia.

Não é possível dizer como será seu ano, talvez com mais doses e ondas.

Que saudade do tempo que “mutantes” era nome de banda, revelando a múltipla Rita Lee, que hoje, onde mutante é vírus assassino se multiplicando. .

A notícia alarmante de uma variante sul-africana, denominada B.1.1.529, com incríveis 50 mutações e consideráveis chances de serem resistentes as vacinas nos deixa numa aflição danada, mas tem quem comemore.

A insanidade humana produziu torcedores da pandemia, gente que disputa razões em redes sociais com suas teses escatológicas com os chatíssimos: “eu avisei”, “eu sempre tive razão”. E claro, o oportunismo sempre buscará um culpado.

A verdade, que ninguém tem razão de nada, nenhuma autoridade acertou ou errou plenamente. Vacinas não foram a panaceia prometida, nem tão pouco fracassaram.

O injustamente demonizado tratamento precoce provavelmente voltará ao debate, com os antigos e os novos medicamentos que surgem. Laboratórios pesquisam em fase avançada as apelidadas pílulas Covid.

Na dúvida, na certeza ou na fé, o meu pensamento navega na ideia que devemos abraçar qualquer bóia de salvação, seja vacina, seja remédio ou oração. Só Jesus na causa!

Quando vejo notícias de aumento de casos na Europa fico angustiado, não apenas olhando o drama humano de vidas perdidas, mas também a fome, o desemprego e as falências.

O Lockdown foi um remédio com cheiro e sabor de veneno, que dizimou economias com consequências que ainda sentimos, como a disparada da inflação, a escassez de insumos e produtos.

Fundamental que seja feito tudo e mais um muito para evitar o retorno do autoritarismo sanitário de decretos exterminadores de empregos e renda.

Incomoda demais e revolta as narrativas esdrúxulas da mídia, sobretudo da TV do “Plim Plim”, que resolveu patrocinar o fique em casa que a economia a gente vê depois e agora diz que o carnaval precisa acontecer, claro pensando no próprio bolso.

Tudo isso cansa, mas é a realidade que vivemos, o governo federal cauteloso já restringiu a entrada de pessoas vindas da África e acredito que se estenderá para países da Europa, infelizmente impactando nosso turismo.

Estamos todos dançando desconforme essa música desafinada e descompassada, mas não tem outro jeito, com resiliência e fé haveremos de superar, acredito. Com fé em Deus e na ciência, apesar dos “pandemínios.”

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

Novos milionários

Por Maurício Pandolphi

Anuncia-se finalmente o pagamento dos malfadados precatórios dos professores da UFRN.

Foram quase 30 anos de esperanças jogados no lixo. Os professores devem receber 35 por cento do valor que lhes seria devido, graças ao rolo compressor de uma “negociação” que a justiça impôs.

Desse valor a receber ainda serão descontados 35 por cento de honorários advocatícios, inclusive de escritórios que haviam perdido e abandonado a causa anos atrás.

Os precatórios finalmente vão tornar milionários…..alguns advogados, como se constata.

A justiça brasileira há muito deixou de ser cega, surda e muda. Ela vê, ouve e responde prontamente aos apelos do corporativismo que infesta suas entranhas.

 

Maurício Pandolphi é Jornalista e professor da UFRN

OPINIÃO

A caracterização do golpe anunciado em uma Blitz internacional

 

