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PSD empareda Padilha, e ameaça é flagrada pela imprensa: “Se a gente dançar, a ministra dança também”

 

A bancada do PSD na Câmara emparedou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, responsável pela articulação do governo com o Congresso, para cobrar a entrega do comando da Fundação Nacional da Saúde (Funasa) ao partido. A ação ocorreu em meio à possibilidade de a instituição ser entregue ao Republicanos.

Na conversa com Padilha, a bancada também ameaçou a ministra da Saúde, Nísia Trindade, sob alegação de que ela demora na liberação de recursos para o Rio de Janeiro. O episódio aconteceu após cerimônia de lançamento da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas, nesta terça-feira (26), no Palácio do Planalto.

Após o evento, o ministro foi em direção ao elevador, mas foi parado pela bancada do partido para tratar sobre as negociações. Dentre os parlamentares, estavam o líder do PSD na Câmara, Antonio Brito (BA), e os deputados Pedro Paulo (RJ) e Laura Carneiro (RJ).

Os parlamentares mostraram insatisfação em relação ao governo. Dentre as cobranças, estavam a presidência da Funasa, reivindicada pelo PSD, e a liberação de verbas para hospitais federais na cidade do Rio de Janeiro.

O alvo da segunda crítica era a ministra da Saúde pela demora no envio dos recursos. Em áudio registrado pela rádio CBN, em um determinado momento da conversa, a deputada Laura Carneiro fala: “Se a gente dançar, a ministra [Nísia] vai dançar também”.

Deu no Poder360

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Lula se reúne com líderes do União Brasil em meio a pressões do Centrão por cargos em ministérios

Lula

 

As articulações dos partidos do Centrão seguem intensas no Palácio do Planalto para pressionar pela troca de ministros do governo Lula (PT). Está marcada para esta quinta-feira, 13, uma reunião entre o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o deputado federal Danilo Forte (União Brasil) para tratar sobre a Fundação Nacional de Saúde (Funasa).

O Palácio do Planalto deve editar um decreto presidencial nos próximos dias para reestruturar o órgão e deixá-lo mais enxuto. Historicamente, a Funasa já serviu ao governo federal como uma moeda de troca. Outra saída que pode ser usada por Lula para agradar os partidos do Centrão está na Caixa Econômica Federal.

Nos bastidores, apareceu o nome de Gilberto Occhi, do Progressistas, para comandar o banco. Ele já foi presidente da Caixa nas gestões de Michel Temer e de Dilma Rousseff. Atualmente, a instituição financeira é comandada por Maria Rita Serrano, funcionária de carreira do banco. O Ministério do Desenvolvimento Social e o Ministério dos Esportes também são pleiteados por partidos do Centrão, que pressionam para assumir o comando de pastas e cargos de segundo e terceiro escalão.

Nesta quarta-feira, 12, o senador Davi Alcolumbre (União Brasil) se reuniu com o presidente da República e com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, para confirmar a indicação do deputado federal Celso Sabino (União Brasil) para o Ministério do Turismo. Também esteve em Brasília o prefeito de Belford Roxo, Waguinho (Republicanos), que é marido da ministra do Turismo, Daniela Carneiro. O político fluminense tem negociado a saída da ministra do cargo após ambos decidirem abandonar o União Brasil e migrar para o Republicanos.

Deu na Jovem Pan

OPINIÃO

Lula e a extinção, ou melhor, destruição da Funasa

Militares esperam ordem de Lula para acabar com atos em quartéis - Politica - Estado de Minas

 

No dia 2 de janeiro deste ano, a Medida Provisória 1156/23, que tratava da extinção da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), foi assinada por Lula (PT).

Pela MP, a Fundação foi extinta e teve parte de suas atribuições repassadas ao Ministério das Cidades, comandado por Jader Filho (MDB). O congresso nacional, no entanto, entrou em acordo pela não extinção do órgão.

