OPINIÃO

Fátima e os 7 Alves !

Por Renato Cunha Lima

Uma curiosidade cerca a governadora Fátima neste ano eleitoral, a quantidade cabalística de aliados com o sobrenome “Alves”.

Supersticiosamente são sete “Alves”, assim como são sete as notas musicais, sete às cores do arco-íris, sete às maravilhas do mundo e sete os pecados capitais.

A Bíblia conta que Deus descansou no sétimo dia após a criação, mas a poderosa e insaciável Fátima não. A governadora não sossegou enquanto não atraiu todos os “Alves”.

Verdade que Fátima já contava com seus “Alves” de estimação, não parentes entre si, como o Secretário Chefe do Governo, Raimundo Alves e a Samanda Alves, sua auxiliar pessoal e pré-candidata a deputada federal.

Quanto aos “Alves” de alta plumagem, Fátima precisou pintar o sete, desfazendo e disfarçando o tanto que já criticou a família do inesquecível Aloísio na sua trajetória política.

Principalmente Carlos Eduardo Alves, ex-prefeito de Natal e rival nas eleições de 2018, não o impedindo de ser agora pré-candidato a senador com apoio da petista.

Carlos Eduardo, inclusive, lembra o Zangado, um dos sete anões da Branca de Neve, anda brigando com todo mundo, com petistas, com a imprensa, com prefeitos, com correligionários, com adversários e com parentes, a exemplo do vereador Felipe Alves, também aliado de Fátima, que saiu do PDT para o União Brasil em movimento conjunto com outros vereadores.

O sete é o único número que não é múltiplo e nem divisor de nenhum outro algarismo entre um e dez. Uma pista, talvez, para o agente 007 entender o motivo do ex-senador Garibaldi Alves e seu filho deputado federal, Walter Alves, resolverem topar essa aliança com Fátima.

Não é incrível? Ambos estão de olho estritamente no poder e não se incomodam com a presença do desafeto Henrique Alves e muito menos se constrangem em subir no mesmo o palanque de Lula, incluindo os petistas que ainda lhes ofendem.

Afinal, candidato a vice na chapa de Fátima, Walter Alves tem a perspectiva, em caso de vitória, de ser governador do Rio Grande do Norte em 2026, na condição de Fátima renunciar para concorrer ao Senado.

Para Henrique Alves a situação é diferente, na prática é um recomeço precisando da magia das sete esferas do dragão ou de um dos sete livros da saga Harry Potter para promover uma amnésia coletiva.

Os petistas e simpatizantes precisariam esquecer a aliança de Henrique Eduardo Alves com Eduardo Cunha no processo de impeachment de Dilma, que o alçou a ministro do governo de Michel Temer.

Eis então, com todo esse arranjo familiar, a escalação do time, com Samanda, Raimundinho, Garibaldi, Walter, Henrique, Felipe e Carlos Eduardo, todos “Alves”, levando o discurso de “Gopi” e anti-oligarquia para o passado.

No banco de reserva o senador Jean-Paul, o deputado federal Rafael e o vice-governador Antenor Roberto, que adorariam trocar seus respectivos sobrenomes, Prates, Motta e o Soares de Medeiros pelo sobrenome “Alves”.

Rememorando o poeta inglês John Dryden, resta saber se essa união é um dos sete sacramentos ou um dos sete pecados mortais. O tempo responderá.

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

 

OPINIÃO

Antes Dantas do que nunca !

Por Renato Cunha Lima

Quem não conhece um ditado popular, aquelas frases que escutamos desde criança e vira e mexe sapecamos para retratar uma situação cotidiana?

O brasileiro adora os ditados populares, que trazem um senso comum, lições reconhecidas por todos, dentre os quais, um que corre na boca pequena, nas redes socais e nos grupos de WhatsApp, com uma adaptação ao “antes tarde do que nunca”.

A governadora Fátima Bezerra fez de tudo e um tanto para evitar uma candidatura de oposição competitiva para as eleições deste ano, onde postulará a reeleição.

Para tanto, Fátima rasgou seu discurso contra as oligarquias, sua repetitiva fala sobre o “golpe”, no impeachment da presidente Dilma, quando buscou apoio da família Alves e do MDB.

