OPINIÃO

A verdade sobre a PEC dos precatórios

Por Ney Lopes de Souza

Muita gente pergunta as razões de tantas resistências à aprovação da chamada PEC dos precatórios, que será uma das fontes de financiamento do programa social, viabilizando o Auxílio Brasil, a forma do governo reduzir as desigualdades sociais neste momento de pandemia.

Finalmente, ontem, 3, à noite, por uma margem de apenas 4 votos, o governo conseguiu aprovar essa PEC na Câmara Federal, em primeira votação e abrir espaço de R$ 91,6 bilhões no Orçamento de 2022 para o pagamento do Auxílio Brasil.

Precatórios são dívidas da União com pessoas físicas, jurídicas, estados e municípios reconhecidos em decisões judiciais transitadas em julgado, ou seja, definitivas, e que devem ser pagas pelo governo, com previsão anual no Orçamento.

Em 2022, de acordo com o Poder Judiciário, haverá um aumento de 143% no comparativo com os valores pagos em 2018.

Pela PEC, os precatórios de valor superior a R$ 66 milhões (1.000 vezes o pagamento considerado como de pequeno valor, para efeitos judiciais) poderão ser pagos em dez parcelas, sendo 15% à vista e o restante em parcelas anuais.

O critério será pelo parcelamento apenas dos precatórios de maior valor.

Todos os precatórios de pequeno valor, abaixo de R$ 66 mil, ficam de fora da regra do parcelamento.

Apenas 47 precatórios de valor superior a R$ 66 milhões seriam alcançados pelo parcelamento, gerando espaço fiscal em 2022.

Se a PEC for aprovada, o Ministério da Economia estima uma economia total de R$ 33,5 bilhões em 2022.

Outra mudança é a abertura da possibilidade de um chamado “encontro de contas” com os estados e municípios.

O texto permite que os contratos, acordos, ajustes, convênios, parcelamentos ou renegociações de débitos firmados pela União com os estados e municípios contenham cláusulas para autorizar o abatimento nos precatórios dos valores devidos pela União.

A dificuldade para aprovar a PEC está justamente nesse “parcelamento” de R$ 66 milhões de reais, cuja origem são precatórios de grandes empresas, ou vendidos a bancos e instituições financeiras, que cobram o deságio médio de 40% na aquisição.

Verdadeiro absurdo.

Justiça se faça: o governo fez proposta correta, ao parcelar apenas os precatórios de maior valor, excluindo os pequenos.

Mas, aí entraram os “lobbies”, que pressionam o Congresso e a opinião pública, inclusive com desinformação.

Observe-se, que quando a defesa é de interesses econômicos chama-se “lobbie legítimo”.

Quando, por exemplo, defende categorias como os funcionários públicos, chama-se “corporativismo nocivo”.

No caso dos precatórios, a dúvida sobre a aprovação final ainda permanece.

A aprovação de ontem foi por apenas 4 votos.

Ainda faltam o segundo turno na Câmara e o Senado.

Se a PEC for rejeitada, a multidão de miseráveis no país ficará legalmente impossibilitada de receber o Auxilio Brasil, por “furar o teto constitucional”.

Enquanto isso, as grandes corporações, nacionais e internacionais, credoras de precatórios e os bancos que adquiriram por preço aviltado de terceiros, terão garantido os seus créditos, em nome dos interesses do “mercado” e do princípio de “não furar o teto”, mesmo diante dos estômagos vazios.

Só resta esperar o que farão deputados e senadores e saber se eles representam apenas os interesses econômicos, ou têm sensibilidade social.

2022 está chegando.

Recomenda-se acompanhar as posições dos parlamentares para não continuar apenas chorando o “leite derramado”!

 

Dr Ney Lopes de Souza é advogado, professor titular da UFRN e ex-deputado federal

OPINIÃO

Com que Roupa ?

Por Renato Cunha Lima

O “Halloween” é uma festa estadunidense que não faz parte de nossa cultura, mas o mercado tenta e vai conseguindo, a cada ano, emplacar a festa que antes só víamos nos cursinhos de inglês.

Acho válido, afinal a bruxa anda solta de verdade, não vivemos dias normais ou o normal é isso que não estou conseguindo me adaptar e aturar.

