Mundo

Na ONU, 143 países votam contra anexação de territórios ucranianos

11ª Sessão Especial de Emergência da Assembleia Geral sobre a Ucrânia, realizada na quarta-feira 12 | Foto: Divulgação/ONU

 

Uma resolução que condena a anexação de quatro territórios ucranianos pela Rússia foi aprovada na Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), na quarta-feira 12. O Brasil foi um dos 143 países que se posicionaram a favor do projeto; 35 se abstiveram e 5 votaram contra.

Os votos contrários foram da própria Rússia e da aliada mais próxima, a Belarus, além das ditaduras da Síria, Nicarágua e Coreia do Norte.

As abstenções foram da África do Sul, Argélia, Armênia, Bolívia, Burundi, Cazaquistão, China, Congo, Cuba, Eritreia, Etiópia, Guiné, Honduras, Índia, Laos, Lesoto, Mali, Mongólia, Moçambique, Namíbia, Paquistão, Quirguistão, República Centro-Africana, Sudão, Sudão do Sul, Sri Lanka, Suazilândia, Tailândia, Tajiquistão, Tanzânia, Togo, Uganda, Uzbequistão, Vietnã e Zimbábue.

De acordo com a resolução aprovada, a anexação das regiões de Donetsk, Kherson, Luhansk e Zaporizhzhia é uma violação da integridade territorial e soberania da Ucrânia e incompatível com os princípios da Carta da ONU.

Esses quatro territórios ucranianos foram anexados depois que o governo de Vladimir Putin fez referendos — considerados absolutamente ilegais pela ONU — entre 23 e 27 de setembro e a maioria teria votado a favor do controle russo.

Ao mesmo tempo, o texto afirma que os referendos “não têm validade sob o direito internacional e não constituem base para qualquer alteração do status dessas regiões da Ucrânia“.

A resolução também exige que a Rússia reverta as decisões sobre as regiões citadas e apela para que Estados e organizações internacionais “não reconheçam a anexação e não participem de negociações ou ações que possam ser interpretadas como tal”.

Deu na Revista Oeste

Política

Lula mente ao dizer que foi absolvido pela ONU e pela Justiça do Brasil

 

O candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva (PT) disse, em 12 de setembro, em entrevista ao “WW Epsecial: Presidenciáveis”, da CNN, que foi absolvido na Organização das Nações Unidas (ONU) e na primeira e segunda instâncias da Justiça brasileira. “Fui absolvido na ONU, na primeira e na segunda instância”, afirmou Lula. Porém, o candidato petista mentiu. Veja detalhes.

Comitê de Direitos Humanos da ONU

Em 28 de abril de 2022, o Comitê de Direitos Humanos da ONU concluiu que a investigação e o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na operação Lava Jato não foram imparciais e violaram o direito à privacidade e seus direitos políticos. A análise foi feita após o próprio ex-presidente apresentar uma denúncia ao comitê sobre como ele foi levado a julgamento.

Apesar disso, no entanto, o Comitê de Direitos Humanos não tem jurisdição para absolver ou condenar um indivíduo. O colegiado da ONU fez apenas uma análise sobre o julgamento do petista pela Justiça brasileira, e não sobre as acusações contra ele.

Justiça brasileira

No que diz respeito aos processos ligados à Lava Jato, Lula não foi absolvido, ao contrário do que afirma. O petista foi condenado, em primeira e segunda instância, no caso do triplex no Guarujá e no do sítio de Atibaia.

No entanto, em março de 2021, o ministro do STF Luiz Edson Fachin, relator dos processos da Lava Jato na Corte, anulou as condenações por entender que elas não deveriam ter sido julgadas pela 13ª Vara Federal de Curitiba. Fachin transferiu o caso para a Justiça Federal de Brasília, e os processos tiveram que recomeçar.

Levantamento da CNN mostra que, entre 11 ações movidas contra o petista por supostos crimes cometidos durante governos do PT, pelo menos cinco denúncias foram suspensas ou trancadas pela Justiça e, portanto, não declararam sua inocência.

Além delas, há ainda três absolvições e três prescrições – o que ainda pode ocorrer com os processos que estão suspensos.

