Mundo

Com apoio do Brasil, ONU aprova resolução contra a Rússia; ataques prosseguem na Ucrânia

Com apoio do Brasil, a Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou na tarde desta quarta-feira (2) uma resolução contra a invasão russa à Ucrânia. No sétimo dia da guerra, os russos prosseguem com os ataques em diversas cidades ucranianas.

A reunião foi convocada pelo Conselho de Segurança e feita de forma emergencial para discutir a situação no Leste Europeu. Para a aprovação, foi necessário maioria de 2/3 dos votantes. Foram 141 votos a favor, cinco contrários e 35 abstenções. Além da votação na ONU, uma nova rodada de negociações entre os dois países foi confirmada para hoje, segundo um assessor do governo ucraniano. No começo da tarde (horário de Brasília), a delegação russa já havia chegado no ponto de encontro em Belarus, onde aguardaria os negociadores ucranianos.

A primeira conversa entre as delegações após o início dos ataques ocorreu na segunda-feira (28) e teve duração de cinco horas, mas terminou sem um avanço. Na terça-feira (1º), o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, disse que a Rússia deve parar o bombardeio de cidades ucranianas antes que as negociações possam ocorrer.

Ainda nesta quarta, porém, o departamento de polícia regional de Kharkiv e a Universidade Nacional de Kharkiv foram alvo de um ataque militar, de acordo com o Serviço de Emergência do Estado da Ucrânia. O conselho da cidade de Mariupol também disse que a cidade ao sul estava sob controle ucraniano, mas travada em batalhas com tropas russas.

O Ministério da Defesa russo também anunciou nesta quarta que as forças armadas tomaram a cidade de Kherson. Autoridades ucranianas rebateram e afirmaram que ainda estão no controle da região, que fica ao sul. Na terça-feira (1º), o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, anunciou o fechamento do espaço aéreo americano para a Rússia – isolando ainda mais o país de Vladimir Putin.

Mundo

Conselho de Segurança da ONU convoca reunião emergencial sobre invasão da Ucrânia pela Rússia

 

O Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) convocou, neste domingo (27), uma reunião emergencial da Assembleia-Geral, com 193 países membros para tratar da invasão da Ucrânia pela Rússia.

 

O encontro será realizado nesta segunda-feira (28), enquanto aliados ocidentais intensificam uma campanha diplomática para isolar Moscou.

 

A votação do conselho de 15 membros foi processual para que a Rússia não pudesse exercer seu veto. Uma resolução convocando a sessão da Assembleia Geral foi adotada com 11 votos sim. A Rússia votou contra, enquanto China, Índia e Emirados Árabes Unidos se abstiveram. O Brasil foi a favor.

 

Espera-se que a Assembleia-Geral vote uma resolução semelhante na quarta-feira (1º), disse a embaixadora dos Estados Unidos nas Nações Unidas, Linda Thomas-Greenfield, ao Meet the Press da NBC neste domingo. Nenhum país tem direito a veto na Assembleia-Geral.

 

CNN Brasil

Política

“É a visão do nosso governo” diz Mourão sobre o discurso de Bolsonaro na ONU

Foto: Divulgação

O vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB), afirmou que o discurso do presidente Jair Bolsonaro na Assembleia Geral da ONU representa a “visão do governo” sobre o país.
De acordo com ele, a fala é apenas uma “peça” da imagem internacional do Brasil, mas que tem recebido “muito destaque por causa da forma como o governo atua“.

“Eu acho que o discurso da ONU é uma peça só. É que vem sendo dado muito destaque a isso por causa, vamos dizer, da forma como o nosso governo atua. Mas, na realidade a imagem do Brasil é um processo, um processo contínuo”, declarou em conversa com a imprensa na chega ao Palácio do Planalto.

O general afirma que o governo atua nos parâmetros internacionais na busca “de ser pragmático, de ser flexível, de buscar os nossos interesses e de buscar o benefício mútuo no relacionamento com os outros países”.

“O presidente apresentou dentro da nossa visão, a visão do nosso governo, a situação que o Brasil vive. Acho que ele não foi muito afundo em questões globais”, disse Mourão.

Sobre a fala de Bolsonaro sobre o desmatamento no país, Mourão afirmou que “sempre há uma contestação” em relação aos números.