Como também, Fátima foi espertíssima em atrair outro Alves, o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves, seu adversário nas eleições de 2018 que vinha aparecendo bem nas pesquisas para a disputa do governo estadual.

Não só isso, com a pré-candidatura ao senado de Carlos Eduardo Alves, com as bençãos petistas, a governadora Fátima conseguiu evitar a renúncia e respectivamente a candidatura do atual prefeito de Natal, Álvaro Dias, que tem como sua vice-prefeita, a prima do debutante aliado, a advogada Aíla Ramalho Cortez.

Com esse cenário, apenas o ex-ministro Rogério Marinho despontava no bloco oposicionista com nome posto para a disputa da senatória.

Durante um bom tempo, com articulações arrastadas, o nome do presidente da Assembléia Legislativa, Ezequiel Ferreira de Sousa foi especulado sem a “fumaça branca”, para efetivar finalmente o candidato a governador de oposição.

Na rodas políticas começaram a sugestionar a possibilidade da governadora ser reeleita por W.O, apesar do seu alto índice de rejeição registrados nas pesquisas e já havia gente dizendo que faltava um corajoso na oposição.

Eis que surge o nome do ex-deputado estadual e ex-vice-governador Fábio Dantas, que sempre fez oposição ao governo Fátima e estava ali, na moita, na expectativa para ver seu nome lembrado e alçado como o nome das oposições na disputa do governo estadual.

— Habemus candidatus! Comemorou a oposição, mas qual o tamanho eleitoral da candidatura de Fábio Dantas? Fátima conseguiu mesmo evitar uma candidatura forte de oposição?

As respostas começam aparecer com a pesquisa Band/Seta divulgada ontem, mostrando que apesar das movimentações e tentativas de minar a oposição, a governadora segue estagnada nos 34% das intenções de voto, seguida exatamente por Fábio Dantas com 10% e tecnicamente empatado com o senador Styvenson Valentim com 8%.

Outros dois números chamam atenção na pesquisa Band/Seta, os incríveis 28,3% dos eleitores que dizem não votar em nenhum dos nomes e 18,1% de indecisos, ou seja, 46,4% do eleitorado, o que sugere um potencial enorme de crescimento para os candidatos de oposição.

Ainda mais para Fábio Dantas que chegou agora , antes tarde do que nunca e já pontua em segundo lugar nas pesquisas.

Enfim, Fátima é a mais conhecida, a mais rejeitada e tem dificuldade de aumentar sua votação. Fábio, Styvenson, Haroldo e demais candidatos tem terreno para avançar. Quem chegar no segundo turno terá chances reais de vencer. Aguardemos.

— Que venham os bons debates sobre os problemas do Rio Grande do Norte, com mais um ditado como recado: “esperteza demais espanta felicidade”!

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

Daniel na Cova de Leões

Por Renato Cunha Lima

Na dúvida, a pergunta: O que Jesus faria?

O gesto corajoso, humanitário, libertário, no dia da Inconfidência, dia de Tiradentes, do presidente Bolsonaro concedendo o indulto, a graça do perdão, ao deputado Daniel Silveira entrou para a história.

O comovente decreto presidencial me lembrou o sexto capítulo do livro de Daniel no Antigo Testamento, entitulado “Daniel na cova dos leões.”

— Daniel disse: “Deus mandou um anjo que fechou a boca dos leões”.

A coragem de Bolsonaro vai marcar um divisor de águas nas relações institucionais entre os poderes no Brasil, que ultimamente convive com o absolutismo judicial.

A condenação absurda, com determinação de prisão por mais de oitos anos e a perda de direitos políticos contra o deputado Daniel Silveira foi uma ofensa, um golpe na democracia.

Bolsonaro com seu gesto revelou não só a maldade rancorosa dos ministros do STF, como desnudou a covardia do Congresso Nacional, que permitiu a perseguição e a barbaridade contra um parlamentar eleito.

 

Tem mais, Bolsonaro agiu dentro das quatro linhas da Constituição Federal, basta uma olhadinha rápida no art. 84, XII, como também, nos artigos 734. e 738 do Código de Processo Penal.

O Supremo Tribunal Federal haverá de acatar a decisão, mesmo que esperneie, o próprio relator, ministro Alexandre de Moraes, em outros julgados, defendeu a graça constitucional do decreto de indulto.

