Mundo

“Motoserra” de Milei elimina gigantismo do funcionalismo público argentino

Foto: Carlos Duran

 

Seguindo a sua promessa de campanha, o presidente Javier Milei confirmou que irá despedir mais 70 mil funcionários públicos cujos contratos expiram nos próximos dias. A afirmação foi feita na terça-feira passada (26) durante o Fórum de Economistas Latino-Americanos em Buenos Aires, na Argentina.

“Eliminamos as transferências discricionárias para as províncias, demitimos 50 mil funcionários públicos, não só isso, mas também foram cancelados contratos (…) e outros 70 mil contratos ainda serão cancelados”, disse Milei no encerramento da sessão no hotel Four Seasons.

No dia seguinte, o porta-voz presidencial, Manuel Adorni, esclareceu que 15 mil trabalhadores já deixariam de exercer funções no Estado a partir do dia 31 de março, enquanto os demais 55 mil contratados passarão por uma auditoria individual nos próximos três meses.

Adorni especificou que a redução destes 15 mil contratos não inclui funcionários do Programa de Atenção Médica Integral (PAMI) nem empresas públicas ou organizações descentralizadas. Está limitada aos funcionários da Administração Pública Nacional.

De acordo com o governo, a Secretaria Geral da Presidência cortou 40% dos contratos, o Chefe de Gabinete eliminou 30%, o Ministério da Saúde não renovou outros 10%, e os demais órgãos cortaram entre 20% a 30%.

Um recorde regional

Em uma tentativa de reverter a crise econômica através da redução do Estado, Javier Milei utiliza a sua simbólica “motosserra” para tentar dissolver os milhares de contratos gerados durante a gestão kirchnerista que hoje posicionam a Argentina como uma das maiores proporções de funcionários públicos per capita na América Latina.

Ao iniciar o século XXI, entre funcionários municipais, provinciais e nacionais, 2,193 milhões de pessoas trabalhavam para os diferentes níveis do Estado. Porém, em duas décadas de kirchnerismo, a cifra que era de 2,207 milhões de empregados públicos (momento em que Néstor Kirchner assumiu a presidência, em 2003) chegou a 3,899 milhões (em agosto de 2023, no final do mandato de Alberto Fernández), segundo dados da Nuria Susmel, economista da Fundação Latino-Americana de Pesquisas Econômicas (FIEL), elaborados com base em publicações oficiais do Ministério da Economia.

O resultado indica que o número de empregados públicos aumentou 78% nos últimos 20 anos, três vezes mais que a cifra populacional que cresceu apenas 25% no mesmo período, segundo o Instituto de Estudos sobre a Realidade Argentina e Latino-Americana (Ieral).

De acordo com as estimativas do Centro para a Implementação de Políticas Públicas para a Equidade e o Crescimento (CIPPEC), os funcionários públicos representam cerca de 18% dos empregados na Argentina. Assim, o peso do emprego público supera a média observada na América Latina e só fica abaixo da Venezuela na região.

80% dos funcionários públicos argentinos trabalham nas estruturas estatais das províncias e municípios, o restante ocupa cargos no setor público nacional.

As organizações com mais funcionários

Segundo os dados registrados em janeiro de 2024 pelo Instituto Nacional de Estatística e Censos (INDEC), existem pelo menos dez organizações da Administração Pública que têm mais de dez mil funcionários. A primeira delas é o Conselho Nacional de Pesquisa Científica e Técnica (CONICET), inicialmente dedicado à promoção da ciência e tecnologia na Argentina, com um quadro de 27.509 funcionários.

A segunda é a Operadora Ferroviaria Sociedad del Estado, que emprega 23.743 pessoas, sendo a empresa estatal com maior número de contratados. O governo já confirmou, em 6 de março, a necessidade de reduzir seus gastos em 30%. A empresa estatal está na lista de privatizações previstas na Lei Òmnibus.

Em seguida vem a Administração da Receita Pública Federal (AFIP), com 22.028 funcionários. No último ano e meio da gestão de Alberto Fernández, houve um aumento de quase 1.500 novos empregados.

Em quarto lugar aparece o Ministério do Capital Humano, com 17.638 funcionários e 1.445 com contratos temporários. Aqui a “motosserra” agiu rapidamente já que a soma de todas as organizações que absorveram a pasta liderada pela ministra Sandra Pettovello somava 19.552 trabalhadores antes de 10 de dezembro e para o final de janeiro registrou 1.914 pessoas a menos.

Por sua parte, o Banco Nación possui 17.632 funcionários, o Correo Argentino, 16.775,  e o PAMI (Instituto Nacional de Servicios Sociales para Jubilados y Pensionados), 14.211.

Na Administração Nacional da Segurança Social (ANSES), já há sinais de poda. Com um total de 13.406 empregados, nos últimos dias cerca de 1.300 demissões foram notificadas ou estão em processo de notificação, a maior onda de demissões produzida até agora em uma única organização.