Assim, a partir de 2 de junho, com a MP original sobre o assunto tendo caducado, a Funasa volta oficialmente a existir, sendo alvo de cobiça política.

A Fundação apresenta a possibilidade de se indicar aliados políticos para cargos de 2º escalão e direcionar verbas para obras em redutos eleitorais.

Nos últimos 4 anos, o orçamento da Funasa para ações de saneamento básico e saúde pública foi de R$ 2,9 bilhões:

2019: R$ 634 milhões; 2020: R$ 902 milhões;  2021: R$ 629 milhões; 2022: R$ 719 milhões. Em 2023, são R$ 640 milhões para a mesma finalidade.

Lula e seus aliados sabem disso. Com uma frouxa aliança no Congresso, a Funasa é uma forte carta que o governo petista não se dá ao luxo de desperdiçar em seu sujo jogo político.

Engana-se quem acha que é apenas assinar um papel em Brasília e todas as coisas simplesmente acontecem de forma mágica, angelical. Por efeito da MP, a Funasa perdeu seu orçamento, ficando a cargo do Ministério das Cidades, que, pasmem, nada fez pela Fundação nesse período.

O “pai dos pobres”, ironicamente peça basilar do Partido dos Trabalhadores, deu uma facada nas costas de milhares de homens e mulheres que tanto trabalharam pela execução dos serviços de saúde oferecidos pela Funasa.

O petista jamais calculou o peso daquela assinatura. Hoje, trabalhadores estão sendo demitidos sem aviso prévio.

Empresas que oferecem os serviços de forma terceirizada para os prédios das superintendências da Funasa pelo país estão sem repasse desde abril. Serviços de limpeza e segurança estão paralisados, o patrimônio da União está sendo sucateado e ficando sem vigilância, sem proteção.

O “governo do amor” está destruindo a vida de famílias, colocando em risco o seu sustento. Tudo isso em troca de influência política, comprando votos do famoso Centrão, com a finalidade de aprovar as loucuras fiscais propostas pela corja que governa em Brasília.

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Lula negocia Funasa com o Centrão

funasa

 

Lula está negociando o comando da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), recriada pela Câmara dos Deputados, a um partido do Centrão. A informação foi publicada pelo jornal O Globo.

Conforme a reportagem, o PP poderá ficar com a chefia do órgão, que é responsável por obras de saneamento. De acordo com um integrante do governo, após viabilizada a sua recriação, a Funasa será “toda loteada”, não só o comando nacional como também as superintendências estaduais. As negociações devem ser abertas depois da definição da estrutura exata que a fundação terá.

A estrutura da Funasa ficará sob o guarda-chuva do Ministério da Saúde. O valor exato do orçamento que a fundação terá este ano ainda depende de um levantamento de quanto foi gasto pelo Ministério das Cidades enquanto executava as funções da Funasa.

Integrantes do governo reconhecem que a Funasa não tem a mesma atratividade do bilionário Ministério da Saúde, mas a avaliação é que a fundação, aliada a outras composições e liberação de nomeações pendentes em outras áreas, pode contribuir para melhorar a relação do governo com o Congresso.

Como a Funasa deixou de fato de existir, o Congresso vai precisar aprovar um projeto de decreto legislativo para definir os termos da recriação da fundação.

Os líderes dos quatro blocos parlamentares do Senado, Ciro Nogueira (PP-PI), Eliziane Gama (PSD-MA), Efraim Filho (União-BA) e Wellington Fagundes (PL-MT), apresentaram na quinta-feira 22, um requerimento para que o projeto tramite em regime de urgência.

Ministério da Saúde

A pasta, que tem um orçamento de R$ 183,8 bilhões, é cobiçada pelos partidos do Centrão. Lula, porém, descarta no momento tirar Nísia Trindade, um quadro técnico sem vinculação partidária, do comando do ministério.

