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MST vandaliza loja de vinhos da Salton em São Paulo

Mulheres do MST protagonizaram o vandalismo contra a Salton | Foto: Reprodução/Twitter

 

O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) vandalizou lojas de vinhos da Salton, em São Paulo, na tarde desta quarta-feira, 8. Apenas mulheres participaram da manifestação, que ocorreu na Avenida Pacaembu, zona oeste da capital. O espaço se tornou famoso pelo nome Enoteca Família Salton.

Os sem-terra jogaram tinta vermelha na fachada do prédio, gritaram palavras de ordem e estenderam faixas contra o agronegócio. De acordo com os militantes, o setor “lucra com a fome e com a violência”.

O ato ocorre exatamente no Dia Internacional da Mulher. A manifestação desta quarta-feira faz parte da Jornada Nacional de Luta das Mulheres Sem Terra, que acontece anualmente. A data conta com mobilizações, protestos e ações de formação de militantes, por exemplo.

Denúncias contra vinícolas

Acusadas de uso de trabalho análogo à escravidão, três vinícolas gaúchas se manifestaram conjuntamente para rechaçar as denúncias. As empresas estão entre os principais produtores de Bento Gonçalves, no Rio Grande do Sul.

“Jamais silenciaríamos nem deixaríamos de adotar medidas concretas para enfrentar o fato ocorrido em nossa região”, divulgaram as entidades representativas do setor, em comunicado.

A denúncia veio à tona em 22 de fevereiro, por meio da empresa terceirizada Fênix Serviços de Apoio Administrativo. A companhia presta serviço às vinícolas Aurora, Cooperativa Garibaldi e Salton, entre outros produtores.

 

MST Loja Vinhos Salton

Conforme a acusação, três trabalhadores procuraram a polícia para dizer que eram mantidos contra sua vontade num alojamento na cidade de Bento Gonçalves. Uma operação policial realizada no mesmo dia identificou outras 200 pessoas que estariam em situação semelhante, classificada como trabalho análogo à escravidão.

A Fênix atua na região há dez anos. Ainda de acordo com a denúncia, havia “extorsão, ameaças, agressões e torturas” contra os trabalhadores. O fato era desconhecido pelas vinícolas.

“O contrato era de prestação de serviço de descarregamento dos caminhões e seguia todas as exigências contidas na legislação vigente”, informou a Cooperativa Garibaldi. Conforme fontes ouvidas, a vinícola contratou apenas 15 terceirizados da Fênix nesta safra. A maior contratante era a Vinícola Aurora. “O ocorrido merece total repúdio de todos que prezam pela dignidade humana”, manifestaram as entidades e as vinícolas. “A ocorrência não representa as práticas do setor.”

Deu na Oeste

Gastronomia

Criatividade com respeito às tradições: Conheça os geniais vinhos argentinos

Vinho Clandestino

 

Os produtores de vinhos argentinos, definitivamente, são atentos e sensíveis às demandas do mercado e do consumidor. Enquanto os chilenos insistem em inundar os mercados com vinhos planos, falsamente baratos e que sequer conseguem atingir a mediocridade, os argentinos se esmeram para produzir vinhos bem feitos, com valores acessíveis e que vão de encontro com os gostos mutantes e perneáveis do consumidor, sem abrir mão do “DNA” de suas regiões produtoras. Os grandes vinhos argentinos, de preço mais elevado, guardam uma complexidade que valem quanto custam e, mesmo assim, são acessíveis a boa parcela do mercado mundial. Os chilenos, por seu turno, encareceram seus vinhos de modo injustificado, como estratégia de marketing, para vender a falsa ideia de que são disputados e a básica da oferta-demanda é que elevaram seus preços.

O produtor argentino, não precisando desse subterfúgio rasteiro, optou por esmerar seus vinhos e colocar no mercado rótulos mais sofisticados – aí com preços mais elevados em relação aos demais produtos da bodega – porém que guardam, em suas garrafas, um vinho mais aquilatado, diferente mesmo, superior. Já o chileno mantém a régua de seus tintos com notas de goiaba e eucalipto e seus brancos com aquele, irritante, abacaxi amanteigado (de fato são muito semelhantes os vinhos de entrada e os mais caros de uma mesma empresa chilena). Devo abrir um justo parêntese: há exceções no Chile, para esta triste e decadente realidade, a espanhola Miguel Torres que, lá instalada, respeita as regras de produção espanholas (Graças a Deus) e a Matetic, que segue fazendo ótimos vinhos biodinâmicos, deixando de lado a tendência execrável dos demais e se inspirando no saudoso mago Didier Dagueneau.

