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Simone Tebet diz que novo arcabouço fiscal é ‘crível’ e ‘fácil de entender’

Simone Tebet

 

A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, afirmou que o projeto do novo arcabouço fiscal é crível e fácil de entender. A proposta deverá ser apresentada na segunda-feira, 17, afirmou o ministro da Casa Civil, Rui Costa. Tebet afirmou estar otimista quanto a aprovação do projeto e garantiu que a antiga regra fiscal do teto de gastos não é mais uma alternativa viável.

“O arcabouço que nós vamos apresentar ao Brasil é crível, simples, fácil de entender, transparente. Ele é crível porque ele é flexível. Nós estabelecemos metas com bandas um pouquinho mais otimista, um pouquinho mais pessimista. […] O teto de gastos, se permanecesse ou se permanecer em 2024, ele compromete as despesas e políticas públicas a ponto de não termos recursos, de praticamente zerarmos os recursos para despesas discricionárias”, afirmou a ministra. Tebet disse ainda que a equipe econômica do governo está alinhada, mesmo com pensamentos diferentes.

Ela afirmou que a gestão Lula tem responsabilidade fiscal e social e que irá aumentar o caixa a partir de reonerações. “Há harmonia na equipe econômica, embora penssamos diferente. Eu sou mais liberal, eles mais heterodoxos. Mas o que nos une é maior do que aquilo que nos divide. Nós temos compromisso social e sabemos que não fazemos social sem responsabilidade fiscal e uma coisa não exclui a outra. Gastar bem o pouco que tem. Ter responsabilidade. […] Nós vamos estar, mesmo com o espaço do arcabouço, conseguindo cobrir esse espaço da agenda social tão necessária sem comprometimento das contas públicas. O incremento das receita para cobrir essas despesas não virá do aumento de impostos” concluiu Tebet.

Deu na Jovem Pan

 

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Tebet volta a citar “divergências econômicas” com Lula e Haddad

Tebet volta a citar “divergências econômicas” com Lula e Haddad

 

A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB, foto), voltou a citar a existência de “divergências econômicas” com o presidente Lula (PT) e o titular da Fazenda, Fernando Haddad (PT). No entanto, durante discurso virtual no evento Lide Brazil Conference neste sábado (4), a emedebista destacou que não há antagonismo nas ideias.

“Temos divergências, mas não temos antagonismo, e isso faz toda a diferença”, disse a ministra, sobre sua relação com Lula. “Tenho encontrado em Haddad um grande parceiro, apesar de termos algumas diferenças na visão econômica“, acrescentou a emedebista, em outro momento.

Tebet disse que será “austera” no comando da pasta e afirmou que o desenvolvimento esperado para o país depende de rigidez nesse quesito.

“Eu serei austera em relação a isso. Devo receber por isso alguns cartões amarelos, mas quando eu perceber que o cartão vai ser vermelho, eu vou chegar para o presidente Lula com ‘jeitinho’ e tentar fazer os esclarecimentos previstos. É meu papel, como ministra do Planejamento e Orçamento, dizer se temos recursos ou não, se teremos ou não espaço fiscal”, afirmou Tebet.

Com informações do O Antagonista.

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Após incertezas sobre destino na Esplanada, Tebet assume o Planejamento nesta quinta

Simone Tebet e Lula durante a campanha do 2º turno das eleições, em outubro de 2022

 

Após incertezas sobre o futuro no comando de alguma pasta no governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a senadora Simone Tebet vai assumir a chefia do Ministério do Planejamento e Orçamento nesta quinta-feira (5).

A cerimônia de transmissão do cargo será realizada no Salão Nobre do Palácio do Planalto, em Brasília. O evento está previsto para começar às 10h.

Durante a campanha rumo à Presidência, a senadora chegou a descartar a participação no novo governo, “seja qual for o eleito”, mas a aproximação com Lula ocorreu ao anunciar apoio ao petista três dias após o resultado do 1º turno da eleições, em outubro do ano passado. Na corrida presidencial, Tebet ficou em terceiro lugar, com 4.915.423 votos (4,16%).

A partir daí, o nome de Simone Tebet — que termina o mandato como senadora pelo MDB do Mato Grosso do Sul em 1º de fevereiro — chegou a ser ventilado para comandar os ministérios das Cidades, que ficou com Jader Barbalho Filho; do Desenvolvimento Social, chefiado por Wellington Dias; da Educação, entregue a Camilo Santana; e do Meio Ambiente, comandado por Marina Silva.

