Política

No Chile, governo enfrenta protestos, alta da inflação e queda de popularidade

 

O presidente mais jovem a ser eleito no Chile, Gabriel Boric, que é ex-líder estudantil e militante de esquerda, está no cargo há cerca de três meses.

Mesmo com pouco de mandato, os problemas já são muitos. A alta recorde na inflação, com os preços subindo cada vez mais e a economia crescendo menos que o esperado são apenas algumas das dificuldades enfrentadas pelo novo governo.

Boric enfrenta queda de popularidade no país e sofre com a cobrança de sua base socialista para diminuir o número de serviços privados. Ele também não consegue tocar a reforma tributária, que levaria ao aumento de impostos, nem a previdenciária.

No meio de toda essa crise, a população do Chile ainda se prepara para um momento histórico: reescrever uma nova Constituição. O plebiscito para a nova Carta Magna será feito em 4 de setembro.

Os chilenos temem estar revivendo os resultados de 2020, quando o Produto Interno Bruto (PIB) do país encolheu 6%, naquela que foi a pior recessão em 40 anos.

A taxa inflacionária, por sua vez, já ultrapassou a casa dos 10% nos últimos 12 meses terminados em abril. Esse índice não atingia dois dígitos desde 1994.

Economia

Ministério da Economia prevê redução da inflação brasileira a partir de maio

Países espalhados pelo mundo inteiro estão enfrentando crises econômicas com aumento da inflação. De acordo com o assessor de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia, Adolfo Sachsida, a inflação dos Estados Unidos é a maior dois últimos 40 anos; a da Alemanha, dos últimos 30; e a Inglaterra enfrenta a pior crise inflacionária em 10 anos.

Segundo Adolfo Sachsida, o fenômeno atingiu também o Brasil, que fechou o ano com inflação oficial de 10,06%, bem acima da meta que poderia variar até 5,25%. Mesmo assim, a inflação de 2021 ficou abaixo do índice registrado em 2016, disse o assessor. Conforme Sachsida, a inflação está nesse momento em seu pico, que deve durar até o fim de maio e, após esse período, entrará em trajetória convergente para as metas.

De acordo com informações divulgadas pela Agência Brasil, o assessor do Ministério da Economia também comentou o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro, que ficou, no ano passado, em 4,6%, superando o de países como Coreia do Sul, Alemanha e Japão. Segundo ele “foi uma grande vitória da política econômica”. Para o assessor, o resultado comprova a retomada em “V” da economia defendida pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

Adolfo Sachsida falou também sobre a retomada da geração de empregos. No ano passado foram 2,7 milhões de postos criados. Na avaliação dele, o brasileiro está conseguindo voltar a trabalhar. “Nós estamos falando do maior desastre de saúde pública dos últimos 100 anos. Num ambiente desse, o desemprego no mundo inteiro aumentou”, disse. De acordo com o assessor, no Brasil já retornou aos patamares pré-pandemia. “Tudo isso porque tomamos o conjunto correto de ações econômicas pra preservar empregos”. Ele citou o Benefício Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda, em que o governo ajudava empresas a manter os trabalhadores, além de programas de crédito.

 

Deu no Conexão Política

Economia

Projeto da LDO prevê crescimento de 2,5% da economia brasileira para o próximo ano

 

A economia brasileira deverá crescer 2,5% no próximo ano, depois de crescer 1,5% em 2022. A estimativa consta do Projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO) 2023, enviado na quinta-feira (14) ao Congresso Nacional.

Pelas estimativas oficiais, a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) cairá para 3,3% em 2023 e para 3% em 2024 e 2025, contra 6,45% previstos para este ano. As projeções para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), usado na correção do salário mínimo, serão nos mesmos percentuais: 3,3% em 2023 e 3% nos dois anos seguintes, menor que os 6,7% projetados para este ano.

Em relação ao IPCA, índice oficial de inflação, a projeção para o próximo ano está levemente acima do centro da meta de 3,25% definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN). Como o conselho determina uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual, a inflação poderá ficar entre 1,75% e 4,75% no próximo ano sem resultar em descumprimento da meta.

O projeto também prevê uma média de 10% ao ano para a taxa Selic (juros básicos da economia) em 2023, 7,7% em 2024 e 7,1% em 2025. Atualmente, a Selic está em 11,75% ao ano. O texto enviado ao Congresso prevê taxa de câmbio média a R$ 5,30 para 2023, 2024 e 2025 e preço médio do barril do petróleo (usado para estimar receitas da União com royalties) em US$ 90,2 no próximo ano, US$ 82,7 em 2024 e US$ 78 em 2025.

