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PCC teria ligação com escola que levou ministro de Lula ao sambódromo

 

O deputado federal Capitão Augusto e a deputada estadual Dani Alonso, do PL de São Paulo, reagiram ao desfile da escola de samba Vai Vai que exaltou ato de depredação da estátua do bandeirante Borba Gato, conforme mostrou o Diário do Poder, e ainda representou a Polícia Militar de São Paulo como um ‘esquadrão de demônios’.

Os parlamentares enviaram ofícios ao governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), e ao prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), pedindo a suspensão de recursos públicos à escola de samba.

Os deputados ainda denunciam suposto envolvimento da escola com o crime organizado. “A situação é ainda mais agravada pelas revelações de possíveis ligações entre a referida escola de samba e organizações criminosas, incluindo a facção PCC”, escreveram.

E completaram: “estas associações são extremamente preocupantes, pois sugerem uma tentativa de minar a confiança pública nas instituições responsáveis pela segurança e ordem pública, além de possivelmente ameaçar a integridade do carnaval como espaço de expressão cultural livre de influências nefastas”.

Tramita sob sigilo na Justiça de São Paulo um processo que investiga a suposta ligação da Vai Vai com o PCC. Um dos investigados é o ex-diretor financeiro e atual conselheiro da agremiação, Luiz Roberto Marcondes Machado de Barroso, conhecido como Beto da Bela Vista.

Nas redes sociais, os deputados também criticaram o enredo escolhido pela escola de samba 

Os requerimentos dos parlamentares citam o escândalo que envolve a Vai Vai e a facção criminosa e solicitam que a escola de samba “seja proibida de receber qualquer forma de recurso público no próximo ano fiscal, como forma de sanção pela conduta irresponsável e ofensiva demonstrada”.

Para os requerentes, a medida seria um “claro sinal de que ofensas contra as instituições e profissionais de segurança não serão toleradas em nosso Estado”.

O documento também pede a revisão dos critérios para a concessão de apoio financeiros a entidades e eventos, “assegurando que estes não estejam de forma alguma associados a atividades criminosas ou que promovam mensagens de ódio e desrespeito contra quaisquer grupos ou instituições”.

Deu no Diário do Poder

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Moraes mantém sob sigilo relatório da Abin que o associa ao PCC

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF),  Alexandre de Moraes, mantém sob sigilo um relatório feito pela Agência Brasileira de Inteligência (ABIN) com fatos que narram suposto envolvimento dele com o Primeiro Comando da Capital (PCC). O relatório foi citados três vezes na decisão que embasou a operação de busca e apreensão contra o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Intitulado “Prévia Nini.docx”, o relatório é descrito como uma tentativa de “associar deputados federais, bem como o excelentíssimo relator Alexandre de Moraes e outros congressistas, à organização criminosa PCC”, conforme consta no despacho do ministro.

Entre 2019 e 2022, cinco funcionários da ABIN teriam elaborado o documento, o que segundo Alexandre de Moraes, é “evidência de instrumentalização da Abin”.

Acusado de favoreces os filhos do ex-presidente, Jair Bolsonaro, com informações da ABIN e de praticar ‘espionagem ilegal’, o deputado delegado Ramagem (PL-RJ) acusou a Polícia Federal de tocar perseguição contra agentes que atuaram em sua gestão à frente do órgão, e disse que a ‘nova PF não é de Estado, é de governo.

“O que se vê aqui é essa nova Polícia Federal, não de Estado, mas de governo, perseguidora, trabalhando contra policiais que faziam os grandes trabalhos da gloriosa antiga Polícia Federal”, afirmou.

Deu no Diário do Poder

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Indicada por Lula ao STJ mantém em liberdade membro do PCC que assassinou agente penitenciário

 

Ex-conselheira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e indicada por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Superior Tribunal de Justiça (STJ), a agora ministra Daniela Teixeira manteve em liberdade o ex-diretor da escola de samba Gaviões da Fiel, Elvis Riola de Andrade, conhecido como Cantor, ligado à facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). Em 2021, ele foi condenado a 15 anos de prisão pelo assassinato de um agente penitenciário. O crime foi registrado no ano de 2009 e encomendado por líderes do PCC em Presidente Bernardes (SP).