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Voltando aos argentinos, estes têm ofertado vinhos geniais e a preços justos, que guardam equilíbrio com a qualidade e o valor de suas garrafas. Mesmo vinícolas consagradas, como a Catena, Bodegas Lopez, Bodega Salentein, Zuccardi, Bodega Trapiche, dentre tantas outras, têm se preocupado em aprimorar seus vinhos e trazer coisas criativas e harmônicas com seus terroirs. Tenho me deparado com vinhos argentinos de muita qualidade e preços bem razoáveis; vinhos gastronômicos, alguns de guarda, mas todos muito bem postos. O vinhateiro argentino é criativo e esta criatividade me chama a atenção desde que conheci o maravilhoso Montchenot, da Bodege Lopez, que é um vinho produzido com uvas da Finca La Marthita, de antigos vinhedos plantados em 1940, cujo corte que o compõe corresponde às castas Cabernet Sauvignon, Merlot e Malbec, com predomínio da primeira. Este, ao meu ver, é o vinho ícone da criatividade e respeito ao terroir de toda a Argentina (opinião estritamente pessoal). Entretanto, há outros muitos vinhos argentinos, em diversas faixa de preço, que merecem ser citados e recomendados.

O Alfredo Roca Parcelas Originales Malbec é um vinho simples, que custa menos de R$ 100, e que pode frequentar mesas com pratos de assados e caças requintados. O Trapiche Costa & Pampa Sauvignon Blanc é um branco que merece respeito, sendo que, após a fermentação, o vinho é engarrafado e vai muito bem com frutos do mar, pratos delicados com vegetais e molhos suaves. O Zuccardi Poligonos del Valle de Uco Cabernet Franc San Pablo é um vinho que carrega arte e inovação; tem preço um pouco maior, mas vale o que custa. É complexo, bem feito, genial mesmo.

O Clandestino Reserva Malbec é produzido a partir de vinhedo com mais de cem anos de vida, 100% Malbec, localizadas na região Vista Flores e La Consulta na Valle de Uco, Mendoza; o vinho estagia por 50% em barricas de carvalho francês durante 12 meses e o restante 50% em tanque de aço; acompanha bem massas como molhos fortes, a exemplo de um gnocchi puxado no Gorgonzola, por exemplo. O Demetrio Galiano Luna Malbec é um vinho para o dia-a-dia ou para um churrasco despretensioso, tratando-se de um Malbec fresco, generoso e convidativo, elaborado pela centenária Bodega Casiana, uma das pioneiras em Mendoza. Por fim, o Susana Balbo Signature Malbec é o típico vinho de autoria, vai muito bem com frios embutidos, queijos, hambúrguer e churrasco. O vinho argentino consegue bem surpreender em cada rótulo, em cada garrafa. A verdade é que o que há de melhor no Novo Mundo encontra-se nos três países produtores da Bacia Platina (Argentina, Uruguai e Brasil), que ousaram se afastar da mediocridade hipócrita do Pacífico. Salut!

Com informações da Jovem Pan.

Gastronomia

Como escolher espumantes para as festas de fim de ano?

Espumantes brasileiros premiados: confira essa lista!

 

 

Em clima de festas de final de ano, a Sommelière Érika Líbero preparou um Guia dos Espumantes com dicas e curiosidades sobre a bebida sempre popular no Réveillon.

O espumante é um dos tipos de vinhos mais democráticos. Tem para todos os gostos, todos os níveis de açúcar, todas as cores, todos os bolsos e acompanha todos os tipos de refeição – da entrada à sobremesa.

A Sommelière Érika Líbero começa explicando o que é o espumante: É o vinho que passa por duas fermentações, a primeira para transformar a uva em um vinho base branco ou rosé, e a segunda para adicionar o gás carbônico nesse vinho base.

 

Métodos para produção de espumante

Há 3 métodos para produção dos espumantes. Para obter um espumante, o vinho base deve ser fermentado novamente para a formação da perlage (aquelas bolhas do espumante). Essa segunda fermentação pode ser feita de dois métodos:

 

Tradicional

Também conhecido como método champenoise ou clássico, a segunda fermentação ocorre na garrafa.

 

Charmat

A segunda fermentação ocorre em tanques de inox e só depois é envasado.