Por Jaime Rodrigues Sanchez

O Brasil está sofrendo neste momento uma verdadeira blitz internacional, visando a desmoralização do País no exterior, para propiciar a volta do establishment que o levou ao caos político, econômico e social em que se encontra.
Essa escaramuça está claramente configurada em três episódios: a turnêe à Europa do mega ladrão; a presença de altas autoridades do legislativo e do judiciário no IX Fórum Jurídico de Lisboa; e a intenção dos gerentes do “RENAZIZ CIRCUS” de apresentar ao mundo o relatório pré-fabricado do seu espetáculo “CPI da cloroquina”.
Toda essa gente estará viajando de primeira classe, passeando, banqueteando, hospedando-se em hotéis 5 estrelas e, em muitos casos, ganhando diárias, em dólares ou euros, às custas do horário público.
O ex-presidiário irá a Paris receber o título de cidadão honorário daquela cidade, concedido pelo Cônsul de Paris exatamente quando se encontrava preso por alta corrupção na carceragem da Polícia Federal em Curitiba.
Em seu discurso, preocupou-se apenas em ofender e caluniar o Presidente da República e depreciar o País.
O ladravaz participará ainda do Festival Lula Livre, no Teatro do Sol, com a presença de Dilma Rousseff, Fernando Haddad, o diretor do MST e outros petralhas convidados.
A seguir, visitará Genebra e Berlim, sempre recebido por lideranças políticas, partidos, sindicatos e intelectuais de esquerda.
Segundo ele, seu giro pela Europa tem o objetivo de “restabelecer a credibilidade do Brasil no exterior “.
Por sua vez, o IX Fórum Jurídico de Lisboa, evento organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa, do qual O “libertador de bandidos” é sócio, tem como foco principal o debate sobre “Sistemas Políticos e Gestão de Crises” e conta com a participação de nada menos que os presidentes do Senado e da Câmara e de ministros da Suprema Corte, que defendem a mudança da forma de governo do Brasil para o “semi-presidencialismo”.
No bojo dessa iniciativa, existem declarações de Temer e Lira sobre a intenção de editar uma PEC com efeito em 2026, alterando a forma de governo, onde Temer sugere a realização de um referendo.
Já foram realizados plebiscitos em 1963 e 1993 sobre o sistema de governo e o brasileiro já deixou claro que quer eleger diretamente seu governante.
Como entregar os destinos de uma Nação a um Congresso corrompido, onde a grande maioria dos parlamentares foi eleito indiretamente pelo voto proporcional e, em muitos casos, apesar do voto direto, é fruto do voto de cabresto e do coronelismo?
Essa nova tentativa, além de ser desnecessária e inoportuna, ainda recairá sobre si a suspeita da possibilidade de fraude que hoje impera sobre o sistema eleitoral brasileiro.
Essa intenção parlamentarista está contida nas entrelinhas da Constituição Cidadã e já havia sido apresentada pelo então presidente da Câmara Rodrigo Maia em sua visita à Espanha.
De todas as barbaridades que foram propaladas por Gilmar, Pacheco, Lira, Temer e outras hienas presentes ao Fórum , a mais grave foi a confissão do ex-presidente da Suprema Corte Dias Toffoli: “Nós já temos um semi-presidencialismo com um controle de Poder Moderador que hoje é exercido pelo Supremo Tribunal Federal”.
Essa é a a prova inconteste de mais uma usurpação, desta vez de um papel que sempre foi constitucionalmente destinado às Forças Armadas, até ser retirado na Constituição parlamentarista de 1988.
Nessa cruzada anti-patriota, volta à cena um velho personagem, o parlamentarismo.
As raposas nunca desistiram de administrar o galinheiro. Para entender a razão, basta observar a folha corrida dos protagonistas dessa blitz, onde boa parte não está condenada ou sofreu impeachment, graças à trincheira de proteção mútua que construíram para livrá-los dos crimes cometidos.
Se tivéssemos que eleger uma música tema para representar a realidade dessa blitz internacional, certamente seria: “Se gritar pega ladrão…”.

 

Jaime Rodrigues Sanchez é Major-Brigadeiro da Força Aérea Brasileira

OPINIÃO

Eu sou Negão !

Por Renato Cunha Lima

Uma vez me disseram que eu não poderia falar de racismo por ser branco. Neste instante disse ao cidadão que ele estava sendo racista. O racismo começa quando alguém qualifica ou desqualifica uma pessoa por conta de sua cor de pele.

Não gosto do dia da consciência negra, ela é sectária e pouco útil para a sociedade, serve muito mais aos movimentos progressistas que usam a velha estratégia de dividir para conquistar.

Seria muito mais assertivo que o dia 20 de novembro fosse tratado como dia do combate ao racismo, não apenas da consciência negra, pois já imaginou se alguém inventa o dia da consciência branca? Logo seria chamado de nazista.

Alguns podem dizer que estou falando uma enorme bobagem, que os negros foram massacrados e escravizados no Brasil, que existe uma dívida histórica. Tudo bem, de fato tudo incontestável, mas quando vamos superar? Quando vamos realizar o sonho de Martin Luther King?