Deu na Oeste

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Câmara ignora Lula e recria Funasa

funasa

 

A Câmara dos Deputados aprovou, na madrugada desta quinta-feira, 1º, a recriação da Fundação Nacional da Saúde (Funasa).

O órgão havia sido extinto por uma medida provisória (MP) do governo, mas os deputados decidiram aprovar um destaque a outra MP, da reestruturação ministerial, para que a Funasa não seja extinta. Na Câmara, o governo cedeu e liberou a base para votar como desejasse em relação à Funasa.

Ao extinguir a Funasa, Lula distribuiu as funções entre os ministérios das Cidades e da Saúde. Agora a medida ainda precisa ser confirmada pelo Senado. Caso os senadores confirmem a votação da Câmara, a Funasa volta a existir e fica vinculada apenas ao Ministério da Saúde.

A Funasa tem 26 superintendências pelo Brasil e era dona de um orçamento de R$ 2,9 bilhões. A missão é levar saneamento básico e água de qualidade aos brasileiros.

O órgão é conhecido pelo loteamento político. Até o fim do ano passado era dominado pelo PSD. Além da sigla, alas de partidos como PP e União Brasil também tinham interesse em retomar a estrutura.

Danilo Forte (União-CE), presidente da Funasa, entre 2007 e 2010, foi principal articulador para a recriação do órgão e defendeu a pauta ainda durante a MP, informou o jornal Estado de S. Paulo. Ele argumentava que a fundação tem a melhor competência para trazer saneamento e acompanhamento sanitário aos municípios mais remotos do país.

Para ele, a recriação da Funasa é “uma vitória para os brasileiros”. “Sei do benefício deste órgão para o atendimento à população em um país continental e repleto de desigualdades regionais, como é o Brasil”, afirmou, em nota. Ele fez a sugestão para o destaque.

Deu na Oeste

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Sem maioria no Congresso, governo vê sete MPs em risco de perder a validade nesta semana

Congresso Nacional e Esplanada dos Ministérios

 

Com falhas na articulação política e sem maioria no Congresso, o governo Lula (PT) está assistindo à dissolução de sete medidas provisórias nesta semana. Elas perdem a validade nesta quinta-feira (1°), e apenas uma, a que trata da reestruturação da Esplanada dos Ministérios, deve ser votada antes do fim do prazo. Até o momento, 21 MPs estão na fila para ser analisadas.

A medida provisória é um ato do presidente da República que tem força de lei imediata. No entanto, ela precisa da aprovação do Congresso Nacional para ter efeito permanente e virar lei definitivamente.

Entre as medidas que vão perder a validade sem análise, a que mais preocupa é a MP (1160/2023), que retomou o voto de desempate a favor da Receita Federal nos julgamentos do Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf). A medida permite a representantes do Ministério da Fazenda desempatarem votações em julgamentos de processos tributários na Receita Federal, o que renderia cerca de R$ 50 bilhões em arrecadação para o governo em 2023.

Acreditando que o Congresso não vai votar a MP, o Executivo transformou a matéria em um projeto de lei, com pedido de urgência na tramitação. No entanto, o tema enfrenta resistência da oposição. Enquanto o projeto de lei não for votado, as votações empatadas sobre as infrações tributárias voltam a ser decididas a favor do contribuinte.

Outra medida provisória prestes a vencer e que impacta o Ministério da Fazenda tem a ver com a passagem do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) do Banco Central para a gestão de Haddad (MP 1158/2023). Havia a expectativa de o tema ser contemplado na MP que reestruturou a Esplanada, mas a ideia foi rejeitada por parlamentares. Com isso, Haddad perde o Coaf, e o órgão volta ao guarda-chuva do Banco Central.

A MP 1156/2023, que extinguiu a Funasa, também vai perder a validade antes da votação. No entanto, a autorização para acabar com o órgão foi incluída no relatório da reestruturação dos ministérios, de autoria do deputado Isnaldo Bulhões (MDB-AL). Com isso, as competências da fundação foram alocadas dentro do Ministério das Cidades e da Saúde.