Deu no Terra Brasil Notícias

Política

Imprensa internacional reage ao discurso de Bolsonaro na ONU

A imprensa internacional destacou que o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), além de “romper com um sistema de honra” ao discursar na 76ª Assembleia Geral da ONU sem estar vacinado, mostrou-se uma “figura controversa” e adotou tom “provocador” em sua fala nesta terça-feira.

Primeiro chefe de Estado a discursar no evento em Nova York, Bolsonaro defendeu tratamento precoce contra a Covid-19 — contrariando as orientações científicas —, criticou o passaporte sanitário e disse que o Brasil estava à beira do socialismo.

O jornal americano New York Times escreveu que “não vacinado e provocador, Bolsonaro tentou evitar críticas em discurso da ONU”. A publicação ressaltou que o presidente brasileiro defendeu o uso de drogas ineficazes contra o coronavírus e resistiu aos ataques ao desempenho ambiental de seu governo.

O Washington Post destacou que o “não vacinado Bolsonaro, do Brasil, parece quebrar o ‘sistema de honra’ da vacina das Nações Unidas durante o discurso“. O periódico classificou sua abertura como “desafiadoramente estranha para um evento que deve focar principalmente na resposta global à pandemia”.

A rede americana CNN, por sua vez, afirmou que Bolsonaro, a quem chamou de “líder populista conservador“, defendeu o tratamento precoce contra a Covid-19 e tentou apresentar “um novo Brasil cuja credibilidade foi recuperada no mundo — muito diferente do país devastado pelo coronavírus e pelos incêndios na Amazônia“.

Já o britânico The Guardian salientou que Bolsonaro promoveu o tratamento precoce em seu discurso. Segundo o jornal, o mandatário brasileiro provou ser uma “figura controversa durante a pandemia” ao minimizar os impactos da Covid-19 e ao se recusar a receber o imunizante.

A rede de TV Al-Jazeera, a maior com sede no Oriente Médio, ressaltou que o “líder de extrema direita” condenou as restrições impostas pelo coronavírus que, segundo ele, “prejudicaram as economias”. Também destacou a defesa feita por Bolsonaro das leis ambientais brasileiras, lembrando que seu governo foi criticado por aumentar o desmatamento.

O argentino Clarín escreveu que Bolsonaro se dirigiu ao ex-presidente Lula, que lidera as intenções de voto para o pleito de 2022 em pesquisas prévias, ao dizer que o Brasil estava à beira do socialismo. A publicação também mencionou que o presidente disse não haver corrupção em seu governo, “investigado por um escândalo na tentativa de compra fraudulenta de vacinas“.

O Globo

Política

Leia íntegra de discurso de Bolsonaro na Assembleia da ONU:

O presidente Jair Bolsonaro participou da sessão de abertura da 76ª Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) na manhã desta terça-feira (21), em Nova Iorque, nos Estados Unidos. Leia o discurso:
Senhoras e senhores,
É uma honra abrir novamente a Assembleia-Geral das Nações Unidas.
 
Venho aqui mostrar o Brasil diferente daquilo publicado em jornais ou visto em televisões.
 
O Brasil mudou, e muito, depois que assumimos o governo em janeiro de 2019.
 
Estamos há 2 anos e 8 meses sem qualquer caso concreto de corrupção.
 
O Brasil tem um presidente que acredita em Deus, respeita a Constituição e seus militares, valoriza a família e deve lealdade a seu povo.
Isso é muito, é uma sólida base, se levarmos em conta que estávamos à beira do socialismo.
 
Nossas estatais davam prejuízos de bilhões de dólares, hoje são lucrativas.
Nosso Banco de Desenvolvimento era usado para financiar obras em países comunistas, sem garantias. Quem honra esses compromissos é o próprio povo brasileiro.
 
Tudo isso mudou. Apresento agora um novo Brasil com sua credibilidade já recuperada.
 
O Brasil possui o maior programa de parceria de investimentos com a iniciativa privada de sua história. Programa que já é uma realidade e está em franca execução.
 
Até aqui, foram contratados US$ 100 bilhões de novos investimentos e arrecadados US$ 23 bilhões em outorgas.
Na área de infraestrutura, leiloamos, para a iniciativa privada, 34 aeroportos e 29 terminais portuários.
 
