OPINIÃO

Federação de partidos cria tensão política

Por Ney Lopes de Souza

No RN, tudo é incógnita em relação a possíveis federações de partidos.

O PSB junta-se ao PT?

O PL ao PP?

E o União Brasil competiria sozinho?

 

Rumos – O ex-governador Robinson Faria e o seu filho sempre foram ligadíssimos ao presidente do PSD, Gilberto Kassab, que garantiu a eles a legenda no RN.

De repente, ocorreram fatos nos bastidores, levando Robinson a interessar-se pelo PP e deixar o PSD.

 

Razões – Admite-se que essa mudança de Robinson Faria seja em função de uma reaproximação que estaria ocorrendo entre Lula e Kassab.

Com o filho ministro de Bolsonaro, seria impossível ele manter-se no partido.

 

Composição – A proposta de Lula ao PSD passa pelo apoio a Alexandre Kalil (PSD), em MG, para o governo e retiraria a candidatura do ex-governador e senador Jaques Wagner ao governo da Bahia, apoiando em seu lugar o senador Otto Alencar, do PSD de Kassab.

Na chapa, estaria o atual governador do estado, Rui Costa, como candidato ao Senado.

 

Tensão – Até 2 de abril, prazo fatal para a formação de federações, o clima político será de tensão.

As federações, diferentemente das coligações, precisam se manter durante quatro anos.

Na política brasileira, a cultura é de acomodação, com mudanças de partido constantes.

 

Competência- Os “competentes” não são aqueles que têm coerência, ideias e propostas. Ocorre o contrário.

Competentes são os que montam “nominatas”, a base de favores, privilégios e dinheiro, para garantir previamente quem ganha a eleição.

 

Objetivo-As federações seriam para agregar legendas com afinidade ideológica e a redução dos chamados partidos de aluguel.

Mas, os interesses locais impedem que isso aconteça.

 

Dr Ney Lopes de Souza é advogado, professor titular da UFRN e ex-deputado federal

 

OPINIÃO

Farra dos Jatinhos

Por J.R.Guzzo
É raro, hoje em dia, passar muito tempo sem que os ministros do Supremo Tribunal Federal comprovem com algum ato concreto, individual ou coletivo, o quanto contribuem para os piores usos e costumes da vida pública brasileira.
Nisso aí pode-se contar tranquilamente com todos eles: da mesma forma como produzem insegurança jurídica permanente, com decisões que ignoram a lei para atender interesses políticos e pessoais, é garantido que vão sempre optar pelo lado do mal quando se trata de gastar o dinheiro do pagador de impostos.
Reportagem do jornalista Lúcio Vaz, na Gazeta do Povo, comprova pela centésima vez essa degeneração serial.
O presidente do STF, ministro Luiz Fux, gastou um total de R$ 1,6 milhão com suas viagens em jatinhos da Força Aérea Brasileira em 2021 – quase tudo em viagens de ida e volta para a sua casa do Rio de Janeiro, ou 96 voos.
Não há o mais remoto vestígio de interesse público em nenhuma despesa dessas – todas elas são estritamente pessoais.
Por que diabo o cidadão teria de tirar dinheiro do seu bolso para pagar os voos particulares do ministro Fux?
Não há resposta possível para isso.
Não estão incluídos neste total os gastos com os batalhões de agentes de segurança pessoais do ministro – o STF decidiu que tais despesas, como tantas outras, são “secretas”.
Qual o propósito de esconder uma informação como essa?
É tudo abertamente mal-intencionado – e feito de propósito.
Fux, na verdade, superou o recorde anterior do ministro Dias Toffoli, que conseguiu socar em cima do pagador de impostos até uma viagem para assistir à canonização da Irmã Dulce em Roma.
Fux, naturalmente, não é o único que abusa de sua função e utiliza a FAB, cada vez mais, como uma empresa de táxi aéreo.
Na verdade, essa é uma doença incurável da vida diária entre os sultões de Brasília – os que estão sentados, o tempo todo, nos galhos mais altos da árvore do Estado.
É uma das mais agressivas demonstrações do escândalo permanente de um setor público pervertido – que vive como a nobreza dos tempos do rei Luiz XV e que, para sustentar os seus privilégios, trata os brasileiros como escravos, cuja principal função nesta existência é trabalhar para encher-lhes o bucho e pagar-lhes os jatinhos.
Da próxima vez que for ao posto de gasolina, fizer uma ligação no celular ou acender a luz de casa, lembre-se que uma parte do que você está pagando – e pode ser até 30% do total – vai servir para que o ministro Fux continue voando de cima para baixo em avião da FAB. Que tal?
Excelente emprego dos impostos, não é mesmo?
É o que se chama normalmente de “disfunção” – aquele tipo de patologia que impede um órgão de funcionar como previsto e de cumprir, assim, as tarefas para as quais existe.
O ministro Fux e seus 96 voos em 2021 provam, uma vez mais, que o STF deixou de ser funcional neste país.
J.R.Guzzo é jornalista
OPINIÃO

Apartheid Sanitário

Por Renato Cunha Lima

O mais violento ato ditatorial dos governantes “nazistas”, tarados em vacinas, é a segregação entre os picados e os não picados com os “atenuantes” do Covid, através da exigência maldita do inútil passaporte vacinal.