Confira outras MPs que vencem em 1º de junho:
• MPV 1155/2023
: adicional complementar do Programa Auxílio Brasil e do Programa Auxílio Gás dos Brasileiros;
• MPV 1157/2023: redução de alíquotas de tributos incidentes sobre os combustíveis; e
• MPV 1159/2023: exclusão do ICMS da base de cálculo dos créditos da contribuição para o PIS/Pasep e da Cofins.

Deu no R7

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STF e Congresso podem rever ato de Lula que extinguiu a Fundação Nacional de Saúde

Fachada do Supremo Tribunal Federal com o Congresso Nacional ao fundo, em Brasília

 

A extinção da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), oficializada em janeiro deste ano com a assinatura de uma medida provisória pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), virou alvo de questionamentos no Supremo Tribunal Federal (STF) e no Congresso Nacional, que podem reverter o ato do Executivo.

A Funasa existia desde 1991 e era responsável por ações de saneamento e de saúde ambiental para prevenção e controle de doenças. O órgão ficava a cargo de executar a política pública de saneamento em municípios com até 50 mil habitantes ou em consórcios públicos intermunicipais de até 150 mil habitantes.

Também cabia à fundação implementar programas de promoção e proteção à saúde para populações rurais e comunidades indígenas e quilombolas.

O governo decidiu extinguir a Funasa sob a justificativa de melhorar a atenção do poder público para projetos relacionados ao saneamento básico. Segundo a medida provisória que aboliu a instituição, as atividades relacionadas à vigilância em saúde e ambiente que eram executadas pelo órgão passaram a ser administradas pelo Ministério da Saúde, enquanto o Ministério das Cidades assumiu as demais atividades que competiam à fundação.

A Associação Nacional dos Servidores Ativos, Aposentados e Pensionistas da Funasa pediu ao STF que declare a medida provisória inconstitucional e reverta a extinção do órgão. O ministro Nunes Marques vai analisar o caso.

Na petição enviada ao Supremo, a entidade alega que não houve planejamento prévio por parte do governo para dar fim à fundação e nem para assegurar a manutenção das políticas que eram executadas pela Funasa, visto que a redação da medida provisória diz que atos futuros definirão processos de transferência de competências, estrutura, patrimônio, acervo, pessoal e contratos.

“A universalização da cobertura dos serviços de saneamento básico requer um adequado nível de planejamento, recursos financeiros para implementação dos equipamentos necessários, gestão eficiente dos serviços, capacidade econômica para cobertura dos custos de utilização e, no caso do abastecimento de água, fonte capaz de atender à demanda de água, principalmente, para o consumo humano”, diz a instituição.

Segundo a associação, a escolha pelo Ministério das Cidades para assumir funções que eram desempenhadas pela Funasa pode comprometer as ações de saneamento e saúde ambiental. A entidade alega, por exemplo, que a pasta tem manifestado desinteresse na manutenção das 26 superintendências da Funasa espalhadas pelo país. De acordo com a associação, isso vai piorar a interlocução com os municípios, que são os titulares dos serviços de saneamento básico.

Essa transferência de competências para uma instituição nova, sem cultura institucional e know-how acerca das inúmeras especificidades relacionadas à questão do saneamento básico em pequenos municípios e localidades rurais, acaba violando o princípio da dignidade da pessoa humana na medida em que atrasará a cobertura universal dos serviços de saneamento.

No parlamento, deputados e senadores apresentaram emendas (sugestões de alteração) ao texto da medida provisória para que todo o conteúdo do ato seja derrubado. Para o deputado federal Beto Preto (PSD-PR), “a Funasa, em vez de ser extinta, deve ser revitalizada, promovida e fortalecida”.

