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TCU aponta baixa transparência em obras rodoviárias do Novo PAC que somam R$ 80 bilhões

TCU aponta baixa transparência em obras do Novo PAC que somam R$ 80 bi

 

Uma auditoria conduzida pelo Tribunal de Contas da União (TCU) identificou que o Ministério dos Transportes incluiu obras rodoviárias no Novo PAC que não atendem à estratégia do Plano Setorial de Transportes Terrestres (PSTT). Segundo informações divulgadas pela Corte nesta segunda-feira (11), esses projetos terão um custo aproximado de R$ 80 bilhões.

De acordo com o acórdão do ministro Antônio Anastasia, o PSTT foi concebido pelo governo para mapear as principais demandas e ações necessárias para o desenvolvimento do sistema nacional de transportes. No entanto, os projetos rodoviários destinados ao Novo PAC, que totalizará R$ 185,8 bilhões em recursos para a infraestrutura rodoviária, não estariam alinhados a essa estratégia.

O documento do TCU, ao qual a Gazeta do Povo teve acesso, apontou que a maior parcela desses projetos tem impacto baixo ou sequer foi avaliada pelo planejamento em andamento, totalizando cerca de R$ 80 bilhões entre projetos públicos e privados. O tribunal não especificou quais obras foram destacadas na análise.

O TCU destaca que 45% dos recursos públicos destinados às obras, equivalente a R$ 36 bilhões, e 35% dos recursos privados previstos, R$ 54 bilhões, são classificados como de baixo impacto no plano setorial ou não foram avaliados. O tribunal expressa preocupação com a alocução significativa de recursos públicos em projetos de baixo impacto ou com impacto incerto, aumentando o risco de desperdício.

Além disso, a auditoria revelou baixa transparência e ausência de participação social na elaboração da carteira de projetos. O Ministério dos Transportes, em resposta à Gazeta do Povo, alegou que a auditoria baseou-se em uma minuta do PSTT deixada inacabada pela gestão anterior, utilizando uma metodologia equivocada. O ministério afirmou que herdou a minuta com falhas e está trabalhando para ajustá-la antes de apresentá-la oficialmente, destacando que questionará pontos do documento junto à Corte de Contas.

Deu na Folha de SP.

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Corrupto: Janones manda 76% das emendas para Prefeitura da ex-namorada

 

O deputado federal André Janones (Avante-MG) priorizou a Prefeitura de Ituiutaba (MG), governada pela ex-namorada e ex-assessora Leandra Guedes, na hora de enviar emendas parlamentares por meio do mandato na Câmara. O parlamentar destinou R$ 58,4 milhões de recursos federais para o município nos últimos quatro anos. O valor equivale a 76,1% de todas as emendas indicadas por Janones no período.

Janones e Leandra são investigados por um esquema de “rachadinha” no gabinete do parlamentar em Brasília. A prefeita era assessora dele na Câmara. Outros dois ex-assessores acusam Janones de cobrar a devolução de parte dos salários para cobrir despesas do deputado. Leandra seria a operadora do esquema, de acordo com os relatos. Ambos negam as acusações, apesar de um áudio mostrar o parlamentar dizendo que assessores vão receber a mais para que ajudem na recuperação de seu patrimônio.

Um parlamentar pode destinar emendas para qualquer município do País. A Constituição, no entanto, determina que o Orçamento sirva para reduzir desigualdades regionais e combater as desigualdades sociais da população. As emendas acabam distorcendo esse princípio, pois algumas localidades recebem muito e outras não recebem nada.

Ituiutaba, um município de 102 mil habitantes no oeste de Minas, é a cidade natal de Janones, integrante da base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso. Dos R$ 58 milhões em emendas do deputado, R$ 25 milhões foram repassados por meio da Emenda Pix, revelada pelo Estadão, um mecanismo sem transparência nem fiscalização. A modalidade é criticada publicamente pelo próprio Janones.