Sou de um tempo onde escolher uma fantasia para o carnaval, por exemplo, era muito divertido, cabia de tudo, fantasia de pirata, astronauta, rei, princesa, vaqueiro, índio, médico e policial, qualquer coisa. Até sair com máscara caricata de um político era engraçado.

Hoje não, qualquer fantasia pode ser um ato de ofensa e até mesmo uma injúria, como foi o caso do Conselho Regional de Enfermagem de São Paulo (Coren/SP), que repudiou a atriz Bruna Marquezine por uso de uma fantasia de enfermeira numa festa.

O Coren destacou em nota que “fantasias de enfermeira desvalorizam o profissionalismo da enfermagem e que a enfermagem é uma profissão e não uma fantasia…”

Só fico imaginando como seria a vida do pessoal do grupo norte-americano Village People hoje em dia, provavelmente nem existiria. O enorme sucesso que fizeram nas discotecas na década 70 fantasiados de bombeiro, índio, policial e encanador seria inimaginável com esse “mimimi” de agora.

Quem nunca se fantasiou de índio na vida, na infância? Não pode mais, é um crime!! Para a gestapo, do politicamente correto, se fantasiar de índio é uma ofensa, um desrespeito estereotipar as etnias massacradas em nossa história.

Colocar uma peruca afrodescendente estilo “black power” ou se fantasiar de “nega maluca” pode findar em processo por racismo, não duvidem! Muito complicado mesmo, escolher uma fantasia que seja reconhecida como “adequada”.

Bem, fui convidado para uma festa de “Halloween” e terei que escolher uma fantasia, antes penso em consultar um advogado para saber quais as opções disponíveis sem que eu corra o risco de ser processado.

Como a festa é de Halloween, vou logo procurar saber se há algum sindicato dos vampiros e dos lobisomens, que não me surpreenderia. Na dúvida não vou arriscar nada relativo à área médica por conta da pandemia.

Sim, bem que poderia ir fantasiado de Super Homem, mas como sou hétero, logo seria acusado de homofóbico por conta da polêmica com o jogador de vôlei Maurício Souza.

Quer saber mesmo, minha fantasia era esquecer que sou desse mundo, um mundo absolutamente chato e insuportável, onde somos vigiados com requintes de crueldade pela tirania do politicamente correto.

Com o incremento da inteligência artificial, todos nós somos bisbilhotados 24 horas pelas “Big Techs” e demais empresas de tecnologia sem nosso conhecimento e consentimento muitas vezes.

Acho que é isso, antes que eu vire mais um zumbi a perambular pelas ruas da insanidade humana, eu vou me fantasiar de alienígena e assim me divertir ao som do samba de Noel Rosa, sem risco de processo e lacração:

“Agora vou mudar minha conduta

Eu vou pra luta pois eu quero me aprumar

Vou tratar você com a força bruta

Pra poder me reabilitar

Pois esta vida não está sopa

E eu pergunto: com que roupa?

Com que roupa que eu vou

Pro samba que você me convidou?

Com que roupa que eu vou

Pro samba que você me convidou?” Noel Rosa.

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

Corporativismo Criminoso

Por Cleano Barreto

Na última quarta-feira, 26, o TJMS formalizou a aposentadoria compulsória da desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges, por ter usado sua influência e beneficiado seu filho, preso por tráfico de drogas.
Não foi a primeira prisão do ‘rebento’ da Ex-Desembargadora Tânia, por envolvimento com o tráfico de drogas, nem a primeira intervenção ilegal dela para livra-lo do rigor da LEI.
A LEI prevê que o servidor público que praticar crime no exercício da função e/ou contra a fonte pública que o remunera, será sumariamente demitido, perdendo inclusive o direito à aposentadoria especial pela previdência do órgão.
Porque no judiciário é diferente????? Porque um Juiz, Desembargador ou Ministro dos Tribunais Superiores que pratica crime no exercício da função, não é demitido???? É agraciado com aposentadoria sumária, recebendo proventos vitalícios integrais!!!!!
Esse corporativismo criminoso não é novidade aqui no RN. Há alguns anos, 03 Desembargadores foram flagrados cometendo crime dentro do TJRN, roubando o dinheiro do pagamento dos Precatórios Estaduais. O mentor do ‘Escândalo dos Precatórios’, como ficou nacionalmente conhecido, era o próprio Presidente do TJRN.
Os ‘sortudos’ foram aposentados, até hoje recebem seus proventos integralmente e rigorosamente em dia!

