Advogados suspeitos de facilitarem comunicações entre detentos e facções no RN são presos

 

Dois advogados suspeitos de facilitarem as comunicações entre presos e comparsas que estão fora da cadeia e que integram facções criminosas do Rio Grande do Norte foram presos pela Polícia Civil, por meio da Divisão Especializada em Investigação e Combate ao Crime Organizado (Deicor). A operação que resultou na prisão dos advogados foi deflagrada na madrugada de quinta-feira (30). As informações foram confirmadas pela Polícia Civil nesta sexta-feira (1).

A Ordem dos Advogados do Brasil no RN (OAB/RN) se pronunciou por meio de nota sobre a operação. A ordem acompanhou as diligências realizadas pela Polícia Civil, que envolveu cumprimento de mandados de busca e apreensão em escritórios de advocacia. A OAB ressaltou que não realiza a defesa técnica de nenhum dos advogados envolvidos.

Os policiais localizaram bilhetes, cartas e outros tipos de mensagens enviadas. Estas foram encaminhadas por presos da Penintenciária de Alcaçuz, em Nísia Floresta (cidade da Grande Natal), para pessoas do lado de fora da cadeira. A intermediação teria sido facilitada pelos dois advogados, um homem e uma mulher.

Confira a nota da OAB na íntegra abaixo:

“A Ordem dos Advogados do Brasil no Rio Grande do Norte, por meio de sua Central de Defesa de Prerrogativas, acompanha desde a madrugada desta quinta-feira (30), operação policial para o cumprimento de mandados de busca que têm como alvo advogados suspeitos de estarem envolvidos em esquema de comunicação ilegal nas unidades prisionais.

Os procuradores de prerrogativas seguem adotando todas as providências para que os mandados de busca e apreensão sejam cumpridos em estrito respeito à legislação, garantindo a inviolabilidade dos escritórios de advocacia, com relação a objetos que não sejam relacionados à investigação (fishing expedition), conforme determina o Estatuto da OAB.

Vale ressaltar que a OAB/RN não realiza a defesa técnica de nenhum dos advogados envolvidos, mas está vigilante para que as prerrogativas da advocacia sejam respeitadas.”

Deu na Tribuna do Norte

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