Cantor esteve preso preventivamente entre 2010 e 2021, conseguindo recorrer em liberdade. O Ministério Público, em resposta, acionou a Justiça contra a decisão e a pena do ex-dirigente foi aumentada para 16 anos em regime fechado.

Mesmo foragido, ele recorreu ao STJ por meio de um habeas corpus. A ministra, então, decidiu manter a liberdade de Elvis Riola de Andrade no dia 18 de dezembro, conforme antecipado pela coluna de Guilherme Amado, no portal Metrópoles.

Em 10 de janeiro deste ano, Cantor foi preso na Bolívia por uso de documentos falsos, mas foi colocado em liberdade ao chegar ao Brasil a partir da decisão de Daniela Teixeira. “No caso concreto, quando da ponderação da razoabilidade e proporcionalidade, que deve ser feita quando da análise da necessidade de aplicação de medida de segregação cautelar, verifico não ser necessária a decretação de prisão preventiva, eis que o paciente, quando condenado pelo Tribunal do Júri, teve a sua prisão preventiva revogada ‘diante do tempo de prisão cautelar a que o acusado ficou submetido e possibilidade de fixação de regime aberto pelo juízo da execução’”, decidiu a ministra.

Em sua sustentação, a magistrada também citou o direito à presunção de inocência do acusado. “Ao preservar a presunção de inocência e permitir que os indivíduos aguardem o desfecho de seus processos em liberdade, promovemos uma abordagem mais justa e equitativa, fortalecendo, assim, a confiança na justiça e o respeito aos direitos humanos”, disse.

O MP recorreu da decisão de Daniela Teixeira no próprio STJ, mas a solicitação foi negada. A presidente da Corte, ministra Maria Thereza de Assis Moura, referendou a decisão de Teixeira e negou o pedido para que Cantor voltasse ao regime fechado. O Ministério Público de São Paulo abrir novamente uma nova solicitação pedindo a prisão do ex-dirigente da escola de samba Gaviões da Fiel.

Em nota, enviada ao portal Metrópoles, a ministra Daniela Teixeira destacou que “o réu já não estava em regime fechado há dois anos e cinco meses”. Logo, segundo ela, se ele descumpriu qualquer regra após a decisão, os fatos precisam ser apurados pelas instâncias competentes, considerando que não há repercussão na decisão proferida pelo STJ.

Eis a nota da ministra Daniela Teixeira na íntegra:

“Em relação às reportagens no dia de hoje, que tratam de um réu preso na Bolívia, os fatos são rigorosamente os seguintes: O processo que tramita neste gabinete não tem relação alguma com tráfico ou organização criminosa. Trata-se de uma acusação de homicídio. Depois de cumprir prisão preventiva por 11 anos, o réu foi julgado pelo tribunal de júri e condenado a 15 anos.

O juiz do júri, em 19.8.2021 (há dois anos e 5 meses), determinou que o réu fosse colocado em liberdade, com o seguinte fundamento: “uma vez que o acusado está preso preventivamente há mais de 11 anos, já cumprido o lapso para progressão. Poderá recorrer em liberdade. Expeça-se alvará de soltura”. Portanto, importante frisar que o réu já não estava em regime fechado há dois anos e cinco meses.

Em 2.8.2023, sobreveio o julgamento de apelação pelo TJ/SP, em recurso do parquet, decretando novamente a prisão preventiva, que havia sido revogada pelo juiz do júri, e determinando o retorno para o regime fechado. A partir dessa decisão foi distribuído no STJ o HC do réu, solicitando a reforma da decisão do TJ/SP, de modo a manter o que havia sido decidido pelo juiz do júri: responder o processo em liberdade. E foi o que a ministra Daniela Teixeira concedeu no habeas corpus de sua relatoria. Apenas isso.

Se o réu descumpriu qualquer regra depois da decisão, se cometeu outros crimes, ou portava documentos falsos, isso deve ser analisado pelas instâncias ordinárias e não tem repercussão na decisão já proferida, que se limitou a analisar o crime de homicídio, e o direito constitucional de recorrer em liberdade, mesmo porque, como observou o magistrado de primeiro grau, o réu já havia cumprido o lapso temporal necessário à progressão do regime.”