O dinheiro da Emenda Pix de Janones bancou o cachê de artistas nacionais em uma feira agropecuária da cidade da ex-assessora, entre eles Gusttavo Lima, Jorge e Mateus, Alok, Simone, Zezé Di Camargo e Luciano, Ana Carolina, Guilherme e Santiago, João Bosco e Vinícius, João Neto e Frederico e Gian e Giovani.

Com os repasses, Ituiutaba se tornou o município que mais recebeu recursos de Emenda Pix de todo o Estado, sem qualquer critério de distribuição. O valor repassado por Janones para a cidade é quase quatro vezes maior do que o enviado por parlamentares mineiros para Belo Horizonte por meio da mesma modalidade de transferência direta. A capital mineira recebeu R$ 7,2 milhões em quatro anos em emendas Pix. Enquanto isso, outros 16 municípios do Estado ficaram sem nenhum centavo.

A Prefeitura de Ituiutaba, comandada pela ex-assessora de Janones, não apresentou nenhuma prestação de contas ao governo federal sobre o uso da Emenda Pix. A administração municipal afirmou que não protocolou os documentos que comprovam o que foi feito com o dinheiro porque os recursos ainda estão em execução e não foram gastos totalmente. A plataforma federal, porém, permite às prefeituras apresentar um plano dizendo onde vão gastar o dinheiro e uma prestação de contas parcial, conforme gastam o recurso.

Ao longo deste ano, Ituiutaba já realizou quatro grandes festas – Carnaval, Festa do Trabalhador (1º de Maio), Arraiá do Povo e a 45ª Expopec – num custo total de pelo menos R$ 9 milhões aos cofres públicos, segundo levantamento do Estadão feito com base nos contratos da prefeitura. Todas contaram com grandes atrações. Do total, R$ 2,4 milhões foram bancados com recursos das Emendas Pix de Janones. O restante não foi pago diretamente com a verba parlamentar, mas o dinheiro enviado pelo deputado permite as contratações de artistas nos shows, pois, com o repasse, os recursos que seriam investidos numa área podem ser realocados em outras ações – como nas próprias festas.

Os contratos com os artistas são feitos sem licitação, e os cachês variam de R$ 75 mil, pago à dupla sertaneja João Neto e Frederico, a R$ 704 mil, para Gusttavo Lima. Janones costuma participar dos eventos e seu nome é citado durante as apresentações. A 45ª Expopec contou também com a participação do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

Além dos cachês, as Emendas Pix bancam instituições que participam da realização dos shows. É o caso do Sindicato dos Produtores Rurais de Ituiutaba (Sipri), que recebeu R$ 320,5 mil neste ano para realizar cavalgada, missa rural e o concurso Garota Expopec. O sindicato é presidido pelo ex-vereador da cidade Juarez José Muniz.

Janones também concentrou emendas em Ituiutaba na hora de definir para onde vai o dinheiro da saúde e de obras bancadas com recursos da União. Além disso, informou ter indicado R$ 1,7 milhão por meio do orçamento secreto – tipo de emenda que foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e chamada de aberração por Janones. “Isso [orçamento secreto] serve para quê? Para que mantenham-se esses currais eleitorais”, afirmou em entrevista ao portal G1.

Por outro lado, municípios mineiros sofrem com problemas ambientais, de saúde e de educação: 73 cidades do Estado apresentam IDH baixo, entre 0,529 e 0,599 (o mesmo de países africanos como Nigéria, Ruanda e Camarões); o analfabetismo atinge cerca de 4,8% da população, a pior taxa entre os Estados do Sudeste; e 134 cidades têm um índice de déficit de saneamento básico alto ou muito alto.

No X (antigo Twitter), Janones afirmou que enviou neste ano R$ 11 milhões em emendas para ajudar o município a bancar o Passe Livre, que envolve passagem gratuita do transporte público. Não é verdade. O valor não foi usado apenas no programa, como indicou o parlamentar. Dos R$ 11 milhões, R$ 1,4 milhão foram para o Passe Livre, cuja empresa contratada também trabalhou na campanha de Janones. O restante das emendas foi destinado aos shows e pavimentação.

