Judiciário

Nunes Marques suspende condenações e torna elegível ex-governador do DF

 

O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu nesta última sexta-feira (5) uma decisão liminar que restabeleceu os direitos políticos do ex-governador do Distrito Federal (DF) José Roberto Arruda (PL).

Com a decisão, que é provisória, o político poderá se candidatar às eleições de outubro. Ele deve disputar uma cadeira de deputado federal pelo DF.

A decisão monocrática por um recurso ajuizado pela defesa para suspender as condenações proferidas contra o ex-mandatário por improbidade até decisão definitiva do Supremo, que está julgando a questão da constitucionalidade das alterações na Lei de Improbidade Administrativa (LIA).

Os advogados alegaram que o prazo para registro das candidaturas está próximo e não há previsão para término do julgamento, que foi iniciado nesta semana.

As condenações do ex-governador são decorrentes da Operação Caixa de Pandora, deflagrada em novembro de 2009 pela Polícia Federal (PF) contra um esquema de corrupção envolvendo compra de votos na Câmara Legislativa do Distrito Federal e o suposto pagamento de vantagens a Arruda.

Até o momento, não há condenação definitiva (transitada em julgado) contra nenhum dos alvos da força-tarefa, que em seu auge chegou ter cerca de 50 réus, entre políticos, empresários e operadores.

Deu no Conexão Política

Judiciário

Nunes Marques leva à Segunda Turma do STF decisão que suspendeu cassação de Francischini

 

O ministro Nunes Marques, indicado pelo presidente Jair Bolsonaro (PL) para o Supremo Tribunal Federal (STF), incluiu na pauta de julgamento da Segunda Turma da Corte desta terça-feira, 7, o caso do deputado estadual Fernando Francischini (União Brasil-PR), punido por disseminar supostas notícias falsas contra o sistema eleitoral brasileiro.

Na quinta-feira, 2, o magistrado derrubou uma decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que cassou, por 6 votos a 1, o parlamentar em razão da realização de uma live na qual afirmou, sem provas, que as urnas eletrônicas foram fraudadas para prejudicar a eleição de Bolsonaro à Presidência da República.

A decisão de levar o caso para a Segunda Turma foi tomada após o presidente do Supremo, Luiz Fux, marcar para esta terça-feira, no plenário virtual, o julgamento de uma ação, relatada pela ministra Cármen Lúcia, que contesta a decisão de Nunes Marques, apresentada por um suplente de Francischini, o deputado estadual Pedro Paulo Bazana (PSD-PR).

Na sessão virtual, não há debate; os ministros apenas depositam os votos no sistema eletrônico no prazo estipulado – a análise está prevista para começar à meia noite e se encerrar às 23h59 de terça. A Segunda Turma é composta por Marques, Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski, Edson Fachin e André Mendonça. O STF também marcou para esta terça-feira o julgamento de uma ação, relatada pela ministra Cármen Lúcia, que contesta a decisão de Marques, apresentada por um suplente de Francischini. A análise está prevista para começar à meia noite e ir até às 23h59 de terça.

Informações da Jovem Pan

Política

PT acusa Nunes Marques de “atender capricho” do executivo e vai ao STF contra a decisão

O Diretório Nacional do PT divulgou neste domingo (5) nota em que afirma que o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Nunes Marques derrubou decisão colegiada do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) para “atender capricho do Executivo Federal”. O partido também classificou a ação, que devolveu o mandato de deputado a um aliado de Jair Bolsonaro, como “esdrúxula”.

Na quinta-feira (2), Nunes Marques revogou decisão da Corte eleitoral que mantinha a cassação do deputado federal Valdevan Noventa (PL-SE) por abuso de poder econômico. Ele é aliado do presidente Jair Bolsonaro.

“Em decisão monocrática esdrúxula e com caráter explícito de atender capricho do executivo federal, o ministro Nunes Marques, do STF, confrontou o Tribunal Superior Eleitoral, devolvendo o mandato a um ex-deputado de Sergipe que teve o mandato cassado por abuso de poder econômico”, diz trecho da nota.

