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Governador de Alagoas nomeia a própria filha para o cargo de secretária do Estado

Governador de Alagoas nomeia a própria filha secretária de Estado | VEJA

 

O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), realizou mudanças em seu secretariado e nomeou sua própria filha, Paula Dantas (PSB), para chefiar a Secretaria de Planejamento Gestão e Patrimônio (Seplag).

Paula Dantas já havia ocupado o cargo de secretária da Primeira Infância do Estado de Alagoas na gestão de seu pai. Agora, no entanto, assume um posto que a deixa ainda mais próxima do Palácio República dos Palmares, sede do Executivo alagoano.

Na web, surgiram críticas sobre a capacidade do governador de avaliar imparcialmente o desempenho da filha em uma secretaria de importância orçamentária. No post, Paulo Dantas disse que sua filha é “focada, disciplinada, compenetrada e entrega o que se propõe a fazer”.

Em um caso semelhante, no início deste ano, a nomeação do próprio filho pelo governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), foi temporariamente suspensa pela Justiça. A decisão foi revertida posteriormente pelo Tribunal de Justiça de Santa Catarina (TJSC), permitindo que Filipe Melo assumisse o cargo, mas ele optou por desistir, alegando não necessitar de emprego.

Deu no Conexão Política

Notícias

Governador de Alagoas coloca filha, tia e prima em cargos no primeiro escalão

À mesa, o candidato Lula e o governador de Alagoas, Paulo Dantas; ele é aliado do presidente

 

O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), nomeou ao menos três familiares para cargos no primeiro escalão do estado. Um dia antes da posse, Dantas criou a Secretaria Extraordinária da Primeira Infância e colocou Paula Dantas, a própria filha, para chefiar a pasta.

Camila Dantas Lima e Silva, prima do governador, é a titular da Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Aquicultura. Samya Suruagy do Amaral Barros Pacheco foi reconduzida ao cargo de Procuradora-Geral por Paulo Dantas. Ela exerce a função desde maio de 2022.

R7 procurou o governo do estado, a Procuradoria-Geral de Alagoas e as duas secretarias citadas, mas não recebeu retorno até a última atualização deste texto.

Paula Cintra Dantas é médica formada pela Faceres, em São José do Rio Preto (SP), e pós-graduanda em sono pelo Hospital Albert Einstein. A filha do governador foi presidente da Liga de Humanização e de Geriatria e vice-presidente da Liga de Fisiologia da faculdade em que estudou.

Samya Suruagy é procuradora de Alagoas desde 2003, aprovada em concurso público. Atuou por mais de sete anos como coordenadora da Procuradoria de Licitações e Contratos da PGE. Inicialmente, foi designada para a Coordenadoria Geral do Interior (Arapiraca) e, em seguida, foi removida para o Procuradoria de Licitações e Contratos. Foi professora Universitária e de cursos preparatórios para concurso público.

Carla Dantas é advogada e foi eleita deputada estadual por Alagoas nas eleições de 2022.

Deu no R7

Política

Governador de Alagoas cria secretaria para filha e nomeia tia, prima e genro

 

O governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB), tomou posse no dia 1º exaltando ter seu secretariado majoritariamente feminino, com 14 secretárias e os 13 secretários em sua equipe. Para obter tal feito, na véspera da posse, criou a Secretaria Extraordinária da Primeira Infância para entregar seu comando à médica Paula Dantas, sua filha. Foi uma das uma das cinco novas pastas criadas na reforma administrativa feita por Paulo Dantas, quatro delas ocupadas por mulheres.

Entre alagoanos e alagoanas que Paulo Dantas considerou como os mais capacitados para seu primeiro escalão, o governador ainda reconduziu sua tia, Samya Suruagy, ao comando da Procuradoria Geral do Estado de Alagoas (PGE); e nomeou sua prima e deputada estadual eleita, Carla Dantas (MDB), como secretária de Agricultura e Pecuária de Alagoas.

Outro nomeado com proximidade familiar com o governador foi seu genro e esposo de Paula Dantas, o também médico Antônio Luciano Lucena Filho, que assume o cargo de diretor-geral do Hospital da Mulher Drª Nise da Silveira, em Maceió.