O parlamentar não respondeu, contudo, o motivo dele priorizar a prefeitura de sua ex-namorada ao distribuir recursos durante seu mandato.

Por sua vez, a Prefeitura de Ituiutaba explicou que as emendas enviadas por Janones foram “destinadas à realização de vários investimentos pelo Poder Executivo, que incluem reformas já concluídas e em andamento em cinco praças públicas, campo de futebol, ginásio poliesportivo, unidade de saúde animal, custeio e ampliação dos serviços de saúde oferecidos via SUS, entre outros”. O município omitiu na resposta os cachês dos artistas.

Com mais de 13 milhões de seguidores nas redes sociais (Instagram, X, Facebook, TikTok e YouTube) e forte atuação digital, Janones foi o segundo deputado federal mais votado em Minas Gerais nas eleições de 2022. Na hora de movimentar recursos, porém, o parlamentar concentra o dinheiro na cidade governada pela ex-assessora.

Janones tem bastante influência na gestão municipal. Ele participa de anúncios na localidade e faz intermediação de agendas da prefeita com autoridades em Brasília. Na internet, Leandra dedica várias manifestações para enaltecer a atuação do parlamentar e publicar fotos ao lado do antigo chefe.

O próprio deputado já criticou o modelo da Emenda Pix, mas, mesmo assim, usa o mecanismo para enviar dinheiro para a prefeitura da ex-assessora. O repasse cai mais rápido que em outras transferências, mas é criticado por especialistas e órgãos de controle por desviar da fiscalização e do planejamento.

“Eu não queria que existisse esse tipo de emenda, porque é uma emenda que dificulta a fiscalização”, afirmou o deputado em entrevista ao jornal Estado de Minas, no ano passado.

Fonte: Estadão Conteudo

Política

BOMBA: Empresa que PF diz ser de ministro de Lula recebeu pagamento via emenda enviada por ele próprio

 

Esse Governo Lula (PT) não tem jeito mesmo!

Verba federal destinada por Juscelino Filho (União Brasil-MA), atual ministro das Comunicações de Lula, para seu reduto no Maranhão pagou obra realizada pela Arco Construções, empresa que a Polícia Federal diz ter o próprio político do primeiro escalão de Lula (PT) como sócio oculto e verdadeiro dono.

Em 2017, como deputado federal, Juscelino Filho indicou R$ 2,56 milhões para reparos em estradas de terra de Vitorino Freire (MA), cidade comandada pela prefeita Luanna Rezende, irmã do ministro.

A defesa de Juscelino Filho nega que ele seja proprietário da Arco e classifica como ilação a suspeita de que tenha tido proveito pessoal por meio da atividade como deputado. Em nota, os advogados afirmam que se trata de “mais um ataque na tentativa de criminalizar as emendas parlamentares”.

O envio da emenda e a contratação da empresa pelo município descobertos pela Folha reforçam uma das linhas de investigação da PF segundo a qual o ministro do governo Lula, enquanto deputado, utilizou dinheiro proveniente de emendas para pagar uma empresa que de fato lhe pertence.

A PF afirma que a Arco é de Juscelino Filho com base em mensagens e documentos apreendidos na operação Odoacro, em julho de 2022. A empresa, no entanto, está formalmente em nome de Antônio Tito, amigo da família do ministro de Lula.

Juscelino Filho é investigado na operação, cuja terceira fase, batizada de Benesse, fez buscas em endereços de sua irmã. A PF chegou a pedir busca contra o ministro das Comunicações, mas Luís Roberto Barroso, ministro do STF (Supremo Tribunal Federal), negou.