 

Asti: Uma única fermentação

O método Asti é uma variação do método Charmat, mas consiste em uma única fermentação, gerando álcool e perlages de uma só vez.

 

Nem todo espumante é Champagne ou Prosecco

“Vamos começar já dizendo que nem tudo que borbulha é Champagne ou Prosecco. É muito comum usar os termos ‘champanhe’ e ‘prosecco’ para falar de um espumante.” conta Érika Líbero.

 

Champagne

O Champagne é o espumante feito em Champagne (região da França) pelo método tradicional (champenoise) com as uvas permitidas em Champagne: Chardonnay,

Pinot Noir e Meunier. Outras 4 uvas são permitidas (Arbane, Petit Meslier, Pinot Blanc e Pinot Gris), mas estas representam menos de 0,3% da produção de uvas de Champagne.

 

Prosecco

O Prosecco é o espumante feito no Vêneto (Itália) pelo método Charmat com a uva Glera. Antigamente a uva Glera era chamada de Prosecco, mas mudou de nome para evitar que espumantes de outras regiões e países que usassem essa uva também fossem chamados de Prosecco.

 

Cava

O Cava é o espumante da região de Penedés (Espanha) com as uvas Macabeo, Xarel-lo e Parellada. É feito pelo método tradicional.

Não é “A” Espumante e sim “O” Espumante

“É comum ouvir ‘Vou tomar UMA espumante’, mas o correto é UM espumante, substantivo masculino”, destaca Érika que também fala sobre a questão linguística em relação ao Champagne: “O Volp traz champanhe como substantivo masculino e feminino, portanto é permitido dizer “O” champanhe ou “A” champanhe.”

 

Espumantes brancos podem ser feitos de uvas tintas

 

Uma das uvas de Champagne é a Pinot Noir, uma uva tinta. Um espumante branco pode ser feito 100% com a uva Pinot Noir. O termo usado para um espumante feito com uvas tintas é Blanc de Noir.

Blanc de Blancs é só com uva branca

Quando encontrar um rótulo com a descrição Blanc de Blancs, se trata de um espumante branco feito exclusivamente com uvas brancas. Em geral, esses vinhos são produzidos 100% com a uva Chardonnay.

 

Você sabia que a pressão de uma garrafa é superior a 4 atm?

Um dos fatores que classifica um espumante é a pressão, que deve ser acima de 4 atm. Uma pressão de 4 atm pode causar um bom estrago, por isso, cuidado ao abrir uma garrafa de espumante. A gaiola, aquele arame que segura a rolha, está lá justamente para a garrafa não expulsar a rolha, então, a partir do momento que a gaiola é retirada, a atenção deve ser redobrada para evitar acidentes.

Érika compara: “Para ter uma ideia do que é 4 atm:

Panela de pressão de 4 litros: 2,5 atm (temperatura acima de 100 graus Celsius)

Pneu de caminhão: 4 atm (depende do pneu).”

E complementa: “Não precisa se apavorar, mas é bom manipular com cuidado. Não aponte a garrafa em direção às pessoas, animais, objetos (cuidado com lâmpadas e lustres!!).”

 

Já reparou que, em geral, o espumante não é safrado como outros tipos de vinho?

Geralmente não tem o ano da safra no rótulo do espumante. Isso acontece porque o enólogo faz cortes com diferentes safras para manter o padrão do espumante ano a ano.

 

O termo Brut encontrado nos espumantes diz respeito ao teor de açúcar

Teor de açúcar do espumante, de acordo com a descrição do rótulo.

 

Nature: até 3g

Extra–brut: superior a 3g e até 8g

Brut: superior a 8g e até 15g

Sec (ou seco): superior a 15g e até 20g

Demi-sec (meio-seco ou meio-doce): superior a 20 e até 60g

Doce: superior a 60g

 

No Brasil, há um espumante que pode ser chamado de Champanhe

A Vinícola Peterlongo possui um espumante que pode ser chamado de Champanhe. O Recurso Extraordinário 78.835 concedeu de maneira irrevogável o direito do uso do termo Champagne em alguns de seus rótulos. A Vinícola Peterlongo foi a pioneira na produção de espumantes no Brasil, em 1915.

 

Espumantes tintos?

Não é muito comum, mas existe. Aqui no Brasil, duas vinícolas já produziram espumante tinto com a uva Merlot: Estrelas do Brasil e Guatambu.

