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CHEFÃO: STF abre trabalhos de 2024 com presença de Lula

 

O Supremo Tribunal Federal (STF) abre nesta quinta-feira (1°) o Ano Judiciário 2024 com uma cerimônia no plenário da Corte. O evento marca a retomada dos trabalhos no plenário após o recesso e contará com a presença de Luiz Inácio Lula da Silva – o chefão do STF, além do vice, Geraldo Alckmin.

Na abertura da sessão, o presidente do STF, ministro Luís Roberto Barroso, fará um discurso. Em seguida, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Procuradoria-Geral da República (PGR) também vão se manifestar.

Os presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco, também foram convidados.

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Judiciário brasileiro é quase 3 vezes mais caro do que média global

 

Salários, penduricalhos e regalias tornam o judiciário brasileiro o mais caro entre os 53 países analisados pelo Tesouro Nacional, aponta relatório divulgado nesta quinta-feira (25). O poder consome 1,6% do Produto Interno Bruto (PIB). A média dos países em desenvolvimento é de 0,5% do PIB, já os países desenvolvidos destinam apenas 0,3% para financiar o judiciário.

O relatório aponta que, em 2022, o gasto com a Justiça foi de R$159 bilhões. Salários e despesas obrigatórias consumiram R$109 bilhões do montante. O valor destinado a investimentos foi de apenas R$2,9 bilhões.

A Costa Rica segue o Brasil no ranking da gastança, 1,54% do PIB. El Salvador aparece na sequência, pouco mais de 1,2%. Na outra ponta, com o judiciário mais econômico, está a França, com a Justiça custando pouco mais de 0,2% do PIB.

Deu no Diário do Poder

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Em 2017, Moraes alertou sobre risco de “ditadura do Judiciário”

 

Um vídeo de 2017 do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, foi ressuscitado pelas redes sociais e corre pelos meandros da internet. Trata-se de uma entrevista do magistrado à Jovem Pan, onde ele fala sobre o risco de se estabelecer uma ditadura do Judiciário.

Na ocasião, Moraes chegou a dizer:

– Imagine se o Supremo Tribunal Federal fosse de uma única pessoa – disse o ministro em uma fala considerada profética para os que reconhecem em sua pessoa, hoje, tal proeminência que lhe confere autoridade sobre os demais judicantes da Corte.

– Teríamos uma ditadura do Judiciário. Uma posição, mesmo que acabe ideologicamente prevalecendo sobre o jurídico, acaba sendo contestada por outro ministro. Isso gera um equilíbrio.

Na época, Moraes destacou como grande desafio dos ministros do STF conseguir não ser contaminado em suas decisões por convicções pessoais e atuar norteado, somente, em observância às leis brasileiras.

– Isso é algo que Ruy Barbosa dizia: “o Supremo Tribunal Federal tem o privilégio de errar por último”, porque não há recurso em relação ao erros – enfatizou Moraes.

– Exatamente por isso deve haver uma autocontenção maior dessas Cortes, como o Supremo Tribunal Federal – declarou.

Com informações da JP

Notícias

“Judiciário passou a ser poder político”, afirma Barroso

 

O ministro Luiz Roberto Barroso, vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), avaliou que o Poder Judiciário passou a ter um papel político na sociedade brasileira. A declaração do magistrado ocorreu em palestra no 7º Encontro do Conselho de Presidentes dos Tribunais de Justiça do Brasil (Consepre), realizado em Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, na última quarta-feira (5).

– O Poder Judiciário no Brasil, após a Constituição Federal de 1988, viveu e vive ainda um vertiginoso processo de ascensão institucional. Deixou de ser já há um tempo um departamento técnico especializado. Passou a ser um poder político na vida brasileira. Houve mudança na natureza, no papel, na visibilidade, nas expectativas que existem em relação ao Poder Judiciário – analisou ele, segundo informações do Jornal do Comércio.

O evento, que também contou com a participação do governador gaúcho Eduardo Leite (PSDB), trouxe como tema “Os Desafios do Poder Judiciário no Brasil”.

Na ocasião, Barroso informou que está “em busca de ideias e propostas para alguns programas” a fim de “ajudar o Judiciário brasileiro”.

No evento, Eduardo Leite disse que o Rio Grande do Sul vive atualmente um relacionamento harmonioso com os outros Poderes.

