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PCC financiou campanhas políticas em troca de favorecimento em licitações

Matheus Tagé | Flickr
Foto: Matheus Tagé | Flickr

 

Uma força-tarefa coordenada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) em conjunto com a Polícia Militar foi iniciada nesta terça-feira (16) para desmantelar uma organização criminosa que colaborava com o Primeiro Comando da Capital (PCC).

Segundo as investigações, esse grupo criminoso financiou campanhas políticas em troca de favores na manipulação de licitações públicas. Uma vez eleitos, esses políticos redirecionavam contratos governamentais para empresas vinculadas à organização criminosa, as quais utilizavam tais serviços para lavagem de dinheiro.

A promotora de justiça Flávia Flores explicou que o esquema fraudulento abrangia licitações em todo o estado, com resultados direcionados para empresas “laranjas” associadas ao grupo. Os contratos obtidos pelas empresas fictícias eram usados para ocultar os recursos provenientes das atividades ilegais do PCC. Além disso, agentes públicos, incluindo políticos e servidores, eram corrompidos para facilitar as fraudes nos processos licitatórios.

A operação resultou na execução de 15 mandados de prisão temporária e 42 mandados de busca e apreensão em diversas localidades, incluindo prefeituras, câmaras municipais e empresas situadas em cidades como Guararema, Poá, Itatiba, Ferraz de Vasconcelos, Santa Isabel, Arujá e Cubatão.

Durante as diligências, foram apreendidas quatro armas de fogo, uma grande quantidade de munições, 22 celulares, 22 notebooks, além de 3,5 milhões de reais em cheques e 600 mil reais em espécie. As investigações prosseguem com o objetivo de identificar todos os envolvidos no esquema e responsabilizá-los pelas práticas criminosas.

Deu no Conexão Política

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Empresas de ônibus controladas pelo PCC receberam quase R$ 5,5 bilhões

Empresas de ônibus controladas pelo PCC receberam quase R$ 5,5 bilhões |  Blogs CNN | CNN Brasil

 

Desde o início de suas operações na cidade de São Paulo, as empresas Transwolff e UpBus acumularam um montante de R$5,491 bilhões, entre subsídios concedidos pela Prefeitura e receita proveniente da venda de passagens. Esses dados foram levantados pela SPtrans.

Ambas as empresas foram alvos de busca e apreensão durante uma operação coordenada pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP), resultando na prisão de empresários e funcionários na Operação Fim da Linha, ocorrida na terça-feira (9).

O MPSP e a Polícia afirmam que essas empresas estão sob o controle do PCC, principal facção que atua em São Paulo. A Transwolff opera na cidade desde janeiro de 2015 e é responsável por 132 linhas, com uma frota de 1.206 ônibus. Desde então, recebeu R$5,1 bilhões. Ela opera dois lotes da licitação na Zona Sul, abrangendo áreas como Parelheiros, Grajaú, Varginha, Santo Amaro, Jardim Angela e Capão Redondo.

Por outro lado, a UpBus opera 13 linhas na Zona Leste, com uma frota de 159 veículos. Desde setembro de 2018, quando foi contratada pela primeira vez, até dezembro de 2023, a empresa recebeu R$391 milhões pelo serviço de transporte de passageiros. Seus ônibus circulam por áreas como Itaim Paulista, Cidade Tiradentes, A.E Carvalho, Itaquera e Penha.

Os valores mencionados são brutos e englobam os faturamentos totais, sem descontos de multas contratuais. Até o momento, o MP não encontrou indícios de envolvimento de agentes públicos no favorecimento dessas empresas, mas a investigação continua analisando a licitação e os contratos firmados com o poder público. Tanto o Tribunal de Contas do Município quanto a Controladoria Geral do Município também participarão dessa análise.

A reportagem não conseguiu contatar representantes das empresas após a prisão de parte de seu quadro societário. A prefeitura implementou uma intervenção em ambas até a conclusão da investigação. A gestão municipal assegurou que nenhum passageiro será prejudicado durante esse período e que os mais de 4 mil funcionários terão seus direitos trabalhistas respeitados.

Deu na CNN

Polícia

PCC injetou R$ 54 milhões em empresa de ônibus, diz MPSP

Foto: Jessica Bernardo

 

Investigação do Ministério Público de São Paulo (MPSP) mostra que o Primeiro Comando da Capital (PCC) aportou R$ 54 milhões, obtidos com tráfico de drogas e outros crimes, para permitir que a empresa de ônibus Transwolff participasse da licitação do transporte público na capital paulista.

