Racismo

Vinicius Júnior faz cobrança após três casos de racismo no mesmo dia na Espanha

Foto: José Jordan

 

O futebol espanhol foi palco de diversos episódios de racismo neste sábado (30), levando o jogador brasileiro Vinícius Júniora se manifestar nas redes sociais mais uma vez. O atacante do Real Madrid lamentou os casos envolvendo Marcos Acuña e Quique Flores, do Sevilla, e o goleiro senegalês Saar, do Rayo Majadahonda.

Vini expressou sua indignação: “Os racistas devem ser expostos”, disse ele em seu perfil nas redes sociais. O atleta destacou três incidentes no mesmo dia, incluindo o caso de Marcos Acuña, chamado de “macaco” por torcedores do Getafe, e o técnico Quique Flores, insultado em relação às suas origens ciganas. O brasileiro também mencionou o goleiro Saar, que enfrentou ofensas racistas durante uma partida da terceira divisão espanhola.

O lateral-esquerdo argentino Marcos Acuña relatou os insultos ao árbitro, que paralisou a partida para repreender os torcedores. O técnico Quique Flores também foi alvo de insultos relacionados às suas origens. Sergio Ramos, do Sevilla, condenou os incidentes, exigindo respeito e a exclusão de pessoas que praticam tais atos dos estádios de futebol. No jogo entre El Sestao River e Rayo Majadahonda, o goleiro senegalês Cheikh Sarr foi ofendido por torcedores locais, resultando em sua expulsão e na suspensão da partida. O Rayo se pronunciou contra os insultos racistas, enquanto o River limitou-se a informar a suspensão do jogo.

Deu no Estadão Conteúdo

Notícias

Por discordância, apresentador do UOL encerra entrevista com deputado negro, de direita, eleito em Portugal

Foto: Arquivo/Reprodução

 

O deputado Marcus Santos (Chega), brasileiro eleito pela direita em Portugal, tratou da existência do chamado ‘racismo reverso’. A fala ocorreu durante entrevista ao programa Uol News, nesta segunda-feira (11). Durante debate acerca do racismo, Santos, que é um homem negro, defendeu a utilização do termo conforme seu significado literal. “Se você for [ler] no dicionário, não diz que racismo é simplesmente se uma pessoa for branca e insultar uma pessoa preta. Não. Racismo é quando você tem aversão pela outra pessoa pelo tom da pele. Então, existe racismo de branco para branco, de preto para preto”, declarou.

“Eu discordo. Os brancos foram escravizados. Os negros foram escravizados pelos próprios negros. Os portugueses, quando eles iam na África, eles não iam na mata, eles não corriam no mato para ir atrás de um negro. Eles compravam os negros dos próprios negros. Por isso, o racismo nunca foi por conta da pele”, emendou.

Ao prosseguir, disse que “a escravidão nunca foi por conta da cor de pele, foi cultural”, citando dados históricos sobre o que já aconteceu com brancos em séculos passados. Diante do posicionamento contrário ao pensamento hegemônico emplacada pela esquerda e a extrema esquerda, o apresentador Diego Sarza encerrou imediatamente a entrevista. “Desculpa, eu vou te interromper porque o senhor está tentando reescrever a história. Agradeço ao senhor pela participação aqui conosco”, concluiu o jornalista do UOL.

Deu no Conexão Política

Política, Racismo

Mulher chama segurança de ‘negro macaco’ e é presa no interior do RN

 

Um caso de racismo foi registrado durante o final de semana na cidade de Mossoró, região Oeste potiguar. Uma mulher de 24 anos foi presa em flagrantes após chamar o segurança de um estabelecimento comercial de ‘negro macaco’.

O momento foi flagrado em um vídeo que repercutiu nas redes sociais. Segundo a Polícia Civil, a mulher que era cliente do restaurante foi autuado por injúria racial.

De acordo com o boletim de ocorrência, era por volta das 23h30 de sábado (3) quando o crime aconteceu. A Polícia Militar informou que a mulher havia discutido com garçons do restaurante e, já na saída do estabelecimento, ofendeu o segurança.

Após o registro do caso na Delegacia de Plantão de Mossoró, a mulher passou por audiência de custódia no domingo (4) e foi solta. Ela vai responder em liberdade e, se for condenada, pode pegar até 5 anos de prisão em regime fechado.