Investigadores apontam ainda que, no passado, duas pessoas que ocuparam cargos de assessoria do gabinete do político, Lia Candida Soares e Anne Magalhães, já integraram o quadro societário da companhia. A relação das ex-assessoras com a empresa foi revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo.

A Folha encontrou a assinatura de Juscelino Filho na indicação de R$ 2,56 milhões para as obras ao mapear todos os convênios assinados pela cidade comandada por sua irmã com a estatal federal Codevasf (Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba).

“Celebrar convênio objetivando a recuperação de estrada vicinal em favor do município de Vitorino Freire-MA com recurso oriundo de crédito extra-orçamentário do Dep. Juscelino Filho”, consta no registro do convênio no sistema do governo federal.

Além desse repasse, há ainda mais um registro de obra feita pela Arco Construções em Vitorino Freire, essa já em 2022, com dinheiro federal destinado pela Codevasf, estatal comandada pelo centrão.

Nesse caso, por meio de um convênio de R$ 1,4 milhão, a empresa apontada pela PF como de Juscelino Filho também foi contratada para a recuperação de estradas vicinais —no entanto, não há registro sobre quem foi o responsável pela indicação.

Esse repasse é o único de ao menos nove convênios firmados entre a cidade e a Codevasf de 2017 a 2022 que não tem a assinatura formal do ministro como padrinho da verba. Em todos os outros convênios, o dinheiro é proveniente de suas indicações.

Além da Arco, a Construservice é outra que recebe dinheiro indicado por ele e virou pivô do suposto esquema de desvios em emendas parlamentares investigado na operação Odoacro. A empresa tem como sócio oculto Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP.

As mensagens que sustentam a suspeita da PF sobre a relação entre Juscelino e a Arco foram obtidas no celular justamente de DP. O conteúdo das conversas foi revelado pela Folha e serviu como base para a PF afirmar que Juscelino Filho tem uma relação criminosa com o dono da Construservice.

Em um dos diálogos, mostra relatório da PF, o político pediu pagamentos para a Arco, “com a justificativa de ser realizado serviço de terraplanagem de uma obra”.

A polícia afirma que há nas mensagens “cobranças reiteradas” de Juscelino pelo pagamento. A investigação encontrou comprovante de transferência para a Arco de R$ 63 mil feita por um suposto laranja de Eduardo DP.

A partir destas mensagens, a PF passou a trabalhar com duas linhas de apuração sobre a relação de Juscelino, Eduardo DP e Antônio Tito.

Uma é saber se o ministro se beneficiou de emendas ao ter sua própria empresa trabalhando nessas obras. A outra linha é a suspeita de que “terraplanagem” é apenas um código utilizado por eles para designar propina. Nessa linha, a conversa se trataria de um acerto sobre pagamentos indevidos ao então deputado.

Em relatório sobre a investigação enviado ao STF, a PF afirmou que “diante de todo o exposto, resta cristalina a relação criminosa pactuada entre Juscelino Filho e Eduardo DP, que conta com outros comparsas como intermediários e executores, imprescindíveis para a perpetração dos crimes”.

Como mostrou a Folha, a PF encontrou em mensagens pedidos de Juscelino Filho para que Eduardo DP realizasse pagamentos a um engenheiro, duas servidoras da Prefeitura de Vitorino de Freire (MA), comandada por sua irmã, e ao menos duas empresas.

Procurados, Antônio Tito, a Arco e a prefeitura não se manifestaram.

DEFESA DIZ QUE ILAÇÕES SÃO ABSURDAS E NEGA PROVEITO PESSOAL

A Folha perguntou ao ministro Juscelino Filho, entre outros pontos, se ele considera que há conflito de interesses em ter indicado valores de emendas para obras executadas por empresa que a PF aponta como sendo dele mesmo, e por qual motivo ex-assessoras de seu gabinete foram sócias da Arco.

Em nota, os advogados não responderam pontualmente as respostas, mas afirmaram que são “absurdas as ilações de que Juscelino tenha tido qualquer proveito pessoal com sua atividade parlamentar”.