Até quando esse privilégio imoral vai prevalecer no judiciário brasileiro, beneficiando CRIMINOSOS TOGADOS ?

 

Cleano Barreto é administrador de empresas e empresário

OPINIÃO

Bolsonaristas aplaudem o TSE

 

Por Ney Lopes de Souza

Recentemente, por unanimidade, TSE decidiu contra o pedido de cassação da chapa Bolsonaro-Mourão.

Todos os sete ministros votaram pelo arquivamento da ação, que acusa a chapa de abuso de poder econômico e uso dos meios de comunicação para disparos em massa.

O fundamento da decisão foi a aplicação das normas de direito vigentes no Brasil.

Por mais que se apontassem indícios, aparências, suposições de uso ilegal das redes sociais, inexistiam provas materiais no processo.

A justiça humana age assim, mesmo existindo erros e equívocos.

Porém, é a única forma civilizada de resolver conflitos numa democracia. Nas ditaturas, “o déspota” e “meia dúzia” de aduladores ordenam, sem defesa, quem é inocente, ou culpado.

A absolvição agradou o grupo dos chamados apoiadores “fanáticos”, “ensandecidos”, radicais do bolsonarismo.

Eles acharam que a justiça foi feita, o que contrasta com o que  pregam e defendem, pondo em risco até a estabilidade institucional.

Esses bolsonaristas implacáveis diariamente apregoam o fechamento do STF, do TSE, a prisão de juízes e ministros, enfim a desconstituição brusca e radical da justiça brasileira.

Para isso, como autômatos se prestam a postar nas redes sociais “mensagens com o título encaminhadas”, ou sejam, não são de autoria deles, mas recebem de “terceiros”.

Recebem de terceiros e retransmitem.

Nessas postagens diárias a justiça e também o legislativo (exceto aqueles que apoiam o presidente) são corruptos, criminosos, petistas, comunistas, esquerdistas e por aí vai.

A insensatez predomina. Não há raciocínio pessoal, juízo crítico, análise.

Apenas acusações contra poderes constitucionais.

Cabe ficar claro, que nem todos os apoiadores e simpatizantes de Bolsonaro incluem-se nessa categoria fanatizada.

Há muita gente de nível e de boa fé que defende o governo.

A decisão do TSE citada deveria ser uma forma do bolsonarismo sensato “alertar” os sectários, do desserviço que eles prestam a quem chamam de “mito”. A crise brasileira é aguda, com a fome.

O total de favelas dobra no Brasil em dez anos e 20 milhões estão passando fome.

A pandemia trouxe verdadeira tragédia para a economia, gerando desemprego.

Nunca este país exigiu tanta sensatez e equilíbrio como no momento atual.

Não será fechando STF ou Congresso, que reconstruiremos a nação. Podem até serem propostas reformas que alcancem esses poderes, todavia pela via legal, nunca pelo arbítrio, desaforos diários e recalques pessoais de pessoas, de mal com a vida, que descontam com agressões a nação brasileira.

Os verdadeiros bolsonaristas devem agir para tentarem conter os ímpetos dos celerados, que hoje aplaudem a decisão do TSE, por ter sido favorável ao seu ídolo.

As instituições, mesmo com defeitos, devem ser preservadas por serem permanentes e garantia da democracia.

Destrui-las é destruir a liberdade coletiva e optar pelo totalitarismo. As postagens diárias dos radicais pregam claramente o fechamento.

Indaga-se: fechar o STF e quem substituiria?

Qual o critério “divino” a ser usado, que evitaria erros em relação ao comportamento dos nomeados?

Seria apenas o critério de ser amigo do rei ? O Congresso não tem “nomeados”.

Apenas eleitos por voto direto. Fechá-lo para quem exercer as funções legislativas?

O que se espera é que o espírito público e o verdadeiro amor ao país prevaleçam e essas posições de sectarismo reformulem e defendem com vigor as suas ideias, sem destruir a democracia.

É bom que se digam, que o fanatismo da política brasileira atual não se concentra apenas no bolsonarismo.

O PT e o lulismo são também exemplos típicos que vem de longe colaborando com o enfraquecimento do diálogo democrático.

Deus abençoe o Brasil para que os líderes assumam as suas responsabilidades, controlem os seus apoiadores fanáticos e o bom senso volte a predominar na política nacional.

Hoje, o quadro é muito difícil.

