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Corte Interamericana condena Brasil 13 vezes por violar direitos humanos

 

Na contramão de ONGs, algumas a serviço de facções criminosas, que ganham holofotes defendendo direitos dos réus, a Corte Interamericana de Direitos Humanos, da Organização dos Estados Americanos (OEA), divulgou esta semana as 12ª e 13ª condenações do Brasil por violar o direito das vítimas.

O professor Douglas Fischer, autor de As Obrigações Processuais Penais Positivas, cuja 4ª edição analisa as primeiras onze sentenças, já prepara a 5ª edição, atualizada com as treze condenações.

A 12ª condenação do Brasil, por omissão e impunidade, diz respeito ao assassinato do trabalhador rural Antonio Tavares, no Paraná.

O conflito da PM paulista com suspeitos do “PCC”, resultando na morte de Honorato Soares, motivou a 13ª condenação do Brasil na Corte.

A demora ou desinteresse do Estado brasileiro em punir os crimes são apontados como prática recorrente de violação do direito das vítimas.

Recentemente, bandidos executaram policiais de São Paulo, provocando forte reação da PM e, claro, queixas de ONGs e dos políticos de sempre.

Deu no Diário do Poder

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TRF2 anula três condenações de Cabral e reduz penas em 40 anos

 

O Tribunal Regional Federal da 2.ª Região (TRF2), no Rio de Janeiro, anulou nesta quarta-feira (6), três condenações do ex-governador Sérgio Cabral na Operação Lava Jato. As penas somavam 40 anos e 6 meses. Com a decisão, as sentenças do ex-governador caem para um total de 335 anos, 8 meses e 29 dias. Ele está em liberdade.

Os advogados Patrícia Proetti e João Pedro Proetti, que defendem Cabral, afirmam que a decisão reconhece “atrocidades processuais”.

– Permanecemos batalhando para que estes danos irreparáveis da famigerada Operação Lava Jato sejam, ao menos, minimizados – informaram.

As sentenças anuladas eram referentes às ações penais das fases Unfairplay, Ratatouille e C’est Fini, desdobramentos de investigações conduzidas pela força-tarefa de procuradores do Rio.

No caso dos processos da Unfairplay e Ratatouille, os desembargadores concluíram que o juiz Marcelo Bretas, da 7.ª Vara Federal Criminal do Rio, não tinha preferência para julgar os casos.

Todas as decisões tomadas por Bretas, do recebimento da denúncia à condenação, foram anuladas. Os processos serão redistribuídos na Justiça Federal e deverão recomeçar do zero.

Marcelo Bretas está afastado das funções pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) até a conclusão de três processos administrativos sobre sua conduta na Lava Jato, o que não tem prazo para ocorrer.

Já em relação à Operação C’est Fini, o TRF2 entendeu que a Justiça Federal não tinha competência para julgamento. A ação será encaminhada à Justiça Estadual e também deverá ser retomada do início.

Veja o que dizem as denúncias das ações anuladas pelo TRF2:

– Unfairplay: compra de votos para a escolha do Rio como sede dos Jogos Olímpicos de 2016;
– Ratatouille: propina em troca de contratos de merenda escolar e de comida para presídios do Rio;
– C’est Fini: propina em troca de contratos de obras públicas. O caso ficou conhecido porque atingiu protagonistas da “farra dos guardanapos”.

Deu no Estadão

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Mulher que jogou filha recém-nascida de prédio é condenada a 2 anos em regime aberto em Mossoró

 

Uma mulher de 27 anos que matou a própria filha recém-nascida jogando o bebê de um apartamento, em fevereiro de 2019, foi condenada cinco anos após o crime.

O júri aconteceu durante manhã de segunda-feira (26) no Fórum Desembargador Silveira Martins. A mulher foi condenada a uma pena de dois anos em regime aberto pelo crime de infanticídio, que é o assassinato do filho durante o parto ou logo após, sob a influência do puerpério – período de até 60 dias após o parto.