 

Agência Brasil

Economia

Guedes celebra controle dos gastos públicos e diz que Brasil fechará 2021 com déficit de 1% do PIB

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta segunda-feira, 6, que o déficit primário do governo federal deve ser de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2021, diminuindo para 0,5% em 2022. Durante evento “Prêmio Tesouro Nacional 2021”, o ministro também elogiou o trabalho da Secretaria do Tesouro Nacional e da equipe econômica.

Segundo ele, seu time conseguiu controlar os principais gastos públicos com o foco na área fiscal. “É o fiscal que dirige todo o processo. Derrubamos e recontrolamos a trajetória futura dos gastos com previdência, envidamento, juros, salários do funcionalismo, que estavam fora de controle, e, finalmente, com essa jabuticaba brasileira, que são os precatórios”, disse Guedes.

De acordo com o ministro, o descontrole das trajetórias de gastos públicos tem relação com os problemas enfrentados pelo Brasil, como hiperinflação, moratória de dívida, juros de dois dígitos, aumento dos impostos, baixo crescimento econômico e até mesmo a corrupção na política.

Em outro momento, Guedes ignorou, mais uma vez, as projeções de recessão econômica para 2022. “Um País que tinha um déficit de 2% do PIB quando nós chegamos, nós reduzimos para 1% em nosso primeiro ano, 2019. Fomos a 10,5% do PIB em meio à pandemia, esse ano volta para 1% e ano que vem está previsto em 0,5%”, afirmou.

Jovem Pan

Economia

Brasil: Banco Central prevê alta de 4,7% no PIB deste ano, e 2,1% de alta para 2022

Edifício-sede do Banco Central                           Foto: Divulgação

O Banco Central divulgou nesta quinta-feira (30), pela primeira vez, sua previsão para a economia do ano que vem. A autoridade monetária vê alta de 2,1% do PIB (Produto Interno Bruto) de 2022 e, para este ano, de 4,7% ante a previsão anterior de 4,6%, divulgada em junho.

Em seu Relatório Trimestral de Inflação, o BC diz que indicadores econômicos recentes sugerem continuidade da evolução positiva da atividade doméstica, que contempla recuperação robusta do crescimento da economia ao longo do segundo semestre.

Diz ainda que a continuidade do arrefecimento da pandemia e os níveis de confiança maiores que os vigentes há três meses favorecem a recuperação da atividade e do mercado de trabalho.

Em horizonte mais amplo, a normalização da cadeia de insumos industriais, mesmo que apenas gradual, também deve ter efeitos positivos sobre o crescimento, ressalta, assim como preços internacionais de commodities ainda elevados, o que é positivo para o agronegócio e para a indústria extrativa, diz.

Apesar desses pontos positivos, o BC destaca alguns fatores que podem restringir o ritmo de recuperação no segundo semestre deste ano e durante 2022.

“No curto prazo, choques de oferta afetam negativamente atividade e consumo. Adicionalmente, o ciclo de aperto monetário, cujos efeitos devem ser sentidos principalmente em 2022, tende a diminuir o ritmo de fechamento do hiato”, diz.

Na visão do mercado, refletida no Boletim Focus, que reúne a estimativa de mais de 100 instituições, a economia deve crescer 1,53% no ano que vem ante 2% previstos há quatro semanas.

Já as perspectivas para 2021 permaneceram em 5,04% ante 5,22% de um mês atrás.

O BC levou sua projeção para o crédito às famílias à alta de 12,6% em 2021 e de 8,5% em 2022. Para o ano, a expectativa anterior apontava alta de 13,5%.

A autoridade também piorou sua estimativa para o desempenho das transações correntes neste ano a um déficit de US$ 21 bilhões, ante superávit de US$ 3 bilhões projetado em junho. Para 2022, vê um déficit de US$ 14 bilhões.

A mudança, segundo o BC, reflete principalmente a expectativa de menor saldo da balança comercial por conta do aumento das importações. O BC vê um superávit para as trocas comerciais de US$ 43 bilhões neste ano, bem abaixo dos US$ 70 bilhões calculados anteriormente.

Quanto aos Investimentos Diretos no País (IDP), o BC ajustou sua estimativa para US$ 55 bilhões em 2021, sobre US$ 60 bilhões, patamar que deve subir para US$ 60 bilhões de dólares em 2022. Nas contas do BC, a balança comercial no ano que vem terá superávit maior, de US$ 60 bilhões.

Informações da CNN Brasil