Blogueira é condenada a 30 anos de prisão por encomendar ataque para deixar ex em coma; vítima morreu

Isabela apresentava cosméticos nas redes sociais — Foto: Redes Sociais / Reprodução

 

A Justiça mineira condenou a blogueira Isabela Gomes Pereira, conhecida como Isa Gomes, a 30 anos de prisão, por ter encomendado um ataque que, nas palavras dela, deixasse seu ex-namorado, Leandro Rezende Morais, em coma. O homem acabou morto. Três homens foram condenados a 22 anos e meio de prisão por participação no crime.

O crime ocorreu em 28 de junho de 2022, em Contagem, na Grande BH. De acordo com a Polícia Civil, a vítima foi morta por asfixia, após ter a casa invadida por Henrique Francisco Ramos Flores, Sinval Júnio Alves Faria e Vitor Ferreira Gabriel. A influenciadora estava inconformada com o fim do relacionamento e planejou o crime por vingança, com a ajuda dos suspeitos. Todos eles foram indiciados.

Em audiência na última quinta-feira (4), o juiz Marco Paulo Calazans Guimarães, da 2ª Vara Criminal da Comarca de Contagem, julgou procedente a denúncia do Ministério Público que pedia a condenação dos quatro investigados pelo crime de roubo majorado. Esta é considerada criminalmente a forma mais agravada de um roubo simples, válida para os casos que envolvem agressão e outros tipos de violência contra a vítima. Neste caso, o roubo culminou com a morte da vítima.

Durante o julgamento, a influenciadora digital negou que tenha sido responsável pelo assassinato de Leandro, mas confessou que prometeu R$ 5 mil aos suspeitos para que dessem um “susto” nele. Ela alegou que o ex-companheiro a agrediu e extorquiu durante o relacionamento que eles tiveram.

Para deferir a pena para cada um dos envolvidos, a Justiça considerou, também, que a vítima tinha um filho de apenas cinco anos de idade. Também foi negado o direito dos réus responderem em liberdade.

Confira as penas:

  • Isa Gomes, como mandante, foi sentenciada a 30 anos de reclusão. A Justiça considerou que o crime foi cometido por motivo torpe, e que a condenada demonstra “uma maior periculosidade”, já que ela planejou o crime e envolveu outras três pessoas, impossibilitando a defesa da vítima.
  • Henrique Francisco Ramos Flores, foi sentenciado a 22 anos e meio. A Justiça entendeu que o réu não tem antecedentes criminais e não havia nenhuma motivação. No entanto, a “maior periculosidade” também foi levada em consideração, já que o crime foi cometido com outras três pessoas, impossibilitando a defesa da vítima.
  • Sinval Júnio Alves Faria, sentenciado a 22 anos e meio. A Justiça entendeu que o réu não tem antecedentes criminais e não havia nenhuma motivação. No entanto, a “maior periculosidade” também foi levada em consideração, já que o crime foi cometido com outras três pessoas, impossibilitando a defesa da vítima.
  • Vitor Ferreira Gabriel, sentenciado a 22 anos e meio. A Justiça entendeu que o réu não tem antecedentes criminais e não havia nenhuma motivação. No entanto, a “maior periculosidade” também foi levada em consideração, já que o crime foi cometido com outras três pessoas, impossibilitando a defesa da vítima.

Deu no g1

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