A vinícola Viapiana (Flores da Cunha-RS) lançou um espumante tinto elaborado 100% com a uva Gamay.

 

Hamonizações

Érika destaca a versatilidade do espumante: ” É um tipo de vinho que vai bem do começo ao final da refeição. Espumantes harmonizam da salada à sobremesa.”

A Sommelière dá uma sugestão de ordem para que os espumantes sejam servidos do início ao fim da refeição:

 

Entrada: Brut/Nature elaborado pelo método Charmat.

Prato Principal: Brut/Nature elaborado pelo método Tradicional.

Sobremesa: Moscatel, elaborados pelo método Asti.

 

Érika destaca que “a escolha vai depender do gosto pessoal ou da harmonização com os pratos.”

Espumantes feitos pelo método Charmat são mais leves, frescos e frutados. Acompanham bem pratos leves, entradas, tábua de queijos e frios.

Espumantes elaborados pelo método tradicional, em geral, são mais estruturados e cremosos. Acompanham bem pratos com mais estrutura, como peixes assados, aves e até uma feijoada.

Espumantes doces feitos pelo método Asti harmonizam perfeitamente com sobremesas.

 

O espumante deve ser servido gelado ou resfriado? Por quê?

Os espumantes são servidos gelados para realçar a acidez e não acentuar o álcool.

Antes de servir, deixe por pelo menos 2h30 na geladeira ou uma hora no balde de gelo. Durante o serviço, mantenha no balde de gelo para manter a baixa temperatura.

 

Os espumantes brasileiros estão entre os melhores do mundo

“Pode comprar sem medo !

Temos espumantes de todos os métodos , todos os teores de açúcar e todas as cores. Recebem vários prêmios mundiais e são elogiados mundo afora. Não tenha medo de comprar espumantes nacionais”, conta Érika.

Em relação às regiões que produzem espumantes no país, a Sommelière explica que Garibaldi é conhecida como a capital nacional do espumante, já Farroupilha é a capital nacional do Moscatel e a Região do Vale do Rio São Francisco produz excelentes espumantes.

 

Qual a taça mais indicada para o Espumante? 

 

A taça mais indicada para servir o espumante é a flüte, mais alta e estreita, para manter o gás carbônico. Caso não tenha, não se preocupe, utilize a taça de vinho, mas sirva em pequenas quantidades.

Assim como o vinho, o espumante precisa envelhecer ou perde o gás com o tempo?

A maioria dos espumantes já chega no mercado prontos para consumo e em geral são consumidos jovens. A rolha armazena bem o gás carbônico dos espumantes, mas após aberto o gás se perde rapidamente e recomenda-se o consumo imediato.

 

 

Que comecem as celebrações de final de ano com brindes de espumantes. Tin Tin!

Gastronomia

Dia 02 de junho acontece a “Degustação França” na Adega Farret

Para os amantes de vinhos e espumantes uma ótima notícia : A Adega Farret e a Maison Hellen se unem na “Degustação França”, no próximo dia 02 de junho.
O evento foi criado para oferecer uma noite com sabores da França com menu, champagne e vinhos franceses, dentro de uma adega climatizada, oferecendo uma experiência diferenciada.

 

O menu da Chef Adriana da Maison Hellen foi criado para harmonizar com uma seleção especial de bebidas. A idéia é também oferecer iguarias típicas francesas com destaque para o Patê en Croûte, servido tradicionalmente em ocasiões festivas na França. A seleção das bebidas feita pela Sommelier Simone Farret contempla champagne, vinho branco e vinho tinto, dentro de uma linha premium. “Pensei numa carta de vinhos autêntica francesa e diferente dos vinhos consumidos no cotidiano, com alta qualidade mas com valores viáveis” conta a Sommelier da Adega Farret. A degustação contará com o exclusivo Champagne Perrier Jouët Gran Brut, o famoso vinho Chablis (considerando o melhor Chardonnay do Mundo) e um vinho tinto produzido dentro de referências orgânicas, tema que a França é grande referência.

 

O evento é limitado e com inscrição antecipada no valor de R$ 220,00 (individual) e R$400,00 (casal). Informações pelo (84)2010-0005

…Menu e Vinhos…
Queijo
Terrine Maison
Patê en Croûte
Salmão Gravlax
Champagne Perrier Jouët Gran Brut
Vinho Chablis Etienne Boileau Domaine
Vinho La Vieille Ferme Rouge Cotes Du Ventoux