“Eu tenho um sonho que um dia, nas montanhas rubras da Geórgia, os filhos dos descendentes de escravos e os filhos dos descendentes de donos de escravos poderão sentar-se juntos à mesa da fraternidade.”

Alguém já notou que o inesquecível pastor batista e ativista político Martin Luther King, a maior referência mundial no combate ao racismo, raramente é lembrando no dia da consciência negra?

Luther King pregava a igualdade através da pacificação, da fraternidade, da superação das marcas da escravidão, olhando para gerações futuras, para um horizonte de consciência humana acima de qualquer diferença.

Adoraria que Luther King conhecesse minha família, minha pequena filha é fruto de seu sonho, pai branco e mãe parda, avó materna negra e bisavô negro. Adoraria que ele pudesse conhecer meus amigos, brancos, pardos e negros, incluindo meu melhor amigo que é negro.

Nada do punho cerrado do sectarismo de Malcolm X, líder dos Panteras Negras, que buscava vingança e incentivava a mágoa, a revolta que projeta a perpetuação do racismo como bandeira política.

No Brasil a americanização dos movimentos raciais tem como base essa divisão de brancos e negros como um dos pilares alimentado pelo maldito politicamente correto que incendeia a guerra cultural e afasta as pessoas.

Aqui ainda usam o Zumbi dos Palmares, figura controversa que não foi nada libertária, muito pelo contrário, com historiadores o envolvendo em casos de exploração de outros negros e abusos de mulheres.

A esperança fica na idéia que nenhum ódio é perene quando confrontado com bons sentimentos de admiração, amizade e amor.

O branquelo aqui adora jazz, rock, blues, samba, meus ídolos no esporte quase todos são negros e quem me dera correr como Usain Bolt, jogar basquete como Magic Johnson e fazer gol como Pelé? Como não se emocionar com o piloto Lewis Hamilton que imitou o gesto de Ayrton Senna com a bandeira do Brasil? Acho que sou Negão!

Não só na música, nem apenas no esporte, a cor da pele não determina quem vai ser juiz de direito, presidente da república ou mesmo santo. O que mais procuro nas pessoas é caráter e a humanidade vence quando a consciência é plena, quando a boa fé nasce dos corações das pessoas.

Por fim, não caiam nas divisões e se somem e multipliquem os encontros. Quanto mais juntos e misturados seremos mais fortes.

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

Bolsonaro, o governador do RN !

 

Por Cleano Barreto

Além de um derrame de mais de R$ 7 bilhões durante a Pandemia do Covid-19, através de recursos($$$), benefícios, renegociações de dívidas e renúncias fiscais, para o Rio Grande do Norte, o Governo Bolsonaro não para de tomar medidas administrativas com vistas a melhorar a nossa economia, já que o Governo do Estado nada faz.

Após décadas na clandestinidade, a pesca de Atum no RN se efetivava de forma amadora e artesanal. O Governo Federal interveio através do Ministério da Pesca, regularizou, normatizou 62(sessenta e duas) embarcações de grande porte, específicas para pesca do Atum, concedeu financiamentos via BNB e BNDES para fomentar a atividade. Resultado: Nossa querida ‘Salinésia’, Areia Branca-RN, após os investimentos federais, já é o maior produtor de Atum do país!!!
As boas notícias não ficaram por aí. O Governo Bolsonaro regularizou, regulamentou e também está financiando via bancos oficiais, a produção de Ostras Marinhas no nosso litoral. A ‘Ostroeconomia’ como é vulgarmente chamada, está sendo desenvolvida de forma profissional e sustentável, gerando renda e arrecadação para o RN. O Estado irá produzir em poucos meses, 400 toneladas de Ostras Marinhas por ano, coisa inimaginável para um segmento antes amador e artesanal.
Continuando com medidas estruturantes efetivadas no RN, o Governo Bolsonaro criou um programa de treinamento para profissionalizar produtores/criadores de Tilápias do Estado. Já são mais de 12.000 pessoas treinadas, capacitadas para suprir tecnicamente esse setor. Em breve os resultados serão sentidos, através do aumento da produção com qualidade superior e custos otimizados.
Para finalizar, senão vai ficar cansativa a leitura, diante de tantas obras e realizações, o Governo Bolsonaro assumiu o Terminal Pesqueiro de Natal, obra Federal concluída, orçada em R$ 33 milhões, fechada há 10 anos por incompetência e descaso dos Governos do PT. Será feito um contrato de Concessão à iniciativa privada por 20 anos, com prazos e metas de investimentos pre-estabelecidos para dar suporte e logística para todos os segmentos pesqueiros do nosso litoral, proporcionando crescimento, renda e arrecadação para o RN.