Por último, em décimo lugar, está a Aerolíneas Argentinas com um total de 11.892 contratados.

Informações da Gazeta do Povo

Notícias

Milei critica declarações de Lula sobre Gaza: “Socialistas têm dois pesos e duas medidas”

 

O presidente argentino Javier Milei criticou as declarações de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre a ação de Israel em Gaza, em entrevista à CNN, exibida neste domingo (31).

Questionado pelo âncora Andrés Oppenheimer sobre sua opinião a respeito da posição de Lula, do presidente chileno, Gabriel Boric, e do colombiano Gustavo Petro de que Israel estaria cometendo um genocídio em Gaza, Milei disse: “Não estou de acordo. Não estou de acordo. Me parece condenável que haja esse tipo de condenação.”

O presidente argentino afirmou ainda que os líderes citados pelo âncora são socialistas com “dois pesos e duas medidas”.

“Se as ditaduras são socialistas, está tudo bem. A ditadura é ruim. Sejam de direita, de esquerda, do que você quiser. De cima, de baixo, é ruim. Para eles não, se os ditadores forem eles, está tudo bem”, afirmou Milei.

Com informações da CNN

Política

Milei quer acelerar projeto que reduz maioridade penal para 14 anos

 

Após a prisão do adolescente de 15 anos acusado de assassinar um banhista de Rosário, o presidente da Argentina, Javier Milei, deu sinal verde para avançar com a lei que reduz a maioridade penal para 14 anos. A mudança vem sendo debatida no país há décadas, mas a Casa Rosada crê que o impacto gerado pelo crime pode acelerar a discussão. Segundo o governo, “crime adulto, punição adulta”.

Tanto a ministra da Segurança, Patrícia Bullrich, quanto o ministro da Justiça, Mariano Cúneo Libarona, afirmaram que o projeto já estará pronto na próxima semana para entrar em discussão no Congresso argentino. Libarona, inclusive, ressaltou que o projeto será terminado por ele próprio, um pedido de Milei.

“Já digo isso desde que tomei posse, que essa é uma das minhas prioridades”, enfatizou, o ministro da Justiça.

Além do projeto de lei, um dirigente do alto escalão que rodeia Milei afirmou que, devido aos questionamentos da oposição, o governo vai incluir na proposta a construção de estabelecimentos prisionais especialmente destinados a menores entre os 14 e os 18 anos, com tratamento especial para adultos.
“O Kirchnerismo não poderá opor-se. Terá de escolher entre estar do lado dos traficantes ou das vítimas”, disse, referindo-se aos defensores da política de Cristina e Néstor Kirchner.

Deu na Gazeta do Povo

Notícias

México nega expulsão de diplomatas argentinos por fala de Milei

 

A notícia de que o México também expulsaria diplomatas argentinos, após o presidente da Argentina, Javier Milei, chamar de “ignorante” o presidente mexicano Andrés Manuel López Obrador foi desmentida pela Embaixada do México na Argentina, na madrugada desta sexta-feira (29). E Milei celebrou o desmentido do boato divulgado pelo site La Política Online, após a embaixada mexicana ressaltar a relação sólida entre os dois países.

“A Embaixada do México na Argentina nega enfaticamente o artigo do La Política Online que sugere um conflito entre nossos países e a suposta expulsão de pessoal diplomático. Negamos tais afirmações, a relação entre México e Argentina  é sólida, baseada no respeito mútuo e na cooperação bilateral”, disse a nota publicada no perfil oficial da representação diplomática mexicana, na rede social X.

A notícia desmentida informava que a entrevista de Milei à CNN, divulgada na quarta-feira (27), provocaria no México a mesma reação da Colômbia, que decidiu expulsar diplomatas argentinos, após o presidente argentino afirmar que “não se pode esperar muito de alguém que foi um assassino terrorista”, em referência ao presidente colombiano Gustavo Petro.

Na entrevista, Milei foi questionado sobre críticas recebidas do presidente do México e de sua candidata a sucessora, Claudia Scheinbaum. E respondeu da seguinte forma: “É um elogio que uma pessoa ignorante como López Obrador fale mal de mim, isso me exalta”.

Deu no Diário do Poder

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Javier Milei chama presidente colombiano de assassino terrorista; Colômbia expulsa diplomatas argentinos

 

Javier Milei, o presidente da Argentina, afirmou em uma entrevista à rede CNN que Gustavo Petro, da Colômbia, foi um assassino terrorista. O governo colombiano respondeu expulsando os diplomatas argentinos da embaixada de Bogotá nesta quarta-feira (27).

Só um trecho da entrevista de Milei foi transmitido. Ao falar sobre o presidente colombiano, ele disse que “não se pode esperar muito de alguém que era um assassino terrorista”, em alusão ao passado do ex-guerrilheiro comunista.