Daniel literalmente foi salvo da cova dos leões, da arrogância, do egocentrismo, do absolutismo desta terrível composição do Supremo Tribunal Federal, mas vou além,  Bolsonaro salvou a democracia brasileira, mostrou que ainda existe um poder lutando por liberdade.

Que os amantes da liberdade fiquem atentos e acompanhem de perto o mais importante momento do Brasil, desde a promulgação da Constituição de 1988.

— É preciso um basta na DITADURA DA TOGA!

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

Palavra condenada, corrupção livre

Por Renato Cunha Lima

O julgamento que levou à condenação o deputado Daniel Silveira por “crime de opinião” na noite de ontem terá consequências históricas e terríveis para o Brasil.

Para começar o STF não tem voz, voto, poder emanado pelo povo para falar de democracia e ultimamente, com várias decisões absurdas, o tribunal se tornou o grande inimigo da democracia no Brasil, com um poder praticamente absolutista.

O ministro Alexandre de Moraes é um delinquente com poderes de imperador, chancelado pelos seus pares e pela covardia do Congresso Nacional.

O Daniel Silveira falou bravatas, com ofensas pessoais, mas longe de oferecer uma ameaça real a corte e seus ministros, ainda mais, o parlamentar estava sobre a proteção da inviolabilidade do mandato eletivo.

Qual parlamentar vai agora insurgir contra a “Ditadura de Toga” instalada no Brasil?

Uma corte com a reputação de anular processos de corruptos, de ser moroso com processos criminais de poderosos delinquentes, tem qual moral para condenar um “revoltado”?

Como ninguém faz nada, como a própria imprensa aplaude o absurdo, os homens e mulheres de capa preta seguem mandando e desmandando no país, maculando a cada dia a Constituição que juraram defender.

— Uma situação é claríssima: O STF se apropriou da “democracia” através de sentenças antidemocráticas.

Sabe o pior? Olhar os corruptos, ladrões revelados pela operação Lava Jato, todos soltos, livres e agora assistir um parlamentar sendo condenado a prisão por “detonar” os ministros de um tribunal responsável pela impunidade no país.

Esse é o país onde só vai preso quem não paga pensão alimentícia e quem fala mal de ministro do supremo, outro dia Lula fez ameaças a parlamentares adversários e nada aconteceu, mostrando que além de absurda a decisão da corte foi casuística.

— Não quero um país onde me calem, não quero um país onde me roubem, não quero um país onde magistrados protejam quem me rouba e que para isso me calem e me prendam.

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

Coerência e Coragem na oposição !