Com informações da CNN Brasil

Política

Bolsonaro dispara contra Lula na ONU: “Responsável pela corrupção no Brasil”

 

O presidente Jair Bolsonaro (PL) aproveitou o discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, nesta terça-feira (20/9), para criticar o principal opositor nas eleições de 2022. Primeiro líder a discursar, o mandatário falou sobre a corrupção no país e, sem citar o nome de Lula, chamou o adversário de “responsável pela corrupção no Brasil”.

“No meu governo, extirpamos a corrupção sistêmica que existia no país. Somente entre o período de 2003 e 2015, onde a esquerda presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento político em e desvios chegou a casa dos US$ 170 bilhões de dólares”, afirmou.

“O responsável por isso foi condenado em três instâncias por unanimidade. Delatores devolveram US$ 1 bilhão de dólares e pagamos para a bolsa americana outro bilhão por perdas de seus acionistas”, completou o mandatário, sem citar o ex-presidente Lula nominalmente.

O presidente Jair Bolsonaro (PL) discursou, nesta terça-feira (20/9), na sessão de abertura da 77ª Sessão da Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos.

Bolsonaro também aproveitou a oportunidade para enaltecer os atos realizados no 7 de Setembro, em comemoração do Bicentenário da Independência. “Milhões de brasileiros foram às ruas, convocados pelo seu presidente, trajando as cores da nossa bandeira. Foi a maior demonstração cívica da história do nosso país, um povo que acredita em Deus, Pátria, família e liberdade”, afirmou.

Deu no Metrópoles

Mundo

“Bolsonaro fez discurso inteligente, aliado aos valores do governo”, analisa Constantino sobre discurso do presidente na ONU

 

Diante do discurso do presidente Jair Bolsonaro na abertura da Assembleia-Geral da ONU nesta terça-feira, 20, o comentarista Rodrigo Constantino analisou, no programa Morning Show, o pronunciamento feito diante de líderes mundiais. “Bolsonaro defendeu com convicção aquilo que ele acredita. Liberdades, a defesa da democracia representativa. Mostrou o Brasil em destaque perante o resto do mundo com energia limpa, uma potência de produção de alimentos no mundo inteiro, uma reação rápida durante a pandemia. Ele esfregou na cara de muito hipócrita a verdade. Esfregou dados, mostrou a realidade ocultada pela mídia militante”, disse.

Constantino chamou a atenção para a defesa da liberdade religiosa no discurso do presidente e o comparou ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Bolsonaro aproveitou para deixar muito escancarado a gritante diferença entre ele e o seu adversário no pleito, lembrando que a Nicarágua persegue cristãos. Ele oferece abrigo e refúgio a esses cristãos perseguidos e o ex-presidente Lula defende o seu companheiro Daniel Ortega da Nicarágua.”

Para Constantino, as palavras de Bolsonaro permanecem as mesmas desde o início do governo e a sua fala na ONU trouxe também os grandes feitos do governo neste mandato. “Ele lembrou da importância de defender a pátria em relação a essa visão mais globalista. O presidente está defendendo as suas convicções, seus valores que são amplamente disseminados e majoritários no Brasil. Ele não fez nada de cálculo eleitoral, não se mascarou como outros fazem. É o que ele defende realmente, Deus, pátria e liberdade. Ele mantém isso”, ressaltou.

“É o presidente mais atacado da história do Brasil e não moveu uma ação autoritária para tentar inibir o trabalho da imprensa ou censurar as redes sociais, ao contrário do que pregam os seus opositores ou até mesmo ministro do Supremo. Foi um discurso inteligente, alinhado realmente aos valores do governo, mostrou conquistas importantes, redução da inflação sem canetada e alfinetou os globalistas hipócritas”, concluiu.

Deu na Jovem Pan

Mundo

Na ONU, Bolsonaro destaca combate à corrupção e exalta melhora na economia

 

Durante seu discurso de abertura na 77ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos, o presidente Jair Bolsonaro (PL) destacou a retomada da economia brasileira e exaltou a “extinção da corrupção sistêmica” em seu governo. A cerimônia de abertura da Assembleia aconteceu nesta terça-feira, 21, e contou com a participação de mais de 100 líderes de governo. O atual candidato à reeleição à presidência da República foi o primeiro chefe de estado a discursar, seguindo a tradição dos anos anteriores, e, ao longo de sua fala, destacou a extinção do que chamou de “corrupção sistêmica” no governo e citou os prejuízos obtidos durante os “governos de esquerda”.