É assim que as obras Federais chegam aos norte-rio-grandenses, e Bolsonaro vai se firmando como o melhor Governador do RN dos últimos tempos.

 

Cleano Barreto é administrador de empresas e empresário

 

 

OPINIÃO

Foi André, mas poderia ser você!

Por Renato Cunha Lima

O drama da violência no Rio Grande do Norte não é novidade para ninguém, nem uma realidade que nasceu no governo Fátima, mas inegavelmente não há coincidências, nem muito menos é atípico apontar que a bandidagem se sente à vontade com o PT no poder.

O gerente farmacêutico André Damásio de Miranda é o nome, a vitima, com sua família, amigos que choram, mas poderia ser você, eu, alguém de nossas famílias ou algum amigo.

O infortúnio de André foi trabalhar e ter seu local de trabalho invadido por marginais armados que o assassinaram de forma brutal e covarde. Infelizmente não foi o primeiro e nem será o último, todo mundo tem essa consciência, sobreviver por aqui virou uma roleta russa.

Todo esse cenário aterrorizante não sensibiliza a governadora Fátima a endurecer o enfrentamento aos criminosos, que fazem o que querem e como querem sem nenhuma repressão.

Não é preciso ser especialista para saber que a gênese da criminalidade está no narcotráfico, inclusive não há rede de franquia maior e mais bem sucedida que a “boca de fumo”, que desbanca Boticário, MacDonald, qualquer uma, ainda não paga impostos e no Rio Grande do Norte funciona a todo vapor em praticamente todos os municípios.

O problema não está na polícia, mesmo que falte efetivo, mas sim, no comando, na ordem para a polícia não realizar operações nas “comunidades” para reprimir o narcotráfico.

O partido da governadora nunca gostou de polícia, a militância petista suja nossas cidades com pichações pedindo o fim da polícia militar. Durante este governo, policiais foram punidos por exercerem seu trabalho e não foram poucos os policiais desprestigiados e humilhados, inclusive com exonerações de cunho ideológico.

No sistema prisional potiguar assistimos o retrocesso com a desmobilização, a flexibilização do legado do ex-secretário Luís Mauro Albuquerque Araújo, que endureceu e deu jeito na bagunça que estavam os presídios.

Na verdade, vamos ser bem sinceros, quase 100% dos marginais e seus parentes votam em Fátima e no PT. Basta olhar o resultado das urnas disponibilizadas nos presídios pela justiça eleitoral.

Não foram poucas as vezes, que militância e políticos petistas acusaram a polícia de truculência e abusos no enfrentamento ao crime, mas raramente ou nunca assistimos uma só fala que defenda o endurecimento com a bandidagem que mata e rouba trabalhadores.

As Leis frouxas são um caso a parte, as Leis e infindáveis recursos mais protegem os criminosos que as vítimas da violência e o judiciário leniente, muitas vezes omisso, incrementa o sentimento de impunidade com decisões absurdas em todas as esferas, levando à população descrente o desalento total.

Não adianta a maquiagem, o teatro do desfile de viaturas e policiais pelas ruas das nossas cidades sem que ocorra operações policiais para fechar as bocas de fumo, para prender

 

os marginais. A polícia não pode ser resumida a função de vigia de ruas e estabelecimentos.

O governo precisa ser exemplo, mostrar ações contra crime e não passar a mão na cabeça e empurrar o problema com a barriga e discursos vazios.

Por fim, governadora Fátima, bandido não é vítima, marginal merece cadeia e resistindo merece bala, a sociedade não aguenta mais e as reais vítimas da violência clamam por justiça. Seu governo é um desastre!

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

A confissão de Dias Toffoli

Por Renato Cunha Lima

O ministro Dias Toffoli confessou, durante palestra no 9° Fórum Jurídico de Lisboa, a usurpação dos poderes do Presidente da República com a chancela do Supremo Tribunal Federal.