“Trata-se de mais um ataque na tentativa de criminalizar as emendas parlamentares, um instrumento legítimo e democrático do Congresso Nacional, enquanto não há absolutamente nada que desabone a atuação de Juscelino Filho no Ministério das Comunicações”, afirma a nota assinada pelos advogados Ticiano Figueiredo e Pedro Ivo Velloso.

Os advogados também dizem que as “supostas mensagens, assim como ilações sobre empresa da qual nunca foi sócio, já constavam do relatório da PF usado na tentativa de fundamentar uma busca e apreensão em relação a Juscelino Filho”. “E estas alegações já foram analisadas pelo STF, que inclusive rejeitou o pedido de cautelar feito pela PF.”

Ao negar a busca e apreensão contra Juscelino, o ministro Luís Roberto Barroso, então relator do caso, afirmou que havia risco de “impacto institucional da medida”, cujo dano poderia ser “irreversível”.

Com informações da Folha de S. Paulo

 

Polícia

Corrupção derruba primeiro-ministro socialista de Portugal

 

O primeiro-ministro de Portugal, António Costa, apresentou a renúncia após vir à tona o escândalo que investiga suspeitas de corrupção ligadas à exploração dos minérios de lítio e hidrogênio verde.

António Costa anunciou a decisão em comunicado televisivo após comunicar a renúncia formalmente ao presidente Marcelo Rebelo de Sousa, que convocou o Conselho de Estado para tratar da demissão.

Já no pronunciamento, Costa afirmou estar “totalmente disponível para cooperar” com a Justiça. O primeiro-ministro , que liderava um governo de maioria no Parlamento à frente do Partido Socialista, afirma que a consciência está tranquila, porém não se candidataria ao posto de primeiro-ministro novamente.

Além de Costa, o ministro João Galamba das Infraestruturas e o presidente da agência ambiental APA, Nuno Lacasta, foram apontados como suspeitos e devem responder nos tribunais. O Ministério Público permitiu busca e apreensão, nesta terça-feira (07), nas residências e no gabinete do primeiro- ministro e do gabinete do Ministério do Meio Ambiente e na casa do ministro João Galamba.

O Ministério Público confirmou por meio de nota que cinco pessoas foram detidas no âmbito da investigação. Uma delas seria Vitor Escária, chefe de gabinete do primeiro-ministro. O consultor empresarial Diogo Lacerda Machado, amigo de Costa, também teria sido preso.

Investigação

O Ministério Público de Portugal investiga um escândalo de corrupção e tráfico de exploração dos minérios de lítio no norte do país europeu é um projeto para a criação de uma central de hidrogênio no porto de Sines e o investimento  em um data center na região.

A suspeita é de que tenham sido cometidos crimes de prevaricação, corrupção ativa e passiva de políticos e tráfico de influência, afirmou o MP português em nota.

Durante as investigações, os agentes tomaram conhecimento de que os suspeitos usaram o nome e a autoridade de Costa para“desbloquear procedimentos” relacionados com os negócios. E acrescentaram que o Supremo Tribunal analisará o possível papel de Costa nos negócios.

Deu no DP

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“Não tem um corrupto preso hoje no Brasil”, declara Sergio Moro

 

Neste sábado (4), o senador Sergio Moro (União Brasil-PR) voltou a criticar o governo do presidente Lula (PT) e rebateu críticas à operação Lava Jato. Ele deu declarações durante o 8º Congresso do MBL, em São Paulo.

Moro destacou que “não podemos esquecer o que aconteceu nesse país”.

– A gente não pode esquecer o que aconteceu nesse país. Porque, hoje, se a gente for esquecer, nós estamos perdendo essa guerra – falou.