Na época do crime, a mulher condenada tinha 22 anos. Ela foi presa em Mossoró por matar a própria filha logo após dar a luz. O bebê foi encontrado na área comum do condomínio onde ela morava já morto.

“A acusada arremessou o nascituro de cima do seu apartamento. Ela teve o parto e em seguida jogou. No meio do processo, constatou-se que ela, em razão do estado puerperal, em razão das complicações do parto, não estava plenamente capaz de entender esse fato. Submetido a julgamento, o conselho de sentença reconheceu o infanticídio e condenou a acusada a uma pena mínima em face do estado mental que ela apresentava no momento do crime”, afirmou o promotor Armando Ribeiro.

“A agente sai satisfeito com o resultado do julgamento. Na verdade essa tese que foi acatada pelo júri é a que a gente trabalha desde o início do processo. Os laudos médicos atestaram que a acusada agiu sob influência do estado puerperal, em uma espécie de depressão pós-parto”, afirmou o advogado Otoniel Maia, que representava a mulher.

Tanto a promotoria quanto o advogado da ré concordaram com a sentença e informaram que não irão recorrer. A única divergência entre acusação e defesa, durante o julgamento, era a possibilidade de um perdão à acusada.

Deu no Portal da 96

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Defesa de Daniel Alves vai recorrer de condenação

 

Após o anúncio da condenação do jogador de futebol Daniel Alves a quatro anos e meio de prisão por agressão sexual contra uma mulher espanhola, em dezembro de 2022, a defesa do atleta afirmou que vai recorrer da decisão.

De acordo com a advogada do jogador, a defesa segue acreditando na inocência do acusado. “Vamos recorrer. Continuo acreditando na inocência do senhor Alves”, expressou Inés Guardiola.

Ex-atleta do Barcelona e do São Paulo, Alves tomou conhecimento da sentença pouco mais de duas semanas após o julgamento. A decisão é do Tribunal Superior de Justiça da Catalunha e foi despachada pela juíza Isabel Delgado.

Fonte: Metrópoles

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Daniel Alves é condenado a 4 anos e 6 meses por estupro na Espanha

 

O lateral-direito brasileiro Daniel Alves foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão por estupro na Espanha. A sentença foi comunicada na manhã desta quinta-feira (22), em Barcelona, na Espanha.

O jogador terá ainda que pagar 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) para a vítima. Daniel Alves já passou um ano na prisão, tempo que será descontado da condenação.

O julgamento

O julgamento do lateral-direito Daniel Alves, acusado de agredir sexualmente uma mulher em uma boate de Barcelona em dezembro de 2022, chegou ao fim no dia 7 de fevereiro e durou três dias. Foram ouvidas testemunhas, a vítima, peritos e o acusado.

Em depoimento, o jogador chorou, alegou uso excessivo de bebida alcóolica e negou que tenha praticado estupro. Na época, a vítima tinha 23 anos. Ela acusa o jogador de agressão sexual.

Como fica a situação de Daniel Alves?

Daniel Alves ainda pode apelar a outro tribunal. A esta sentença cabe recurso ao Superior Tribunal de Justiça de Catalunha, e teria a última apelação ao Tribunal Supremo, em Madri.

O jogador deve cumprir a pena na Espanha, pelo crime ter acontecido e sido julgado em território espanhol. Caso o brasileiro queira cumprir a sentença em seu país, deveria fazer uma petição à Justiça.

Leia trechos do depoimento de Daniel Alves à Justiça

Primeiro vieram duas garotas e elas ficaram lá dançando por um tempo. Elas não se sentiram nem um pouco desconfortáveis. Elas chegaram e começaram a nos cumprimentar. Começou uma conversa, estávamos nos movimentando, conversando umas com as outras. Eu sou uma pessoa muito próxima, mas com respeito. Estávamos dançando, interagindo”.

“Ela colocou a mão para trás e começou a tocar minhas partes. Ela disse que sim para ir ao banheiro, eu não precisei insistir. Eu disse a ela que iria ao banheiro primeiro e esperei um pouco, achando que ela não viria, que não queria ir. E quando abri a porta, praticamente esbarrei nela.”