Já são mais de US$ 6 bilhões em contratos privados para novas ferrovias. Introduzimos o sistema de autorizações ferroviárias, o que aproxima nosso modelo ao americano. Em poucos dias, recebemos 14 requerimentos de autorizações para novas ferrovias com quase US$ 15 bilhões de investimentos privados.
 
EM NOSSO GOVERNO PROMOVEMOS O RESSURGIMENTO DO MODAL FERROVIÁRIO.
 
Como reflexo, menor consumo de combustíveis fósseis e redução do custo Brasil, em especial no barateamento da produção de alimentos.
 
Grande avanço vem acontecendo na área do saneamento básico. O maior leilão da história no setor foi realizado em abril, com concessão ao setor privado dos serviços de distribuição de água e esgoto no Rio de Janeiro.
 
Temos tudo o que investidor procura: um grande mercado consumidor, excelentes ativos, tradição de respeito a contratos e confiança no nosso governo.
 
Também anuncio que nos próximos dias, realizaremos o leilão para implementação da tecnologia 5G no Brasil.
 
Nossa moderna e sustentável agricultura de baixo carbono alimenta mais de 1 bilhão de pessoas no mundo e utiliza apenas 8% do território nacional.
Nenhum país do mundo possui uma legislação ambiental tão completa.
 
Nosso Código Florestal deve servir de exemplo para outros países.
 
O Brasil é um país com dimensões continentais, com grandes desafios ambientais.
 
São 8,5 milhões de quilômetros quadrados, dos quais 66% são vegetação nativa, a mesma desde o seu descobrimento, em 1500.
 
Somente no bioma amazônico, 84% da floresta está intacta, abrigando a maior biodiversidade do planeta. Lembro que a região amazônica equivale à área de toda a Europa Ocidental.
 
Antecipamos, de 2060 para 2050, o objetivo de alcançar a neutralidade climática. Os recursos humanos e financeiros, destinados ao fortalecimento dos órgãos ambientais, foram dobrados, com vistas a zerar o desmatamento ilegal.
 
E os resultados desta importante ação já começaram a aparecer!
 
Na Amazônia, tivemos uma redução de 32% do desmatamento no mês de agosto, quando comparado a agosto do ano anterior.
 
QUAL PAÍS DO MUNDO TEM UMA POLÍTICA DE PRESERVAÇÃO AMBIENTAL COMO A NOSSA?
Os senhores estão convidados a visitar a nossa Amazônia!
 
O Brasil já é um exemplo na geração de energia com 83% advinda de fontes renováveis.
 
Por ocasião da COP-26, buscaremos consenso sobre as regras do mercado de crédito de carbono global. Esperamos que os países industrializados cumpram efetivamente seus compromissos com o financiamento de clima em volumes relevantes.
 
O futuro do emprego verde está no Brasil: energia renovável, agricultura sustentável, indústria de baixa emissão, saneamento básico, tratamento de resíduos e turismo.
 
Ratificamos a Convenção Interamericana contra o Racismo e Formas Correlatas de Intolerância.
 
Temos a família tradicional como fundamento da civilização. E a liberdade do ser humano só se completa com a liberdade de culto e expressão.
 
14% do território nacional, ou seja, mais de 110 milhões de hectares, uma área equivalente a Alemanha e França juntas, é destinada às reservas indígenas. Nessas regiões, 600.000 índios vivem em liberdade e cada vez mais desejam utilizar suas terras para a agricultura e outras atividades.
 
O Brasil sempre participou em Missões de Paz da ONU. De Suez até o Congo, passando pelo Haiti e Líbano.
Nosso país sempre acolheu refugiados. Em nossa fronteira com a vizinha Venezuela, a Operação Acolhida, do Governo Federal, já recebeu 400 mil venezuelanos deslocados devido à grave crise político-econômica gerada pela ditadura bolivariana.
 
O futuro do Afeganistão também nos causa profunda apreensão. Concederemos visto humanitário para cristãos, mulheres, crianças e juízes afegãos.
 
Nesses 20 anos dos atentados contra os Estados Unidos da América, em 11 de setembro de 2001, reitero nosso repúdio ao terrorismo em todas suas formas.
 
Em 2022, voltaremos a ocupar uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU. Agradeço aos 181 países, em um universo de 190, que confiaram no Brasil. Reflexo de uma política externa séria e responsável promovida pelo nosso Ministério de Relações Exteriores.
 