Povo faminto x Família abastada

No estado campeão nacional da fome, os salários dos cargos escolhidos pelo governador para sua filha Paula e sua prima Carla, agora secretárias, são de R$ 23.009,30 brutos, o que dá R$ 16.950,52 líquidos mensais.

Já a tia do governador, Samya Suruagy, que é procuradora de carreira com salário de R$ 32.004,65, passou a ter os seguintes acréscimos, ao assumir o comando da PGE no governo tampão do sobrinho iniciado em abril de 2022: de R$ 13,8 mil a 16,4 mil mensais pelo cargo em comissão, e ainda valores acima de R$ 2 mil a título de benefícios, a partir de junho de 2022. Valores que somam uma média de mais de R$ 47 mil em remuneração bruta, e uma média de R$ 32,7 mil líquidos recebidos mensalmente.

Deu no Diário do Poder

Política

PGR apresenta recurso no STF pedindo afastamento do governador de Alagoas

Seguranças de Dantas foram utilizados para fazer saques e depósitos em caixas eletrônicos, com cartões em nome de funcionários laranjas da Assembleia Legislativa

 

Augusto Aras, procurador-geral da República, apresentou ao Supremo Tribunal Federal (STF), na quinta-feira 3, um recurso para reverter a decisão do ministro Gilmar Mendes, que revogou o afastamento do governador de Alagoas, Paulo Dantas (MDB).

Na quinta-feira antes da eleição, dia 24, Mendes, que é relator do processo, justificou sua decisão na imunidade eleitoral, que limita a imposição de medidas cautelares aos candidatos durante as campanhas.

O ministro argumentou que a prerrogativa vale a partir dos 15 dias que antecedem o primeiro turno da eleição até as 48 horas depois do término do segundo turno. No domingo 30, Dantas foi reeleito com 52% dos votos válidos.

Aras afirmou que o afastamento deveria ter sido suspenso temporariamente pelo prazo na decisão, e não completamente revogado. O procurador ainda afirmou que a imunidade eleitoral não é absoluta, mas uma restrição temporal e circunstancial.

Além disso, o PGR defendeu que, “para se conformar com o novo sentido dado à cláusula de imunidade eleitoral pelo relator, a decisão referida teria seus efeitos suspensos durante o processo eleitoral, voltando a valer 48 horas depois do término do segundo turno”.

Esquema de corrupção

Em 12 de outubro, o Superior Tribunal de Justiça decidiu afastar Dantas. O aliado do presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), é acusado de desviar R$ 54 milhões por meio de funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa do Estado.

A Polícia Federal cumpriu 31 mandados de busca e apreensão. Na casa do governador de Alagoas, foram apreendidos R$ 100 mil em espécie, R$ 14 mil com o próprio político em São Paulo e mais R$ 150 mil na casa de um cunhado.

Seguranças de Dantas foram utilizados para fazer saques e depósitos em caixas eletrônicos, com cartões em nome de funcionários laranjas da Assembleia Legislativa. Parte considerável desse dinheiro era entregue a uma construtora, a mesma que lavava o dinheiro de vários imóveis do governador alagoano.

Deu na Revista Oeste

Política

STF devolve Paulo Dantas ao cargo de governador; Afastamento de aliado de Lula se deu em virtude esquema de corrupção

Governador de Alagoas se reuniu com Lula um dia antes de ser alvo da PF -  Notícias - R7 Eleições 2022

 

Os ministros Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), devolveram o mandato de Paulo Dantas (MDB), que havia sido afastado do cargo de governador de Alagoas pelo Superior Tribunal de Justiça.

Na noite da segunda-feira 24, Mendes argumentou que o Código Eleitoral proíbe medidas cautelares contra candidatos a cargos majoritários, desde os 15 dias antes do primeiro turno, até as 48 horas depois do segundo turno.

Barroso considerou que há “dúvida razoável”, sobre a competência para o afastamento pelo STJ, responsável por analisar casos sobre governadores, visto que as suspeitas se referem ao período em que Dantas era deputado estadual.