Sim, devemos chamar de atenuantes e não mais de vacinas, pois nenhum atenuante tem se mostrado eficaz para conter o contágio com a variante ômicron, que é cepa hegemônica no mundo hoje.

Em estudo recente, realizado em Israel, repercutido no Brasil pela Revista Época, foi visto que nem a quarta dose da atenuante da Pfizer se mostrou suficiente para prevenir infecções pela variante Ômicron. Portanto, qual o sentido de coagir e segregar a população não vacinada?

Quem recebeu as picadas dos atenuantes virais seguem espalhando o Covid, assim como quem não foi picado. Entendam de uma vez por todas, não faz diferença. Quantas pessoas conhecidas de todos nós, mesmo com as três doses, adoeceram? Muitas!

Os atenuantes, como o nome indica, teve e tem grande importância na queda do número de mortes causadas pelo vírus chinês, mas longe de serem a panaceia que nos livrará da praga de uma vez por todas.

Tudo indica, que a própria natureza se encarregará de promover um equilíbrio para a coexistência das espécies e a ômicron pode sim, significar o fim da pandemia.

Agora o que tanto motiva governantes como Fátima Bezerra e João Azevedo em segregar, coagir e perseguir os não picados?

Tudo começa com a alma autoritária, uma vocação déspota, mas também uma intenção clara e evidente para prejudicar a economia do país, gerando desemprego, falências na intenção de derrotar eleitoralmente o Bolsonaro a todo custo. E que custo!

O apartheid sanitário tem alvo e nunca foi salvar vidas, mas sim, uma canalhice por poder para eleger o ex-condenado, o ex-presidiário do Lula. Não duvidem, o TSE vai aparecer com exigência do passaporte para o eleitor nas próximas eleições.

Acordem enquanto não for tarde, a liberdade é inegociável. A mídia, que consegue aplaudir as atrocidades dos governos autoritários, rapidamente mostrou uma pesquisa indicando que 80% da população brasileira aprova o passaporte vacinal.

Quem conhece um pouco de história vai lembrar que a enorme maioria dos alemães também aprovavam o nazismo de Hitler e amanhã arrependido, você que aplaude hoje o passaporte vacinal, será visto como os alemães daquela época.

Por outro lado, lindo e esperançoso o que disse a Suprema Corte dos EUA na decisão que derrubou o decreto autoritário de Joe Biden, que exigia passaporte vacinal nas empresas privadas:

“Respeitar direitos é complexo em tempos de crise. Mas, se esta Corte protegê-los apenas em tempos calmos, as declarações de emergência nunca acabarão, e as liberdades que a Constituição busca preservar serão inócuas.”

O mesmo se espera do nosso judiciário, não existe meia liberdade ou liberdade relativa, muito menos um meio cidadão, com menos direitos, sendo perseguido e humilhado.

— Defendo a oferta dos atenuantes do Covid, inclusive recebi no braço as benditas picadas, mas não frequentarei nenhum lugar que exija passaporte vacinal, prefiro o gueto dos que defendem a liberdade, que passar recibo para o governante ditador de plantão.

Os abortistas usam uma frase que neste momento tem cabimento: “meu corpo, minhas regras”. Diferente do aborto, que não observa a liberdade de nascer, o não vacinado, não oferece nenhum risco ao vacinado. Isso é importante deixar claro.

Não podemos deixar de comentar a respeito da passividade leniente e covarde das entidades que dizem representar o comércio nos estados e cidades com governantes autoritários. No Rio Grande do Norte, por exemplo, muito se explica quando chega a notícia do segundo pior PIB do Brasil.
— Vergonhoso!

Portanto, não ao apartheid sanitário e um sim a liberdade. Mesmo vacinado não aceite tamanha violência ao direito de ir e vir! A liberdade é o verdadeiro sentido de viver.

“Como se expressar livre, preso entre palavras? Essa necessidade não tem os pássaros: Eles voam”. Um velho aforismo de minha autoria, um apaixonado pela liberdade humana. Lutem! Ninguém se perde defendendo a liberdade!