Deu no Metrópoles

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Químico preso em São Paulo evidencia relações do PCC com o Hezbollah

Químico preso em São Paulo evidencia relações do PCC com o Hezbollah

 

Em junho, uma operação da Polícia Civil de São Paulo tinha como objetivo surpreender um encontro entre um suspeito e outro homem que sabiam ser apenas o “químico do Primeiro Comando da Capital (PCC)”, a maior facção criminosa das Américas.

Ao conversar com o provável químico do PCC, o policial da Delegacia de Investigações de Entorpecentes (DISE) se deparou com Garip Uç, um químico turco de 38 anos que solicitou refúgio no Brasil em 2020.

Mais tarde, os policiais descobriram que o homem era um interesse de investigadores da Polícia Federal e da Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol). Garip é irmão de Eray Uç, acusado de participar de uma rede internacional de traficantes de drogas que entregava ao Hezbollah parte de seus lucros para poder atuar no Oriente Médio.

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Garip é irmão de Eray Uç, acusado de participar de uma rede internacional de traficantes de drogas que entregava ao Hezbollah parte de seus lucros para poder atuar no Oriente Médio | Foto: Polícia Civil

Durante as investigações, os agentes passaram a desconfiar que o químico do PCC preso em São Paulo poderia ser o próprio Eray Uç, que teria usado o documento do irmão para atuar no Brasil. Eray fugiu da prisão no Paraguai em 2017, de acordo com o jornal O Estado de São Paulo.

Mas o promotor de Justiça do caso, Hélio Junqueira de Carvalho Neto, não encontrou evidências que comprovassem que a polícia havia prendido Eray em vez de Garip. A investigação então focou em confirmar o que Uç fazia no Brasil.

A presença dele na Praia Grande, litoral paulista, foi possível indício de que o crime organizado estava operando entre o Brasil, a Europa, a África e a Ásia. Os investigadores passaram a investigar a importação de haxixe.

Os barcos usados pelo PCC e pelos seus comparsas da Máfia do Balcãs e a máfia da Calábria ’Ndrangheta foram surpreendidos pela Marinha do Brasil. O barco sai com cocaína e volta ao país com haxixe.

Garip Uç chegou a confessar informalmente aos policiais seu papel como químico do PCC produzindo odrymarroquino, variante do haxixe muito popular na Turquia.

Quando a Polícia Federal (PF) revelou que havia pessoas ligadas ao Hezbollah e contratadas para fazer ataques contra judeus no Brasil, a história envolvendo Garip Uç se tornou ainda mais séria para os investigadores.

Um relatório da Diretoria de Investigação Antimáfia (DIA), do Ministério do Interior da Itália, divulgou um relatória que comentou a atuação do PCC.

“O PCC é a maior organização criminosa da área de São Paulo e da tríplice fronteira”, disse o documento. “E é um importante ator de referência no âmbito do florescente mercado de estupefacientes, também graças às suas relações com o Hezbollah e a ‘Ndrangheta”.

Informações do Estadão

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PCC e Comando Vermelho impulsionam desmatamento na Amazônia

Michel Reyes | Unsplash

 

O narcotráfico tem atuado em crimes ambientais na Amazônia Legal, impulsionando a ocupação irregular de terras, extração de madeira e garimpo ilegal, conforme uma reportagem do jornal O Estado de S. Paulo. A situação está diretamente relacionada ao avanço de facções como o Primeiro Comando da Capital (PCC), de São Paulo, e o Comando Vermelho (CV), do Rio de Janeiro, pela região Norte do país.

Segundo a reportagem, o controle das rotas para o tráfico de drogas permite que esses grupos criminosos invistam na exploração de recursos naturais e na cobrança de taxas. Os dados apresentados no Relatório Mundial sobre Drogas 2023, divulgado pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), apontam pela primeira vez um capítulo específico sobre a criminalidade na Amazônia.

O monitoramento revela que o Comando Vermelho tem estendido suas operações de garimpo para a região de Madre de Deus, no Peru. O CV, apesar de ter perdido força em outras fronteiras do Brasil, é considerado a facção brasileira mais poderosa no Norte do país.