O senador acredita que há um esforço em “reescrever a história para dizer que ladrão não é ladrão e que a Petrobras não foi roubada”. Ele acrescentou que “resgatar a verdade é importante para a gente fazer oposição ao presidente [Lula] e construir o nosso futuro” e disse ainda que “não tem um corrupto preso no Brasil” hoje porque “ninguém está investigando”.

As informações são do site O Antagonista.

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Demitido por corrupção ganha gerência na Petrobras

 

Durou pouco o afastamento de Luís Fernando Nery da Petrobras, demitido em 2019 da petroleira em acordo para finalizar investigação sobre falcatruas em verbas de publicidade e eventos da empresa.

Desde 1 de outubro, Nery ocupa interinamente a Gerência Executiva de Comunicação, setor que tem sob administração uma verba de cerca de R$150 milhões para contratação de agências de publicidade, comunicação e patrocínios.

Luís Fernando foi indicado pelo ex-senador petista e atual presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, para o cargo executivo, mas o setor de compliance da empresa barrou a nomeação justamente pelo histórico de Nery.

Com a negativa da empresa, Prates garantiu uma boquinha de R$63 mil como assessor especial da presidência, ou seja, do próprio ex-senador. O posto não precisa de aprovação do comitê da petroleira.

Segundo o jornal, Prates insiste na nomeação de Nery por ele ser “nomeação pessoal de Lula”.

A sacada para manter Nery no cargo veio de uma brecha no estatuto da empresa, que prevê que substituto eventual pode permanecer no cargo por 180 dias.

Nery foi demitido da Petrobras em 2016, após o escândalo de compras de ingressos de camarotes no carnaval baiano para políticos e auxiliares de Dilma Rousseff, então presidente da República. O trio elétrico de um parente do chefe de gabinete do ex-presidente da petroleira também recebeu patrocínio da empresa.

As informações são do jornal O Globo.

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Argentina deixará de ser terra fértil para a corrupção, afirma Javier Milei

Argentina deixará de ser terra fértil para a corrupção, afirma Javier Milei 1

 

O candidato presidencial de orientação libertária, Javier Milei, encerrou de maneira enfática sua campanha para as eleições argentinas que ocorrerão no próximo domingo (22), com uma promessa de transformar a Argentina em uma nação onde políticos corruptos não mais prosperarão.

Em seu discurso, Milei reiterou seu compromisso com a pátria, sublinhando a necessidade premente de erradicar a influência de políticos envolvidos em corrupção e construir um país que ofereça oportunidades para todos aqueles que desejam progredir com base em seu próprio mérito.

O candidato com visão libertária manteve uma postura crítica em relação ao que descreveu como a “casta de políticos corruptos”, além de criticar empresários privilegiados e membros da mídia. Ele externou confiança em uma vitória no primeiro turno das eleições, no qual é necessário alcançar 45% dos votos ou 40% com uma vantagem de 10 pontos sobre o segundo colocado.

Nas primárias, Milei se destacou como o candidato mais votado de seu partido em agosto, e pesquisas recentes indicam sua liderança nas intenções de voto. Durante seu comício de encerramento, realizado na lotada Movistar Arena, com capacidade para 15 mil pessoas, o público demonstrou seu apoio com notas gigantes de dólar ostentando a imagem de Milei e máscaras com o rosto do candidato libertário.

Deu no Conexão Política

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OCDE cita Toffoli e critica falta de punição em casos de corrupção

Ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal. Foto: Rosinei Coutinho/ABr

 

A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou um relatório com críticas ao papel do Brasil na cooperação internacional no combate à corrupção. O documento, divulgado nesta quinta-feira (19), é referente ao cumprimento da Convenção contra o Suborno Transnacional.

Um dos pontos destacados pela OCDE cita decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal, Dias Toffoli, que anulou processos decorrentes de acordos de leniência da Odebrecht no âmbito da Lava Jato. O grupo de trabalho da organização vê o movimento com preocupação.

No caso da decisão de Toffoli, são citados pontos como segurança jurídica e risco a capacidade do Brasil de fornecer e obter cooperação jurídica mútua em casos de suborno internacional.