O esquema para lavar dinheiro do PCC foi detalhado em denúncia do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do MPSP, no âmbito da Operação Fim da Linha, contra 10 pessoas ligadas à Transwolff. Elas são acusadas de organização criminosa, extorsão, lavagem de capitais e apropriação indébita.

O dinheiro da facção foi ocultado a partir da criação da empresa MJS Participações Ltda, em 2014, que ingressou no quadro societário da Transwolff no ano seguinte, segundo a promotoria. Com isso, o capital social da Transwolff, que até então operava por contratos emergenciais com a Prefeitura, saltou de R$ 1 milhão para R$ 55 milhões em 2015.

O aporte habilitou a TW, como a viação é conhecida, a participar da licitação do transporte público, que foi lançada naquele ano pela gestão Fernando Haddad (PT) para renovar os prestadores de serviço. O edital exigia que os concorrentes tivessem capital social de, no mínimo, R$ 25 milhões.

Lavagem

Os valores associados à empresa teriam sido obtidos por “depósitos em dinheiro e fracionados”, sem origem demonstrada, segundo a denúncia.

Os investigadores identificaram depósitos anônimos, realizados entre setembro e dezembro de 2015, no Banco Luso Brasileiro S/A, na zona sul da capital paulista, onde os sócios da TW eram correntistas.

Também houve transferências a partir de supostos empréstimos de 88 pessoas físicas, incluindo funcionários da TW e titulares de empresas administradas pela Demark Assessoria Contábil, o escritório responsável pela contabilidade da viação, cujos donos também foram envolvidos no esquema. Esses valores chegaram a R$ 26,6 milhões e teriam sido usados na compra de 50 ônibus para a empresa.

A MJS Participações Ltda seria efetivamente incorporada à TW em dezembro de 2019. Durante a sua existência, a holding “não desempenhou nenhuma atividade operacional, não teve funcionários, não adquiriu nem alienou nenhum bem imóvel e não possuiu ônibus”, de acordo com o MPSP.

A investigação identificou, ainda, que a lavagem envolvia um restaurante, supostamente contratado para fornecer refeições para funcionários da TW. Segundo o MPSP, o estabelecimento, na verdade, atuava como “noteira” – ou seja, emitia notas fiscais frias para regularizar a contabilidade.

Denunciados

O MPSP afirma que o líder do esquema era Luiz Carlos Efigênio Pacheco, o Pandora, de 56 anos, sócio majoritário da Transwolff. Segundo a denúncia, a incorporação da MJS também permitiu que ele “aumentasse expressiva e artificialmente o seu patrimônio declarado”.

Na denúncia, Pandora e Robson Flares Lopes Pontes, 38, um dos diretores da viação, são acusados de representarem o elo da empresa com o PCC. Eles foram presos preventivamente na terça-feira (9/4).

Já o outro denunciado que está preso é Joelson Santos da Silva, 56, representante da Demark Assessoria Contábil. Os três mandados foram cumpridos durante a Operação Fim da Linha.

Respondem à acusação em liberdade os denunciados Cícero de Oliveira, Moisés Gomes Pinto e Carlos Couto Ramos, diretores da TW, além Reginaldo Gonçalves da Silva, ex-sócio da empresa.

O MPSP denunciou, ainda, Jeová Santos da Silva, que é irmão de Joelson e atua na Demark, além dos advogados José Nivaldo Souza Azevedo e Lindomar Francisco dos Santos, supostamente ligados ao loteamento irregular e grilagem, promovidas pelo PCC na região da represa do Guarapiranga, na zona sul, onde foram identificados imóveis de empresas envolvidas.

A promotoria também ofereceu denúncia, em separado, contra outros 19 investigados ligados a outra empresa de transporte, a UpBus, que também foi alvo da Operação Fim da Linha.

Deu no Metrópoles

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Empresário preso por suspeita de elo com PCC doou para petista que coordena pré-campanha de Boulos

Empresário preso por suspeita de elo com PCC doou para petista que coordena pré-campanha de Boulos 2

 

Nesta terça-feira (9), o empresário Luiz Carlos Efigênio Pacheco, proprietário da Transwolff, foi preso em uma operação do Ministério Público contra empresas de ônibus suspeitas de terem vínculos com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Ele havia doado R$ 75 mil na eleição de 2020 para Antonio Donato (PT), um dos coordenadores da pré-campanha à prefeitura de Guilherme Boulos (PSOL).