A Mesa Diretora da Câmara já tinha decretado a perda do mandato, por causa da decisão judicial. No lugar de Noventa, entrou o deputado Márcio Macêdo (PT-SE). Ele é o tesoureiro da campanha presidencial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Na sexta-feira (3), porém, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), afastou Macêdo e devolveu o posto a Noventa.

“Essa decisão provoca prejuízo insanável ao deputado Márcio Macêdo, que assumiu recentemente o mandato e tem pautado sua atuação na defesa dos direitos da população, apoio à luta dos trabalhadores, fiscalização das ações do governo federal e na defesa intransigente da soberania nacional”, diz outro trecho.

A decisão de Marques deverá ser levada à 2ª Turma do STF para análise colegiada e pode ser revertida.

Na sexta-feira, o PT acionou o STF contra a decisão do ministro. De acordo com o partido, a decisão violou a competência do TSE, “em evidente supressão de instância”. Na nota, a legenda diz estar “confiante”.

LEIA A ÍNTEGRA DA NOTA DO DIRETÓRIO NACIONAL DO PT:

“O Estado de Direito e a segurança jurídica no Brasil têm sido atacados de forma absurda e inconcebível, atingindo até mesmo instituições que devem zelar pela normalidade da democracia brasileira, a exemplo do Supremo Tribunal Federal.

“Em decisão monocrática esdrúxula e com caráter explícito de atender capricho do executivo federal, o Ministro Nunes Marques, do STF, confrontou o Tribunal Superior Eleitoral, devolvendo o mandato a um ex-deputado de Sergipe que teve o mandato cassado por abuso de poder econômico.

“Essa decisão provoca prejuízo insanável ao deputado Márcio Macêdo, que assumiu recentemente o mandato e tem pautado sua atuação na defesa dos direitos da população, apoio à luta dos trabalhadores, fiscalização das ações do governo federal e na defesa intransigente da soberania nacional.

“Confiantes no papel da Justiça brasileira, na obediência às leis e no respeito às instituições democráticas, aguardamos que a instância competente do STF irá corrigir, com urgência, tal medida ilegal e abusiva.

“A verdade e o respeito à justiça vencerão e certamente o companheiro Márcio Macêdo seguirá em seu mandato, honrando o Partido dos Trabalhadores e o povo sergipano.

“Diretório Nacional do Partido dos Trabalhadores”

Judiciário

Nunes derruba decisão do TSE que cassou mandato de deputado aliado de Bolsonaro

 

O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), derrubou a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) que cassou o mandato do deputado estadual do Paraná Fernando Francischini, aliado do presidente Jair Bolsonaro (PL).

A perda do mandato se deu, conforme decisão da Corte, por ele ter propagado o que os ministros classicaram como ‘fake news’. A medida da Corte Eleitoral ocorreu em 2021. Na ocasião, Francischini publicou um vídeo falando em fraudes nas urnas eletrônicas durante o pleito de 2018.

O ex-parlamentar entrou com uma ação no Supremo em maio deste ano. Relator do caso, Nunes Marques acatou o pedido de restauração da validade do mandato feito por Fernando Francischini. A decisão é monocrática.

Em sua manifestação, o magistrado disse que “é evidente o ineditismo da interpretação adotada pelo TSE por ocasião do julgamento, em 28 de outubro de 2021, das referidas ações de investigação eleitoral”.

Saúde

Ministro Nunes Marques suspende julgamento sobre passaporte da vacina no STF

Foto: Divulgação

 

O ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendeu o julgamento sobre a exigência do passaporte da vacina para viajantes nesta quinta-feira, 16. O magistrado pediu destaque para a votação, que ocorria em plenário virtual. Com isso, a análise agora deve ocorrer presencialmente apenas no ano que vem. Os ministros já tinham formado maioria a favor da obrigatoriedade do comprovante de vacinação para pessoas que quiserem entrar no país. Foram a favor da medida o relator Luís Roberto Barroso, e os ministros Edson Fachin, Alexandre de Moraes, Luiz Fux, Rosa Weber, Cármen Lúcia, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli. Com a suspensão, continua valendo a decisão de Barroso, que determinou a exigência do passaporte para estrangeiros. Para os brasileiros, a regra foi flexibilizada e é necessário apresentar um teste negativo de Covid-19 e fazer uma quarentena de cinco dias.