“Ela se ajoelhou na minha frente e começou a me fazer sexo oral. Abaixei a calça e sentei no vaso sanitário”

“Recebi a notícia de que estava sendo acusado de estupro pela imprensa. O mundo desabou sobre mim. Eu estava praticamente arruinado porque minha conta no Brasil havia sido bloqueada e todos os meus contratos haviam sido quebrados”.

Fonte: CNN

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Xuxa é condenada a pagar R$ 65 milhões por plágio

 

A Justiça do Rio de Janeiro condenou a Xuxa Promoções e Produções, empresa de Xuxa Meneghel, a pagar mais de R$ 65 milhões por apropriação indevida de personagens criados por um empresário mineiro.

O autor da ação, o publicitário Leonardo Soltz, afirma que os personagens de “A Turma do Cabralzinho”, criados por ele para festejar os 500 anos do descobrimento do Brasil, foram copiados em um projeto da empresa de Xuxa, que teria obtido lucros e licenças com a história.

Segundo o processo, Leonardo Soltz teve encontros com a equipe da Xuxa em 1998 e 1999 para tratar sobre os personagens. Mas em vez de acertarem um negócio, a empresa de Xuxa teria se apropriado dos personagens que ele criou para lançar a “Turma da Xuxinha Descobrindo o Brasil”.

O lançamento da apresentadora foi um sucesso e a “Turma da Xuxinha” fechou licenciamento para uma linha de cosméticos infantis. O produto também virou revistas em quadrinhos e bichos de pelúcia.

O processo tramita desde 2004. 

O cálculo de R$ 65 milhões considerou a tiragem da revista e reprodução de imagens dos personagens em outros produtos, além de considerar outras publicações, que foram usadas como referência.

O perito responsável pela fixação do valor afirma que o tempo do litígio, 19 anos, aumentou o valor devido.

A defesa da Xuxa Promoções e Produções tentou apontar suspeição do perito, no que foi rechaçada pela juíza Flávia Viveiros de Castro, da 6ª Vara Cível, na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio.

No processo, a juíza diz: “A parte ré utiliza-se de manobras pouco éticas, levantando suspeição do perito, que é profissional idôneo, trabalhando para este Juízo e outros deste E. Tribunal, sem nunca ter tido sua reputação profissional questionada”.

A decisão ainda cabe recurso, mas se Xuxa não apelar na Justiça pode ter os bens penhorados.

Com informações de Terra 

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Homem sobrevive a injeção letal e vai enfrentar execução inédita nos EUA

Reprodução

 

Está marcada para a próxima quinta-feira (25) no estado do Alabama, nos Estados Unidos, a execução de um condenado à morte por meio de asfixia por gás nitrogênio. É a primeira vez que esse método será usado nos EUA.

A data está em uma sentença de 10 de janeiro na qual o juiz R. Austin Huffaker Jr, do Alabama, nega recurso da defesa de Kenneth Smith, de 58 anos, para não levar adiante a execução.

Smith matou uma mulher em março de 1998. O assassinato foi encomendado pelo marido dela, um pastor, segundo a acusação. O marido se suicidou.

Em 17 de novembro de 2022, Smith sobreviveu a uma tentativa de execução por injeção letal. Ele ficou amarrado em uma maca por mais de uma hora enquanto policiais tentavam, sem sucesso, encontrar uma veia boa o suficiente para receber o veneno. À Justiça, a defesa diz que Smith sentiu dor física e psicológica e desenvolveu transtorno de estresse pós-traumático.

A defesa diz ainda que o condenado à morte está sendo submetido como “cobaia” a um método novo e experimental.

“Depois da primeira tentativa torturante de executar Kenny Smith por injeção letal falhar, o Alabama agora planeja tentar de novo”, escreveu Bryan Stevenson, diretor-executivo da ONG Equal Justice Initiative.

A Anistia Internacional também instou o estado do Alabama a não executar Smith. Um dos argumentos é que ele chegou a ser absolvido em um júri popular por 11 votos a 1, mas a sentença foi anulada posteriormente pela Justiça.