Disse sem nenhum pudor: “Nós já temos um semipresidencialismo com um controle de poder moderador que hoje é exercido pelo STF” e acrescentou: “Basta verificar todo esse período da pandemia”.

Ainda foi além: “O sistema presidencial tem muita força, mas o parlamento é a centralidade, na medida em que, é no parlamento que se formam os consensos das elites regionais, sendo a Justiça sua fiadora.

O ministro só não contou aos presentes na palestra que o STF, hoje, tutela a república, quando não julga os infindáveis processos penais envolvendo parlamentares.

Com o agravante que a corte é composta majoritariamente por indicados de ex-presidentes enrolados em escândalos de corrupção.

O ministro Dias Toffoli ainda ironizou dizendo que governar o Brasil não é fácil, o que é nítido e notório, sobretudo se o presidente eleito for alguém que seja contra o “establishment”, contra o sistema carcomido de perpetuação de poder.

Nesta pandemia o Supremo pintou e bordou, interferiu tando nos poderes, que os ministros desavergonhados e despudorados estão convictos da razão.

Acontece que somente um novo pebliscito teria o poder de modificar o sistema de governança do Brasil, assim como foi realizado em 1993, onde o presidencialismo foi escolhido por larga maioria da população.

Na prática estamos diante de um golpe gestado há muitos anos, ainda na época dos famigerados governos do PT, que agora com o governo Bolsonaro ganhou contornos de guerra declarada.

O grande problema é que toda responsabilidade da governança do país recai nas costas do presidente eleito de plantão, enquanto quem de fato governa são os ministros do STF, sem um só voto popular.

Na prática vivemos um parlamentarismo real com uma espécie de monarquia jurídica, que está acima da democracia e das próprias Leis que juraram guardar. É um escândalo.

O Senado, que poderia ser o freio, o contrapeso a tudo isso, na verdade está fechado para balanço, com o atual presidente, o senador Rodrigo Pacheco leniente e covarde com os abusos, incluindo casos de censuras e prisões políticas.

No Congresso Nacional há dois tipos de parlamentares sócios dos ministros dos STF, os que enxergaram oportunidades de abocanhar nacos do orçamento da união, como os que vislumbram uma saída para seus inquéritos e processos criminais.

Triste demais tudo isso, desalentador saber que o voto do povo vale tão pouco no Brasil. Que temos uma democracia de faz de conta, uma impressionante FakeNews.

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

“Crédito educativo, sim; FIES, não “

Por Ney Lopes de Souza

Li consternado, o texto do repórter Cláudio Oliveira neste jornal “Tribuna do Norte”, intitulado “No RN, número de contratos do FIES cai 93% em 5 anos”. Essa é um a história que precisa ser contada.

Em 15 de abril de 1975 exercia o mandato de deputado federal. Nesta data dei entrada ao projeto de lei nº 274/75, a origem no Brasil do “crédito educativo”.

O financiamento abrangia “todos” os estudantes das Universidades, “públicas e privadas”, “sem exceções”, com o pagamento mensal, em média de dois salários mínimos, ajudando nas despesas com alimentação, vestuário, transporte, habitação, mensalidades, livros e material acadêmico.

O resgate era após dois anos da conclusão do curso, com prorrogação, juros especiais, prazo de até o dobro do tempo da graduação, em função da renda e emprego.

Encontro sempre inúmeras pessoas graduadas e agradecidas, por essa iniciativa que tive.

O jornalista conterrâneo Murilo Melo Filho, que militava a época na imprensa sulista, em reportagens na revista Manchete registrou a evolução do projeto de lei nº 274/75, que subscrevi.

O então ministro da educação Ney Braga, no governo Ernesto Geisel, confessou a Murilo o desejo de implantar imediatamente a proposta do “crédito educativo, através de linha de crédito criada por Resolução do BC, para operações através da CEF e BB.

O Ministro considerava mais rápido, do que aprovar a lei no Congresso.

Consultado, logo concordei em antecipar a vigência do benefício.

Assim nasceu o crédito educativo, a maior conquista e galardão da minha atividade parlamentar.

Em setembro de 1976, o “crédito educativo” já começou a liberar empréstimos para o custeio das despesas de estudantes carentes e permaneceu, durante mais de 13 anos.