“A Funasa é muito mais que uma instituição destinada à prevenção e ao controle de doenças. Ela representa o protagonismo dos municípios brasileiros, resguardando o conceito de saneamento básico como uma ação preventiva de saúde pública. Por meio dos programas e ações da Funasa, os municípios encontram o caminho para combater a pobreza, investindo em obras estruturais, capacitação técnica e planejamento”, afirmou.

O deputado Danilo Forte (União Brasil-CE) defende que o ministro da Casa Civil, Rui Costa, compareça à Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania (CCJ) da Câmara para explicar os motivos de a fundaçao ter sido extinta. Na avaliação dele, “a importância da Funasa vai muito além da assistência técnica destinada à prevenção e ao controle de doenças”.

“Sua extinção não ponderou a falta de subsídio para o ato de tal envergadura e as consequências gravíssimas para a saúde pública, em especial, dessas comunidades”, pontua.

Diante das críticas por dar fim à Funasa, o governo federal usa um relatório divulgado pela Controladoria-Geral da União (CGU) no fim de 2022 para defender a extinção do órgão. O documento revelou fragilidades no processo de formulação e implementação das ações de esgotamento sanitário pelo Departamento de Engenharia de Saúde Pública da Funasa em 2020.

Apesar de a medida provisória ter entrado em vigor em 24 de janeiro, só na última quinta-feira (23) o governo oficializou a transferência dos servidores da extinta Funasa para outros órgãos do governo. Segundo o Executivo, a fundação tinha um quadro formado por 1,6 mil funcionários ativos e 23 mil aposentados.

Em portaria publicada em edição extra do Diário Oficial da União, ficou definido que os servidores serão distribuídos entre o Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, o Ministério das Cidades e o Ministério da Saúde.

De acordo com o governo, caso algum servidor não concorde com a pasta para qual foi realocado, poderá pedir uma revisão até o último dia deste mês. Para isso, será necessário apresentar uma justificativa fundamentada.

De acordo com a pasta da Gestão, até o dia 31 de março, os interessados poderão solicitar a revisão da lotação proposta pela administração pública federal por meio da Central Sipec (Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal).

Deu no R7

Justiça

Servidores vão ao STF contra medida de Lula que extingue a Funasa

MP assinada por Lula em janeiro extinguiu a Funasa | Foto: Reprodução/Agência Brasil

 

A Associação Nacional Dos Servidores Ativos, Aposentados e Pensionistas da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) ajuizou no Supremo Tribunal Federal (STF) ação para questionar a constitucionalidade da Medida Provisória 1.156, assinada pelo presidente Lula no primeiro dia de governo, que prevê a extinção da fundação.

Os servidores argumentam que não há urgência ou relevância na medida que justificasse o uso de medida provisória e que a extinção da estrutura, com sede em Brasília e unidades nos 26 Estados brasileiros, geraria consequências negativas para o saneamento básico. Pela MP, as competências diretamente ligadas à saúde seriam absorvidas pelo Ministério da Saúde e as demais, pelo Ministério das Cidades.

Segundo a associação, na exposição de motivos para a MP, “não houve sequer afirmação acerca da urgência da necessidade de se adotar a medida” e isso ficou comprovado com o fato de que, “passados mais de 60 dias” da edição da MP, “não houve até o momento o cumprimento dos requisitos impostos no ato impugnado, relativos sequer ao planejamento da extinção da Funasa”.

Além disso, sustentam que “não há qualquer planejamento prévio que justifique a extinção da Funasa ou que assegure uma adequada transição de sua competência, estrutura, pessoal e obrigações para outros órgãos da Administração”.

Outro ponto pelo qual a extinção não deveria ter sido feita por medida provisória é a dificuldade ou impossibilidade de reversão das medidas, caso o Congresso decida não aprovar a decisão do Executivo. Toda MP precisa de aval do Legislativo. Segundo a ação, “há o cenário de uma verdadeira espoliação de suas instalações físicas, as quais são cortejadas por diversos órgãos federais”. “A instalação desses [órgãos] em seu atual espaço de trabalho criará grave empecilho ao desenvolvimento de suas atribuições, após o transcurso do lapso temporal de existência do ato impugnado sem que ocorra a aprovação pelo Congresso Nacional”.