Fora da primeira lista

Antes de ter o nome cotado para assumir uma das pastas acima, no entanto, Tebet ficou de fora da primeira lista de ministros anunciada por Lula. Em 22 de dezembro, o então presidente eleito divulgou 16 novos nomes e prometeu anunciar outros 13 dentro de cinco dias.

A confirmação da senadora como ministra do Planejamento e Orçamento ocorreu no dia 27 de dezembro, quando ela aceitou o convite de Lula. Como já anunciado pelo R7, a ida de Tebet para o Planejamento traz certo desconforto para representantes do núcleo político do presidente. Um deles é o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), que estaria desconfortável com “ideais” de Tebet não alinhados com os da pasta que ela assumiu.

Com informações do R7.

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Haddad diz que Tebet aceitou ficar sem “ministério finalístico” na composição do novo governo

Simone Tebet

 

Em entrevista aos jornalistas nesta segunda-feira, 26, Fernando Haddad (PT) declarou que a senadora Simone Tebet (MDB-MS) aceitou ficar sem o ‘ministério finalístico’ na composição do novo governo Lula.

“A Simone visava um ministério finalístico. Era esse o objetivo. Um ministério finalístico é o que? É um ministério lida diretamente com algum assunto específico. Cidades, Turismo, Desenvolvimento Social. E isso mudou da semana passada para cá”, declarou o petista, acrescentando que Tebet é qualificada e que não haveria dúvidas em relação ao seu nome para uma possível indicação ao Ministério do Planejamento.

“A Simone é uma política muito qualificada, é uma pessoa que sabe trabalhar em equipe, é uma pessoa enfim que estava concorrendo à Presidência da República, com muita respeitabilidade. Não vejo nenhuma dificuldade em relação a isso. Muito pelo contrário, acho que é pessoa que somou durante a campanha”, disse Haddad.

Mesmo apontada para assumir o Ministério do Planejamento – no final de semana, Lula (PT) ofereceu o cargo a ela, de acordo com fontes da Reuters, que também disseram que Tebet não deve aceitar por causa das exigências que faz, como ter controle dos bancos públicos e do programa de Parceria em Investimento.

Deu na Jovem Pan

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“Vou me posicionar no momento certo”, diz Tebet sobre apoio no 2º turno

 

Durante coletiva de imprensa neste domingo, 2, a senadora Simone Tebet (MDB-MS) disse que vai se pronunciar no momento certo para anunciar seu apoio ao candidato que vai disputar o segundo turno. Simone, que disputava à Presidência da República e ficou em terceiro lugar, com 4% dos votos, destacou que esse não era o momento de se omitir.

“Foi muito difícil chegar onde chegamos”, explicou a senadora. “Há muito o que se refletir, mas jamais nos omitir. Como política partidária, respeito o processo eleitoral que não terminou agora. Só não esperem de mim, que tenho uma trajetória política extensa, a omissão. A minha decisão já está tomada e vou anunciá-la no momento certo.”

A senadora ainda destacou a relevância que sua chapa teve neste pleito. “As vozes das mulheres não serão mais ecos, os homens terão de ouvir as nossas vozes”, explicou. “Queríamos uma chapa inclusiva. Somos as candidatas que tiveram mais votos na história do MDB.

Simone Tebet fez um pronunciamento no comitê de campanha do MDB em São Paulo. Ela ainda cobrou que os presidentes do MDB, PSDB, Podemos e Cidadania manifestem que posição adotarão no segundo turno.

Deu na Revista Oeste

Política

Simone Tebet demonstra preocupação e modera discurso contra Bolsonaro: “Não podemos dar um cheque em branco a Lula”

 

Na sabatina dessa terça (27) na Jovem Pan, a senadora Simone Tebet, que apontava suas críticas, quase que exclusivamente para Bolsonaro, parece ter ponderado e mostrou uma mudança no seu discurso.

Tebet demonstrou preocupação com o plano de governo do petista que está em sigilo: “De lá pode sair qualquer coisa, nao podemos dar um cheque em branco a Lula”.

Muitos veem com preocupação um plano de um futuro governo em sigilo. Se não querem mostrar é porque vem coisa muito impopular ou muito grave por aí, disse um dos marqueteiros da campanha do presidente Bolsonaro.

Política

Ciro e Tebet criticam ausência de Lula em debate da CNN no próximo sábado (24)

 

Os candidatos à Presidência Ciro Gomes (PDT) e Simone Tebet (MDB), comentaram ao longo desta terça-feira (20) a possibilidade de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não comparecer, no próximo sábado (24), ao debate promovido pela CNN e pelo pool de veículos formado por SBT, Estadão, Veja, Terra, NovaBrasilFM, Terra e Rádio Eldorado.