Posteriormente, vi a completa deformação da ideia que defendera, em benefício dos universitários e suas famílias.

O crédito educativo foi substituído pelo FIES, que se compara a uma operação bancária de rotina, com a exigência de fiadores, multas exorbitantes e protesto em cartórios.

O FIES foi colocado nas mãos dos bancos privados e das Universidades particulares, que em parceria, fazem a seleção e exigem até aplicações financeiras para liberar o crédito.

Verdadeiro absurdo.

Como é possível entes privados manusearem o dinheiro da nação para facilitar o recebimento das suas próprias anuidades e parcelas de empréstimo, na “boca do cofre do Tesouro”?

O crime de extinção do “crédito educativo” permitiu que algumas universidades privadas incluíssem no FIES alunos “fictícios” e assim recebessem valores fraudados.

O “resumo da ópera” é que o TCU constatou descalabro e “rombo bilionário”.

Os contratos firmados nos governos Lula e Dilma, revelaram fraudes e “passivo” de mais de 55 bilhões.

As consequências são constatadas no RN.

De acordo com dados da TRIBUNA DO NORTE, o estado tem hoje 17.969 estudantes inadimplentes com o FIES.

No meu projeto originário – PL nº 274/75 – o estudante beneficiado era financiado e somente começava a pagar após a formatura e a obtenção de emprego estável.

Com os índices de desemprego atuais, como um jovem ao terminar o curso poderá pagar as prestações do seu financiamento se não conseguir trabalho imediato?

O resultado é a exigencia de altas taxas de juros e multas.

Além do desemprego há sinais de ganância dos bancos.

Tratam os universitários como um cliente qualquer.

Os juros são antecipadamente capitalizados.

Paga ou vai para o SPC.

O financiamento ao estudante carente é um direito da cidadania.

Portanto, o governo deve agir sem assistencialismo, porém com elevado grau de sensibilidade social.

O financiamento deve voltar a ser o que era em 1976, de acordo com o projeto de lei 274/75, que apresentei no Congresso.

Por todas essas razões, sinto-me comprometido com o “crédito educativo”.

O FIES não pode continuar.

O aluno das “Universidades públicas” também deve ter direito ao benefício para fazer jus a sua manutenção, sem prejuízo do financiamento das anuidades em faculdades particulares.

A volta do crédito educativo será uma tarefa do Congresso Nacional, a ser eleito em 2022.

Não nego, que gostaria de ajudar no retorno, ao modelo que era antes.

 

 

Dr Ney Lopes de Souza é advogado, professor titular da UFRN e ex-deputado federal

OPINIÃO

Português errado !