Segundo o jornal, essa doação foi a segunda maior individualmente recebida por Donato, que concorria ao cargo de vereador naquela eleição e foi eleito. Atualmente, ele exerce o cargo de deputado estadual, conquistado em 2022.

Essa doação feita a Donato, hoje um dos responsáveis pelo programa de governo de Boulos, foi a única contribuição do empresário nas últimas cinco eleições.

Em resposta à reportagem, Donato afirmou ao Painel que foi contatado pessoalmente por Pacheco para realizar a doação. “Ele expressou o desejo de ajudar alguém da oposição e me procurou. Eu assegurei que, por ser uma doação oficial, não haveria problema”.

Donato também declarou que não possui proximidade com o empresário e que o encontrou apenas algumas vezes nos últimos anos. Ele mencionou um encontro em 2012, em frente à padaria da Câmara Municipal, quando uma cooperativa havia declarado apoio ao candidato a prefeito Celso Russomanno, e Pacheco o procurou para afirmar que era um caso isolado no setor de transporte. Naquela época, Donato era presidente municipal do PT.

Sobre as suspeitas de ligação da empresa com o PCC, Donato respondeu: “O que posso dizer é que tudo precisa ser investigado”.

Informações da Folha de S.Paulo.

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Empresa de aliado de Lula pagava R$ 70 mil ao PCC, confirma polícia

 

Mensagens no celular de Adauto Soares Jorge, ex-diretor da empresa de ônibus Transunião e aliado de Lula (PT), mostram a existência de pagamentos semanais de R$ 70 mil, feitos por meio do caixa da companhia, ao Primeiro Comando da Capital (PCC). Os diálogos constam de inquérito conduzido pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) ao qual o Estadão teve acesso. As investigações estão sob sigilo de Justiça.

A Transunião é uma das três empresas de ônibus da cidade de São Paulo cujos diretores ou acionistas são investigados atualmente por crimes que a polícia liga ao PCC. Ela tem 467 ônibus em sua frota e opera em dois lotes do sistema de transporte público de São Paulo. A apuração do caso, que envolve extorsões, lavagem de dinheiro e organização criminosa, começou com o inquérito sobre o assassinato de Jorge, morto a tiros em 4 de março de 2020, em um estacionamento da rua Cônego Antonio Manzi, no Lajeado, na zona leste. A empresa foi procurada pelo Estadão, mas não respondeu.

Adauto Soares Jorge estava acompanhado por Devanil Souza Nascimento, conhecido como Sapo, um antigo funcionário da Transunião. Devanil era motorista do vereador Senival Moura (PT), líder da oposição na Câmara Municipal de São Paulo e um dos fundadores da Transunião. Segundo a polícia, Devanil seria envolvido com um “esquema” de administração de creches subsidiadas com recursos oriundos da Prefeitura” e foi investigado no inquérito sobre o homicídio – assim como Moura – sob a suspeita de ter conduzido Jorge até o estacionamento, sabendo da armadilha que havia sido montada contra a vítima.

Ambos negam a acusação e suas defesas alegam que eles são inocentes (veja abaixo). Em discurso feito no dia 14 de junho de 2022, no plenário da Câmara, Senival disse: “Operamos com a Transunião até o dia 4 de fevereiro de 2020. No dia 5 teria uma assembleia da empresa, e eu e o Adauto Soares Jorge fomos recomendados a não participar. Quando recebi isso, achei melhor ir embora”, disse o Moura. “Nós (o vereador e Adauto) criamos essa empresa, mas me desliguei.”

O relatório do inquérito do caso, ao qual o Estadão teve acesso, é conclusivo: “Apurou-se, em síntese, que a morte de Adauto Soares Jorge teve relação com um esquema de desvio de verbas da precitada empresa de transportes públicos Transunião, a qual, desde seu nascedouro, ainda no modelo de Cooperativa, vinha sendo utilizada para a lavagem de capitais oriundos do crime, mais especificamente, valores obtidos ilicitamente, advindos da facção criminosa autodenominada Primeiro Comando da Capital”.