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

“Empatia”

Por Cleano Barreto

Empatia = Faculdade de compreender emocionalmente um quadro, uma situação, e agir com consciência coletiva, solidária…

Se há uma coisa que uma boa parcela dos brasileiros não tem, é empatia com seus irmãos, compatriotas. Principalmente quando as “vantagens” são a seu favor. Lamentável…
Semana passada o Presidente da República tornou público sua vontade de dar aumento salarial às forças federais de segurança, segmento importantíssimo, desprovido de legislação específica de proteção operacional e esquecido por governos passados.
O aumento que o Presidente almejava, era para alinhar os salários das forças federais de segurança, PF, PRF, Agentes Penitenciários Federais, dentre outros, aos auditores fiscais federais.
Pronto!!!!! Foi o que a esquerda irresponsável e fisiológica, queria!!!! Imediatamente acionaram a ‘grande imprensa’ para fomentar a discórdia entre as demais categorias, convocaram os famigerados sindicatos das categorias que não entrariam no aumento, pois já ganham acima do teto constitucional, a exemplo dos Auditores Fiscais Federais, MPF… Surtiu efeito, logo fizeram ‘beicinho’ e começaram a tumultuar o andamento dos serviços públicos federais nas repartições, fronteiras, aduanas… Operação Padrão, Tartaruga, em todas as repartições públicas federais do país e também no exterior. Pura canalhice!!!! Esses sindicatos precisavam mostrar serviço, hibernam há décadas nas suas ineficácias e incompetências, lastreados pela estabilidade funcional, altíssimos salários e vantagens trabalhistas descabidas, coisa que NENHUMA outra categoria de trabalhador brasileiro tem!!! Para eles, ‘fodam-se’ os outros. Desculpem o termo vulgar, agressivo, mas é exatamente assim que eles pesam e como agem.
Esse fisiologismo se estende a TODOS os funcionários públicos deste sofrido país, a falta de empatia é intrínseca nessas categorias, sejam elas Federal, Estadual ou Municipal.
Com estabilidade, altos salários, pagos rigorosamente em dia, vantagens funcionais absurdas, há 02 anos em home Office, eles não levam em conta a gravíssima situação econômica e financeira do país, provocada pela pandemia. Querem mais e mais para si, não estão preocupados em parar e/ou quebrar o país. Nada importa senão os seus gordos contra-cheques e nababescas vantagens funcionais.
Esse país MERECE ser repensado e melhorado. Essa melhoria está, em boa parte, na reforma administrativa, onde privilégios imorais e descabidos dos futuros funcionários públicos, haverão de sumir. Vamos ver se os políticos vão deixar, pois a maioria sobrevive do STATUS QUO e querem perpetualiza-lo, doa a quem doer!!
Por fim, acredito que esse país só será grande quando extinguirem do nosso cotidiano, a nojenta LEI DE GÉRSON.
Assim penso…
Cleano Barreto é administrador de empresas e empresário
OPINIÃO

“A pandemia está perto de terminar ? “

Por Ney Lopes de Souza

Continua a dúvida se a pandemia está próxima do fim, ou não.

Embora inexista fundamento cientifico para garantir o final, as perspectivas são animadoras.

A ômicron se mostrou avassaladora na sua origem: dois dias após a sua detecção na África do Sul e em Botsuana, ela já foi classificada como uma variante de preocupação pela OMS, em 26 de novembro.

Os cientistas ficaram alarmados com a quantidade e a variedade de mutações, que ela apresentava.

A boa notícia foi de que essa nova variante estaria por trás de quadros mais leves e uma menor taxa de hospitalizações e mortes, especialmente entre vacinados com três doses, o que trouxe um pouco de alívio.

Mesmo assim, não foi feliz o presidente Bolsonaro ao afirmar que a “variante é bem vinda”.

A orientação correta é a população manter rígidos os cuidados com a utilização correta de máscara, o distanciamento social e a higienização adequada das mãos.

Médicos e virologistas pedem muita cautela, diante do fato da variante ser extremamente transmissível, como nos mostram os aumentos expressivos nos casos de covid.

A ômicron é de duas a três vezes mais transmissível que a delta.

Pesquisa realizada no Imperial College do Reino Unido trouxe informação otimista: após uma terceira dose, o nível de proteção volta a subir consideravelmente.

O reforço vacinal eleva a proteção para 55 a 80% nesses indivíduos.

A Universidade de Cambridge, na Inglaterra, mostra em estudo que, caso o indivíduo seja infectado com a ômicron, o risco de hospitalização é 81% menor se ele tiver tomado as três doses do imunizante.

Dados recentes dos EUA revelam que pessoas não vacinadas têm um risco 17 vezes maior de hospitalização e um risco 20 vezes maior de morrer por covid, em comparação com quem foi vacinado.