A confusão teria começado dentro do restaurante, quando segundo a cliente, funcionários do restaurante teriam tentado retirar os pratos da mesa. A mulher disse que foi ofendida pela garçonete.

Segundo a Polícia Civil, o segurança relatou na Delegacia de Plantão de Mossoró que a cliente ameaçou quebrar os vidros do restaurante e, que, já do lado de fora, disse que voltaria para dentro do estabelecimento, o que foi impedido por ele. Neste momento, ela o ofendeu.

Deu no Novo Notícias

Notícias

GloboNews diz que fala de Lula sobre afrodescendente foi ‘gracinha’, ‘deslize’ e ‘populismo’

Jornalista da GloboNews diz que fala de Lula sobre afrodescendente foi ‘gracinha’, ‘deslize’ e ‘populismo’ 1

 

Dois pesos e duas medidas. Em 2020, o âncora do maior jornal do país, William Bonner, reagiu com indignação às palavras do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que referiu-se a uma mulher oriental a chamando de ‘japonesa’. A mídia, desde então, passou a potencializar o caso, transformando em um escândalo institucional por parte do Planalto.

Agora, sob a administração do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que tem recebido críticas por conotações apontadas como ‘preconceituosas’ e ‘racistas’, a abordagem da imprensa, especialmente da Globo, tem minimizado o impacto do episódio.

Nesta sexta-feira (3), como mostrou o Conexão Política, Lula disse ter pensado que uma mulher afrodescendente estaria em um evento automotivo para ‘batucar’ ou por ser ‘namorada de alguém’.

Ao tecer elogios à mulher, o petista externou o que havia pensado antes de saber que ela, na verdade, era uma das melhores funcionárias da Volkswagen. A expressão “uma afrodescendente assim gosta de um batuque, de um tambor”proferida pelo esquerdista têm gerado críticas e acusações de comportamento ‘preconceituoso’, ‘medíocre’ e ‘racista’, como mostramos.

Apesar disso, a jornalista Eliane Cantanhêde, da GloboNews, vista como aliada do governo, descreveu as palavras de Lula como um ‘deslize’ e ato de ‘populismo barato’. Ela também disse que Lula fez ‘gracinha’.

A comentarista até condenou a abordagem do mandatário, mas o tom suavizado chamou a atenção do público, que tem questionado o motivo de um tratamento tão cordial em torno da atual gestão federal.

Eis a íntegra do que falou o presidente:

“Essa menina bonita que está aqui… Eu estava perguntando: ‘O que é que faz essa moça sentada? O que é que faz essa moça sentada que eu não ouvi ninguém falar o nome dela?’. Eu falei: ‘Ela é cantora. Ela vai cantar’. Aí perguntei: ‘Não, não vai ter música. Então ela vai batucar alguma coisa? Porque uma afrodescendente assim gosta de um batuque, de um tambor’. Também não é”.

E continuou: “Eu falei: ‘Nossa, então ela é namorada de alguém’. Também não é. O que é que é essa moça? Essa moça foi premiada o ano que vem como a mais importante aprendiz desta empresa e ganhou um prêmio na Alemanha”.

Deu no Conexão Política

Notícias

‘Afrodescendente assim gosta de um batuque, de um tambor’, diz Lula a jovem negra

 

Na sexta-feira, 2, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a causar polêmicas após comentários durante o anúncio de investimentos na fábrica da Volkswagen em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista.

Em determinado momento da cerimônia, Lula segurou as mãos de uma jovem negra que estava em cima do palanque e elogiou a funcionária da montadora. No entanto, partes de suas declarações têm sido interpretadas por alguns como potencialmente ofensivas, levantando também questionamentos sobre um eventual comportamento racista.

Isso porque, ao referir-se à colaboradora, o presidente disse que “uma afrodescendente assim gosta de um batuque, de um tambor.”

Lula relatou ainda que, ao avistá-la inicialmente, teve incertezas sobre suas atividades, não sabia se era uma ‘cantora’, ‘namorada de alguém’ ou mesmo ‘percussionista’. Em seguida, emendou que a jovem era, na verdade, a aprendiz mais importante da Volkswagen.

Eis a íntegra do que falou o presidente:

“Essa menina bonita que está aqui… Eu estava perguntando: ‘O que é que faz essa moça sentada? O que é que faz essa moça sentada que eu não ouvi ninguém falar o nome dela?’. Eu falei: ‘Ela é cantora. Ela vai cantar’. Aí perguntei: ‘Não, não vai ter música. Então ela vai batucar alguma coisa? Porque uma afrodescendente assim gosta de um batuque, de um tambor’. Também não é”.