Relatório aponta recursos para facção

Senival era uma liderança entre os perueiros da capital nos anos 2000. Foi quando, segundo o relatório assinado pelo delegado Anderson Honorato Santos, os “notórios criminosos” Ricardo Pereira dos Santos, o Cunta, e Alexandre Ferreira Viana, o Alexandre Gordo, teriam providenciado recursos para a campanha eleitoral do político – ele concorreu pela primeira vez a vereador em 2004.

Em troca, afirmou o delegado, o PCC “passou a ocupar grande parte das cotas/ações, vinculadas à indigitada empresa, tornando cada vez mais perigoso o ‘jogo’ de desvio de recursos e branqueamento de capitais, visto que, em grande parte, Senival e Adauto, agora mais do que nunca, teriam que prestar contas à criminalidade organizada”.

De acordo ainda com o documento da polícia, a facção possuía um “preposto junto a Transunião”, responsável pela interlocução e defesa dos interesses da criminalidade na empresa. “Tal preposto foi identificado como Leonel Moreira Martins, notório ladrão de bancos, o qual, como se depreende da análise das mensagens encontradas no aparelho celular da vítima (Adauto), interagia quase que semanalmente com esta, para resolver problemas envolvendo a empresa e os interesses de membros do PCC, vinculados àquela.”

Alegando supostos desvios de verbas da empresa, a facção obteve, em 5 de fevereiro de 2020, o afastamento do aliado de Senival da presidência da Transunião, por meio da destituição de Adauto do cargo. “A mando da referida facção criminosa e por intermédio de Leonel, a presidência da empresa Transunião é passada para um de seus integrantes, Lourival de França Monário, o qual fica incumbido de dar prioridade aos interesses espúrios daquela, em detrimento dos demais cooperados”.

De acordo com o Relatório de Análise de Extração de Dados do aparelho celular de Adauto, cadastrado em nome da empresa Transunião, Leonel Martins comunicava-se “quase que semanalmente com Adauto, e o teor dos diálogos, quase que em sua totalidade”, diziam respeito “a cobranças de valores e repasses” que deviam “ser realizados a parentes de indivíduos vinculados a criminalidade” Às 18h43 de 25 de maio de 2019, por exemplo, Leonel cobra um tratamento preferencial ao ônibus de prefixo 36644, o qual pertenceria à “pessoa de alcunha Perigo”, seu irmão.

Fonte: Estadão

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Veja reação de Marcola, líder do PCC, diante da fuga em Mossoró

Reprodução

 

Poderosa e temida facção criminosa do país, o Primeiro Comando da Capital (PCC) sempre teve como um de seus principais objetivos libertar Marcos Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, o líder supremo da organização. Entretanto, os planos de fuga sempre foram frustrados pelas forças de segurança federais.

A notícia da fuga histórica de dois membros do Comando Vermelho, rival do PCC, de uma cela de Regime Disciplinar Diferenciado (RDD) na penitenciária federal em Mossoró (RN) chegou aos ouvidos de Marcola. No entanto, após saber da fuga surpreendente, Marcola não fez comentários e mostrou um semblante “apático”, conforme apurado pela coluna Na Mira/Metrópoles.

Os integrantes do Comando Vermelho conseguiram escapar de uma unidade federal usando uma estratégia que está sendo investigada. Em 2022, o PCC havia concluído 90% de um planejamento para realizar um resgate cinematográfico no presídio federal de Porto Velho (RO). No entanto, as autoridades interceptaram a intenção, e a tentativa foi suspensa pelos faccionados.

O desejo persistente do PCC em libertar Marcola tem um custo elevado, estimado em cerca de R$ 60 milhões. Essa quantia seria investida na contratação de assaltantes especializados em “novo cangaço”, uma modalidade criminosa que invade e domina pequenas cidades no interior do país, com foco em roubos a bancos.

Comparativamente, a fuga dos detentos do Comando Vermelho teria sido mais barata. Rogério da Silva Mendonça, 35 anos, e Deibson “Tatu” Cabral Nascimento, 33, desapareceram em uma área de mata após escaparem por um buraco no telhado do presídio. Depois de furtarem pertences de casas em uma área rural, foram vistos carregando mochilas e usando tênis.