Isso significa que as vacinas disponíveis estão funcionando.

O objetivo delas nunca foi barrar quadros leves de infecção, mas proteger contra a morte.

A crença de que se aproxima o final da pandemia vem de investigações em países como África do Sul e Reino Unido, onde a infecção pela ômicron foi veloz, mas tende a cair e se estabilizar mais rapidamente.

Na Califórnia, nos Estados Unidos, uma comparação entre 52 mil pacientes infectados com a ômicron e 16 mil com a variante delta revelou que o primeiro grupo (de acometidos pela ômicron) apresentou risco reduzido de complicações e, mesmo entre aqueles que precisaram ser internados, o número de dias no hospital foi menor.

A conclusão é que o quadro de covid provocado pela ômicron ainda é preocupante, mas surge luz no final do túnel.

A própria OMS alertou que encarar agora essa variante como algo de menor importância representa uma armadilha.

Mesmo com um percentual baixo de complicações, o vírus pode representar um número alto de novos pacientes graves, o que sobrecarrega os serviços de saúde.

Cabe, portanto, seguir a orientação médica e manter os cuidados, já do conhecimento público.

Certamente, a pandemia está próxima de terminar.

Mas, ainda não terminou.

 

Dr Ney Lopes de Souza é advogado, professor titular da UFRN e ex-deputado federal

OPINIÃO

“Existem juízes em Berlim”

Por Renato Cunha Lima

A decisão da Suprema Corte americana, que julgou inconstitucional a decisão do presidente Joe Biden de impor vacinação nas empresas me fez lembrar do conto “O Moleiro de Sans-Souci” do poeta e político francês, François Andrieux.

Um conto que ilustra as ideias de outro francês, o Barão de Montesquieu que, em sua obra “O Espírito das Leis”, consagrou a teoria da separação dos poderes e os respectivos controles mútuos com seus pesos e contrapesos.

Em resumo, François diz no conto que o Rei da Prússia, Frederico II, construiu um belo palácio numa região chamada Sans-Souci, que significa “sem preocupação”, próxima a Berlim. Qual Rei não gostaria de ter um palácio num lugar com um nome desse?

Entretanto, o nome não fez jus ao lugar em razão de um velho moinho de vento que atrapalhava visão da paisagem e a ampliação do palácio, que o Rei quis demolir e o moleiro não quis acordo.

Frederico II chegou a ameaçar o moleiro: “Sabes que se eu quisesse, poderia expropriar o moinho, sem lhe dar nenhuma compensação, não sabes?”

E o moleiro respondeu: “O senhor? Tomar-me o moinho? Existem juízes em Berlim!”

Encantado que, sob seu reinado, alguém acreditasse na justiça, o monarca riu, se voltou para alguns súditos e disse: “Bem, meus senhores, eu acho que devemos mudar nossos planos. Vizinho, mantenha o seu moinho. Eu amo sua resposta.”

A pandemia do Covid 19 tem sido um enorme desafio para a humanidade e na tentativa de controlar o vírus, quem acabou controlado foram as pessoas.

A sanha de impor regras sanitárias emergiu o mal do autoritarismo dos governantes, enquanto o vírus passeia mundo a fora, driblando dogmas científicos com suas mutações e hoje segue infectando vacinados, isolados e mascarados.

Uma humanidade tratada literalmente como gado, cercada, direcionada, controlada, isolada por ditadores sanitários, enquanto espera, enfim, a tal imunidade de rebanho.

O que fez a Suprema Corte dos EUA, com
o largo placar de 6 a 3 foi um resgate e um recado para o mundo do mais básico e precioso direito individual: A Liberdade!

“Respeitar direitos é complexo em tempos de crise. Mas, se esta Corte protegê-los apenas em tempos calmos, as declarações de emergência nunca acabarão, e as liberdades que a Constituição busca preservar serão inócuas.” Trecho da decisão da Suprema Corte dos EUA.

Um arauto inclusive para o brasileiro que assiste no seu país as universidades e repartições públicas exigindo passaporte vacinal e onde promotores, juízes e demais autoridades ameaçam retirar até a guarda de uma criança dos pais.

Algo injustificável quando lemos esse outro trecho argumentativo da decisão dos juízes americanos:

“Embora a Covid-19 seja um risco que ocorre em muitos locais de trabalho, não é um risco ocupacional na sua maioria. A Covid-19 pode e se espalha em casa, nas escolas, eventos esportivos e em todos os outros lugares em que as pessoas se reúnem. Esse tipo de risco universal não é diferente dos perigos do dia-a-dia que todos enfrentam como crime, poluição do ar ou qualquer número de doenças transmissíveis”.