Por Renato Cunha Lima
A governadora Fátima Bezerra e seu grupo sempre foram cientes da atual conjuntura política no Rio Grande do Norte, onde a oposição não tinha um nome percebido pelo eleitor, apesar da alta rejeição da governadora para a reeleição.
Tudo foi feito na articulação política para Fátima disputar as eleições praticamente sozinha.
A escolha de Carlos Eduardo Alves, seu ex-adversário como seu pré-candidato a senador, como também, a composição com o MDB do ex-senador Garibaldi Alves Filho e do deputado federal Walter Alves foi no sentido de vencer por W.O.
A articulação política da governadora conseguiu demover a comentada candidatura do presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Ezequiel Ferreira, como ousou escolher até quem seria o candidato de oposição.
O petismo sabe que o senador Styvenson segue em voo solo na política potiguar, não procurando articulações em alianças que possam incomodar a reeleição de Fátima.
A articulação petista incentivou até uma  pré-candidatura para dividir o “Bolsonarismo” no Rio Grande do Norte, com a candidatura do empresário Haroldo Azevedo, pai do ex-secretário de desenvolvimento do governo Fátima.
Tudo levava ao isolamento da oposição, que tinha apenas o ex-ministro Rogério Marinho como pré-candidato ao Senado da República, mas para tanto, restava cooptar o ex-vice-governador Fábio Dantas do Solidariedade.
Contudo, Fábio Dantas escolheu a coerência e a coragem e amanhã consolida seu nome como pré-candidato das oposições na coligação com Rogério Marinho e diversos partidos.
O Solidariedade sempre foi oposição a Fátima, nas eleições de 2018 ofereceu a candidatura do engenheiro Breno Queiroga e fez coligação com o PSL, que resultou na eleição do deputado Girão.
Lembrando que Girão teve pouco mais de 80 mil votos e somente com os mais de 100 mil votos dos candidatos do Solidariedade foi possível atingir o coeficiente eleitoral necessário para eleger um deputado federal.
Na disputa das vagas na Assembleia Legislativa, a deputada Cristiane Dantas, esposa do Fábio Dantas, foi eleita na mesma coligação do deputado Cel Azevedo, ou seja, a aliança de “bolsonaristas” com o Solidariedade não é novidade, mas sim, coerência e continuidade.
A CPI do Covid, inclusive, que investigou os desmandos do governo estadual e do Consórcio Nordeste foi presidida pelo deputado Kelps Lima do Solidariedade.
Verdade que Fábio Dantas foi do PCdoB, lá na eleição de 2014, numa época que nem Bolsonaro existia como líder nacional de um movimento político que ganhou as ruas do Brasil.
Fábio Dantas como vice-governador sempre defendeu a austeridade fiscal e a eficiência da máquina pública para melhor servir à população.
Quando momentaneamente assumiu o governo estadual, foi Fábio quem enviou as medidas duras para sanear as finanças combalidas, medidas essas que só vieram a ser aprovadas três anos depois pela Assembleia Legislativa.
O bom de ver Fábio Dantas candidato ao lado de Rogério Marinho, com sua competência e ótima oratória é a certeza que deveremos ter uma eleição qualificada, com o confronto de duas candidaturas realmente fortes e capazes de debater os reais problemas do Rio Grande do Norte.
Amanhã na apresentação de sua candidatura, no hotel Holliday Inn, em Natal, Fábio Dantas promete reunir prefeitos de todas as regiões do estado, diversos parlamentares, de diversas agremiações partidárias, além dos movimentos democráticos que fazem oposição a Fátima.
Vamos aguardar as próximas cenas da corrida eleitoral que promete fortes emoções.
Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor
OPINIÃO

Fátima, a Ilha !

Por Renato Cunha Lima

“Sonífera ilha
Descansa meus olhos
Sossega minha boca
Me enche de luz”

Acho que Lula cantou o sucesso do Titãs para convencer Fátima a ser uma ilha cercada de Alves por todos os lados, na busca de um sossego eleitoral no vale tudo pelo poder.

Em 2018 a governadora Fátima Bezerra venceu as eleições com o discurso anti-oligarquia, na disputa com o ex-prefeito de Natal, Carlos Eduardo Alves.

Em 2016, a então senadora Fátima Bezerra ficou conhecida nacionalmente vociferando a palavra “gopi”, “gopi”, “gopi” em razão do impeachment da Dilma, onde o deputado Walter Alves votou pela abertura do processo e o então senador Garibaldi Alves Filho condenou a ex-presidente a perda do mandato.

Agora em 2022 essa turma está toda reunida, na maior cara-de-pau. – Que beleza, Fátima, Walter Alves e Carlos Eduardo Alves.

Como fica o eleitor que argumentou em 2018, para amigos e familiares, que votaria em Fátima para derrotar os Alves?

Esse “bilhete” já era esperado, ainda me lembro da Dilma falando que para chegar ao poder valia acordo até com o “diabo”.

Quem diria assistir um dia a união de Lula com Alckmin? O vale tudo pelo poder está a todo vapor.

Acontece que esse tiro ao “Alves” que os petistas estão mirando pode sair pela culatra. Não seria a primeira vez que aconteceria uma revolta popular com os “acordões” espúrios, ainda mais este que tem como santo casamenteiro, alguém imoral, como o senador Renan Calheiros.

Na ótica dos Alves uma sensação de desespero total, na realidade eles precisavam pegar qualquer boia ou encontrar um novo porto seguro, ainda mais depois que o deputado Ezequiel Ferreira declinou de uma especulada candidatura ao governo.

Resumindo, náufragos nos próprios erros, em plena decadência, a oligarquia Alves encontrou uma ilha deserta de competência e realizações como abrigo.

A governadora, por sua vez, sabe que sua ilha, com seus nativos Jean-Paul e Antenor Roberto dificilmente obteriam êxito eleitoral, ou seja, antes inimigos, Fátima e Alves agora são companheiros de mãos dadas.