A região é a mesma onde foram encontrados vestígios de pegadas, roupas, toalhas e lençóis. O policiamento no local foi intensificado, e mais de 300 policiais, drones, cães farejadores e helicópteros foram enviados para participar das buscas. Uma força-tarefa, criada por determinação do ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, envolve membros da Polícia Federal (PF) e da Polícia Rodoviária Federal (PRF), juntamente com as forças policiais do Rio Grande do Norte. Os policiais acreditam que os fugitivos não avançaram muito na fuga, dada a extensão do cerco montado para capturá-los, identificando pegadas e recuperando itens furtados de uma residência próxima à penitenciária.

Com informações de Metrópoles/Na Mira

Polícia

Câmara deve convocar para depor ministro de Lula que desfilou na Vai Vai, ‘reduto do PCC’

 

O ministro de Direitos Humanos, Silvio Almeida, terá de explicar na Câmara sua participação no desfile da escola de samba Vai Vai, de São Paulo, investigada por ligações a facções criminosas como o “PCC”. A investigação definiu a Vai. Vai, em dezembro, como “reduto do PCC”. Na investigação, a Vai Vai teve um diretor preso. O autor da convocação, deputado Paulo Bilynskyj (PL-SP), lembrou que Almeida é o mesmo ministro que patrocinou a participação da chamada Dama do Tráfico em evento de Brasília, “o mesmo que nada fez contra a morte de policiais”.

Bilynskyj está convencido de que essa “é mais uma demonstração da preferência do governo Lula pelo crime organizado”.

Ala da escola Vai Vai retratou policiais como “demônios” e exibiu outros adereços, como mestre sala e a porta-bandeira vestidos de presidiários.

Informações do Cláudio Humberto
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Em 2022, suspeito de chefiar PCC emprestou R$ 300 mil a Vai-Vai

 

Protagonista de uma polêmica no carnaval de São Paulo em 2024 ao retratar policiais como demônios em uma de suas alas, a escola de samba Vai-Vai recebeu um empréstimo de R$ 300 mil de um homem apontado como chefe da facção Primeiro Comando da Capital (PCC) para conseguir desfilar em 2022. Naquele ano, a agremiação acabou rebaixada para o grupo de acesso.

De acordo com uma reportagem do jornal Folha de São Paulo, o credor em questão seria Luiz Roberto Marcondes Machado de Barros, conhecido como Beto Bela Vista, ex-diretor da Vai-Vai e, de acordo com a polícia, um dos líderes do PCC em São Paulo. A informação do empréstimo para a escola está em um dos processos de lavagem de dinheiro que tramitam na Justiça contra Luiz.

Segundo a Folha, documentos sigilosos indicaram que o empréstimo foi comunicado à Polícia Civil pelo então presidente do Conselho Deliberativo da Vai-Vai, Luiz Pereira de Mattos Filho, e posteriormente confirmada pelo presidente da agremiação, Clarício Aparecido Gonçalves.

A informação em questão fazia parte de um relatório policial que integrava um inquérito sobre a compra de um terreno para a nova sede da Vai-Vai. Mattos Filho foi ouvido pela polícia para explicar a escolha do imóvel e disse ter aprovado a compra, mas relatou que não sabia que o local pertencia a Luiz Roberto, então diretor financeiro da escola.

Na apuração, a polícia identificou que Beto Bela Vista tinha comprado dois lotes por R$ 2,8 milhões –pagos em espécie– e os vendeu menos de um ano depois por R$ 6,8 milhões. O empréstimo para a Vai-Vai, por sua vez, ocorreu justamente após esse negócio ser concretizado.

Ao final da investigação, a polícia disse que não viu irregularidades na aquisição dos lotes, mas vislumbrava possível lavagem de dinheiro por parte de Luiz. Apontado como possível chefe do PCC, ele esteve preso por cerca de 10 anos e deixou a prisão em 2014. O último local em que ele ficou detido foi a Penitenciária 2 de Venceslau, no interior de São Paulo, onde fica a cúpula da facção.

De acordo com a polícia, Luiz tem passagens por formação de quadrilha, roubo, uso de documento falso, desacato, motim de presos, extorsão mediante sequestro, porte ilegal de armas, lesão corporal, resistência, desobediência e dano.

Sobre o caso, a Vai-Vai disse ao jornal Folha de São Paulo que o empréstimo em questão foi registrado em cartório e está respaldado pelo estatuto da escola. Em relação aos valores emprestados, a Vai-Vai disse que pagou parte do empréstimo e que o restante foi amortizado em forma de publicidade da empresa de Luiz Roberto.