 

Dr Ney Lopes de Souza é advogado, professor titular da UFRN e ex-deputado federal

OPINIÃO

Superman é Homem !

Por Cleano Barreto

Após algumas pesquisas na Net, começo a entender o porquê da ‘Lacração’ querer anarquizar e destruir a imagem do Superman.

Os criadores do Superman, Jerry Siegel e Joe Shuster, ambos judeus, inspiraram-se em Jesus Cristo na fundamentação do personagem. Daí as ‘coincidências’.

Assim como Jesus Cristo, o Pai do Superman manda seu único filho para salvar a terra.

O Superman começou sua vida pública com 30 anos, igualmente a Jesus Cristo.

Na terra, o Superman foi criado por pais adotivos, Marta e Jhonata, assim com Jesus Cristo, por Maria e José.
As letras iniciais dos nomes foram mantidas.

Atingindo uma certa idade, o Superman encontra-se espiritualmente com seu Pai, na Fortaleza da Solidão. Assim como Jesus se comunica com o seu Pai no deserto…

Na época, os Hebreus se referiam a Deus como “EL”. O nome Krypto do Superman é Kal EL.

O inimigo de Jesus tenta passar por ele: “O Anti-Cristo”. O do Superman apresentou-se como “O Bizarro”.

Assim como Jesus Cristo, o Superman se sacrifica aos 33 anos.

Diante de tantas evidências encontradas, venho a crer que o ‘alvo’ da desmoralização na bissexualização forçada do Superman, não era ele e sim JESUS CRISTO, diante do público mais vulnerável, as crianças e adolescentes!!

Nada de se estranhar, partindo de quem partiu.

 

Cleano Barreto é administrador de empresas e empresário

OPINIÃO

Malandragem dos governadores

Por Renato Cunha Lima

 