A saída de Dantas atendeu a um pedido da Polícia Federal, que apura o uso de funcionários fantasmas e desvios na Assembleia Legislativa de Alagoas. O esquema de “rachadinha” teria sido chefiado pelo agora governador. As investigações sugerem que foram feitos saques em dinheiro em nome de servidores-laranja. Quase R$ 55 milhões foram desviados desde 2019.

Os investigadores dizem que Paulo Dantas continuava nomeando funcionários fantasmas e se beneficiando do esquema mesmo no cargo de governador.

“A verdade venceu”, escreveu Paulo Dantas, no Twitter. “Os ministros do STF Gilmar Mendes e Luís Roberto Barroso derrubaram o meu afastamento. Agora, retorno ao cargo que nunca deveria ter sido tirado de mim já que sofri com fake news e ataques baixos. Aqui é a campanha da verdade. Quer o outro lado aceite ou não.”

Deu na Oeste

Polícia

BOMBA: Operador do esquema diz que Paulo Dantas e pai sabiam de tudo

 

A Polícia Federal já identificou Wagney Correia Cajé como “longa manus de Luiz Dantas”, pai do governador afastado Paulo Dantas, na tentativa de “influenciar testemunhas”.

No relatório de investigação da Operação Edema, obtido por O Antagonista, a Polícia Federal identifica Wagney Correia Cajé como “longa manus de Luiz Dantas”, pai do governador afastado Paulo Dantas, na tentativa de “esvaziar provas e influenciar testemunhas” do caso da rachadinha da Assembleia Legislativa de Alagoas.

Cajé, que se identifica como “Wagney Dantas”, é vice de Marina Dantas, mulher de Paulo e prefeita do município de Batalha (Alagoas). Ele tem atuado intensamente na campanha pela reeleição do governador afastado.

Segundo a PF, Wagney atuou para comprar o silêncio de Lucymara Freitas Barbosa, oferecendo a ela dinheiro e emprego na Prefeitura. Lucymara seria uma das “laranjas” usadas pelo esquema para desviar recursos do Legislativo alagoano.

 

Gravação obtida pelos investigadores reforça os indícios de tentativa de obstrução.

Na conversa com Lucymara e o marido Júlio, Wagney ameaça: “Aí o que me preocupa? O que preocupa a todos nós? É vir aqui para chegar num consenso e saber o que houve e levar você a ir às redes sociais, entendeu? (…) E o pedido aqui é o seguinte: teria uma conversa entre nós? Porque se não houve, não adianta nem eu estar aqui. Têm interesse de vocês em prejudicar o deputado Luiz Dantas?”

Júlio, responde: “Não… de jeito nenhum! Ninguém quer prejudicar ninguém não!” 

Wagney, então, oferece ajuda jurídica, mas Lucymara reage: “Moço… estamos nessa por causa dele (Luiz Dantas). A gente não é burro não (…) a ajuda de vocês é para calar nossa boca. Nós não vai (sic), nós sabe (sic) o que eles fizeram (…) quando chamaram a gente foi essa história que era 300 reais por mês, (mas) nós nunca recebeu (sic).”

Em seguida, o vice-prefeito diz que Paulo Dantas e Luiz sabem que Lucymara e outros laranjas do esquema não recebiam seus salários.Ele então sugere aos interlocutores que, para não prejudicar o pai do governador, mintam à PF sobre o trabalho na Assembleia.

“Agora eu te pergunto… o dinheiro eu sei que vocês não pegaram. Ponto. Paulo sabe, Luiz Dantas sabe também. Quem é que ficou com o dinheiro? Para nós, está claro. Agora o que é que, qual o pedido nosso? Aí entra o Luiz Dantas, né? Para não prejudicar Luiz Dantas… chega o processo… chegou par ao Júlio e para você. Venha cá: ‘Vocês trabalharam na Assembleia? (…) se vocês disserem ´trabalhei três meses e não deu para mim lá e vim embora´, não tem problema nenhum para Luiz Dantas, ponto… aí encerra o problema.”