“No meu governo estoparmos a corrupção sistêmica que existia no país. Somente entre 2003 e 2015, onde a esquerda presidiu o Brasil, o endividamento da Petrobras por má gestão, loteamento político e desvios, chegou a US$ 170 bilhões. O responsável por isso foi condenado em três instâncias por unanimidade. Delatores devolveram US$ 1 bilhão e pagamos à bolsa americana outro US$ 1 bilhão pela perda de seus acionistas. Esse é o Brasil do passado”, afirmou.

Além disso, o mandatário exaltou os resultados da economia brasileira e afirmou que o país deve fechar o ano com apenas 4% das famílias vivendo abaixo da linha da pobreza. “Apesar da crise mundial, o Brasil chega ao final de 2022 com uma economia em plena recuperação. Temos emprego em alta, inflação em baixa. A economia voltou a crescer. A pobreza aumentou em todo o mundo como impacto da pandemia. No Brasil, ela já começou a cair de forma acentuada. Os números falam por si só, a estimativa é de que, ao final de 22, 4% das famílias esteja vivendo abaixo da linha da pobreza extrema. Em 2019, eram 5,1%, o que representa uma queda de mais de 20%”, disse Bolsonaro.

Deu na Jovem Pan

Política

Secretário da ONU pede ao Talibã que meninas sejam autorizadas a estudar

 

O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, pediu mais uma vez neste domingo (18) que o Talibã permita o retorno das meninas à escola. No Afeganistão, garotas acima de 11 anos foram impedidas de estudar em 2021.

“Este domingo assinala-se um ano desde que as meninas foram proibidas de ir à escola no Afeganistão. Um ano de conhecimento e de oportunidades perdidas que nunca mais voltarão”, lamentou Guterres em uma publicação nas redes sociais.

Conforme noticiado por este jornal digital, os talibãs voltaram ao poder no ano passado, duas décadas depois que o seu primeiro governo foi derrubado pelos Estados Unidos após dar abrigo a Osama bin Laden, chefe da rede terrorista al-Qaeda.

Como justificativa para proibir o acesso do público feminino à educação, o regime alegou que precisava de tempo para garantir que as jovens com idades entre 12 e 19 anos permaneceriam bem separadas dos garotos e que os estabelecimentos de ensino fossem administrados de acordo com os princípios islâmicos.

“Não abrimos as escolas para agradar a comunidade internacional ou para obter o reconhecimento do mundo”, afirmou, na ocasião, o porta-voz Ahmad Rayan.

Logo após tomarem o poder em Cabul, os extremistas excluíram as moças dos empregos públicos, determinaram novas regras na forma de vestir e impediram mulheres de viajar sozinhas para fora de suas cidades.

Deu no Conexão Política

Política

Para ONU, Bolsonaro prepara discurso que deve mencionar economia e críticas a governos petistas

 

O presidente Jair Bolsonaro prepara um discurso para a abertura da Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas) que deve trazer menções a recentes avanços econômicos e críticas a governos petistas, de acordo com assessores presidenciais. O texto que será lido pelo presidente tem recebido sugestões tanto de auxiliares do segmento internacional como de integrantes da campanha à reeleição.

A versão final, contudo, caberá ao próprio presidente, que pode fazer mudanças até minutos antes do discurso, esperado para a próxima terça-feira (20), nos Estados Unidos.

De acordo com relatos feitos à CNN, o presidente foi aconselhado a focar nos avanços recentes da economia após a pandemia do coronavírus e diante do quadro internacional de aumento inflacionário.

A ideia é citar a queda dos combustíveis, a redução da inflação, a diminuição do desemprego e o aumento da distribuição de renda com o Auxílio Brasil, bem como a perspectiva de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2023.

Em disputa à reeleição, o presidente também foi aconselhado a fazer um discurso focado na política doméstica, com crítica aos governo petista, como relacionadas a empréstimos feitos no passado a países como Cuba, Venezuela e China, além de vincular a imagem do PT ao comunismo.

Segundo fontes ouvidas pela CNN, tanto assessores diplomáticos como integrantes da campanha defendem que Bolsonaro não faça críticas à China, principal parceiro comercial do Brasil, e evite elogios públicos a Vladimir Putin, da Rússia.