E continuou: “Eu falei: ‘Nossa, então ela é namorada de alguém’. Também não é. O que é que é essa moça? Essa moça foi premiada o ano que vem como a mais importante aprendiz desta empresa e ganhou um prêmio na Alemanha”.

Deu no O Globo

Notícias

Vereador esquerdista diz ter carinho por mulher ‘mesmo sendo negra’

 

Durante um discurso na Câmara Municipal de Goiânia nesta semana, o vereador Pedro Azulão (PSB-GO) disse que a líder comunitária Sonia Fernandes Correa tinha seu carinho “mesmo sendo negra”. 

“Uma mulher trabalhadeira, uma mulher que defende uma causa social com muita garra […] Uma mulher que, mesmo sendo negra, é uma pessoa que tem o mesmo respeito e o meu carinho”, falou o vereador durante o discurso. 

Em nota, Pedro Azulão pediu desculpas e disse que suas palavras foram mal apresentadas, e que em momento algum teve a intenção de ofender ou discriminar Sonia. 

“Em momento algum durante o meu pronunciamento desta manhã na Câmara de Goiânia, tive a intenção de ofender ou discriminar Sonia Fernandes Correa. 

Conforme a íntegra do meu discurso mostra, fui à tribuna justamente para reconhecer publicamente a imensa obra social que Sonia desenvolve há anos junto à comunidade do Jardim Curitiba. 

De todo modo, é meu dever pedir desculpas pelas palavras mal apresentadas durante a minha fala na tribuna. Estive pessoalmente com a Sonia na tarde desta terça-feira para apresentar meus pedidos de desculpas e reiterar, conforme disse em meu discurso, minha admiração e estima por ela e pela obra social que ela promove” diz a nota do vereador. 

Deu no Diário do Poder

Racismo

A cada 100 mortos pela polícia em 2022, 65 eram negros, segundo estudo

 

O número de pessoas mortas pela polícia em apenas oito estados brasileiros chegou a 4.219 em 2022. Desse total, 2.700 foram considerados negros (pretos ou pardos) pelas autoridades policiais, ou seja, 65,7% do total. Se considerados apenas aqueles com cor/raça informada (3.171), a proporção de negros chega a 87,4%.

Os dados são do estudo Pele Alvo: a Bala não Erra o Negro, realizado pela Rede de Observatórios da Segurança, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (Cesec), e divulgado nesta quinta-feira (16), com base em estatísticas fornecidas pelas polícias do Rio de Janeiro, de São Paulo, da Bahia, de Pernambuco e do Ceará, Piauí, Maranhão e Pará, com base na Lei de Acesso à Informação (LAI).

Dos oito estados, apenas o Maranhão não informou a cor/raça de qualquer um dos mortos. Já nos estados do Ceará e Pará, há um grande número de mortos sem identificação de cor/raça: 69,7% e 66,2% do total, respectivamente.

Os dados mostram que a polícia baiana foi a mais letal no ano passado, com 1.465 mortos (1.183 tinham cor/raça informada). Desse total, 1.121 eram negros, ou seja, 94,8% daqueles com cor/raça informada, bem acima da parcela de negros na população total do estado (80,8%), segundo a pesquisa, feita com base em dados do Instituto Brasileiro e Geografia e Estatística (IBGE).

Aliás, isso ocorre em todos os sete estados que informaram a cor/raça de parte das vítimas. No Pará, por exemplo, 93,9% dos mortos com cor e raça identificadas eram negros, enquanto o percentual de negros na população é de 80,5%, de acordo com o estudo.

Os demais estados apresentaram as seguintes proporções de mortes de negros entre aqueles com cor/raça informada e percentuais de negros na população: Pernambuco (89,7% e 65,1%, respectivamente), Rio de Janeiro (87% e 54,4%), Piauí (88,2% e 79,3%), Ceará (80,43% e 71,7%) e São Paulo (63,9% e 40,3%).

Racismo
“Os negros são a grande parcela dos mortos pelos policiais. Quando se comparam essas cifras com o perfil da população, vê-se que tem muito mais negros entre os mortos pela polícia do que existe na população. Esse fator é facilmente explicado pelo racismo estrutural e pela anuência que a sociedade tem em relação à violência que é praticada contra o povo negro”, diz o coordenador do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania (CESeC), Pablo Nunes.