Para evitar que seja aprovado no Senado da República o projeto que altera o cálculo da cobrança de ICMS sobre combustíveis,  e que foi aprovado na Câmara dos Deputados, os Governadores contam com o senador Rodrigo Pacheco, presidenciável que preside a casa alta do parlamento brasileiro.
Com total má vontade, o senador Rodrigo Pacheco, que já emperra vários projetos de importância para o país neste momento delicado, agora está brecando projeto que reduz o preço final dos combustíveis para o consumidor nos postos.
Os governadores alegam que a  proposta que altera o ICMS fará que estados percam arrecadação sem ter culpa pela alta dos preços. O que é um argumento falacioso, além de insensível com a população que sofre com os seguidos aumentos.
Os estados estão com superávit de receita superior a 65% do que foram previstos nas respectivas LOAs (Lei Orçamentária Anual). Portanto, a mudança não retira receitas previstas, mas tão somente diminui o “lucro abusivo” (acréscimo de receita exagerado)  dos estados.
Muito confortável para os governadores alegarem que não foram responsáveis pelos aumentos nos preços dos  combustíveis, mesmo todo mundo sabendo que foram as medidas de restrições econômicas durante a pandemia que ocasionaram essa crise inflacionária no mundo.
A inflação que acomete o cidadão de cada estado é sim de responsabilidade de cada governador, que não pode se eximir quando algo impacta a população. Já imaginou um governador falar que não tem culpa da seca ou da tempestade e nada fizer, jogando apenas a culpa em São Pedro?
A Petrobras não pertence somente ao governo brasileiro, que detém somente 37% das ações. Para obter investimentos ao longo dos anos para explorar o Pré-sal, sobretudo nos governos do PT,  bom ressaltar,  que acionistas privados abocanharam grande parte da estatal.
As regras que regem a Petrobras são do mercado, com uma rigidez que praticamente emperra qualquer interferência presidencial, como ocorreu na época de Dilma, levando a empresa ao caos que motivaram ações indenizatórias de acionistas no Brasil e no exterior.
Desde o governo do ex-presidente Michel Temer, quando a Petrobras fez diversos acordos judiciais e extrajudiciais no país e no exterior, com pagamento de indenizações bilionárias, que ficou estabelecida a atual política de preços dos combustíveis, levando em conta o valor do real perante o dólar no Brasil e o valor do barril do petróleo em dólar no exterior.
O Brasil padece do monopólio, da dependência da Petrobras para tudo, para a logística de mercadorias e pessoas.  Nosso país hoje é o quarto que mais investe em ferrovias no mundo, um avanço inédito do atual governo federal, mas longe de deixarmos de ser refém do modal rodoviário.
O Brasil não é autossuficiente em combustíveis, cerca de 15% do que consumimos, sobretudo óleo diesel é importado. Falta refinarias no Brasil e nosso petróleo tem que ser misturado a outros para as refinarias que temos e com isso a Petrobras exporta e também importa petróleo.
Portanto, como o preço do barril de petróleo disparou no pós-pandemia e o real se desvalorizou perante o dólar e a Petrobras segue essa política, os combustíveis sobem, entretanto o preço final na bomba chega com o dobro do preço que é vendido pelas refinarias.
Os governadores que antes diziam que a alíquota seguia a mesma, agora estão vindo com outra conversa, com a proposta de congelar os tributos, ou seja, uma confissão que aproveitaram esse período inflacionário dos combustíveis para arrecadar mais que o previsto.
Um fato que as alíquotas seguem as mesmas, mas elas incidem sobre preços cada vez maiores, preços estes definidos pelas respectivas secretarias de tributação em tabela que é quinzenalmente divulgada pelo CONFAZ – Conselho Nacional de Polícia Fazendária e pelo Comsefaz – Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal.
Alguns governadores unilateralmente já congelaram, com superávit de receita, os preços bases para cálculo tributário, como é o exemplo de Minas Gerais, Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
Agora os demais governadores seguem a decisão e por 90 dias congelarão os preços bases para cálculo do ICMS.  Uma medida que fará que novos aumentos nos combustíveis divulgados pela Petrobras impactem menos para o consumidor final.
Entretanto, não é suficiente, aliás é muito pouco,  além de ser um paliativo provisório essa malandragem dos governadores  “bonzinhos”, com seus estados com mais de 65% de superávit de receitas encima de combustíveis caríssimos.
O Brasil precisa discutir seriamente a tributação dos combustíveis, que é absolutamente danosa ao consumidor, assim como deveria debater a privatização total da Petrobras, em um modelo que propicie a concorrência, vendendo ativos em blocos, como exigindo dos investidores os investimentos necessários para nossa autossuficiência em produção e em refino.
Assim como o Brasil deveria debater profundamente uma reforma séria da máquina pública, que custa muito e oferece pouco. Hoje temos estados que sugam recursos somente para o pagamento de folha de pessoal e não tem dinheiro sequer para construir uma praça pública.
Entretanto, o que se vê na prática são os governantes brigando por mais receita, por mais impostos, por mais grana para gastar e mesmo sabendo que a farinha é pouca, o importante é o pirão deles primeiro.

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

É CRIME SER BOLSONARISTA !

Quer ser perseguido? Coloque uma bandeira do Brasil na janela de sua casa ou no carro. Quer ser odiado? Deixe claro nas suas redes sociais que você é simpatizante de Bolsonaro.  Quer ser banido e cancelado? Seja conservador e deixe claro suas opiniões.
O que está acontecendo com o atleta de vôlei Maurício Souza é apenas um caso de muitos da opressão correta, da boa censura, do ódio do bem.
Os progressistas inventaram um novo DOPS, Departamento de Ordem Política e Social, órgão que na ditadura militar apurava os atos que “atentavam” contra o regime estabelecido.  Só que agora a serviço do tal maldito politicamente correto.
Ter opinião que discorde ou fuja da tirania do politicamente correto é o suficiente para criminalizar qualquer um nestes tempos sombrios. O crime de opinião passou a fazer parte do cotidiano de nossas vidas.
O direito fundamental e inegociável a liberdade de expressão agora é relativizada em nome do que querem impor como correto, como se houvesse um tribunal para estipular a fórceps o que é correto do ponto de vista cultural e comportamental.
Os valores invertidos de uma sociedade nitidamente doente, que destrói nossas famílias, que prostituem e promiscuem nossos jovens me parecem metástases de um câncer generalizado que nos divide, nos separa, nos põem em guerra.
Definitivamente vivemos num mundo onde há inegavelmente duas visões irreconciliáveis, com enorme tendência de agravamento e aprofundamento do abismo que nos dividem.
Existe por trás, sem nenhum pudor de se esconder, uma nítida intenção de quem promove a famigerada engenharia social na mídia, na imprensa, nas manifestações culturais de conquistar na guerra, na briga, na divisão.
Acontece que ninguém ganha com isso, nenhuma chamada minoria conquistará o respeito desrespeitando, já nos ensinou Martin Luther King.