Entenda o que pode acontecer a partir dos tópicos abaixo:

  • O que é hipóxia por nitrogênio?
  • Ineditismo
  • Como funciona a execução?
  • O que o estado do Alabama pretende fazer?
  • Quais são as críticas?
  • A execução pode ser adiada?

O que é hipóxia por nitrogênio?

A execução por hipóxia por nitrogênio causaria a morte ao forçar o detento a respirar nitrogênio puro, privando-o do oxigênio necessário para manter as funções corporais.

Ineditismo

Nenhum estado usou a hipóxia por nitrogênio para cumprir uma sentença de morte. Em 2018, Alabama se tornou o terceiro estado — junto com Oklahoma e Mississippi — a autorizar o uso de gás nitrogênio para executar prisioneiros.

Alguns estados estão buscando novas formas de executar detentos porque as drogas usadas em injeções letais, o método mais comum de execução nos Estados Unidos, estão cada vez mais difíceis de encontrar.

Como funciona a execução?

O nitrogênio, um gás incolor e inodoro, constitui 78% do ar inalado pelos humanos e é inofensivo quando respirado com os níveis adequados de oxigênio.

A teoria por trás da hipóxia por nitrogênio é que a alteração da composição do ar para 100% de nitrogênio fará com que Smith perca a consciência e, em seguida, morra por falta de oxigênio.

Muito do que está registrado em revistas médicas sobre a morte por exposição ao nitrogênio vem de acidentes industriais —onde vazamentos ou confusões com nitrogênio mataram trabalhadores— e tentativas de suicídio.

O que o estado do Alabama pretende fazer?

Após Smith ser preso à maca na câmara de execução, o estado afirmou em uma petição judicial que colocará um “respirador de ar tipo-C”, um tipo de máscara normalmente usada em ambientes industriais para fornecer oxigênio vital, sobre o rosto de Smith.

O diretor da prisão então lerá o mandado de morte e perguntará a Smith se ele tem alguma última palavra antes de ativar “o sistema de asfixia por nitrogênio” de outra sala. O gás nitrogênio será administrado por pelo menos 15 minutos ou cinco minutos após a ausência de sinais vitais no eletrocardiograma, “o que for durar mais”, de acordo com o protocolo estadual.

O escritório do procurador-geral de Alabama disse à Justiça que o gás nitrogênio “causará inconsciência em questão de segundos e causará a morte em questão de minutos”.

Quais são as críticas?

Os advogados de Smith afirmam que o estado está tentando torná-lo “cobaia” para um novo método de execução.

Eles argumentaram que a máscara que o estado planeja usar não é totalmente fechada e a entrada de oxigênio poderia sujeitá-lo a uma execução prolongada, possivelmente deixando-o em estado vegetativo em vez de matá-lo. Um médico que testemunhou em favor de Smith disse que o ambiente de baixo oxigênio poderia causar náuseas, levando Smith a sufocar com seu próprio vômito.

Peritos nomeados pelo Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas alertaram no início deste mês que, para eles, o método de execução por asfixia com uso de nitrogênio violaria a proibição de tortura e de outras penas cruéis, desumanas ou degradantes.

A Associação Médica Veterinária Americana escreveu em diretrizes de eutanásia em 2020 que a hipóxia por nitrogênio pode ser um método aceitável de eutanásia sob certas condições para porcos, mas não para outros mamíferos, pois cria um “ambiente que é angustiante para algumas espécies”.

A execução pode ser adiada?

A questão de se a execução poderá ser adiada poderá ser levada à Suprema Corte dos EUA.

O 11º Tribunal de Apelações dos EUA ouviu argumentos na sexta-feira (19) no pedido de Smith para impedir a execução. Após a decisão do tribunal, qualquer lado poderia apelar à Suprema Corte.

Deu no G1

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Thiago Brennand é condenado pela 3ª vez por estupro e penas já passam de 20 anos

Empresário foi condenado a mais 8 anos de prisão - Foto: Reprodução

 

A Justiça de São Paulo condenou, nesta quarta-feira (17), o empresário Thiago Brennand, de 42 anos, a 8 anos de prisão, em regime fechado, por estuprar uma mulher.