Bolsonaro tem repetido em agendas de campanha o contato feito recentemente com o presidente russo para a exportação de combustível para o Brasil.

Deu na CNN Brasil

Educação

UFRN, ONU e CNJ firmam cooperação para proteção do meio ambiente

Rio Negro - Portal Amazônia

 

Com o intuito de fortalecer as estratégias de proteção ao meio ambiente, a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) firmaram cooperação, neste mês de julho, a fim de criar ferramentas de tecnologia da informação para o Conselho Nacional de Justiça (CNJ). O coordenador do projeto e Corregedor da UFRN, Elias Jacob, explicou que o objetivo é elaborar mecanismos que auxiliem o Poder Judiciário na tomada de decisões para tutela do meio ambiente, com base na Ciência de Dados e na Inteligência Artificial.

A demanda pelo projeto surgiu devido à necessidade de retomada do controle das atividades ilegais ligadas ao desmatamento e outros crimes ambientais, como a invasão de terras públicas para agricultura, pecuária e especulação fundiária; extração ilegal de madeira; mineração ilegal; e outras práticas que causam danos ambientais, climáticos e socioeconômicos. Nesse sentido, com prazo previsto de 12 meses e financiamento pelo PNUD, o projeto terá a participação de docentes do Centro de Ensino Superior do Seridó (Ceres), do Centro de Tecnologia (CT) e do Instituto Metrópole Digital (IMD) – setor que dará o suporte necessário para realização das atividades, por meio do Supercomputador do Núcleo de Processamento de Alto Desempenho (NPAD) e do Núcleo de Ciência de Dados e Inteligência Artificial.

O convênio foi firmado a partir de uma demanda do CNJ, que reconhece as Universidades brasileiras  como parceiras para os projetos planejados com o PNUD. “No caso específico da UFRN, contou a experiência da instituição na sua relação com o Poder Judiciário em diversos projetos de ensino, pesquisa, inovação e extensão. Com dois cursos de Direito e vários cursos voltados à área tecnológica, a Universidade tem expertise de sobra para juntar esses mundos”, explicou o professor Elias Jacob sobre a cooperação, que visa desenvolver ferramentas capazes de explorar dados jurídicos para combater a prática de crimes ambientais em todo o território nacional.

Os principais produtos da cooperação serão uma solução de inteligência artificial capaz de recomendar aos magistrados precedentes na área ambiental, buscando situações similares e permitindo maior uniformização dos julgamentos; dados tratados contendo o recorte de causas ambientais que já tramitaram no Brasil; ferramenta capaz de identificar os maiores réus em causas ambientais e poluidores em geral, a partir dos dados retirados do Banco Nacional de Dados do Poder Judiciário (Datajud);  solução de inteligência artificial capaz de ler textos jurídicos e identificar elementos importantes, como o tipo de crime cometido, o dano causado, o bioma envolvido, o valor da condenação e o uso da legislação nacional e internacional; além de uma solução de inteligência artificial capaz de prever os resultados de processos judiciais na área ambiental.

Informações da ASCOM/Reitoria

Mundo

ONU cobra governo brasileiro por desmilitarização da polícia

 

“Não acabou. Tem que acabar. Eu quero o fim da Polícia Militar.” Certamente, você já ouviu este coro sendo entoado em atos políticos em diversas cidades do Brasil. O que você possivelmente não sabe é que a desmilitarização das Polícias Militares (PMs) no país passou a ser uma abordagem prioritária nos debates promovidos por grupos de esquerda, especialmente no campo acadêmico, nas políticas de segurança pública e, como mencionado inicialmente, nas vozes das ruas.

Surpreendentemente, a pauta incisiva não surgiu há pouco tempo. O assunto vem sendo levantado há alguns anos e tem repercutido cada vez mais, conquistando atenção e repercussão massiva até mesmo em discussões internacionais.

Em 2012, por exemplo, o Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU) solicitou ao Brasil, ainda sob comando do primeiro mandato de Dilma Rousseff (PT), que atuasse com esforços para combater a chamada atividade dos “esquadrões da morte”. Em nota, a entidade pediu que o governo iniciasse um trabalho diligente para suprimir a PM, devido a acusações de que a corporação carrega nas costas numerosas execuções extrajudiciais.