Quero o meu direito de escolha, quero a minha liberdade de expressão e manifestação.

 

Quero criticar ministro do STF sem ser censurado ou preso, quero criticar revista em quadrinho que desconstrói ícones de minha infância, quero defender a família, quero dizer que tenho orgulho em ser heterossexual e pai de família temente a Deus.
Quero poder ser conservador!!  Quero ser Bolsonarista!
Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor
OPINIÃO

A Economia gerada com o trabalho remoto

Daniel Censoni também é um Libertário. Foto : Arquivo Pessoal

Em tempos nos quais muito se discute sobre que políticas públicas podem ou não ser implementadas, sem que se extrapole o teto de gastos, surge um dado bastante interessante quanto à economia que o trabalho remoto vem gerando aos cofres públicos.
Não é de hoje, que o Poder Público vem regulamentando essa modalidade de trabalho.

Como exemplos, temos o CNJ (Resolução 227/2016), o CNPM (Resolução 157/2017), a Receita Federal (Portaria 2383/2017), o STF (Resolução 621/2018), o STJ (Resolução 19/2018), dentre tantos outros, que ainda antes da Pandemia da COVID-19, já compreendiam o papel que as ferramentas telemáticas têm, na construção de um serviço público mais eficiente e econômico.
Em agosto deste ano, dados da Secretaria Especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital do Ministério da Economia, apontam que o trabalho remoto gerou uma economia de R$1,419 bilhão ao Poder Executivo Federal, no período compreendido entre março de 2020 a junho de 2021.

Não se pode deixar de imaginar, então, qual seria o efeito replicador de tal medida, se adotada de forma permanente e, em todas as esferas e níveis de poder.
De maneira geral, o trabalho remoto visa garantir a eficiência na prestação do serviço público e isso se dá de forma bastante simples, já que as ferramentas de controle de produtividade são acessíveis, bem como o avanço tecnológico e a implantação de serviços digitais já são uma realidade bem consolidada no Brasil.

Para se ter uma ideia disso, o Governo Federal já oferece atualmente cerca 3.284 (três mil duzentos e oitenta e quatro) serviços totalmente digitalizados, que tornam absolutamente desnecessário que o cidadão saia de casa para obter atendimento.
Na mesma esteira, parte desses serviços podem ser realizados por servidores, que também não precisam estar efetivamente em um prédio público para exercer suas atividades.

A economia que se pode gerar com a minoração de gastos que envolvam energia elétrica, água e esgoto, cópias de documentos, deslocamentos, diárias, etc, é colossal.
É dinheiro do cidadão, que poderia e deveria estar sendo remanejado para novas políticas públicas ou outras vigentes que necessitem de incremento de receita.
As ferramentas para esse tipo de implementação já existem e não se pode conceber que e-mails, aplicativos de comunicação, sistemas de atendimento virtual, processos eletrônicos e congêneres, não sejam amplamente explorados a fim de melhorar o atendimento ao cidadão e garantir eficiência no serviço público.

Ignorar todos os instrumentos tecnológicos (muitos deles gratuitos) já há muito tempo disponíveis, os quais podem incrementar em muito a qualidade e economia na Administração Pública, revela-se desdém para com o erário, tudo o que o Brasil não precisa, em especial quando tanto se fala sobre sua escassez, ainda que saibamos que o que falta mesmo é gestão.

Daniel Censoni é Advogado Especialista em Gestão Pública e Direito Administrativo.

 