Simultaneamente, facções como o PCC infiltraram-se em operações de mineração ilegal, oferecendo ‘proteção’, extorquindo ‘impostos’ e controlando poços e máquinas de dragagem. O PCC atua como ‘síndico’ do garimpo no Território Indígena Yanomami, em Roraima, onde o governo federal decretou emergência de saúde em janeiro, conforme reportagem anterior do Estadão.

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Em sete anos, justiça libera mais de 30 criminosos do PCC

 

A pouco tempo de ser condenado a 47 anos de prisão, na época, o número 3 do PCC, Rogério Jeremias de Simone, o Gegê do Mangue, deixou uma penitenciária de segurança máxima no interior de São Paulo para assumir o comando da facção nas ruas. 

O criminoso saiu da prisão em fevereiro de 2017, pela porta da frente após decisão da Justiça. O Gegê foi assassinado em fevereiro de 2018, em uma suposta emboscada na reserva indígena de Aquiraz (CE). Ele e mais 30 criminosos integrantes importantes da facção conseguiram o mesmo no período de sete anos, de acordo com levantamento do portal Folha de São Paulo. 

A lista de criminosos tem como base relatórios de inteligência policial, nela estas integrantes do PCC soltos após cumprimento de suas penas, segundo a lei. A maioria das decisões envolve processos com medidas que não aceita pelos policiais. 

Um desses processos ocorreu em outubro de 2020, quando o então ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), mandou soltar o narcotraficante André de Oliveira Macedo (43), o André do Rap, do PCC.  

Preso no final de 2019, após anos foragido, André do Rap recebeu liberdade porque o ministro entendeu que o tempo de prisão preventiva excedia o limite previsto em lei. A decisão foi revertida dias depois, pela presidência do Supremo Tribunal Eleitoral (STE), mas o narcotraficante sumiu do monitoramento policial e continua foragido até hoje. 

De acordo com a investigação, o criminoso saiu da prisão vestido todo de branco, o que era uma mensagem cifrada para dizer que deixou a prisão sem precisar escalar muros da unidade, exatamente como havia avisado aos colegas que faria antes de a ordem de soltura ser assinada. 

O mesmo ministro já havia mandado soltar ao menos outros quatro criminosos da facção chefiada por Marco Camacho, o Marcola, todos sob a justifica de haver excedido o prazo entre a prisão e uma condenação definitiva.  

Marco Aurélio, aposentado em 2021, também determinou a soltura de Valter Lima Nascimento, o Guinho, braço direito de Gilberto Aparecido dos Santos, o Fuminho, suspeito de ser o principal fornecedor de drogas para o PCC. 

O criminoso foi solto em abril de 2020. Em janeiro deste ano, foi preso novamente em cumprimento a novo mandado judicial. Dois meses depois, teve nova prisão decretada a pedido da Polícia Federal sob suspeita de participação no plano de sequestrar o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-juiz da Lava Jato. 

Policiais que deram entrevista a Folha de São Paulo apontam que a soltura de outro preso, ocorrida em 2016, foi uma decisão tão questionável quanto à de André do Rap. Eles citam a liberdade concedida a Cláudio Roberto Ferreira, o Galo, condenado a mais de 65 anos de prisão por participar, em 2008, de um roubo em Guarulhos que terminou com três mortos.

Ele foi preso em agosto de 2015. Já em 2016, o então presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, concedeu um novo habeas corpus a Galo sob o argumento de que ele só deveria ser preso após sentença definitiva. A decisão foi revogada dias depois, mas o suspeitou tornou-se foragido. Em 2018 ele foi encontrado na zona leste de São Paulo, morto em uma guerra interna do PCC.  

Já este ano, Décio Luís Gouveia (56), conhecido como Décio Português, que estava na Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte, considerado atual número 3 da facção foi solto em agosto deste ano por determinação do ministro Ribeiro Dantas, do STJ, que concedeu habeas corpus por excesso de prazo na prisão preventiva.  

O Tribunal de Justiça de SP informou a Folha de São Paulo que não pode interferir nas decisões de juízes em razão independência funcional dos magistrados, que analisam caso a caso e decidem com base nos critérios legais. 