Essa é a terceira vez que Brennand é considerado culpado pelo Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) – foram duas sentenças por estupro e outra por agredir uma mulher na academia. Acumuladas, as penas já somam mais de 20 anos de cadeia.

A condenação mais recente foi proferida pela juíza Raisa Alcântara Cruvinel Schneider, da 2ª Vara de Porto Feliz, no interior paulista. Na decisão, a magistrada também determinou que o empresário pague R$ 50 mil de indenização.

Ainda cabe recurso da sentença. O Metrópoles procurou a defesa de Brennand, que se declara inocente em todas as acusações, e aguarda resposta.

Ao todo, o empresário é alvo de nove processos criminais, dos quais três já tiveram sentença e dois foram encerrados após acordo. Ele foi denunciado por crimes sexuais, lesão corporal, cárcere privado e corrupção de menor.

Outras condenações

A primeira condenação de Brennand aconteceu em outubro de 2023. Ele foi considerado culpado por estuprar uma norte-americana, em julho de 2021, e pegou 10 anos e seis meses de cadeia.

A vítima diz ter sido forçada pelo empresário a praticar sexo anal na casa dele, em Porto Feliz, onde ele tem uma mansão. Também afirma que, durante o relacionamento, foi xingada e ameaçada.

Ainda naquele mês, Brennand pegou mais um ano e oito meses de prisão, em regime semiaberto, por agredir a modelo Helena Gomes em uma academia de luxo, no Shopping Iguatemi, na zona oeste da capital paulista.

Imagens das câmeras internas mostram o empresário batendo no tórax da mulher, puxando seus cabelos e cuspindo em seu rosto. A agressão ocorreu em agosto de 2022 e foi responsável por trazer à tona uma série de denúncias contra o empresário.

Fonte: Metrópoles

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Envolvidos em assalto a ônibus no RN são condenados a 45 anos de prisão

 

A Câmara Criminal do TJRN manteve, em parte, o que foi decidido pela sentença da Unidade Judiciária de Delitos de Organização Criminosa, que, condenou cinco pessoas, pelos delitos de latrocínio, roubo majorado e participação em organização criminosa, em penas de mais de quatro anos de reclusão, e para os demais de 45 anos, 15 dias de reclusão e mais 690 dias-multa, a serem cumpridas inicialmente no regime fechado. As informações foram divulgadas pelo TJRN nesta sexta-feira (12).

O órgão julgador atendeu ao argumento de menoridade relativa e reduziu a dosimetria para dois acusados, que ficou em pouco mais de 37 anos de reclusão.

Os atos em julgamento envolveram o roubo realizado em um transporte escolar, com a subtração de bens de 20 estudantes, e também resultaram na morte de um policial, no interior do Estado. Os envolvidos teriam envolvimento com uma facção criminosa, com alguns deles como parte do que foi definido como “Linha de Frente” da organização.

Segundo os autos, após a divulgação do roubo que resultou na morte do policial, foram realizadas diligências nas rodovias que ligam os municípios de Caraúbas e Campo Grande, na tentativa de localizar os autores do delito e, durante as fiscalizações, os policiais abordaram o veículo utilizado por três envolvidos, os quais, após inqueridos, foi percebido que estavam em fuga.

Ainda conforme os autos, os policiais pediram autorização para que os ocupantes dos veículos entregassem os celulares desbloqueados, tendo eles consentido com o acesso aos aparelhos. Na oportunidade, os policiais descobriram que uma pessoa aguardava-os na cidade de Assú, local onde seria dada continuidade à fuga do distrito da culpa.

“Como se vê, conquanto não tenha havido a prévia autorização judicial para a visualização dos dados extraídos no celular apreendido no flagrante, verifica-se que, neste caso, o próprio réu autorizou o acesso do aparelho aos policiais, de modo a não configurar a violação às garantias constitucionais à inviolabilidade da intimidade e da vida privada prevista no art. 5º, X, da Constituição Federal”, explica a relatoria do recurso.