OPINIÃO

Suprema Onipresença

Um dos poderes divinos é ser onipresente, presente em todos os lugares, em todas as partes, assim como o ministro Luis Roberto Barroso na CPI do Covid no Senado da República.
Segundo o jornalista Lauro Jardim, em sua coluna no jornal O Globo,  o ministro que abriu a fórceps a CPI do Covid, atuou também como consultor jurídico de luxo, aconselhando estratégias na feição do relatório do senador Renan Calheiros.
No futebol seria o mesmo que bater o escanteio e correr para cabecear e pior, será o mesmo ministro Barroso que depois poderá julgar os possíveis indiciados no STF.
Não é novidade a onipresença suprema  ultimamente, os divinos ministros são incríveis. O Dias Toffoli, por exemplo, julgou a validade de delação premiada do Sérgio Cabral, que o acusava de venda de sentenças na justiça eleitoral, sem nenhum constrangimento.
Poderoso mesmo é o ministro Alexandre de Morais que aparece nestes inquéritos ilegais com gênese no STF, com a proeza de atuar na personagem de vítima, de promotor e de juiz.
O negócio anda tão brabo, que quem ousou criticar os onipresentes ministros acabou censurado ou preso sem a reação devida do Senado da República, que a Constituição diz ser o freio e o contrapeso do STF.
Também pudera, dezenas de senadores, envolvidos em toda sorte de crimes, respondem processos e inquéritos no STF e na justiça eleitoral que os ministros supremos não julgam nunca, os condenado a servidão plena.
O próprio relator da CPI do Covid no Senado, Renan Calheiros, responde a mais de 25 processos e inquéritos que o acusam ou investigam em suspeitas de crimes de corrupção, formação de quadrilha, entre outros.
As bizarrices déspotas dessa atual composição do STF são cotidianas, tanto que a  piada de salão mais ouvida é aquela que diz que só vai preso no Brasil quem não pagar pensão alimentícia e quem falar mal de ministro do STF.
O comum não pode jamais ser considerado normal, não podemos assimilar que o mesmo judiciário que concede a liberdade a todo tipo de marginal,  até de líder do PCC,  seja o mesmo que ordena a prisão de seus críticos.
Embora sejam onipresentes muitas vezes, os investidos de capa preta não são  oniscientes e onipotentes para se autodeclararem Deuses.
Como nos ensina a terceira Lei de Newton,  para toda força de ação existe uma força de reação e no amanhã será bem diferente, mesmo que demore o amanhecer de um país com justiça.

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

Furo no “Teto de Gastos” e furo nos “Estômagos Famintos”

Por Ney Lopes de Souza

 

O jovem ministro João Roma, da Cidadania, contribuiu de forma decisiva para a definição em R$ 400 reais da nova Bolsa Brasil, a partir de novembro.

Ele levou ao presidente estudos e análises, que demonstraram a possibilidade de concessão do benefício, sem furo do teto e negou que o programa tivesse objetivo eleitoral, ao qualificá-lo “como proposta transformadora, que visa emancipar o cidadão”.

Merece aplausos a consciência social do ministro!

Pobreza – Incrível que haja discordância na concessão dessa ajuda, considerando que a linha abaixo da pobreza no país triplicou e hoje atinge cerca de 30 milhões de brasileiros.

Se o estado não ajudar, quem irá ajudar?

Prós e contra – Infelizmente, o tema criou divisões políticas entre os que defendem o auxílio como inadiável e os que condenam chamando de populismo, com o único objetivo de evitar ganhos políticos de Bolsonaro na reeleição.

Isenção – Independente da preferência política, ou proximidade da eleição, o governo terá que agir.

Está clara a catástrofe da pandemia, com os  miseráveis aumentando de número.

Se o fato de estarmos às vésperas de um pleito obrigar o governo manter-se “parado”, “inativo”, o país estaria condenado a ficar inseguro e exposto a instabilidade social e política.

Isso ocorrendo, de quem seria a responsabilidade?

Vários países demonstram, que com eleição próxima, ou não, os governos não permanecem imóveis.

Exemplo I – Na Alemanha, o vitorioso nas eleições. Olaf Scholz, que era ministro das finanças, “quebrou o teto de gastos” e liberou 500 bilhões de euros para assistência aos necessitados com a pandemia.

Exemplo II – Na França, o governo irá pagar o cheque-combustível, no valor de 100 euros (cerca de R$ 660) para compensar a alta no preço dos combustíveis.

Terão direito à ajuda os que ganharem menos de 2.000 euros por mês (cerca de R$ 13 mil).

Exemplo III – Nos EEUU, Biden declarou: ‘Não vamos deixar as pessoas passarem fome’. Aprovou pacote de US$ 1,9 trilhão de ajudas.

Exemplo IV – Mesmo com a economia em crise, justifica-se a Bolsa Brasil. O conceito de “furo” do teto de gastos não pode ser inflexível.

Pior será a explosão do furo nos “estômagos famintos”,  que causará inevitavelmente explosão social no país.

 

Dr Ney Lopes de Souza é advogado, professor titular da UFRN e ex-deputado federal