O que não deixa de ser um recado de um Supremo para outro Supremo, da Suprema Corte americana para o nosso Supremo Tribunal Federal, onde os ministros adoram mandar e desmandar, ignorando e atropelando uma Constituição promulgada logo depois de anos de ditadura.

Hoje todo o mundo sabe que existem juízes nos EUA, assim como no conto de François Andrieux, enquanto por aqui, parafraseando o nosso hino da proclamação da República, suplicamos:

Liberdade! Liberdade!
Abre as asas sobre nós!
Das lutas na tempestade
Dá que ouçamos tua voz!

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

“Nove meses para a eleição”

Por Ney Lopes de Souza

Faltando nove meses para as eleições presidenciais permanece a constatação, de que as tentativas passadas de “terceira via” no processo eleitoral brasileiro resultaram de conjunturas específicas, como aconteceu com Brizola em 1989 e Heloísa Helena em 2006; centro-esquerda (Ciro Gomes em 1998, Marina Silva 2010 e 2014 e Ciro em 2018) e centro (Garotinho em 2002).

Em 2018, foi a primeira vez, desde 2002, que um partido de esquerda ficou em segundo lugar.

O PSL, com Jair Bolsonaro, terminou o primeiro turno atingindo 46,03% dos votos, seguido pelo PT com 29,28%.

Prevaleceu o “voto útil”, anti-PT.

Mesmo em tais circunstâncias, 42,1 milhões de brasileiros votaram nulo, branco ou não compareceram ao local de votação.

Em 2022, a última pesquisa da Genial/Quaest registra 57% de indecisos na espontânea.

Quando perguntado quem prefere que vença, 31% responde “nem um, nem outro”.

Teoricamente, haveria espaço para crescimento de uma terceira via.

O problema é a fragmentação de nomes, o que antecipa o mesmo cenário do segundo turno de 2018.

O sociólogo inglês Anthony Giddens define a “terceira via” como a aceitação de aspectos comuns nos sistemas do Capitalismo Liberal e o Socialismo.

Ele defende, que o “Estado tem a obrigação de fornecer bens públicos, que os mercados não podem suprir, ou só o podem fazer de maneira fragmentada”.

Constata-se na disputa presidencial brasileira, que nem Lula, nem Bolsonaro, incorporam as pré-condições da “terceira via”.

O presidente atua no sentido de manter a polarização de direita contra esquerda.

Lula “faz de conta” que é centro, apenas para bloquear o surgimento de outro grupo político-eleitoral, que o combata.

Ambos desejam a permanência do “nós contra eles” e as posições radicalizadas.

Uma terceira via, que se apresente como alternativa a Lula e Bolsonaro, precisaria capturar massivamente o eleitorado indeciso.

Isso somente será possível, caso haja convergência de forças entre candidatos potenciais como Ciro Gomes (PDT), Rodrigo Pacheco (PSD), Sergio Moro (Podemos), João Doria (PSDB), Simone Tebet (MDB) e Alessandro Vieira (Cidadania).

O desafio será convencer tais pretendentes formarem “coalizão” de partidos, oriundos do centro, direita e esquerda não radicais.

O discurso sensato preservaria a “responsabilidade social e a austeridade fiscal”, demonstrando que o equilíbrio das contas públicas pode ser alcançado, juntamente com as políticas de redução das desigualdades sociais e investimento público para geração de empregos.

Tais diretrizes, não significarão “populismo”, mas apenas a indispensável vinculação da estabilidade econômica, com a distribuição justa de renda.

A adoção dessa estratégia poderia ensejar o surgimento de “nome” capaz de usar uma linguagem entendida pela população, que transmitisse confiança de fazer na presidência do Brasil, “melhor do que os dois atuais líderes na disputa”.

Além do discurso, outro componente fundamental seria o compromisso inabalável com a paz nacional, após a eleição.

O Brasil precisa construir uma pacificação política, comprometida com reformas, que garanta a governabilidade futura.

Sem isso, nada mudará.

Assim como a Independência não foi uma revolução liberal, o mesmo fenômeno repetiu-se em ciclos nas décadas de 1830 e 1840, em 1889, 1930, 1945, 1961 e 1964.

Concessões indevidas sempre anularam as reformas tidas como inadiáveis.

O poder continuou manipulado por grupos e interesses.

Permaneceram as distorções, sobretudo fiscais, até hoje.

A grande esperança é o nascimento de um “novo Brasil” nas urnas de 2022, sob a influência do sentimento dominante de reconstrução, após a catástrofe da pandemia.

Observa-se a sociedade global comprometida com o resgate da plena cidadania e da solidariedade, como única forma de amenizar os efeitos da cruel desigualdade social.

Talvez, um sonho.

Porém, como já disse Victor Hugo, “não há nada como o sonho para criar o futuro”.