Segundo a decisão, foi comprovada por meio das extrações de dados do aparelho celular de uma envolvida, sua participação nos roubos que culminaram na morte do policial, bem como na organização criminosa.

Neste sentido, conforme o julgamento, se apurou, durante as investigações, que uma apelante possuía um relacionamento afetivo com um dos acusados, já falecido, e que também era integrante da organização, com o qual planejava assalto ao ônibus escolar, cabendo a esta informar o melhor momento para que o grupo abordasse e realizasse o roubo.

“Por fim, vale acrescentar que, além de informante, incumbiu-se ainda a apelante o papel de revender os objetos subtraídos dos estudantes e repassar o valor arrecadado aos demais integrantes da organização criminosa, conforme transcrições das mensagens extraídas do celular dela”, reforça o relator.

Deu na Tribuna do Norte

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Blogueira é condenada a 30 anos de prisão por encomendar ataque para deixar ex em coma; vítima morreu

Isabela apresentava cosméticos nas redes sociais — Foto: Redes Sociais / Reprodução

 

A Justiça mineira condenou a blogueira Isabela Gomes Pereira, conhecida como Isa Gomes, a 30 anos de prisão, por ter encomendado um ataque que, nas palavras dela, deixasse seu ex-namorado, Leandro Rezende Morais, em coma. O homem acabou morto. Três homens foram condenados a 22 anos e meio de prisão por participação no crime.

O crime ocorreu em 28 de junho de 2022, em Contagem, na Grande BH. De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi morta por asfixia, após ter a casa invadida por Henrique Francisco Ramos Flores, Sinval Júnio Alves Faria e Vitor Ferreira Gabriel. A influenciadora estava inconformada com o fim do relacionamento e planejou o crime por vingança, com a ajuda dos suspeitos. Todos eles foram indiciados.

Em audiência na última quinta-feira (4), o juiz Marco Paulo Calazans Guimarães, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Contagem, julgou procedente a denúncia do Ministério Público que pedia a condenação dos quatro investigados pelo crime de roubo majorado. Esta é considerada criminalmente a forma mais agravada de um roubo simples, válida para os casos que envolvem agressão e outros tipos de violência contra a vítima. Neste caso, o roubo culminou com a morte da vítima.

Durante o julgamento, a influenciadora digital negou que tenha sido responsável pelo assassinato de Leandro, mas confessou que prometeu R$ 5 mil aos suspeitos para que dessem um “susto” nele. Ela alegou que o ex-companheiro a agrediu e extorquiu durante o relacionamento que eles tiveram.

Para deferir a pena para cada um dos envolvidos, a Justiça considerou, também, que a vítima tinha um filho de apenas cinco anos de idade. Também foi negado o direito dos réus responderem em liberdade.

Confira as penas:

  • Isa Gomes, como mandante, foi sentenciada a 30 anos de reclusão. A Justiça considerou que o crime foi cometido por motivo torpe, e que a condenada demonstra “uma maior periculosidade”, já que ela planejou o crime e envolveu outras três pessoas, impossibilitando a defesa da vítima.
  • Henrique Francisco Ramos Flores, foi sentenciado a 22 anos e meio. A Justiça entendeu que o réu não tem antecedentes criminais e não havia nenhuma motivação. No entanto, a “maior periculosidade” também foi levada em consideração, já que o crime foi cometido com outras três pessoas, impossibilitando a defesa da vítima.
  • Sinval Júnio Alves Faria, sentenciado a 22 anos e meio. A Justiça entendeu que o réu não tem antecedentes criminais e não havia nenhuma motivação. No entanto, a “maior periculosidade” também foi levada em consideração, já que o crime foi cometido com outras três pessoas, impossibilitando a defesa da vítima.
  • Vitor Ferreira Gabriel, sentenciado a 22 anos e meio. A Justiça entendeu que o réu não tem antecedentes criminais e não havia nenhuma motivação. No entanto, a “maior periculosidade” também foi levada em consideração, já que o crime foi cometido com outras três pessoas, impossibilitando a defesa da vítima.

Deu no g1