Por Renato Cunha Lima
O meu xará , Renato Russo, cantava assim a música “Meninas e Meninos” sem o tal “menines”:
“Eu canto em português errado
Acho que o imperfeito não participa do passado
Troco as pessoas
Troco os pronomes”
A turma do LGBTI+ não precisa usar o “todes” para conquistar respeito. O ex-professor de inglês Renato Manfredini Júnior, o roqueiro Renato Russo, não precisou ofender a língua portuguesa para amar e ser amado.
Nosso idioma é tão desrespeitado hoje em dia que deveríamos exaltar o 5 de maio, que é o dia internacional da língua portuguesa.
Seria um dia sem galicismos e anglicismos, sem estrangeirismos e sem essa aberração e invencionice de linguagem neutra.  Um dia para Olavo Bilac, Augusto dos Anjos, Cora Coralina, Fernando Pessoa e outros tantos conhecidos e anônimos que bem usaram e usam, sem abusar do idioma de Camões.
Tudo bem que o importante é se comunicar, mas o idioma é a identidade cultural maior de um povo e merece respeito. Até hoje não entendo a substituição do termo “entrega a domicílio”, pela palavra inglesa “delivery”. É mais bonito?
Com fome do bom português, resolvi substituir os estrangeirismos:
“Eu não sou nada light, nem gosto de fitness. Vou tomar um drink, que está gelando no freezer do meu flat e no app do smartphone, vou pedir um hot dog.”
E assim ficou:
“Eu não sou nada leve e nem gosto de ginástica. Vou tomar uma bebida que está gelando no congelador do meu apartamento e no aplicativo do celular, vou pedir um cachorro-quente”.
A língua é viva, quem a mata é a ignorância e cada qual com sua ignorância.
O inesquecível Ariano Suassuna contou que um sociólogo apareceu em Taperoá para avaliar o nível de conhecimento das pessoas e na feira livre questionou um peixeiro: “Sabe quem é o presidente dos Estados Unidos?” Peixeiro: “Não sei, não senhor.” O sociólogo: “E a cotação do dólar?” O peixeiro: “Não sei o que é dólar, nem muito menos cotação.” O sociólogo: “Então, o senhor é um ignorante!”
O peixeiro então pegou uma traíra e indagou: “O senhor sabe que peixe é este?” O sociólogo: “Não, desconheço.” O peixeiro pegou um curimatã: “E este?” O sociólogo: “Não.” O peixeiro, pegando uma tilápia: “E este aqui?” O sociólogo: “Também, não.”
O peixeiro, guardando seus peixes, finalizou: “Pois é, doutor, cada qual com sua ignorância…”
Aproveitando este causo, outro dia perguntei para um vaqueiro semianalfabeto se ele era um doutor, logo depois que ele velozmente abateu e limpou um carneiro, com uma habilidade incrível com a faca. Ele me respondeu com a faca na mão, que sim: “Naquilo que sei fazer, eu sou doutor”.
O novo imortal da Academia Brasileira de Letras, Gilberto Gil, que chega agora para a cadeira antes ocupada pelo saudoso potiguar Murilo Melo Filho, tem uma composição extraordinária de nome metáfora, que num trecho diz:
“Deixe a meta do poeta, não discuta
Deixe a sua meta fora da disputa
Meta dentro e fora, lata absoluta
Deixe-a simplesmente metáfora”
Portanto, quem sou eu para dizer se cabe ou não Gilberto Gil como imortal da academia? Outro dia o Bob Dylan ganhou o Nobel de literatura. Não é uma surpresa, acho até mais válido que a eleição da atriz Fernanda Montenegro. O que sei, que na música, Gil já era um doutor e imortal e quem não gostou: Aquele abraço!
Aproveito e estendo o merecido abraço, sem embaraço algum, com minhas salvas de palmas para o extraordinário orador potiguar e também romancista Geraldo Melo,  novo integrante da Academia Norte-rio-grandense de Letras.
 — Doutor Geraldo, o tamborete ficou mais alto.

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

 

OPINIÃO

RN Caloteiro

Por Cleano Barreto
Mais de 1.000(mil) cirurgias eletivas deixaram de ser executadas pelos SUS.
Detalhe: O Governo Federal está RIGOROSAMENTE EM DIA com os repasses das verbas da saúde para o Estado do Rio Grande do Norte que, consequentemente, deveria também estar em dia com os repasses aos municípios!!!
Com sucessivos atrasos, os municípios não tem dinheiro para o custeio da saúde, nem para pagar as cooperativas médicas que, por sua vez, se recusam a realizar os procedimentos médicos sem que as dívidas atrasadas sejam quitadas.
O montante atrasado de verbas da saúde pelo Governo do RN aos municípios, ultrapassa os R$ 100 milhões.
O Hospital do Câncer de Mossoró fez uma paralisação de advertência nos atendimentos, no mês passado, devido os constantes atrasos de pagamentos do Governo do RN. Houve um acordo e mantiveram os atendimentos.
Perguntinhas:
1) Onde foram parar as verbas da saúde, enviadas mensalmente pelo Governo Federal para serem repassadas aos municípios???
2) É legal o Governo do RN receber as verbas Federais para custeio da saúde e não as repassar aos gestores executivos do SUS: Os municípios???
Não há penalidades???
No meio desse mar de incompetência e má fé, está a população carente que precisa do SUS para procedimentos diversos, cirurgias, internações, inclusive para tratamento de doenças crônicas complexas, letais, como o lúpus, câncer…
Resposta do Governo do RN: “Reconhecemos os atrasos dos repasses aos municípios, não há prazo para quitação dos mesmos.
Já iniciamos conversações com as cooperativas médicas e hospitais, sobre as dívidas em atraso…”
Ou seja, o Governo do RN vai enchendo linguiça e empurrando com a barriga, a população que se lasque!!!!!
Cleano Barreto é administrador de empresas e empresário