Federação de partidos cria tensão política

Por Ney Lopes de Souza

No RN, tudo é incógnita em relação a possíveis federações de partidos.

O PSB junta-se ao PT?

O PL ao PP?

E o União Brasil competiria sozinho?

 

Rumos – O ex-governador Robinson Faria e o seu filho sempre foram ligadíssimos ao presidente do PSD, Gilberto Kassab, que garantiu a eles a legenda no RN.

De repente, ocorreram fatos nos bastidores, levando Robinson a interessar-se pelo PP e deixar o PSD.

 

Razões – Admite-se que essa mudança de Robinson Faria seja em função de uma reaproximação que estaria ocorrendo entre Lula e Kassab.

Com o filho ministro de Bolsonaro, seria impossível ele manter-se no partido.

 

Composição – A proposta de Lula ao PSD passa pelo apoio a Alexandre Kalil (PSD), em MG, para o governo e retiraria a candidatura do ex-governador e senador Jaques Wagner ao governo da Bahia, apoiando em seu lugar o senador Otto Alencar, do PSD de Kassab.

Na chapa, estaria o atual governador do estado, Rui Costa, como candidato ao Senado.

 

Tensão – Até 2 de abril, prazo fatal para a formação de federações, o clima político será de tensão.

As federações, diferentemente das coligações, precisam se manter durante quatro anos.

Na política brasileira, a cultura é de acomodação, com mudanças de partido constantes.

 

Competência- Os “competentes” não são aqueles que têm coerência, ideias e propostas. Ocorre o contrário.

Competentes são os que montam “nominatas”, a base de favores, privilégios e dinheiro, para garantir previamente quem ganha a eleição.

 

Objetivo-As federações seriam para agregar legendas com afinidade ideológica e a redução dos chamados partidos de aluguel.

Mas, os interesses locais impedem que isso aconteça.

 

Dr Ney Lopes de Souza é advogado, professor titular da UFRN e ex-deputado federal

 

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