À época, a notificação do órgão internacional direcionava cerca de 170 recomendações que os membros do Conselho de Direitos Humanos haviam aprovado como parte do relatório efetuado pelo Grupo de Trabalho sobre o Exame Periódico Universal (EPU) do Brasil, uma avaliação à qual se submetem todos os países.

Entre os aconselhamentos estava o pedido de abolição do “sistema separado de Polícia Militar, aplicando medidas mais eficazes […] para reduzir a incidência de execuções extrajudiciais”. Além disso, foi apontado que era preciso “reformar o sistema penitenciário para reduzir o nível de superlotação e melhorar as condições de vida das pessoas privadas de liberdade”.

Por meio de um documento veiculado no dia 6 de julho de 2022, a ONU cobrou mais uma vez o governo federal brasileiro a fim de adotar amplas reformas para pôr fim à violência e ao racismo que, segundo a organização, estão presentes nas instituições brasileiras. No texto, a entidade pediu a “desmilitarização da polícia”, além de pontuar ações que visem melhorias nas leis vigentes.

Ainda na resolução, a organização frisa que tem manifestado continuamente sua preocupação sobre o “uso excessivo e letal” de força pelos agentes da lei. “Os últimos relatórios de brutalidade policial parecem mostrar que tais violações dos direitos humanos continuam impunemente”, declarou a ONU, convocando oficialmente o Estado brasileiro para tratar sobre o tema.

A proposta de desmilitarização da polícia é defendida especialmente por grupos ligados ao espectro político de esquerda e sempre vem à tona quando confrontos entre agentes de segurança e criminosos resultam em vítimas fatais. No debate parlamentar, a ideia já foi sugerida no Senado Federal, a mais alta Casa Legislativa do país. Em 2013, o então senador Lindbergh Farias (PT-RJ) apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que propunha a chamada desmilitarização policial, mas o texto não avançou, perdeu força e terminou arquivado.

Em 2015, em uma nova investida, o Partido dos Trabalhadores (PT) incluiu em seu caderno de teses a desmilitarização das PMs como pauta prioritária da legenda. Em 2018, na eleição presidencial, pelo menos dois candidatos apresentaram projetos semelhantes em seus planos de governo: Vera Lúcia (PSTU) e Guilherme Boulos (PSOL).

Diversos segmentos da sociedade compreendem a ideia de forma distinta, e até hoje a proposta não foi totalmente esclarecida, dada a complexidade do assunto e as diferentes visões sobre a discussão. Enquanto alguns advogam pelo conceito de desmilitarização como a exclusão de aspectos de hierarquia, disciplina e símbolos militares, outros mais radicais defendem a redução do uso de força e de armamento e até mesmo a extinção das corporações, sob o argumento de que tal medida acabaria com excessos e abusos.

Informações do Conexão Política

Política

ONU quer que governo Bolsonaro divulgue em seus canais oficiais que Moro julgou Lula de forma parcial

 

A conclusão do Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas, conforme registrou o Conexão Política, de declarar que Sergio Moro julgou Lula na Lava-Jato de forma ‘parcial’, deve gerar um novo episódio de turbulências no país.

Isso porque o comitê da ONU, que foi acionado pela defesa do petista, prescreve que o governo de Jair Messias Bolsonaro deve traduzir e dar ampla cobertura em seus canais oficiais ao texto veiculado pela organização nesta quinta-feira (28).

À frente da equipe jurídica do esquerdista, os advogados Cristiano e Valeska Martins Zanin aguardam uma posição do governo federal para saber como o Estado brasileiro fará a devida reparação pelos danos causados pela Justiça.

Por meio de um parecer, a ONU entendeu que o ex-presidente teve seus direitos políticos e civis violados em 2018, ano em que foi condenado e preso por determinação do ex-magistrado.

— A investigação e o processo penal contra o ex-presidente Lula da Silva violaram seu direito a ser julgado por um tribunal imparcial, seu direito à privacidade e seus direitos políticos — relatou o órgão.

A decisão tomada pela Corte internacional ocorreu nesta quarta (27). O prazo estabelecido pelo colegiado é de até 180 dias.

Com isso, o governo brasileiro precisará informar quais procedimentos serão adotados para cumprir a deliberação.

 

Deu no Conexão Política