 

Dr Ney Lopes de Souza é advogado, professor titular da UFRN e ex-deputado federal

OPINIÃO

A vacina causa Miocardite ?

Por Renato Cunha Lima

Conversei com uma série de médicos reservadamente  para escrever esse artigo. Médicos com visões diferentes, mas todos com muita propriedade técnica e científica.

A resposta objetiva é sim, pode remotamente causar miocardite, uma inflamação do coração, que geralmente é benigna e em raríssimos casos pode levar a pessoa a óbito.

Quem fez um estudo muito bacana a respeito foi Israel, detentor de um sistema unificado e bastante eficaz de informação para estudar a reação dos vacinados, especificamente com o imunizante da Pfizer, que usa a tecnologia de RNA mensageiro.

O interessante de olhar nesse estudo israelense é o fato do país ser um dos que mais vacinou no mundo e que detém dados confiáveis para analisar as eventuais adversidades.

Na pesquisa foram estudados mais de 2 milhões de pessoas e foi verificado que 2,13 por 100 mil pessoas realmente tiveram miocardite. Um número ínfimo, entretanto recortando por idade e sexo foi visto que entre homens jovens esse número sobe para 10,69 casos por 100 mil vacinados.

Então é verdade afirmar que a vacina aumenta a probabilidade de miocardite? Sim, mas também é verdade que a própria doença do COVID-19 pode ocasionar a miocardite e em probabilidade muito  maior que a vacina.

Dito esse preâmbulo, podemos avaliar que vacinação tem sim muita vantagem, não só pela evidente contribuição para o enfrentamento da pandemia, como em comparação com risco de uma reação adversa.

Entretanto, vamos para outros aspectos legais, éticos e morais.

Em contrato, a Pfizer não se responsabiliza por quaisquer efeitos colaterais decorrente de suas vacinas, inclusive as infantis, que assume ser experimental, motivo pelo qual a contratação só foi possível depois que o Congresso Nacional aprovou a LEI Nº 14.125, de 10 de março de 2021, que autorizou a aquisição de vacinas dos fabricantes que não assumem responsabilidade alguma.

Então, qual o cenário? Uma pandemia terrível que vitimou centenas de milhares de vidas, vacinas sem garantias de seus fabricantes e governos impondo uma série de restrições para o não vacinado.

Bem, considero ilegal e autoritário, com riscos à saúde das pessoas, o poder público instituir uma espécie de “apartheid”, com a exigência de passaporte sanitário, coagindo e segregando os não vacinados.

Tudo bem, não há dúvida que a vacinação é um risco muito menor que a doença em si, entretanto o poder público não tem como garantir ao cidadão que ele não terá uma miocardite grave e fatal depois de vacinado, por mais remota que seja a possibilidade.

A decisão de se vacinar precisa ser do indivíduo e nunca, jamais, do poder público, que tem a obrigação de ofertar vacinas e o direito de convencer as pessoas a se vacinarem, ainda mais quando envolver pessoas com comorbidades.

Nos casos das crianças com idade entre 5 e 11 anos os óbitos registrados são em números ínfimos em relação a outras faixas etárias, entretanto ninguém quer ver criança morrendo seja qual for o motivo. Um raciocínio humano a justificar a oferta de vacinas para este grupo.

No Rio Grande do Norte, em dois anos de pandemia, foram registrados 26 óbitos de crianças entra 5 e 11 anos, mas ainda não obtive detalhes destes casos, sobretudo a respeito de comorbidades presentes nestas crianças.

Pode ser que exista, mas não tive acesso até o momento a um estudo que demonstre o número de óbito de crianças saudáveis com o Covid 19,  o que seria de fundamental importância para decisões de qual universo de crianças vale a pena vacinar.

No caso das crianças, ainda mais importante que a vacinação seja facultativa a decisão dos pais, que podem sim consultar um pediatra de sua escolha. Muito se tentou desqualificar a autonomia médica neste debate de vacinação infantil.

O Estado não pode de forma alguma obrigar a vacinação  em crianças sem a autorização do responsável, muito menos poderá restringir acessos de crianças não vacinadas aos serviços e áreas públicas  como escolas, parques, postos de saúde.

O Estado não tem como garantir nem a eficácia, nem os riscos ao ponto de obrigar vacinação.  O Estado pode e deve oferecer a vacina e até dizer suas vantagens para convencer as pessoas, repito.

O passaporte vacinal parece inútil e serve mais ao controle social que a saúde pública. Não podemos permitir o autoritarismo sanitário. Precisamos de bom senso e um debate permanente sobre uma doença que todo dia se renova.

Pessoas com o ciclo vacinal completo seguem adoecendo, o primeiro caso de óbito com a variante ômicron no Brasil foi registrado em um paciente triplamente vacinado, portador de diversas comorbidades graves.

