Lula e a extinção, ou melhor, destruição da Funasa

Militares esperam ordem de Lula para acabar com atos em quartéis - Politica - Estado de Minas

 

No dia 2 de janeiro deste ano, a Medida Provisória 1156/23, que tratava da extinção da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), foi assinada por Lula (PT).

Pela MP, a Fundação foi extinta e teve parte de suas atribuições repassadas ao Ministério das Cidades, comandado por Jader Filho (MDB). O congresso nacional, no entanto, entrou em acordo pela não extinção do órgão.

Assim, a partir de 2 de junho, com a MP original sobre o assunto tendo caducado, a Funasa volta oficialmente a existir, sendo alvo de cobiça política.

A Fundação apresenta a possibilidade de se indicar aliados políticos para cargos de 2º escalão e direcionar verbas para obras em redutos eleitorais.

Nos últimos 4 anos, o orçamento da Funasa para ações de saneamento básico e saúde pública foi de R$ 2,9 bilhões:

2019: R$ 634 milhões; 2020: R$ 902 milhões;  2021: R$ 629 milhões; 2022: R$ 719 milhões. Em 2023, são R$ 640 milhões para a mesma finalidade.

Lula e seus aliados sabem disso. Com uma frouxa aliança no Congresso, a Funasa é uma forte carta que o governo petista não se dá ao luxo de desperdiçar em seu sujo jogo político.

Engana-se quem acha que é apenas assinar um papel em Brasília e todas as coisas simplesmente acontecem de forma mágica, angelical. Por efeito da MP, a Funasa perdeu seu orçamento, ficando a cargo do Ministério das Cidades, que, pasmem, nada fez pela Fundação nesse período.

O “pai dos pobres”, ironicamente peça basilar do Partido dos Trabalhadores, deu uma facada nas costas de milhares de homens e mulheres que tanto trabalharam pela execução dos serviços de saúde oferecidos pela Funasa.

O petista jamais calculou o peso daquela assinatura. Hoje, trabalhadores estão sendo demitidos sem aviso prévio.

Empresas que oferecem os serviços de forma terceirizada para os prédios das superintendências da Funasa pelo país estão sem repasse desde abril. Serviços de limpeza e segurança estão paralisados, o patrimônio da União está sendo sucateado e ficando sem vigilância, sem proteção.

O “governo do amor” está destruindo a vida de famílias, colocando em risco o seu sustento. Tudo isso em troca de influência política, comprando votos do famoso Centrão, com a finalidade de aprovar as loucuras fiscais propostas pela corja que governa em Brasília.

Deixe um comentário