Ciro comentou durante live em seu canal no Youtube, a CiroTV, que a ausência de Lula seria “uma vergonha” e indagou o que o petista teria a esconder.

“O Lula acabou de anunciar que não vai para o debate do SBT (promovido também pela CNN e pelo pool formado por Estadão, Veja, Terra, NovaBrasilFM, Terra e Rádio Eldorado) sábado. Aí vem ele e fala ‘nós precisamos combater o fascismo’. O fascismo a gente combate na cabeça das pessoas e o Lula é o responsável por ter trazido Bolsonaro, pela crise econômica e pela corrupção. O fascismo se disseminou de verdade no Brasil, e nós precisamos derrotá-lo, mas isso é disputar na cabeça das pessoas os valores. Como um democrata que quer todo mundo calado votando esquecido de toda contradição não vai ao debate. Que vergonha. Tá escondendo o que?”, disse.

Já Tebet, durante evento em livraria em São Paulo, afirmou que seria “lamentável” o candidato que lidera as pesquisas de intenção de voto não comparecer ao debate.
“Lamentável, de novo, no momento mais difícil, na eleição mais importante da história do Brasil, aquele que está em primeiro lugar nas pesquisas se esconde, por medo, pra não dizer o que quer para o Brasil”, disse.

A senadora disse ainda esperar que Lula repense sua decisão sobre o comparecimento no debate. “Espero que ele possa rever até o dia do debate, porque é muito importante que o ex-presidente possa dizer o que quer para o Brasil”, afirmou.

Deu na CNN Brasil

Política

Tebet critica Lula e vê PT em busca de poder perpétuo

 

A candidata à Presidência pelo MDB, senadora Simone Tebet, disse que não acredita num governo Lula. Para ela, o petista, se eleito, fará um governo populista para garantir uma perpetuação no poder do Partido dos Trabalhadores (PT) nos próximos anos.

A crítica foi feita logo após sabatina organizada pelo Estadão em parceria com a Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP).

Foi uma resposta à pressão que a sua candidatura vem sofrendo da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para atrair votos dos eleitores da emedebista, e tentar vencer já no primeiro turno das eleições, marcado para o próximo dia 02 de outubro.

“Eu não acredito no governo Lula. Por isso, eu sou candidata. Eu não consigo visualizar (apoio), a não ser o papel que nós temos de fortalecimento de um pacto a favor do Brasil que começa e não termina agora”, disse a presidenciável.

Segundo Simone Tebet, um eventual governo Lula seria mais do mesmo. “Vai ser um Perón”, disse num referência a Juan Domingo Perón, presidente da Argentina por três mandatos nas décadas de 40, 50 e 70.

Na sabatina, Tebet manifestou desconforto com a campanha pelo voto útil e disse que vai lutar “até o fim”. Ele se recusou a falar em negociações futuras e quais compromissos da pauta econômica poderiam entrar num acordo com a campanha do PT.

Segundo turno

A presidenciável negou que já esteja em negociação com Lula de apoio num eventual segundo turno com o presidente Jair Bolsonaro. Tebet disse que nunca se reuniu com o Lula.

“Eu não converso com Lula. Sabe quando eu conversei com Lula, e até ele foi gentil em me cumprimentar e fazer uma brincadeira comigo, foi no dia do debate (da Band). Eu não tenho o celular dele e não sei com quem ele fala”, disse Tebet.

Especulações em torno do nome da candidata para comandar um ministério, entre eles Justiça e Agricultura, como parte de uma negociação política, no segundo turno, têm surgido em Brasília.

Na semana passada, a candidata do MDB alertou a campanha do PT de que a estratégia pelo voto útil é desrespeitosa e pode afugentar apoios de Lula no segundo turno. Caciques do MDB, que apoiam Lula e tentaram inviabilizar sua candidatura, jogam pressão adicional pelo voto útil. O comando, no entanto, pode acabar liberando voto em caso de segundo turno.

Informações do Estadão
Política

Simone Tebet e Soraya Thronicke escondem seus familiares das mídias

 

Ao contrário de seus concorrentes homens, as candidatas à Presidência Simone Tebet (MDB) e Soraya Thronicke (União Brasil) têm evitado, a duas semanas das eleições, mostrar suas famílias na campanha eleitoral.

Nas propagandas, nada ou pouco se vê de seus maridos e filhos. Os familiares também não costumam acompanhá-las ou ter destaque nas agendas de campanha.