Na ação, os servidores também afirmam que há afronta a princípios constitucionais, como o da eficiência, e de princípios já analisados pelo STF, como o da vedação do retrocesso social e da equidade e da máxima efetividade dos direitos.

“O que se observa na medida provisória é uma ofensa clara e direta ao direito constitucional de saneamento básico, que concretiza o direito à saúde, com prejuízos à sustentabilidade do Sistema Único de Saúde (SUS) e do próprio Ministério da Saúde”, escreveram os advogados da associação.

A ação foi protocolada na segunda-feira 20 e deve ser distribuída a um dos 11 ministros para análise do pedido de medida cautelar para a suspensão da MP.

Deu na Revista Oeste

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Governo nomeia novo presidente para a Funasa, extinta e sem orçamento

Funasa foi extinta por MP em janeiro | Foto: Reprodução/Agência Brasil

 

O governo Lula nomeou Francisco Américo Neves de Oliveira para exercer o cargo de presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), de acordo com portaria publicada nesta segunda-feira, 20, no Diário Oficial da União. O órgão foi extinto por Medida Provisória assinada no segundo dia do novo governo. Mas o governo teria cedido à pressão do Congresso por mais cargos e poderia deixar a MP caducar. Com isso, a Funasa voltará a existir legalmente.

A extinção da Funasa foi uma proposta da comissão de transição, prontamente acatada por Lula. Conforme a MP, as ações relativas à saúde seriam absorvidas pelo Ministério da Saúde e as relacionadas a saneamento básico, pelo Ministério das Cidades. Em 6 de março, o governo publicou no Diário Oficial a extinção do orçamento do órgão.

O novo presidente da Funasa já foi diretor-geral do Departamento de Trânsito da Bahia (Detran) e diretor da Empresa Gráfica da Bahia (EGBA), estatal baiana. Ele assume a função, exercida interinamente por Elvira Medeiros Lyra, em uma crise que envolve falta de orçamento e uma disputa por cargos. Além da sede em Brasília, a Funasa tem representações em todos os Estados, cargos cobiçados pelo Congresso, especialmente pelos partidos do chamado “Centrão”.

Embora extinta em janeiro, os funcionários da Funasa ainda não foram realocados em outros ministérios. Ainda é possível que o governo insista na extinção da Funasa.

Deu na Oeste

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FUNASA/RN reinaugura prédio-sede em Natal nesta segunda-feira (23)

FOTO: DIVULGAÇÃO

 

A superintendência estadual da Fundação Nacional de Saúde no Rio Grande do Norte (Suest/RN) anuncia a inauguração das obras civis de reforma e ampliação do prédio-sede e da galeria de ex-superintendentes da Funasa/RN.

Foram investidos um total de R$ 4,6 milhões do Governo Federal nas obras do prédio visando atender ao público com mais qualidade e eficiência, valorizando também o bem-estar dos seus servidores e colaboradores.

A cerimônia de inauguração já tem confirmada a presença de mais de 50 prefeitos das quatro regiões do RN, além de Deputados Federais e Deputados Estatuais eleitos.

O evento está previsto para começar na próxima segunda-feira, 23 de janeiro, às 15 horas, no prédio da Suest/RN, localizado na avenida Alexandrino de Alencar, 1402, no Bairro do Tirol.

 

 

Veja o convite oficial da superintendência:

 

 

Vale ressaltar que, apesar da intenção do Governo Federal de extinguir o Órgão, a Funasa/RN é uma das mais atuantes a nível nacional, e que apresenta os melhores resultados em perfuração de poços em municípios abaixo de 50 mil habitantes.