Fonte: Folha de SP.

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Juiz revela nome de nova facção no RN e faz alerta: “Estado terá de redefinir espaços nos presídios para evitar mortes”

 

O juiz Henrique Baltazar, da Vara de Execuções Penais de Natal, confirmou que há uma nova facção em formação no Rio Grande do Norte. O magistrado informou que há um rompimento entre participantes de uma facção já existente no território potiguar, “Sindicato do Crime”. Com isso, de acordo com ele, o Estado deverá agora redefinir espaços dentro dos presídios para evitar mortes.

“Estão sendo apurados os detalhes [da nova facção]. Que é fato, é. O que se sabe é que tem um racha no Sindicato do Crime, e em razão disso, começa a surgir uma guerra entre eles, entre os que racharam e os que ficaram. Já há notícias de possíveis atentados e mortes no estado, mas ainda não conseguiu-se fazer a vinculação”, relatou, em entrevista ao jornal Agora RN.

A nova facção seria chamada “Comando 84”, e representa insegurança para a população potiguar. “O perigo é que eles comecem a se matar, e que pessoas inocentes sejam atingidas no fogo cruzado, assim como o aumento de Condutas Violentas Letais Intencionais (CVLIs) no RN”, comentou Baltazar.

O juiz acredita que as facções devem brigar pelo comando do território na disputa pelo tráfico de drogas. “A guerra entre facções pode ocasionar problemas porque o Estado terá que redefinir espaços dentro do presídio, para evitar mortes dentro dos presídios. Uma coisa é trabalhar com duas facções, outra é trabalhar com três. Terá que redefinir os locais para recolher os presos”, pontuou.

Mesmo que o sistema prisional hoje esteja sob controle, Baltazar acredita que o Estado deve investir na investigação, já que sempre há riscos em relação a novas rebeliões. “Investigar e prender as pessoas que estão soltas e envolvidas”, frisou o juiz.

Em meados deste mês, após a prisão de dois homens e uma mulher no município de Bom Jesus, suspeitos por organização criminosa e tráfico de drogas, o delegado da Polícia Civil de Macaíba, Cidorgeton Pinheiro, chegou a afirmar em vídeo nas redes sociais que uma nova facção estava criando força no RN.

Em nota, a Polícia Civil afirmou que a nova facção era formada por dissidentes do Sindicato do Crime e também do Primeiro Comando da Capital (PCC).

Deu no Portal da 98

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Homem apontado como membro da cúpula do PCC é solto da penitenciária de Mossoró

 

Décio Gouveia Luís, 56 anos, conhecido como Décio Português, foi solto da Penitenciária Federal de Mossoró. Ele é apontado pelo Ministério Público do estado de São Paulo (MP-SP) como membro da cúpula da facção criminosa PCC, com atuação no Brasil e em outros países. O homem saiu pela porta da frente do presídio, graças a uma decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) de agosto deste ano. A informação foi confirmada pelo colunista do UOL Josmar Jozino.

Décio Português foi preso pela Polícia Civil de São Paulo em agosto de 2019 em uma casa de luxo em Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro. Ele nega integrar o PCC, porém, de acordo com o MP-SP, o homem era o terceiro na hierarquia da facção enquanto estava nas ruas.

A transferência dele, em junho de 2021, para uma penitenciária federal foi embasada justamente pelo fato de ele ser acusado de ocupar posto de liderança na maior organização criminosa do país.

Décio Português estava preso a quatro anos, por condenação por associação a organização criminosa pela Justiça de São Paulo. A defesa dele recorreu e o caso foi parar no STJ. No último dia 24 de agosto, o ministro Ribeiro Dantas relaxou a prisão preventiva do presidiário por excesso de prazo no julgamento do pedido dos defensores, e o detento foi solto.

Deu na Tribuna do Norte

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Promotor que dedica a vida a combater bandidos cogita sair do País

 

Jurado de morte pela organização criminosa “PCC”, considerada a maior de toda a América Latina, o promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Ministério Público de São Paulo, revelou nesta quarta-feira (4) que avalia sair do Brasil ao se aposentar, em breve.