Os motivos vão desde o pouco tempo para fazê-las conhecidas ao receio de que os parentes passem a ser alvos de adversários políticos, bem como de internautas nas redes sociais.

Há certo consenso em suas equipes de campanha de que mostrar os familiares não ajuda a trazer votos. Expô-los poderia soar demagogia, e a intenção é retratar as candidatas como mulheres com carreiras profissionais próprias e independentes dos maridos, avaliam.

Tebet: aversão às filhas sob os holofotes
Simone Tebet é casada desde 1996 com Eduardo Rocha, também político do MDB de Mato Grosso do Sul e atual secretário de governo do governador Reinaldo Azambuja (PSDB). O casal tem duas filhas.

No início da carreira, Rocha atuou no gabinete do pai da senadora, Ramez Tebet, ex-ministro, ex-governador sul-mato-grossense e ex-presidente do Senado.

Interlocutores de Tebet afirmam que Rocha é parceiro e o principal apoiador dela, mas uma figura discreta e respeitosa, que não interfere no ambiente da campanha. Também dizem que ela nunca usou ou permitiu o uso das filhas em propagandas.

Segundo um interlocutor, a candidata é uma mãe que preserva acima de tudo a privacidade da família, resguardando-a da luta política.

Ao longo dos anos, Tebet prezou pela vida privada e já admitiu ser um certo sacrifício ter que tirar fotos em que aparece um pouco mais na intimidade, especialmente para as redes sociais. Quando questionada sobre o assunto, já brincou que prefere nem olhar para as eventuais fotos para não se estressar.

Houve menção ao casamento e ao fato de ser mãe no início de suas propagandas eleitorais, mas somente com a intenção de apresentá-la ao público.

Ainda segundo interlocutores, Tebet é uma mulher empoderada, independente, com carreira política própria. Portanto, deve ser retratada como tal, avaliam.

“Ela estrutura seus caminhos com o companheirismo e apoio do marido e das filhas. Mas é a protagonista da sua própria história”, relatou um membro da campanha à reportagem.

Thronicke: mostrar família seria “perda de tempo”
Soraya Thronicke é casada com Carlos César Batista, com quem tem um filho. O casal é dono de motéis no Mato Grosso do Sul. Como advogada, ela se projetou na política a partir das manifestações a favor do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

No programa de estreia da propaganda eleitoral, disse: “Sou casada, mãe, advogada”. Na avaliação da campanha, isso foi suficiente. Com pouco tempo até o primeiro turno e alto índice de desconhecimento de quem é, a estratégia é mostrá-la o maior tempo possível. Mostrar a família seria “perda de tempo precioso”, afirmou um integrante da campanha.

Embora fale da família em entrevistas, a intenção é que as pessoas votem nela pelo o que é e pelo plano de governo apresentado, em estratégia semelhante à de Tebet.

A candidata também se pauta por preservar a família. “Pior do que eu ser alvo, são os seus familiares. A minha família, os meus amigos, as pessoas que me apoiam têm sido xingados lá no meu estado”, já declarou.

As esposas dos presidenciáveis na campanha
Enquanto Tebet e Thronicke optam por não abrir mão da vida privada, é bem provável que a maior parte do eleitorado saiba, a essa altura da campanha, quem são as esposas dos três homens mais bem colocados na disputa.

Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Jair Bolsonaro (PL) e Ciro Gomes (PDT) têm aparecido com frequência ao lado das esposas e dado espaço para que participem ativamente da campanha eleitoral. Em parte das situações, as mulheres são acionadas para suavizar as imagens deles e tentar atrair votos do eleitorado feminino, que deverá ser decisivo.

Líder das pesquisas eleitorais, Lula aparece frequentemente com a esposa, Rosângela Silva, conhecida como Janja, em eventos e comícios. Além de ser citada em discursos do ex-presidente, a socióloga também participa de programas de campanha e promove interações com eleitores, com forte atuação nas redes sociais.

Em busca da reeleição, Bolsonaro tem a esposa, Michelle, ao lado em uma série de agendas oficiais e de campanha, especialmente quando envolvem evangélicos e mulheres. A primeira-dama ainda tem participado de inserções nas propagandas eleitorais numa tentativa de diminuir a rejeição das mulheres ao presidente.

Já Ciro contou com a presença da mulher, Giselle Bezerra, como coapresentadora em lives que promoveu no início da campanha e faz questão de tê-la ao lado em anúncios e eventos de campanha. Ela também aparece em propagandas eleitorais e ficou entre os termos mais buscados na web após ser citada pelo marido em sabatina.