A agremiação afirmou ainda que o Ministério Público não comprovou qualquer ilegalidade por parte da escola ou envolvimento na investigação de lavagem de dinheiro.

A defesa de Luiz Roberto, por sua vez, disse que todas as relações “comerciais travadas entre ele e a escola de samba Vai-Vai são lícitas e já foram analisadas pela Polícia Civil, que afastou qualquer indício de irregularidade”. Sobre a ligação com o PCC, a defesa disse que Luiz Roberto nunca foi condenado nem denunciado por fazer parte de uma organização criminosa.

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Governo Lula autorizou R$2,1 milhões para escola suspeita de ligação ao PCC

 

O Ministério da Cultura de Lula autorizou a escola de samba Vai Vai, que apresentou o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, em carro alegórico ao lado de ativista que vandalizou a estátua de Borba Gato, a captar pelo menos R$ 2,1 milhões para o desfile que exaltou a depredação do patrimônio público e demonizou a imagem de policiais.

Corre em segredo de justiça, investigação por associação da Vai Vai com o crime organizado.  Um dos investigados por chefiar o vínculo entre a escola de samba e o Primeiro Comando da Capital (PCC) é o ex-diretor financeiro, Roberto Machado de Barroso, conhecido como Beto da Bela Vista.

Apesar da autorização expressa do governo, com prazo vigente para a captação, a Vai Vai nega que tenha usado dinheiro da Lei Rouanet no desfile exibido neste carnaval.

No entanto, a proposta inscrita para a captação da verba é exatamente o enredo apresentado no Anhembi: ‘Carnaval capítulo 4, versículo 3 – Da rua e do povo, um manifesto paulistano’. A Vai Vai segue autorizada a captar valores da Lei Rouanet até abril deste ano.

O deputado federal Capitão Augusto e a deputada estadual Dani Alonso, ambos do PL de São Paulo, enviaram ofícios ao governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), e ao prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), pedindo a suspensão de recursos públicos à escola de samba como sanção ao enredo deste ano, alertando também para investigação sobre suposta associação da escola de samba ao PCC.

Deu no Diário do Poder

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PCC teria ligação com escola que levou ministro de Lula ao sambódromo

 

O deputado federal Capitão Augusto e a deputada estadual Dani Alonso, do PL de São Paulo, reagiram ao desfile da escola de samba Vai Vai que exaltou ato de depredação da estátua do bandeirante Borba Gato, conforme mostrou o Diário do Poder, e ainda representou a Polícia Militar de São Paulo como um ‘esquadrão de demônios’.

Os parlamentares enviaram ofícios ao governador Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), e ao prefeito da capital, Ricardo Nunes (MDB), pedindo a suspensão de recursos públicos à escola de samba.

Os deputados ainda denunciam suposto envolvimento da escola com o crime organizado. “A situação é ainda mais agravada pelas revelações de possíveis ligações entre a referida escola de samba e organizações criminosas, incluindo a facção PCC”, escreveram.

E completaram: “estas associações são extremamente preocupantes, pois sugerem uma tentativa de minar a confiança pública nas instituições responsáveis pela segurança e ordem pública, além de possivelmente ameaçar a integridade do carnaval como espaço de expressão cultural livre de influências nefastas”.

Tramita sob sigilo na Justiça de São Paulo um processo que investiga a suposta ligação da Vai Vai com o PCC. Um dos investigados é o ex-diretor financeiro e atual conselheiro da agremiação, Luiz Roberto Marcondes Machado de Barroso, conhecido como Beto da Bela Vista.

Nas redes sociais, os deputados também criticaram o enredo escolhido pela escola de samba 

Os requerimentos dos parlamentares citam o escândalo que envolve a Vai Vai e a facção criminosa e solicitam que a escola de samba “seja proibida de receber qualquer forma de recurso público no próximo ano fiscal, como forma de sanção pela conduta irresponsável e ofensiva demonstrada”.

Para os requerentes, a medida seria um “claro sinal de que ofensas contra as instituições e profissionais de segurança não serão toleradas em nosso Estado”.

O documento também pede a revisão dos critérios para a concessão de apoio financeiros a entidades e eventos, “assegurando que estes não estejam de forma alguma associados a atividades criminosas ou que promovam mensagens de ódio e desrespeito contra quaisquer grupos ou instituições”.

Deu no Diário do Poder