Apoiamos uma Reforma do Conselho de Segurança ONU, onde buscamos um assento permanente.
 
A pandemia pegou a todos de surpresa em 2020. Lamentamos todas as mortes ocorridas no Brasil e no mundo.
 
Sempre defendi combater o vírus e o desemprego de forma simultânea e com a mesma responsabilidade. As medidas de isolamento e lockdown deixaram um legado de inflação, em especial, nos gêneros alimentícios no mundo todo.
 
No Brasil, para atender aqueles mais humildes, obrigados a ficar em casa por decisão de governadores e prefeitos e que perderam sua renda, concedemos um auxílio emergencial de US$ 800 para 68 milhões de pessoas em 2020.
 
Lembro que terminamos 2020, ano da pandemia, com mais empregos formais do que em dezembro de 2019, graças às ações do nosso governo com programas de manutenção de emprego e renda que nos custaram cerca de US$ 40 bilhões.
 
Somente nos primeiros 7 meses desse ano, criamos aproximadamente 1 milhão e 800 mil novos empregos. Lembro ainda que o nosso crescimento para 2021 está estimado em 5%.
 
Até o momento, o Governo Federal distribuiu mais de 260 milhões de doses de vacinas e mais de 140 milhões de brasileiros já receberam, pelo menos, a primeira dose, o que representa quase 90% da população adulta. 80% da população indígena também já foi totalmente vacinada. Até novembro, todos que escolheram ser vacinados no Brasil, serão atendidos.
 
Apoiamos a vacinação, contudo o nosso governo tem se posicionado contrário ao passaporte sanitário ou a qualquer obrigação relacionada a vacina.
 
Desde o início da pandemia, apoiamos a autonomia do médico na busca do tratamento precoce, seguindo recomendação do nosso Conselho Federal de Medicina.
 
Eu mesmo fui um desses que fez tratamento inicial. Respeitamos a relação médico-paciente na decisão da medicação a ser utilizada e no seu uso off-label.
 
Não entendemos porque muitos países, juntamente com grande parte da mídia, se colocaram contra o tratamento inicial.
 
A história e a ciência saberão responsabilizar a todos.
 
No último 7 de setembro, data de nossa Independência, milhões de brasileiros, de forma pacífica e patriótica, foram às ruas, na maior manifestação de nossa história, mostrar que não abrem mão da democracia, das liberdades individuais e de apoio ao nosso governo.
 
Como demonstrado, o Brasil vive novos tempos. Na economia, temos um dos melhores desempenhos entre os emergentes.
 
Meu governo recuperou a credibilidade externa e, hoje, se apresenta como um dos melhores destinos para investimentos.
 
É aqui, nesta Assembleia Geral, que, vislumbramos um mundo de mais liberdade, democracia, prosperidade e paz.
 
Deus abençoe a todos.
Política

Primeiro Ministro Boris Johnson disse estar “Encantado”, após encontro com Bolsonaro

Foto: Divulgação

A imprensa britânica noticiou nesta segunda-feira (20) que o primeiro-ministro do Reino Unido,Boris Johnson, disse que ficou encantado ao conhecer o presidente Jair Bolsonaro. Eles se encontraram durante a manhã em Nova York, onde participarão da Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU).

Eles conversaram sobre a Covid-19, e Bolsonaro disse ter desenvolvido uma imunidade “excelente” à doença. Johnson, por sua vez, disse que já teve Covid-19duas vezes, ao que Bolsonaro apontou para si próprio e fez um sinal de negativo, afirmando, por meio de um intérprete, que ainda não contraiu o vírus, pouco antes de rir. Boris também comentou sobre as vacinas e elogiou um imunizante em particular.

“AstraZeneca é uma ótima vacina. Eu tomei a AstraZeneca”, disse o primeiro-ministro britânico. Continua depois da publicidade

Johnson reforçou o apoio ao imunizante quando a imprensa foi conduzida para fora da sala. Na ocasião, Johnson recomendou: “Tomem as vacinas AstraZeneca”.

Outra pauta da conversa dos chefes de Estado foram as mudanças climáticas. O presidente brasileiro foi elogiado pelo compromisso que o país assumiu de acabar com o desmatamento ilegal até o ano de 2030.