– Para muitos, o caminho da briga pode parecer mais difícil, mas é mais fácil do que sentar na mesa e buscar construir soluções. Não é o mais fácil, mas é o único caminho que entendemos que pode produzir resultados – defendeu.

Deu no Pleno News

Judiciário

Sob silêncio da OAB, STF discute se juiz poderá julgar ação de parente

 

A OAB nacional mantém constrangedor silêncio sobre uma inacreditável ação da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB) no Supremo Tribunal Federal (STF), que, na prática, permitirá que suas excelências julguem processos de interesse de escritórios de advocacia de seus filhos, cônjuges e parentes consanguíneos. A proibição está definida no artigo 144 do Código de Processo Civil, que a AMB alega ser “inconstitucional”. A medida pode até provocar concorrência desleal.

Advogados temem que a alteração da regra provoque uma “corrida” a escritórios ligados a magistrados tão logo a ação seja protocolada.

Limites tênues

Alguns ministros tentam impor limites, como impedir que magistrado com parente assuma a relatoria o caso. Mas ficaria liberado para julgar.

PGR foi contra

Não se conhece a posição de Augusto Aras, mas a antecessora Raquel Dodge se posicionou contra a ação e pediu a “improcedência do pedido”.

Informações do Cláudio Humberto
Justiça

Barroso nega liberdade a Anderson Torres, preso há 104 dias

 

Mesmo com a saúde fragilizada e preso há mais tempo do que a lei processual penal prevê, o ex-ministro Anderson Torres teve novamente pedido de liberdade negado pelo Supremo Tribunal Federal (STF). O ministro Roberto Barroso negou nesta sexta-feira, 28,um novo habeas corpus impetrado há três dias.

A defesa de Torres argumentou que os requisitos para a prisão preventiva — que são a garantia da ordem pública e econômica, a conveniência da instrução processual e para assegurar a aplicação da lei penal — não estão presentes. Além disso, o prazo previsto para a conclusão do inquérito, de 81 dias, previsto no Código de Processo Penal, também já se esgotou. Torres está preso há 104 dias.

No entanto, Barroso disse que a ação de habeas corpus não é o instrumento processual adequado para questionar ato de ministro — no caso, a decisão de Alexandre de Moraes, relator dos processos relativos ao 8 de janeiro, que determinou a prisão de Torres.

Segundo Barroso, embora tenha havido discussão no STF sobre a possibilidade de se usar o habeas corpus para casos como esse, o plenário da Corte “reafirmou sua jurisprudência no sentido de não ser cabível ‘habeas corpus’ impetrado contra decisão monocrática de ministro da Corte”.

Assim, concluiu o ministro, “não há alternativa senão julgar extinto o processo, sem resolução do mérito, por inadequação da via eleita”. Por isso, o ministro nem mesmo analisou o mérito do pedido de liberdade.

Além da ilegalidade da prisão, a defesa de Torres mencionou a piora crescente do estado de saúde do ex-ministro, que não se alimenta e já emagreceu 14 quilos desde a data da prisão.

Deu na Oeste

Notícias

Judiciário está alheio à realidade brasileira, diz ex-ministra do STJ

 

A ex-ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Eliana Calmon, teceu críticas as recentes decisões envolvendo o Judiciário do país.

Antes mesmo de deixar o STJ, Calmon já se posicionava com duras críticas ao corporativismo, além de se opor ao sistema de privilégios e penduricalhos, sendo avessa também à atuação de parentes de ministros e juízes nas Cortes.

Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, a ex-corregedora criticou a tentativa de aumento do teto salarial e a percepção de valores retroativos para juízes federais.

“Creio que o Judiciário está alheio à realidade brasileira”, afirmou.

Economia, Judiciário

Aumento salarial autorizado pelo STF deve custar mais de R$ 15 bilhões até 2025

Sessão plenária do Supremo Tribunal Federal | Foto: Nelson Jr./SCO/STF

 

Se o Congresso Nacional aprovar o aumento salarial de quase 20% autorizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), os pagadores de impostos vão desembolsar quase R$ 16 bilhões até 2025. Isso porque, além de beneficiar ministros do STF, a medida atinge o Judiciário e o Ministério Público Federal.

Com o aumento, o ordenado mensal dos juízes do STF deve passar de R$ 39 mil para R$ 46,3 mil. Segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado, responsável pelo cálculo, o reajuste terá impacto de R$ 1,8 bilhão nas contas da União em 2023, R$ 5,5 bilhões em 2024 e R$ 6,3 bilhões a partir de 2025.