Nunes também destaca que há falta de preocupação em registrar a cor e raça dos mortos pela polícia em estados como Maranhão, Ceará e Pará. “A dificuldade de ser transparente com esses dados também revela outra face do racismo, que é a face de não ser tratado com a devida preocupação que deveria. Se a gente não tem dados para demonstrar o problema, a gente ‘não tem’ o problema e, se ‘não há’ problema, políticas públicas não precisam ser desenhadas.”

O estudo mostrou ainda que, neste ano, a Bahia ultrapassou o Rio no total de óbitos (1.465 contra 1.330). Em terceiro lugar, aparece Pernambuco, com 631 mortes. “Isso significa um cenário de degradação das forças policiais baianas e um processo de falta de políticas públicas de ação do governo estadual para lidar com essa questão, elencando-a como prioridade e estabelecendo metas e indicadores de redução dessa letalidade por parte das forças policiais”, afirma Nunes.

Segundo a Rede de Observatórios, a quarta edição do estudo demonstra o crescente nível da letalidade policial contra pessoas negras. “Em quatro anos de estudo, mais uma vez, o número de negros mortos pela violência policial representa a imensa maioria. E a constância desse número, ano a ano, ressalta a estrutura violenta e racista na atuação desses agentes de segurança nos estados, sem apontar qualquer perspectiva de real mudança de cenário”, afirma Silvia Ramos, pesquisadora da rede.

Segundo ela, é preciso entender esse fenômeno como uma questão política e social. “As mortes em ação também trazem prejuízos às próprias corporações que as produzem. Precisamos alocar recursos que garantam uma política pública que efetivamente traga segurança para toda a população”, completa.

Posicionamentos
A Secretaria de Segurança de São Paulo informou, por meio de nota, que as abordagens da Polícia Militar obedecem a parâmetros técnicos disciplinados por lei, que criou a Divisão de Cidadania e Dignidade Humana e que seus protocolos de abordagem foram revisados. Além disso, oferece cursos para aperfeiçoar seu trabalho – nos cursos de formação, os agentes estudam ações antirracistas.

Uma comissão analisa todas as ocorrências por intervenção policial e se dedica a ajustar procedimentos. A Polícia Civil paulista busca “estabelecer diretrizes e parâmetros objetivos, racionais e legais, sem qualquer tipo de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, origem, onde o policial civil, no desempenho da sua atividade”.

A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social do Pará (Segup) informa que, de janeiro a outubro de 2023, o estado alcançou redução de 22% nas mortes por intervenção de agentes do Estado, se comparado ao mesmo período de 2022, quando foram registrados, respectivamente, 440 e 569 casos em todo o Pará. A Segup ressalta que as ocorrências são registradas no Sistema Integrado de Segurança Pública pela Polícia Civil e que o campo “raça/cor” não é de preenchimento obrigatório, sendo a informação de natureza declaratória por parte de parentes ou da vítima no momento do registro.

Na Bahia, a Secretaria da Segurança Pública ressalta que as ações policiais são pautadas dentro da legalidade e que qualquer ocorrência que fuja dessa premissa é rigorosamente apurada e todas as medidas legais são adotadas. A secretaria informa que investe constantemente na capacitação dos efetivos e também em novas tecnologias, buscando sempre a redução da letalidade e a preservação da vida.

Para tanto, foi criado um grupo de trabalho voltado para a discussão e criação de políticas que auxiliem na redução da letalidade policial, promovendo uma análise mais aprofundada das informações provenientes dessas ocorrências, como o perfil das pessoas envolvidas, contextualização e região, entre outros dados que possam colaborar para a redução desses índices. A secretaria destaca ainda que a maioria dos acionamentos policiais se dá a partir dos chamados via 190 (Centro Integrado de Comunicações) e 181 (Disque Denúncia), além das operações para cumprimentos de mandados determinados pela Justiça.

No Rio de Janeiro, a assessoria de imprensa da Secretaria de Estado de Polícia Militar informa que, em todos os cursos de formação e aperfeiçoamento de praças e oficiais, a corporação insere nas grades curriculares como prioridade absoluta disciplinas como direitos humanos, ética, direito constitucional e leis especiais. A questão racial perpassa, de forma muito incisiva, por todas essas doutrinas na formação dos quadros da corporação.