A tentativa de transpor barreiras
Doutora em ciência política e professora da Universidade de Brasília (UnB), Marina Brito chama a atenção para a maneira como as mulheres costumam ser retratadas na política: de que teriam menos habilidade por supostamente serem mais ligadas à família.

“Elas têm que estar o tempo todo se desvinculando dessa imagem de família para parecerem capazes. Para conseguir passar uma imagem de poder e capacidade, elas precisam inviabilizar os outros aspectos. No caso dos homens, são vistos como capazes naturalmente de gerirem a coisa pública. Isso mostra como o mundo público ainda é desenhado no modelo masculino de vida”, critica.

Segundo ela, há uma “desvalorização do lugar do cuidado”, que é tratado como “algo menor”.

A cientista política Deysi Cioccari também reforça que a política ainda é compreendida como um espaço masculino. Portanto, toda vez que uma mulher entra nesse cenário, é vista “naturalmente como submissa”.

Ela avalia que, quando as mulheres conseguem entrar nesse espaço, a identificação é sempre feita com família, filhos e marido. Quem estiver fora disso não é bem-vinda, diz.

“Quando Tebet e Thronicke decidem não expor esse lado, que é praticamente exigido delas, elas também estão rompendo com essa barreira histórica de imposição do feminino o tempo todo em suas vidas. É como se elas dissessem: ‘Nós podemos entrar nesse espaço de dominação com as mesmas armas que vocês: as ideias’. É uma tentativa fantástica de transpor barreiras masculinas no centro do poder”, pondera.

Na avaliação da professora Marina Brito, no entanto, ao deixaram as famílias em segundo plano como parte da estratégia de campanha, há um movimento de masculinização, ainda que não passem uma imagem física semelhante à dos homens. Ou seja, em uma sociedade machista, as mulheres acabam tendo de abrir mão de um aspecto para se equiparar aos homens na visão do eleitorado.

Cioccari ressalta que os candidatos homens expõem suas mulheres pelo “politicamente correto, porque existe uma estrutura que reforça essa necessidade, apesar de a maior parte da sociedade ainda não ver isso”.

“As mulheres são a maioria do eleitorado, então a única forma de os homens, que não têm efetivamente propostas para as mulheres, fazerem com que elas pensem que estão representadas, é expor suas esposas e, no máximo, dizer: ‘Eu vou criar um ministério para as mulheres’. Tebet e Thronicke estão deliberadamente numa tentativa de fazer política de igual para igual”, complementa.

Brito considera que as esposas são usadas para conquistar o eleitorado feminino especialmente quando o candidato tem histórico negativo de violência moral e de gênero contra as mulheres. Mesmo assim, acredita que, atualmente, há um olhar mais crítico, e o candidato vender um papel de “princesa” não gera sentimento de representatividade automática, ainda mais em um país com população tão diversa como o Brasil.

 

 

 

 

Informações da CNN.

Política

ANÁLISE : Entrevista da Simone Tebet no JN

 

 

Finalmente a TV Globo conseguiu fazer uma entrevista técnica e equilibrada. A candidata Simone Tebet foi a presidenciável entrevistada nesta sexta-feira (24/08) pelos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcelos do Jornal Nacional.

Depois de 3 desastres de como não fazer jornalismo, a TV Globo consegue fazer uma entrevista respeitosa, dando tempo para a entrevistada responder calmamente os questionamentos dos apresentadores William Bonner e Renata Vasconcelos.

Tebet apresentou-se como sendo uma candidata com uma agenda liberal na economia. Apontou propostas para a assistência social. Seu discurso foi muito assemelhado ao dos tucanos em eleições anteriores.

Ficou marcado nessa rodada de entrevista de presidenciáveis na TV Globo, o desrespeito  com que foi tratado o presidente Bolsonaro, interrompido constantemente pelos apresentadores, o que determinou um tempo menor de fala do atual mandatário do País. Bolsonaro falou 25 minutos, enquanto os seus oponentes diretos Lula e Ciro gomes falaram mais de 30 minutos, o que demonstra uma clara parcialidade e tendência em prejudicar o atual presidente Bolsonaro.

Essa imparcialidade foi notada até pelos opositores do presidente, o que pode acabar causando um efeito reverso, trazendo mais votos para Bolsonaro.

Como a campanha na TV está apenas começando, é prudente aguardar as pesquisas da próxima semana, para saber se realmente as entrevistas da vênus platinada influenciaram significativamente nos números de simpatizantes de cada candidato.