O valor é crescente porque a proposta do Supremo prevê um reajuste em quatro parcelas de 4,5%. À medida que os aumentos vão sendo incorporados aos salários, o impacto na despesa federal cresce. A conta também prevê que o Judiciário federal seguirá o modelo para magistrados e servidores.

As quantias referentes ao aumento salarial chancelado pelo STF foram calculados com base nos gastos anuais dos tribunais com pessoal em 2021, considerando que a despesa em 2022 deve ficar em patamar semelhante.

O Ministério Público Federal acompanhou a Corte e também apresentou um pedido de reajuste de 18%, parcelado. Nesse caso, a medida teria impacto de R$ 284 milhões em 2023, R$ 851 milhões em 2024 e R$ 972 milhões em 2025.

Política

Renan chama Lira de golpista, que rebate: “De dar golpe, você entende”

 

Uma decisão proferida pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJAL) provocou troca de farpas entre o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e o senador Renan Calheiros (MDB-AL).

A Corte derrubou uma liminar de primeira instância que suspendia a realização de eleição indireta para mandato-tampão de governador e vice, marcada para a próxima segunda-feira (2) na Assembleia Legislativa do estado (ALE).

“A independência dos poderes é sagrada. Quarteladas, afrontas aos poderes e desacato às decisões judiciais são condutas de tiranos em qualquer lugar. O TJ/AL acaba de incinerar o golpe de Arthur Lira para impedir a eleição para o governo de Alagoas na forma da Constituição”, escreveu Calheiros nas redes sociais.

A eleição indireta em Alagoas havia sido programada por conta da renúncia do ex-governador Renan Filho (MDB), que deve disputar uma vaga para o Senado em outubro. O vice já havia saído do cargo em 2020 para concorrer à prefeitura de Arapiraca, no interior.

A ação contra a realização do pleito foi ajuizada pelo PSB, partido do prefeito de Maceió, João Henrique Caldas, aliado de Lira em Alagoas. Após a publicação de Renan, o presidente da Câmara respondeu ao post, afirmando que o cacique do MDB interfere no Judiciário.

“Sobre dar golpes, o senador Renan Calheiros entende bem. Foi assim que ele tentou conduzir o Congresso Nacional e, várias vezes, desrespeitou decisões judiciais. Em Alagoas, achaca e interfere nos poderes, desrespeita a vontade popular e quer fazer do Estado a extensão do seu latifúndio. Não conseguirá!”, rebateu.

Deu no Conexão Política

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Pressão do Judiciário barra breque aos ‘supersalários’

Depois de levar mais de quatro anos para ser aprovado na Câmara, o projeto de lei que impõe barreiras aos “supersalários” no funcionalismo público agora empacou no Senado. O texto foi encaminhado para a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em agosto e, passados quase dois meses, nem sequer há um relator definido, o primeiro passo para fazer a tramitação andar. O motivo, segundo senadores ouvidos pelo Estadão, é a pressão de representantes do Poder Judiciário para barrar a proposta.

Um dos opositores ao projeto é o próprio presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux. Ao Estadão, ele afirmou não ser contra barrar supersalários, “inclusive de servidores da Justiça”, mas entende que “mudanças na Lei Orgânica da Magistratura (Loman) devem partir do Poder Judiciário”. O Judiciário, contudo, não enviou nesses últimos quatro anos projeto nesse sentido.

O presidente da CCJ, senador Davi Alcolumbre (DEM-AP), relatou a colegas ter sido procurado nos bastidores por integrantes de Cortes Superiores que sugeriram a ele “sentar em cima do projeto”. O lobby para barrar as mudanças que pode reduzir o contracheque de juízes, desembargadores e outras categorias do funcionalismo, porém, também tem sido feito à luz do dia.

No dia 18 de agosto, a presidente da Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Renata Gil, se reuniu com Alcolumbre e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), para manifestar “receio de retrocessos” com o texto vindo da Câmara. “Há um equívoco entre o que é verba indenizatória e remuneratória”, disse ela, em texto registrado no site da entidade, que reúne 14 mil associados e é uma das principais associações de juízes do País.

Procurada pelo Estadão, Renata afirmou que cabe ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) regulamentar e fiscalizar os pagamentos. “A AMB posiciona-se pela estrita observância dos ditames da Constituição Federal e das decisões do Supremo acerca das verbas indenizatórias”, disse, em nota.

Atualmente, embora exista um teto remuneratório equivalente ao salário de um ministro do Supremo, de R$ 39,2 mil, esse patamar costuma ser “fictício”, porque os vencimentos abrangem “penduricalhos”, como auxílio-livro, auxílio-moradia, auxílio-banda larga, entre outros, fazendo com que os ganhos mensais estourem o teto. São esses benefícios que serão limitados caso o projeto seja aprovado.

Em todo o País, são mais de 500 tipos de benefícios concedidos a servidores, que elevam as remunerações a patamares acima dos R$ 100 mil. Foi o que ocorreu no início do ano no Tribunal de Justiça de Mato Grosso, quando um magistrado recebeu R$ 274 mil extras em indenizações e “penduricalhos”.

A proposta em discussão no Senado reduz a apenas 32 os benefícios que poderão superar o limite constitucional. As mudanças estipulam, por exemplo, que o auxílio-creche poderá ter valor de até 3% do salário máximo pago a um servidor, o que equivale a R$ 1,178 mil. Será ainda limitada a “venda” de férias a 30 dias por exercício. A medida atinge em especial magistrados e integrantes do Ministério Público que têm direito a 60 dias de férias e recebem o adicional de férias nos dois períodos.

Em ofensiva para manter ao menos parte dos “penduricalhos”, o presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo, Geraldo Francisco Pinheiro Franco, enviou ofício a Pacheco no início do mês em que pede alterações no texto aprovado pela Câmara. Na prática, as mudanças sugeridas desfiguram a ideia de dificultar pagamentos acima do teto. Ele quer, por exemplo, o aumento do auxílio-saúde de 5% para 10% do salário, a retirada do limite para o ressarcimento de diárias e a manutenção dos atuais 60 dias para o adicional de férias e para a licença-prêmio. “Longe de constituir um privilégio da magistratura ou dos servidores públicos, o direito à indenização de férias não gozadas ostenta natureza de direito social, não passível de supressão nem mesmo por emenda constitucional”, escreveu o presidente do TJ-SP.

Outra entidade que tem atuado para evitar a aprovação do texto é a Associação de Juízes Federais (Ajufe), que representa todos os magistrados federais de primeira e segunda instâncias, bem como os ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) e do Supremo. Para o presidente da Ajufe, Eduardo André Brandão, o projeto aprovado na Câmara restringe direitos do servidor. “É importante ressaltar que benefícios como auxílio-alimentação, auxílio-creche e outras formas de compensação são comuns a todo tipo de trabalhador, não podendo o servidor público ser penalizado por recebê-lo, nem que tenha seus direitos restringidos”, disse ele.

A votação do projeto chegou a ser discutida em reunião de líderes de partidos do Senado há cerca de duas semanas, mas sem definição de quem será o relator. Integrante da CCJ, o senador Oriovisto Guimarães (Podemos-PR) vê falta de vontade em fazer a proposta andar. “Muito difícil pressionar Davi Alcolumbre. Não vejo ninguém pedindo para que o assunto seja pautado”, afirmou.

Nos últimos anos, o Supremo tem agido no sentido de facilitar o “drible” no limite imposto pelo teto constitucional. Hoje presidente da Corte, Fux concedeu em 2014 decisões liminares para que o auxílio-moradia fosse estendido para todo o Judiciário. As decisões só caíram quatro anos depois, após um acordo com o governo Michel Temer, que determinou um reajuste de 16,38% no salário dos ministros do STF.

Em junho, em outra decisão que liberou o estouro do teto, o STF entendeu que funcionários de empresas públicas independentes do Distrito Federal, como o Banco Regional de Brasília e a Companhia de Saneamento Ambiental de Brasília (Caesb), não precisam respeitar a regra.

O relator do projeto na Câmara, deputado Rubens Bueno (Cidadania-PR), disse ter enfrentado pressões para que o texto não fosse votado. “Presidentes de tribunais de contas, de tribunais estaduais, pressão de todo tipo. Eles são poderosos”, afirmou o parlamentar.

Para Bueno, cada dia que o texto fica sem ser votado é algo negativo. “Enquanto não se vota definitivamente eles continuam. Se você olhar o Tribunal de Contas do Rio de Janeiro, há um mês mais ou menos, já criou mais um auxílio adicional de R$ 12 mil. Eles continuam como se nada estivesse acontecendo.” As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.