— “Entre nós, as mãos dadas, são tão dadas que não são notadas que são duas” já dizia o poeta.

— Só espero não ser uma ilha na compreensão  de mais um “ acordão do vale tudo” na política potiguar. Será que estou louco? Como disse Machado de Assis: “A loucura é uma ilha perdida no oceano da razão.”

—Espero que não, espero que essa aliança não seja uma sonífera ilha para nosso povo, ainda creio na fibra do povo potiguar que deseja ter um governo decente, que nos traga prosperidade em mares mais honestos e competentes.

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

 

OPINIÃO

A Trágica Bunda !

Por Renato Cunha Lima

O grande poeta Carlos Drummond de Andrade em um dos seus célebres poemas disse: “A bunda, que engraçada.
Está sempre sorrindo, nunca é trágica…”

O poeta tudo pode, pode fazer qualquer metáfora, concordo com Gilberto Gil:

“…Deixe a meta do poeta, não discuta
Deixe a sua meta fora da disputa
Meta dentro e fora, lata absoluta
Deixe-a simplesmente metáfora”

Entretanto, o farmacêutico Drummond fez sua alquimia poética sobre a bunda numa época em que a bunda era somente uma bunda, redunda.

Hoje não, os novos tempos subverteram a moral, a cultura, a ética, o conceito de certo e errado e os devaneios de outrora, em verso e prosa, infelizmente são resquícios de um mundo que não existe mais.

Nem as feministas são mais as mesmas, ainda me lembro quando criticavam genuinamente o reducionismo da mulher como objeto sexual, incluindo o culto a bunda.

Para as feministas toda nudez deveria ser um ato político, por isso as ativistas mostram os seios com palavras de ordem escritas, para além de escandalizar, mostrar que as mulheres são bem mais que seios e bundas.

Eis então que aparece funkeira Anitta, ícone pop da nova geração, como a mais nova porta-voz feminista e do pessoal lgbtqia+ cantando hits que exalam o sexo, a promiscuidade, o consumo de álcool com danças eróticas que destacam essencialmente a bunda.

O Brasil sempre foi conhecido internacionalmente pelo seu carnaval, com mulheres desnudas sambando. As brasileiras foram historicamente estigmatizadas e vendidas como objeto sexual, produto turístico e sempre estiveram vulneráveis ao assédio sexual.

Imagina agora com o hit “Envolver” da Anitta se tornando a mais tocada no aplicativo Spotify e seu conteúdo mais picante ser o maior sucesso no aplicativo erótico OnlyFans?

Veja um trecho letra:

“Me diga como nós fazemos
Se você me quer e eu também quero você
Eu quero te comer há muito tempo
Diga o que você vai fazer”

Que noutro momento diz:

“Bebendo e fumando
Numa sauna dentro do carro contigo
Porque sempre que te vejo
Você quer sarrar comigo e eu quero acabar com você”

No caso da Anitta, a bunda se tornou uma commodities, de tanto que fatura em milhões de dólares, reais e euros com sua fortuna estimada pela Forbes em mais de meio bilhão de reais.

Sua bunda, que faz questão de exibir rebolando em seus shows e clips, de fato se tornou uma caixa registradora e não por menos a carimbou com uma tatuagem no ânus em cena exibida no aplicativo OnlyFans, onde certamente faturou bastante.

A “malandra” também usa seu poder “bundal” na política e no momento faz campanha contra o conservador presidente Bolsonaro nas suas redes socais. Apelativa, Anitta quer convencer os jovens que a seguem a votar contra Bolsonaro nas eleições deste ano.

…E quando vejo a imprensa brasileira criticando a religiosidade da bela primeira-dama Michele Bolsonaro, enquanto ufana e exalta a Anitta, que realizou show ontem no festival Lollapalooza em São Paulo, rogo escusas a Drummond e afirmo:

— A bunda da Anitta é uma tragédia nacional!

 

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

 

OPINIÃO

A Globo vai demitir o jornalista Jorge Pontual ?

Por Renato Cunha Lima

Você já pensou algum dia em culpar o carteiro pelo conteúdo da carta? Você já imaginou criminalizar o telefone celular usado para aplicar golpes, traficar e combinar atos criminosos e ilegais?

— Claro que não! Seria o mesmo que culpar o carro e não o motorista embriagado em um atropelamento de um pedestre inocente.

— Assustador! Foi exatamente o que fez o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, quando determinou em decisão monocrática, o bloqueio do aplicativo Telegram em todo o Brasil.

Uma decisão que prejudicou mais de 70 milhões de usuários do aplicativo, como também inviabilizou serviços públicos essenciais, como o que mobiliza o socorro em massa da Defesa Civil em todo País.

— Olha a gravidade! A Defesa Civil, a partir dessa decisão, ficará impossibilitada de avisar a população de um eminente deslizamento, como recentemente ocorreu na histórica Petrópolis no Rio de Janeiro.

Tudo muito estranho, na decisão que determinou o bloqueio do telegram chamou atenção a citação da matéria do programa Fantástico da Globo do dia 13 de Março de 2022 sobre o Telegram, como um dos argumentos e sustentação no despacho que ocorreu exatamente do dia seguinte.

— O ministro Alexandre de Moraes combinou com a Rede Globo a matéria exibida no Fantástico, na véspera de sua decisão? Quem vai investigar o ministro Alexandre e a Globo?

Sem o Telegram os ucranianos estariam sem comunicação na guerra com a Rússia. O principal meio de comunicação utilizado pelo presidente Volodymyr Zelensky é exatamente o aplicativo criado pelos irmãos russos Nikolai e Pavel Durov, hoje residentes em Dubai.

Com essa decisão o Brasil se soma a uma lista de países ditatoriais e pouco democráticos que também censuraram o uso o aplicativo, olha o time: China, Índia, Rússia, Belarus, Indonésia, Azerbaijão, Bahrein, Cuba, Irã, Paquistão, Tailândia.

A Alemanha também censurou, mas parcialmente para excluir grupos de incentivo à violência, bem diferente da razão que levou a censura do Telegram no Brasil, motivada principalmente pela perseguição imoral ao jornalista Allan dos Santos no âmbito do inquérito, igualmente ilegal, das chamadas FakeNews.

Sem conseguir que as autoridades americanas e nem a Interpol cumpram a sua decisão absurda de prender e extraditar Allan dos Santos, que se encontra nos EUA, Alexandre de Moraes deseja asfixiar qualquer forma de voz do jornalista no Brasil.

Como o Telegram era o único aplicativo de mensagens que ainda permitia espaço de voz para o Allan dos Santos, a ordem foi prejudicar os mais de 70 milhões de usuários do aplicativo no país para pressionar o Telegram e de prêmio atingir em cheio o meio de comunicação mais utilizado pelo presidente Jair Bolsonaro com seus apoiadores.

Lembrando que o ministro Alexandre de Moraes assumirá a presidência do TSE – Tribunal Superior Eleitoral nas vésperas das eleições deste ano.

— Já imaginaram um Fla x Flu, um ABC x América, um Campinense x Treze onde o “juiz” publicamente avisasse que iria prejudicar um dos lados? A fraude começou?

Diferente da colega Miriam Leitão, que recentemente defendeu o banimento do presidente Bolsonaro das redes socais, o jornalista Jorge Pontual, correspondente internacional e comentarista da Globo News em Nova Iorque, classificou como ‘censura’ a decisão que bloqueou o Telegram no Brasil.

Na avaliação de Pontual, durante o programa ‘Em Pauta’, não cabe a qualquer autoridade decidir o que é notícia falsa ou verdadeira e somente as pessoas podem fazer esse julgamento livremente.

“Eu vivo num país livre, onde há plena liberdade de informação e a Constituição proíbe que medidas como essas possam ser tomadas”…

Noutro momento:

“É um absurdo o que aconteceu. Infelizmente, nossos colegas no Brasil não vão mais poder cobrir a guerra como deveriam, pois não terão mais acesso à informação. É uma censura. Fico surpreso em ver jornalistas defendendo a censura.”

Nos resta aguardar para saber se a Rede Globo de Televisão vai demitir ou não o jornalista Jorge Pontual, quando seu jornalismo em massa apoia a censura ao Telegram e até se suspeita que a emissora tenha contribuído com uma matéria arranjada no Fantástico, na véspera da decisão déspota e autoritária.

Enquanto isso, no Senado da República, um silêncio sepulcral diante da morte de nossa democracia, cada vez mais refém do absolutismo supremo.

Quem nos salvará do Putin brasileiro?

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

Engenharia Social !

Por Renato Cunha Lima
A engenharia social está na moda e pretende transformar nossas vidas, nosso jeito de viver e tudo o que pensamos. Acredita nisso?
Nem o engenhoso professor Pardal, grande amigo do Tio Patinhas, ousou em suas invenciones nos quadrinhos, muito menos o múltiplo Leonardo Da Vinci e inventivo Santos Dumond ousaram alterar nossa moral, nossa cultura, nossa ética como querem nossos novos “engenheiros”.
A engenharia social pode levar a humanidade a extinção, não é zoação, essa galerinha é contra o agronegócio.
— Pode isso Arnaldo?
Para estes as plantações deveriam ser todas orgânicas, mesmo sabendo que precisariam de três vezes as áreas agricultáveis do planeta para produzir alimento suficiente para as bilhões de pessoas que habitam a Terra, mas se dizem a favor da “ciência”.
A turma da engenharia social quer “educar” meninos e meninas com a desorientação de gênero. As casinhas de boneca e armas de brinquedo já foram substituídas pelas dancinhas erotizadas nas escolas.
Incrível, essa é a turma que festeja a aprovação do aborto em alguns países vizinhos e critica a depilação feminina, mas que acha bacana a cantora que fez tatuagem no anus.
Com o fim da pandemia os países estão abolindo a exigência do uso de máscaras, no Brasil alguns estados e municípios aboliram, mas os engenheiros sociais vieram com a tese que o pano que usávamos na cara é um legado comparável ao uso do preservativo:
“A máscara é um legado, antes da Aids ninguém usava camisinha também”.
— Quem danado quer andar mascarado, sem respirar direito?
Querem vender o medo, a mentira para pasteurizar o pensamento humano em todas áreas. Máscara nunca funcionou, ninguém nunca soube usar direito.
— Não aguento mais ver gente pilotando moto, sem capacete e  usando máscara, no interior do país.  Estão com medo do besouro entrar na boca e não de uma queda arrebentar a cabeça? Só pode!
Um exemplo de engenheira social é a Mayza Dias de Toledo, pedagoga pernambucana, feminista libertária antirracista, lésbica, professora de Saúde da Mulher, especialista em Ginecologia Política, tratamentos naturais e autoproteção feminista.
— Isso tudo aí!
Há dez anos a figura realiza oficinas de sexualidade e desde 2016 se dedica a Oficinas de Ginecologia Autônoma e se declara Xibitóloga – estudiosa do xibiu. Na qual defende: “nem bucho, nem pílula”.
Ela é contra a mulher procurar uma ginecologista e usar anticoncepcionais.
— Vai entender!
Vejam, não é só com o Joe Biden e Wladimir Putin que devemos nos preocupar, neste instante alguém estará realizando uma festa nababesca de aniversário para seu “filho”,  um cãozinho yorkshire terrier,  com direito a tudo que você imaginar e mais alguma coisa.
O que antes era exótico e bizarro, agora vai ser comum, como por exemplo, um “pet” no carrinho de bebê e a criança pequena sendo puxada por um arnês nos shoppings.
Tudo está tão louco que outro dia presenciei uma pessoas sendo chamada de racista numa loja de móveis pelo fato de ter pronunciado a palavra “criado-mudo”, para se referir ao criado-mudo, pois o correto agora é falar mesinha de cabeceira.
— Que chatice! Como é insuportável também essa onda de linguagem neutra!
— Que se lasque “Todes”!
Não tenho mais paciência, os doidinhos “engenheiros” estão espalhados por todo canto, com gente dizendo que a terra é plana, que Lula é inocente, que os alienígenas estão destruindo o exército russo e que o Palmeiras tem mundial.
—Fazer o quê?
“Meu fi meu fi tu vai ver coisa!” Jotinha

Renato Cunha Lima 
é administrador de empresas, empresário e escritor
OPINIÃO

“Cancelamento russo !”

Por Renato Cunha Lima
O globalismo ocidental vem conseguindo a inacreditável proeza de se aproximar mais  do “nazismo”, que o próprio socialismo supremacista do crápula do Wladimir Putin.
A maioria das sanções econômicas impostas a Rússia se justificam apenas  por um curto prazo. Não deixa de ser uma pressão por uma solução diplomática para a paz.
Entretanto, o impacto das sanções serão sentidas em todo o mundo, inclusive no Brasil, com a eminente inflação dos combustíveis, alimentos e ainda as ameaças  ao nosso bem sucedido agronegócio, muito dependente dos fertilizantes russos e bielorrussos.
Na Alemanha a situação é ainda mais complexa.  A maior economia da Europa é altamente dependente do fornecimento de gás russo e mais, uma fábrica da Volkswagen já foi obrigada a interromper a fabricação de veículos elétricos, pois o fornecedor de matéria-prima se encontra no oeste da Ucrânia.
A Índia, a exemplo do Brasil,  com o agravante de ter um população gigantesca, pode ter sua agricultura inviabilizada pela impossibilidade de receber os fertilizantes russos. A fome inegavelmente pode aumentar no mundo.
A questão que as represálias e sanções econômicas estão transcendendo para o surgimento ou ressurgimento da “russofobia” no ocidente, em nível maior que na época da guerra fria.
Qual a culpa dos atletas russos com os atos absurdos de Wladimir Putin?  O que justifica a Fifa banir a seleção de futebol da Rússia das eliminatórias da Copa do Mundo?
O Conselho Mundial de Atletismo proibiu  todos os atletas da Rússia e de Bielorrússia de competir nos eventos da World Athletics Series.
A Federação Internacional de Hóquei no Gelo (IIHF) suspendeu, também, todas as equipes internacionais e de clubes da Rússia e da Bielorrússia de competir em eventos da organização.
A Federação Internacional de Tênis (ITF, em inglês) divulgou um comunicado anunciando “a suspensão imediata da Federação Russa de Tênis (RTF, em inglês) e da Federação Bielorrussa de Tênis (BTF, em inglês) da associação e da participação na competição internacional de equipes até novo aviso”.
No vôlei, todas as seleções, clubes e oficiais da Rússia e de Bielorrússia, bem como atletas de vôlei de praia e neve, estão suspensos de todos eventos.
Outras sanções esportivas ocorreram no
badminton, beisebol, softbol, canoagem, curling, hóquei, rugby, judô, patinação, esqui, na natação e no triathlon.
Não para por aí, a tradicional vodca russa sumiu das prateleiras dos EUA e Canadá e até um resort do litoral potiguar resolveu aderir ao boicote que se espalha no mundo.
As redes sociais, claro, não ficaram de fora do cancelamento global, todas baniram a população russa dos aplicativos. Parece que querem sumir com a Rússia, o país de maior extensão territorial, do mapa, assim como os russos da existência do planeta.
Essa ideia é uma espécie de “extermínio xenofóbico” que se assemelha ao nazismo , ou não? Qual a dificuldade de focar toda a revolta mundial em quem realmente tem culpa?
Até entendo o bloqueio de bens de alguns bilionários e oligarcas russos com ligações diretas com o Wladimir Putin. O bilionário Roman Abramovich, inclusive, está sendo obrigado a vender o Chelsea, clube inglês que acabou de ser campeão mundial de clubes, mas vejo um exagero em criar esse “ódio”todo ao povo russo.
Vejam a situação dos dois astronautas russos que estão sendo obrigados a conviver com quatro astronautas americanos e um alemão na estação espacial internacional.
—Que loucura! A situação não deve está fácil para os astronautas russos , Anton Shkaplerov e Pyotr Dubrov, coitados.
Para ninguém dizer que não estou tendo empatia com o povo ucraniano, que de fato está recebendo bombas e mísseis russos na cabeça, uma sugestão para a paz mundial:
— Resgatar os astronautas russos, os americanos e o alemão e no lugar deles, condenar Wladimir Putin, Joe Biden, Emmanuel Macron, Boris Jonhson, Justin Trudeau e Xi Jinping a vagar pelo espaço na estação espacial internacional, com o Volodymyr Zelensky fazendo stand-up comedy.
— Que tal? Resolvido o problema!


Renato Cunha Lima 
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