A vacina não é panaceia prometida, mas também não é um fracasso, muito pelo contrário, os casos de óbitos despencaram depois das campanhas de vacinação, mesmo assim os vacinados seguem contraindo e transmitindo o vírus, o que também afasta a justificativa de um passaporte vacinal.

Novas variantes surgem e novas vacinas chegarão, assim como medicamentos, infelizmente essa é a nova realidade do planeta e vamos ter que conviver com isso, muito provavelmente para sempre.

O mais importante é cabeça no lugar e se vacinar contra o pânico e nunca deixar de raciocinar, de pensar, de questionar, pois é o que nos difere de seres irracionais. Olhar também o que há de interesse econômico entorno de laboratórios que não querem se responsabilizar pelos produtos que desenvolvem e vendem.

Por fim, eu tomei a vacina, como tomo remédio, qualquer coisa que me livre dessa praga, mas respeito quem decidiu não se vacinar. Afinal de contas, cada escolha sua consequência e não será o Estado que vai escolher por você.

-Ofertas de Vacinas Sim, obrigação e passaporte NÃO!

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

A Queda da Argentina

Por Cleano Barreto

Assisti hoje um documentário sobre a trajetória descendente do país vizinho, do apogeu à miséria.

Argentina, outrora o país mais rico da América Latina, que ostentou por mais de uma década um PIB maior do que o da Alemanha, ter hoje 70% da população abaixo da linha da pobreza, destes, mais de 50% em estado de completa miséria, devido aos péssimos números econômicos, inflação de 52%aa, salário mínimo de 31.190$ Pesos, equivalente a Us$ 115,00, valor insuficiente para alimentar uma família.
Para chegar ao caos social e político de hoje, a Argentina passou por gestões de diversas correntes político/ideológicas: Esquerda, direita, regime militar, com relevância histórica para o populismo pós-guerra de Juan Domingo Perón, único presidente a ser eleito três vezes no país.
Perón cooptou e dominou sindicatos, Ong’s que passaram a trabalhar apoiando seu projeto de poder, criou direitos trabalhistas, estatizou empresas… O Estado Argentino tornou-se forte politicamente sob seu comando.
A derrocada econômica se iniciava silenciosa, camuflada nos bons números econômicos da Argentina pós-guerra e ofuscada pelo populismo de Perón…
Com tamanha popularidade, domínio completo do Estado, sem oposição propositiva, começaram a aparecer gravíssimos casos de corrupção no Governo.
Perón foi deposto, “saiu pela porta dos fundos” do seu último Governo, porém, com um patrimônio bilionário, auferido ilicitamente!!
Daí pra cá, a Argentina não conseguiu êxito nas políticas econômicas internas e externas. Das 11 eleições presidenciais pós-Perón, os Peronistas ganharam 9. Destas, TODOS os Governos foram marcados pela corrupção sistêmica. Os Governos conservadores que ganharam as outras 2 eleições, não conseguiram governar devido frequentes obstruções do congresso, dos sindicatos e dos funcionários públicos, através de greves gerais. O último Presidente conservador, Maurício Macri, até que tentou colocar as contas do país nos eixos, renegociou dívidas com bancos, demitiu 26.676 funcionários públicos que não trabalhavam, admitidos pelos Kirshnistas, os chamados ‘nhoques’. A reação foi imediata, paralisação geral, alegando perseguição ideológica por parte do Governo Macri.
Inviabilizaram o Governo Macri que não conseguiu implementar as mudanças que os Argentinos precisavam e impediram sua reeleição…
Só não esperava que os Argentinos agissem com tamanha burrice e recolocassem no poder, a chapa Peronista Alberto Fernandez e Christina Kirshner. Fernandez é um populista, falastrão, incompetente e mentiroso, ao modus Luiz Inácio Lula da Silva. A segunda, a ex-Presidente Christina Kirshner, também ao modus Lula, responde a 9 processos criminais por desvio de dinheiro público, corrução ativa e passiva, lavagem de dinheiro, enriquecimento ilícito e, pasmem, traição à pátria por transações criminosas com o Irã!!
Sinceramente não compreendo, pois os argentinos estão sentindo da pior forma possível, os efeitos de décadas de desmandos, corrupção e fisiologismo político da esquerda. Como podem esquecer e calarem-se?????? A fome está na porta de mais da metade da população Argentina…
Por fim, confesso que estou muito preocupado com o que vejo hoje, atrocidades são cometidas contra a população da Argentina por questões políticas, sob comando do Foro de São Paulo e do Grupo de Puebla, liderado por Lula, Alberto Fernandez e outros simpatizantes do comunismo.
Eles não tem limites nem escrúpulos, cometem fraudes, roubos, corrupção, chantagem, assassinatos…Tudo pelo mega-projeto de poder da esquerda!!! Estão agindo com força em toda América Latina.
Peço a Deus, não só pelos irmãos argentinos, mas também por nós brasileiros. O Brasil é o maior alvo do Foro de São Paulo e desse Grupo de Puebla.