De acordo com a assessoria, internamente, a Polícia Militar do Rio de Janeiro tem feito a sua parte para enfrentar o desafio do racismo estrutural ao longo de mais de dois séculos. Foi a primeira corporação a oferecer a pretos uma carreira de Estado, e hoje mais de 40% do seu efetivo é composto por afrodescendentes.

A instituição orgulha-se também de seu pioneirismo em ter pretos nos postos de comando. O coronel PM negro Carlos Magno Nazareth Cerqueira comandou a corporação durante duas gestões, nas décadas de 1980 e 1990, tornando-se uma referência filosófica para toda a tropa, ao introduzir os conceitos de polícia cidadã e polícia de proximidade. No decorrer dos últimos 40 anos, outros oficiais negros ocuparam o cargo máximo da corporação.

Deu na Agência Brasil

Esporte

Vini Júnior: “Enquanto eu jogava e me emocionava, meu amigo era humilhado”

 

O atacante Vinícius Júnior publicou um desabafo nas redes sociais ao saber que o assessor e amigo Felipe Silveira denunciou ter sofrido racismo na entrada do estádio RCDE, na Espanha, onde o Brasil derrotou Guiné em amistoso realizado neste sábado (17).

No Twitter, o jogador disse que enquanto se emocionava por vestir a inédita camisa preta da Seleção, em campanha contra o racismo, o amigo dele era humilhado e ironizado no mesmo ambiente.

Na mensagem, Vini cobra a divulgação das imagens das câmeras de segurança do estádio que fica nos arredores de Barcelona.

Vale destacar que a CBF criou a campanha “Com Racismo Não Tem Jogo” após os sistemáticos ataques sofridos pelo atacante em diversos estádios ao redor da Espanha. Como parte da campanha, o Brasil entrou em campo neste sábado (17), pela primeira vez na história, com um uniforme todo preto.

Deu na CNN

Racismo

Denúncias de racismo dentro do governo federal cresceram 94% em 2023

 

Nos cinco primeiros meses de gestão Lula, houve um considerável aumento no número de denúncias de racismo dentro do governo federal. De janeiro a maio deste ano, foram 394 ocorrências. Trata-se de um aumento de 94% em relação ao mesmo período do ano passado.

Segundo o levantamento da CGU, os órgãos de onde mais partiram denúncias de assédio foram o Departamento de Polícia Federal (DPF), o Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos (MMFDH) e o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Ápice de denúncias

Nos últimos quatro anos e cinco meses, foram registradas 2.646 denúncias de racismo no governo. Desse total, 1.922 foram concluídas e 658 foram arquivadas.

O ápice de casos desse tipo foi em 2020, no governo Bolsonaro; entre janeiro e maio daquele ano, foram registradas 675 denúncias. A maioria delas partiu da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), com destaque especial para a então Superintendência de Trens Urbanos de Belo Horizonte, privatizada para o Grupo Comporte em dezembro do ano passado.

Na época, havia uma onda de relatos de casos de racismo nas estações de metrô da capital de Minas Gerais.

“Em geral, essas denúncias partiram de abordagem dos seguranças do metrô contra usuários. Nós temos também outros casos de usuário contra usuário, de usuários contra seguranças negros; em 2020, porém, houve abordagens dos seguranças contra usuários, de maneira violenta, e todas as pessoas abordadas eram negras”, relatou a metroviária e vereadora de BH Iza Lourença (PSol), que acompanhou de perto essa situação, à época.

Direcionamento das denúncias

Um dos motivos para órgãos como a Polícia Federal e o Ministério dos Direitos Humanos estarem no topo do ranking é que, muitas vezes, denunciantes procuram por instituições que têm políticas relacionadas ao tema, segundo a CGU.

“O fato de determinado órgão ou entidade receber denúncia de assédio não necessariamente significa que o ato relatado tenha ocorrido naquele ambiente ou que tenha sido realizado por servidor daquele local”, explicou a CGU em e-mail.

Além disso, a CGU esclareceu que o arquivamento acontece quando há falta de elementos ou em caso de denúncias repetidas.

A reportagem questionou quais foram as conclusões das denúncias, mas a CGU explicou que o registro das providências adotadas pelas áreas de apuração não consta na plataforma Fala.BR.

Deu no Metrópoles