O documento ainda traz críticas sobre juízes e promotores envolvidos na Lava Jato, como falta de imparcialidade do Judiciário. Um dos trechos do documento fala em “preconceito político” em casos que envolviam autoridades.

“(…) promotores federais e um juiz federal agiram com preconceito político em casos envolvendo diversas figuras políticas nacionais. Concluindo que o juiz violou o seu dever de imparcialidade”, destaca trecho do documento.

Para a OCDE, de acordo com o documento, a escolha do próximo procurador-geral da República, que deve ser definido pelo presidente Lula, “será um importante marcador da futura direção do Brasil”.

Deu no Diário do Poder

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Delegada que deflagrou operação sobre CNH no RN: “Detran é muito propício à corrupção”

Polícia Civil detalhou operação que afastou servidores do Detran — Foto: Francielly Medeiros/Inter TV Cabugi

 

A delegada de Polícia Civil Karla Viviane, titular da Departamento de Combate à Corrupção e Lavagem de Dinheiro (Decor-RN), deu detalhes nesta sexta-feira (29), sobre a operação deflagrada nesta semana, contra esquema de venda de carteiras de habilitação (CNH). Segundo a delegada, o órgão sofre diante da presença diária de despachantes e há, praticamente, uma “corrupção naturalizada”.

“A problematica do Detran, além de ser um órgão naturalmente muito propício a corrupção porque arrecada muito, circula muito dinheiro ali, seria justamente tirar o máximo do atravessador, do despachante, e ter também servidores públicos do órgão concursados. Porque aqueles que estão ali e não prestaram concurso, não tem compromisso”, analisou a delegada.

Karla Viviane citou a situação de que, antes da operação, o Detran fez em suas redes sociais oficiais uma campanha sobre a CNH e constatou que diversas pessoas foram lá e, abertamente, falaram que compraram a carteira de habilitação, dando até os contatos.

“Essa corrupção é normalizada especialmente no ambito do Detran. O cidadão muitas vezes não vai para fazer o que tem que fazer, vai para dar o jeitinho”, acrescentou.

Deu no Portal da 96

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8 meses após a posse, Lula já tem ministro na mira da PF por suspeita de corrupção

 

Passados oito meses do terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, a Polícia Federal já tem sua mira voltada contra o alto escalão da atual gestão federal. Não se trata de investigações sobre supostos atos enquadrados como antidemocráticos, sobre eventuais fake news ou qualquer discurso apontado como odioso, mas de suspeitas de corrupção.

Assim como as quatro gestões presidenciais petistas foram marcadas por escândalos, com Lula e Dilma Rousseff à frente do Planalto do Planalto, a atual gestão já tem um nome em desdobramentos da PF.

Trata-se de Juscelino Filho (União Brasil), ministro das Comunicações, investigado por suspeita de participar de um esquema de desvio de recursos federais por meio de emendas parlamentares.

Há suspeitas de fraudes licitatórias, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro de verbas federais encaminhadas à Codevasf — Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba.

A PF, segundo a Folha de S.Paulo, chegou a pedir para entrar no apartamento funcional do ministro e apreender equipamentos. Barroso, no entanto, negou.

No âmbito das investigações, os agentes dizem ter rastreado o desvio de emendas parlamentares para a pavimentação de asfalto em Vitorino Freire. A empresa responsável era a Construservice, contratada pela Codevasf quando Juscelino Filho era deputado federal.

A PF afirma que, se confirmadas as suspeitas, os alvos poderão responder por fraude em licitação, lavagem de capitais, organização criminosa, peculato, corrupção ativa e corrupção passiva.

Em nota, Juscelino negou estar envolvido em irregularidades e se disse aberto a esclarecimentos. Também em comunicado, a empreiteira investigada afirmou que vai colaborar com as autoridades.

Deu no Conexão Política