Veremos, pois…

 

Cleano Barreto é administrador de empresas e empresário

OPINIÃO

Selo Azul

Por Renato Cunha Lima

Bateu o desânimo. Confesso que estou cansando. A perseguição ao pensamento conservador no Brasil e no mundo só cresce. Parece que virou um crime hediondo defender a liberdade, a família e a pátria.

Não tenho a menor crença numa eleição isenta, justa e democrática no Brasil. A fraude não será na urna eletrônica, mas na falta de isenção das instituições.

O TSE, por exemplo, acertou com o Sleeping Giants, uma organização esquerdista de ativistas digitais que diz combater “discursos de ódio” e “desinformação”, para monitorar e vigiar as redes sociais durante as eleições.

Teremos uma espécie de juiz da “verdade”, ou pior, um DOI-CODE para censurar e perseguir candidatos conservadores.

Uma perseguição que ocorre há muito tempo, como é o caso do comentarista político da Jovem Pan e colunista da Revista Oeste, Guilherme Fiuza, que foi atacado pelo Sleeping Giants no Twitter com hashtags e um bombardeio de postagens requerendo que suas postagens fossem censuradas na rede social.

Guilherme Fiuza reagiu:

“Com meus 35 anos de carreira, 250 mil livros vendidos com adaptações para o cinema e atuação reconhecida nos grandes veículos de mídia eu desafio os linchadores: refutem o que alegam ser falso ou respondam por tentativa de intimidação.”

Como também ocorreu em novembro de 2020, quando o movimento de esquerda perseguiu anunciantes do jornal Gazeta do Povo, além de uma campanha na internet pela demissão do jornalista Rodrigo Constantino, colunista da Gazeta e da Revista Oeste.

Esse é pessoal que vai “contribuir” com o TSE? Perseguir e censurar candidatos conservadores nas eleições de 2022? Para que eleição se o resultado, para eles, parece só poder um?

Sabemos que a guerra é na comunicação, uma guerra intelectualmente desleal, canalha muitas vezes. Como foi o caso do jornalista Guilherme Amado que atacou a YouTuber conservadora Bárbara, do canal “Te atualizei”.

O Guilherme Amado, colunista do Metrópoles, o mesmo que usou a morte da cantora Marília Mendonça para atacar o presidente Bolsonaro, resolveu agora criticar e cobrar o Twitter, além de acusar, ofender e caluniar a Bárbara, em razão da simples concessão do tal “selo azul” de verificação que a Bárbara recebeu em sua conta.

Para piorar, o jornalista da Globo News, Renan Brites Peixoto, no embalo, exigiu a imediata censura a Bárbara no twitter, como também disse que a youtuber merecia cadeia.

A impressão é que temos uma democracia manca, de mão única, onde a liberdade de expressão só pode ser exercida por um lado, por um único viés ideológico. Para a direita toda a censura, intimidação e até a cadeia.

A Bárbara é um fenômeno do YouTube, com mais de um milhão e meio de seguidores, sendo apenas uma jovem mãe que de casa, com uma câmera amadora, tem mais audiência que muita emissora de rádio e televisão do país.

Ela realmente deve incomodar muito o sistema com suas verdades e argumentos para o TSE proibir a monetização de seu canal e abrir investigações absurdas, dignas da santa inquisição, sem mostrar até hoje, uma só FakeNews postada ou falada por Bárbara em suas lives e vídeos.

O dramático que estamos assistindo tudo isso, pessoas presas e censuradas por crime de opinião e a imprensa que deveria zelar e lutar por liberdade, agora defende arbitrariedades abjetas por interesses políticos partidários.

Um imprensa que acusa o presidente Bolsonaro de fascista e ditador até quando o governo realiza uma consulta pública para tratar de vacinação infantil com vacinas experimentais, onde a fabricante por contrato não assume nenhum risco em eventuais efeitos adversos.

Não é democrático realizar uma consulta pública com a comunidade médica e científica? O Jornal Nacional vexatoriamente soltou um editorial absurdo, criminalizando a contestação, a contra-argumentação, o debate e isso sim é ditatorial.

Estamos realmente em tempos sombrios, onde um simples selo azul no Twitter é motivo de ofensas e acusações fajutas. Querem que os conservadores sumam, que tal nos colocar numa câmara de gás como os nazistas fizeram com os judeus?

Vivemos uma ditadura!

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor