Polícia

Renato Cunha Lima escapa de tiroteio nesta segunda-feira, 19, em Natal

O comentarista da 96 FM e do Blog Os Libertários, o administrador de empresas Renato Cunha Lima escapou de um tiroteio ocorrido na noite desta  segunda-feira, 19, em Natal.

Segundo relato do próprio Renato ao Blog, após sair da 96FM ele foi ao Alecrim para ajudar um amigo, que estava em um Bar atrás da Comjol, quando começaram os disparos.

”Uma pessoa que estava caminhando foi atingida por diversos tiros por um cara que passava numa moto” afirmou Renato.

”No tiroteio ainda me joguei no chão para me protejer, mas achei que tinha sido atingido” continuou Renato, ainda abalado pelo terrível momento que passou.

“ Chamaram o SAMU e a polícia rapidamente chegou ao local, mas foi só quando cheguei em casa que pude ver no espelho que fui atingido não sei se foi pela bala que ricocheteou ou por outro qualquer objeto” finalizou Renato, que disse que foi um “Livramento”.

Só ao chegar em casa, Renato Cunha Lima pode ver no espelho que tinha sido atingido por algo

Veja a postagem do próprio Renato nas redes sociais:

OPINIÃO

A indignação com Alexandre de Moraes cresce nas redes sociais

Por Renato Cunha Lima

Muitas vezes já expressei minha indignação com esse ministro das trevas que temos no STF, mas dessa vez a situação é gravíssima.

Morreu um brasileiro preso, sem condenação, ou seja, um preso provisório , doente, que chegou a ser atendido por médicos mais de 30 vezes, com laudos médicos contundentes de seu estado grave de saúde, que motivou diversos pedidos de soltura, não só da defesa, mas principalmente do Ministério Público.

O Cleriston Pereira da Cunha é uma vítima real do Alexandre de Moraes e do STF.

O ministro além de impeachment precisa responder criminalmente por abuso de poder, negligência, omissão de socorro, prevaricação, mas sobretudo pelo crime de HOMICÍDIO DOLOSO, pois Alexandre de Moraes assumiu o risco de causar a morte do Cleriston, não julgando os diversos pedidos de Habeas Corpus.

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

Calaram Lula !

Por Renato Cunha Lima

Depois de “Foder com Moro”, Lula passou batido na Paraíba sem dizer um pio, coincidência ou não no outro dia apareceu um plano do PCC para executar o senador paranaense, mas vamos a visita “fast food” do presidente.

O Rio Grande do Norte, um estado nordestino governado pelo PT, sitiado pelas facções criminosas há mais de uma semana e Lula vai à vizinha Paraíba, para entrar mudo e sair calado, antes de ir para Pernambuco sem nada dizer aos potiguares e nem aos paraibanos. — Coisa boa dificilmente motivou esse “drive thru” de Lula na Paraíba.

Tem algo pior no desdenho de Lula com o Rio Grande do Norte, que sequer mereceu uma fala, no mínimo, de solidariedade ou o nada vezes nada de sua passagem relâmpago na Paraíba, contrastando sua imagem e popularidade com as ausências de ações de um governo com muitas dividas com o Nordeste.

Lula parece não ser o mesmo, parece pior, com viagem marcada para a China na tentativa de emplacar a tragédia Dilma na presidência do banco do Brics, até agora nada apresentou para os nordestinos nestes três meses de retorno à presidência da República.

Na Argentina, Lula prometeu gasoduto com nosso dinheiro, especificamente do BNDES, que poderia muito bem financiar a duplicação da rodovia federal entre Campina Grande e Patos, mas nada, nem blá blá blá.

Segue perdendo tempo se vendendo como diplomata mundial com a idiota promessa de acabar com a guerra da Ucrânia numa mesa de bar e passando pano para o ditador da Nicarágua, mas e o Nordeste?

Em terras tupiniquins, Lula não para de brigar com o banco central e preocupa todos não demonstrando ter um plano econômico consistente e ainda gasta seu tempo com o retrovisor vingativo, mas e o Nordeste que o elegeu?

O que não muda, lamentavelmente, são os políticos nordestinos, no pitstop paraibano toda plumagem de político pousou para fotos sorridentes com os falsos e tradicionais tapinhas nas costas.

O amordaçado Lula de certa forma foi uma demonstração de fraqueza do governador João Azevedo e de força do senador Veneziano, mas e o povo, serviu a quem esse teatro todo?

Difícil entender, não vou passar pano, mesmo não me surpreendendo, com a presença dos novos políticos da minha família neste “beija-mão”, mas nem sempre a pouca idade representa uma novidade, tudo velho.

Entendo que mandatários estaduais e municipais precisam recepcionar as autoridades federais, ainda mais o presidente da República, seja ele qual for, mas se formos olhar a reciprocidade, em visitas do presidente Bolsonaro trazendo efetivamente obras e recursos o governador João Azevedo nunca se aboletou aparecer.

A ironia tragicômica foi o mico, enquanto o governador, nas visitas de Bolsonaro, trazendo efetivamente obras e recursos, repito, não quis pousar sua beleza nas fotos, com Lula, que chegou e vazou sem deixar sequer um bitcoin da Braiscompany, o governador só saiu na foto e não recebeu sequer um “alô companheiro” para o paraibano ouvir.

De resumo, melhor não entender para não ter um desarranjo intestinal, sobre o que conversaram e sorriram tanto os políticos neste vapt-vupt de Lula na Paraíba. Não queria ser uma mosca, como na música de Raul Seixas, para pousar nesta sopa.

Agora uma coisa nos serve de lição, não há, nem nunca houve neutralidade em canto nenhum e nem muito menos houve ou há terceira via na política brasileira e nenhuma desfaçatez dura para sempre, o sistema é bruto e o poder revela.

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

Rogério Marinho tem chance ?

Por Renato Cunha Lima

O debutante senador potiguar, Rogério Marinho, neto do homem que pintava cavalos azuis, o saudoso ex-senador Djalma Marinho, pode pintar como o novo presidente do Senado Federal para o biênio de 2023/24.

Alguns dizem que é praticamente impossível, que são favas contadas a reeleição do senador mineiro, Rodrigo Pacheco, mas talvez não e o ex-ministro de Bolsonaro tem como inusitado “cabo eleitoral”, o presidente Lula.

Na política ocorre esses paradoxos e hoje Bolsonaro atrapalha e Lula ajuda a postulação de Rogério Marinho e não estou maluco quando digo isso, entendam…

Com o episódio do vandalismo absurdo na praça dos três poderes, o “bolsonarismo”perdeu força no Senado, mesmo com a boa quantidade de aliados eleitos, que notadamente votarão em Rogério, mas não são suficientes, sozinhos, para atingir os 41 votos necessários num colegiado de 81 senadores.

Por sua vez, Lula trabalha todos os dias a favor de Rogério, ontem no Uruguai, por exemplo, atacou o ex-presidente Michel Temer (MDB) com a pecha de “golpista”, atacando por tabela todos os senadores que condenaram a ex-presidente Dilma ao “impeachment”.

— Ora, no próprio ministério de Lula há políticos que votaram a favor do impeachment, como no Senado, na base que tenta constituir a favor do seu governo e são eles todos “golpistas”?

Bom lembrar que Temer e Rogério tem excepcional relação política, inclusive foi o potiguar, quando deputado federal, o relator da reforma trabalhista proposta no seu governo. Será que até esse instante, essa “aloprada” de Lula, não tenha motivado uma conversa entre Rogério e Temer?

— Lula parece que esqueceu o ministro Alexandre de Moraes, seu principal e maior aliado, tanto durante as eleições, como no início turbulento de seu governo, indicado por Michael Temer e fruto do que ele aponta como “golpe”.

Bem, a margem de tudo isso, Rogério tem outros pontos ao seu favor, diferente do que aponta a grande imprensa, não é nada radical, muito pelo contrário e todos no meio político reconhecem sua capacidade de articulação e diálogo.

A votação será secreta, seguindo o regimento interno, com os 81 senadores votando em cédulas de papel, nada de urna eletrônica, lembrando que em 2019 a eleição teve que ser refeita, depois que surgiram no escrutínio 82 votos e não 81. Uma piada pronta, alguém votou duas vezes.

A votação secreta, acreditem, ajuda mais o candidato da oposição, ainda mais, quando veladamente os senadores demonstram incomodados com o ativismo judicial e a interferência no poder legislativo por parte dos ministros do STF, que preferem Rodrigo Pacheco.

O discurso de Rogério para seus pares, vem exatamente neste sentido, devolver o protagonismo do Senado Federal, resgatando a independência e promovendo a harmonização da democracia brasileira.

Agora, mesmo diante de tudo isso, não podemos deixar de lado o super favoritismo do Rodrigo Pacheco na busca de sua reeleição, o governo federal já ligou as turbinas e a todo vapor segue negociando o loteamento de cargos em toda a máquina pública.

Enfim, tudo ficou para fevereiro, como na belíssima canção de Geraldo Azevedo, para sabermos o caminho escolhido pelos senadores.

“Quando fevereiro chegar
Saudade já não mata a gente
A chama continua no ar
O fogo vai deixar semente”

Sinceramente, uma vitória de Rogério Marinho possibilitaria o contraponto e o contrapeso necessário para a pacificação do país, colocando freios nos abusos e possibilitando pontes de diálogo, caso contrário, seguiremos com um Senado apequenado e vassalo dos outros poderes.

“…A gente ri, a gente chora
Ai, ai, ai, a gente chora
Fazendo a noite parecer um dia
Faz mais.
Depois, faz acordar cantando
Pra fazer e acontecer
Verdades e mentiras. “

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

Arma de Vingança!

Por Renato Cunha Lima

Quem votou no “13” , com saudades do Lula de 20 anos atrás, o “ Lulinha paz e amor”, quebrou a cara.

O filósofo renascentista francês Michel de Montaigne há séculos profetizou: “Pode-se ter saudades dos tempos bons, mas não se deve fugir ao presente.”

Lula não só envelheceu, como demonstra muita irritação e pressa, não sei se por influência da atual esposa, a Janja, fato que incomoda até os aliados, ou pelo rancor de ter passado 580 dias na cadeia, condenado por corrupção.

O fato é que Lula nitidamente quer se vingar da direita e tem aliado para isso, sobretudo no Supremo Tribunal Federal.

Lula e Alexandre de Moraes são juntos, como unha e carne, a fome e a vontade de comer, ainda mais agora, com os imbecís atos de vandalismo nos palácios dos três poderes, os alimentando, na fome e sede de vingança.

Em 24 dias de governo não há um só ato sensato e elogiável no governo vingativo de Lula, que antes mesmo de assumir, conseguiu do Congresso Nacional uma autorização para estourar as contas públicas e na posse, de cara, foi logo revogando os decretos de Bolsonaro que facilitavam o acesso legal a arma de fogo.

— É um governo com olhar no retrovisor, fazendo caça-as-bruxas nas forças armadas e retrocedendo nos avanços de ajuste fiscal, na Lei das estatais, na independência do Banco Central, no combate ao narcotráfico e no caminho de prosperidade do país.

Para entender o novo padrão Lula, os bajuladores, os artistas, prontamente foram agraciados com a liberação de um bilhão de reais da Lei Rouanet, quando, em contraponto, ele descumpriu a promessa de aumentar o salário mínimo para mil trezentos e vinte reais.

Pasmem, voltaremos a emprestar nosso suado dinheiro, através do BNDES, para países vizinhos, falidos, ditatoriais e caloteiros, só Cuba e Venezuela nos deram, no passado recente, um calote de meio bilhão de dólares e ainda querem criar uma tal moeda comum. Uma loucura!

A sede de vingança é tão grande que chamou atenção o ministro da fazenda, Fernando Haddad, em Davos, no Fórum Econômico Mundial, defendendo o boicote de empresas, onde o empresário tem posicionamento político-ideológico divergente.

Os eleitores petistas ainda não se deram conta, mas foram usados por Lula, num verdadeiro estelionato eleitoral, como uma arma de vingança, como na música do saudoso potiguar Carlos Alexandre:

“Eu fui usado como arma de vinganca,
Para fazer o mal ao seu namorado.
E, agora, ele volta pra você,
Você me deixa de lado.”

O povo, como na música, já foi deixado de lado por Lula, que prometeu apaziguar o país, mas, na guerra, quer mesmo é avançar na sua agenda de vingança.

Segurem-se… Lula voltou, voltou diferente, voltou muito pior que já foi um dia!

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

Carta aos amigos da Direita !

Por Renato Cunha Lima

Quem me conhece sabe que estou nas ruas desde 2014 e não me arrependo das dezenas de vezes que vesti o verde e amarelo, lutando pelo que acredito, contra a corrupção, por um país mais digno para meus filhos, com segurança, boa educação e oportunidades.

A liberdade sempre foi a nossa bandeira, não a violência, a arruaça, a baderna, que sempre notabilizou os atos da esquerda brasileira. Quantas foram as vezes que assistimos os quebra-quebras, as rodovias bloqueadas, o patrimônio público depredado e invadido?

No Rio Grande do Norte, por exemplo, os dois deputados federais do PT tem histórico de invasões e depredações.

A deputada federal Natália Bonavides foi uma das líderes da invasão que depredou e ocupou a Câmara Municipal de Natal em julho de 2013 e recentemente liderou a invasão de terreno da prefeitura do Natal na zona oeste da cidade.

Já o deputado Fernando Mineiro ficou conhecido na cidade quando liderou invasão e depredação na reitoria da UFRN, com o boato, do mesmo defecando na mesa do reitor, Genibaldo Barros, que confirmou o episódio recentemente no programa “Politicando” da rádio 98FM.

Não somos isso, não estou nas ruas esses anos todos cantando o hino nacional, rezando o pai nosso, sempre levando meus filhos e esposa de forma ordeira e pacífica para agora ser igualado a tudo e a todos que sempre abominei.

O bom de tudo isso é o termo “terrorismo”. Há quantos anos chamamos a turma do MST de terroristas? Em 2013 e 2017 a imprensa não os taxaram de terroristas, quando atentaram contra o Congresso Nacional.

Em 2018 o prédio onde reside a ministra Carmen Lúcia em Belo Horizonte foi enlameada de tinta vermelha com à imprensa tratando os terroristas como manifestantes.

Agora, talvez aprendam que é sim terrorismo e que sejam todos punidos na forma da Lei. Não podemos passar pano e defender anistia como fizeram os petistas em 2017. Não podemos vitimizar e relativizar quem esfaqueou a obra de Di Cavalcanti no Congresso Nacional, não somos isso.

Não estou cego diante dos vídeos, que circulam nas redes sociais, mostrando as ações de infiltrados, mas não vou tampar os olhos para a cenas deprimentes de gente usando o plenário do Senado como tobogã. Cadê o nosso civismo e patriotismo?

Por fim, não menos importante e bem mais grave são as causas para esse momento terrível de nossa história, com os corruptos de volta a cena do crime e com o judiciário rasgando a Constituição, trazendo de volta ao cotidiano brasileiro a censura, a perseguição e as prisões políticas.

São poucas as esperanças é verdade. Perdemos por nossos erros, Bolsonaro tem seus erros, não podemos endeusar ninguém, mesmo sabendo que ele estava sozinho nessa empreitada. O sistema venceu jogando fora das quatro linhas, também é verdade, mas vamos fazer o que? Inteligência amigos!!

Precisamos nos reorganizar, precisamos olhar para frente, de cabeça erguida e com inteligência e fervor, unidos, na oposição, resgatando nossos princípios patrióticos, ordeiros e firmes na defesa de nossa liberdade, de nossas famílias e de nossas propriedades.

Eu estou disposto a seguir lutando…

e você?

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

Ano Novo, Feliz ?

Por Renato Cunha Lima

O filósofo Mário Sérgio Cortela certa vez disse: “Retrovisor é menor que parabrisa, porque passado é referência e não direção.”

De fato, o retrovisor é menor que o parabrisa, pois o caminho que você tem a frente é mais importante que o que deixou pra trás. A vida segue e tudo que você tem a decidir é o que fazer com o tempo que lhe é dado.

Contudo, algumas despedidas, destaco, são drásticas e traumáticas, como na história bíblica de Sodoma e Gomorra: Não poderia haver memória; tudo era começo.

Imagine você deixar tudo para trás, sua vida, sua história, sua memória, sua luta, sem direito sequer a um minúsculo retrovisor?

—Não sei vocês, mas essa foi a minha sensação neste réveillon.

Segundo a bíblia, esse foi exatamente o aviso dos anjos para Lot e sua família, que abandonassem Sodoma e Gomorra e deixassem tudo, absolutamente tudo, para trás em rumo a esperança.

Reza a lenda, que a mulher de Lot desobedeceu os alertas dos anjos e castigada se tornou uma pedra de sal, quando olhou para trás. De alguma forma Sodoma e Gomorra não saíram de seu coração.

Agora, em 2023, dizem que a cena se repetirá, como num espelho, no futuro, pelas mesmas razões: depravação (para gozo perdido) e distopia (para desengano de esperanças).

— Vivemos na plenitude da promiscuidade moral e na distopia de aplaudir a desonestidade no poder e de reverenciar instituições que se dizem democráticas quando censuram e perseguem.

A diferença, na profecia atual, está na despedida: Na repetição, as pessoas serão condenadas às memórias, não terão expectativas, planos e esperanças, e, por isso, sairão de costas, sem saber aonde estão indo, e perdendo, pouco a pouco, a visão de onde saíram.

Nesta hipótese, escaparia o Curupira, ícone do folclore brasileiro, que tem os pés para trás ou talvez, uma mulher seja transformada em pedra de açúcar, por tentar olhar para frente, imaginando um fim…


Renato Cunha Lima 
é administrador de empresas, empresário e escritor

OPINIÃO

As luzes piscantes de Varsóvia

Por Renato Cunha Lima

Em tempos tirânicos, sempre bacana reviver e aprender com as histórias daqueles que resistiram e venceram a perseguição e a censura.

No começo dos anos 80 – olha que história incrível – os poloneses viviam sob a opressão comunista. Tudo era restrito e monitorado, sobretudo a comunicação e o direito de ir e vir.

Os poloneses tiveram seus passaportes cancelados e durante os primeiros meses da Lei marcial, ninguém podia sequer viajar entre as cidades da Polônia sem a devida autorização do governo.

Cartas sempre eram entregues abertas, amassadas dentro de sacos plásticos e com um carimbo escrito “Censurado”.  Quando alguém discava um número no telefone, uma voz automaticamente avisava, “conversa monitorada”.

Os comunistas assumiram o controle de toda a comunicação, substituíram âncoras e jornalistas dos jornais, rádios, tudo passou a ser monitorado e na TV era comum a transmissão de filmes russos sobre a Segunda Guerra Mundial.

Então começaram a surgir editoriais independentes e clandestinos.  Poloneses passaram a traduzir, imprimir e distribuir várias obras “subversivas” de Alexander Solzhenitsyn, George Orwell, e até mesmo de Murray Rothbard e Ayn Rand.

O melhor veio com o heróico casal Zbigniew e Sofia Romaszewski.  Eles montaram uma estação de rádio clandestina, que constantemente mudava de lugar para não serem pegos pela polícia.

A transmissão era curta, cerca de oito a dez minutos de cada vez, sempre levando uma voz de esperança e notícias que jamais seriam divulgadas na mídia oficial.

Uma certa noite, quando estavam “no ar”, perguntaram se havia alguém ouvindo e pediram para piscarem as luzes de suas residências para mostrar se acreditavam na liberdade.

Zbigniew e Sofia, curiosos e ansiosos, correram para a janela para conferir e durante horas, assistiram toda Varsóvia piscando suas luzes nos apartamentos e casas. Foi a noite mais bela da história de Varsóvia e da Polônia.

Os poloneses descobriram que não estavam sozinhos no sonho e desejo por liberdade. Algum tempo depois o regime comunista caiu e Varsóvia nunca mais teve uma noite nas trevas da tirania.

Quem sabe os brasileiros em breve não façam o mesmo? Toda vez que alguém censurar e cercear liberdades, que as luzes pisquem para nos lembrar que somos muitos dispostos a lutar pela liberdade.

 

Renato Cunha Lima é administrador de empresas, empresário e escritor