A afirmação do promotor se deu durante entrevista ao programa Jornal Gente, transmitido simultaneamente pela Rádio Bandeirantes e TV BandNews.

Há 33 anos combatendo o crime e na maior parte desse período concentrado em investigar, prender e condenar bandidos perigosos, sobretudo essa gangue que nasceu nos presídios paulistas, Gakyia e sua família perderam completamente a o direito de ir e vir. Não é mais dono da própria vida. Há mais de dez anos ele é submetido ao rigoroso esquema de segurança que o mantém vivo.

Ele vive protegido por policiais militares paulistas muito bem treinados para o enfrentamento desse tipo de risco. Sua ida aos estúdios do Jornal Gente, no Grupo Bandeirantes de Comunicação, foi cercada de expressivo aparato de segurança.

Condenado à morte

O promotor de Justiça Lincoln Gakiya integra o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público de São Paulo em Presidente Prudente, investiga esse grupo criminoso desde o ano 2000.

Ele teve sua morte decretada pelo “PCC” após participar do esforço que transferiu para presídios federais de outros estados as princiais lideranças da organização criminosa.

Em março deste ano, a Polícia Federal descobriu um plano desses bandidos para sequestrar e assassinar autoridades, entre as quais o promotor Lincoln Gakiya.

A PF desarticulou o esquema criminoso por meio da Operação Sequaz, que prendeu nove suspeitos de fazer parte do gangue, oito deles no Estado de São Paulo.

Deu no Diário do Poder

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Prisão preventiva de Marcola, líder do PCC, é revogada após 16 anos

 

O Tribunal de Justiça de São Paulo revogou uma ordem de prisão preventiva que vigorava há 16 anos contra Marcos Willians Herbas Camacho, o Marcola, chefão do PCC que tem mais de 300 anos de pena para cumprir. Apesar da “vitória” judicial, em razão das inúmeras condenações e dos outros processos a que responde na Justiça, o líder da facção seguirá preso.

A decisão foi proferida em julgamento virtual realizado na última sexta-feira (29), pela 2ª Câmara de Direito Criminal da Corte paulista. Nos termos do voto do relator, Laerte Marrone, os desembargadores viram constrangimento ilegal no caso, indicando “excesso de prazo” da preventiva.

O mandado de prisão agora revogado foi cumprido contra Marcola em setembro de 2016, no bojo de um processo a que o chefe da facção responde com outros 18 réus. A ação versa sobre homicídio qualificado, associação criminosa, tráfico de drogas e associação para o tráfico.

Quanto a Marcola, nesse caso, o Ministério Público de São Paulo o acusa de dois crimes de homicídio, um consumado e outro tentado. Os delitos teriam sido praticados junto de Júlio César Guedes de Moraes, o Julinho Carambola, apontado como outro “líder máximo” do PCC.

Segundo a Promotoria, Marcola e Carambola foram os artífices da era de terror que o PCC impôs a São Paulo em 2006 – ao longo de semanas, “soldados” da facção explodiram bombas e granadas e fuzilaram desafetos e policiais.

O Ministério Público sustenta que Marcola e Carambola ordenaram aos integrantes da facção que “matassem todos os policiais, civis e militares, e demais autoridades que encontrassem a partir do dia 12 de maio de 2006, no estado de São Paulo”.

Os dois foram denunciados pelo assassinato a tiros do PM Nélson Pinto e tentativa de homicídio do policial Marcelo Henrique dos Santos. Em 2019, foi assinada a sentença de pronúncia do chefão do PCC – ele será levado a júri popular pelos crimes. O julgamento ainda não ocorreu.

A revogação da preventiva atendeu a defesa de Marcola, que pediu a extensão de uma ordem de soltura concedida pelo Tribunal de Justiça a outro acusado de integrar as fileiras do PCC, Adriano Bezerra Messias.

O acórdão do Tribunal de Justiça, publicado na sexta, insta ainda o juiz de primeiro grau responsável pelo processo a tomar “todas as providências necessárias para viabilizar o julgamento no menor tempo possível”, inclusive levando em consideração a possibilidade de dividir o processo.

Deu no Estadão