Milei também fez críticas ao presidente do México, Andrés Manuel López Obrador: “É um elogio que um ignorante como o López Obrador fale mal de mim, isso me enaltece”.

Deu no g1

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Com mandato marcado por corte de gastos, Milei vê inflação despencar na Argentina

 

Fevereiro veio com um respiro para o presidente da Argentina, Javier Milei, que comemorou uma inflação de 13% no mês passado. O número ficou abaixo dos 15% esperados e representa uma desaceleração significativa em relação aos meses de dezembro e janeiro.

A Casa Rosada divulgou um comunicado afirmando que o novo índice “é resultado do trabalho do governo para impor uma forte disciplina fiscal”.

De acordo com o professor Roberto Luis Troster, doutor em economia pela USP (Universidade de São Paulo), nos cem dias de governo do atual presidente da Argentina, Javier Milei — completados na terça-feira (19) — os indicadores econômicos apresentaram melhoras.

Segundo a análise do especialista, a inflação, que reduziu de 25% em dezembro para 13,5% em fevereiro, deve continuar caindo.

Com informações de Folha de S. Paulo e R7

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Sob Milei, Argentina registra 2º superavit consecutivo em 2024

 

A Argentina registrou superavit de 338,1 bilhões de pesos argentinos em fevereiro de 2024. Na cotação atual, a quantia equivale a US$ 397,6 milhões.

O saldo positivo é o 1º para o mês desde 2012, quanto teve superavit de 95,5 milhões de pesos (aproximadamente US$ 110 mil). Os dados foram divulgados pelo Ministério da Economia.

É o 2º superavit consecutivo durante a Presidência de Javier Milei, que assumiu a Casa Rosada em 10 de dezembro de 2023. Houve deficit de 485,6 bilhões de pesos (rombo de US$ 571,1 milhões) em fevereiro de 2023, de acordo com dados do governo argentino.

O resultado já considera o pagamento dos juros da dívida. É dessa forma que o governo argentino tem apresentado os dados.

Deu no Poder360

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Senado argentino rejeita ‘decretaço’ com reformas liberais de Javier Milei

 

O Senado argentino rejeitou nesta quinta-feira (14) o pacote presidencial de desregulamentação da economia proposto por Javier Milei. O Decreto de Necessidade e Urgência (DNU) foi impedido por 42 votos contrários e 25 a favor.

Apesar da rejeição no Senado, para que a medida de Milei fique totalmente sem validade, a Câmara dos Deputados da Argentina precisa também rejeitar o texto. Por esse motivo, o texto ainda continuará em vigor no país.

Dentre as mudanças inseridas no DNU, está o fim do controle de preços em produtos e a desregulamentação de contrato de aluguéis. Anteriormente, a Lei do Abastecimento dava autorização ao governo para fixar valores máximos de produtos e punir empresas que aumentassem os valores praticados sem justificativa.

Logo após o resultado no Senado, a ministra da Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, afirmou que o governo de Milei vai “mudar o país, apesar de todos aqueles que destroem o governo”.

Em sinalização semelhante, o gabinete presidencial disse, na quarta-feira (13), que “independentemente de qualquer resultado legislativo, o Poder Executivo reafirma seu compromisso inquebrável com a política de 0% de déficit”.

Deu no Estadão

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Milei promete fechar agência de notícias pública argentina

 

O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou que vai fechar a agência pública de notícias Télam. A declaração foi feita na noite de sexta-feira (1º) no discurso de abertura das sessões ordinárias do Congresso argentino. Como justificativa, o presidente argumentou que a agência “tem sido utilizada como meio de propaganda kirchnerista”. O kirchnerismo é o principal movimento de oposição a Milei na Argentina, associado aos ex-presidentes Néstor e Cristina Kirchner.

Criada há 78 anos, com o propósito de difundir informação por toda a Argentina, com um caráter federal e pluralista, a Télam conta com mais de 700 funcionários e é a única agência de notícias com correspondentes em todas as províncias argentinas. A agência produz cerca de 500 matérias por dia.

O veículo de comunicação também tem parcerias com instituições de imprensa internacionais, como a Empresa Brasil de Comunicação (EBC), da qual faz parte a Agência Brasil.

Milei anunciou também no discurso que enviará ao Congresso um pacote de leis chamado de “anticasta”. Entre as medidas previstas estão a eliminação das aposentadorias privilegiadas para presidente e vice-presidente e a penalização como crime “imprescritível” de funcionários e legisladores que aprovam, disse ele, “um orçamento que contempla o financiamento do déficit fiscal com emissão monetária”.

Com informações da Télam

Mundo

Milei discursa na abertura do Congresso argentino e chama parlamentares de ‘casta’

Foto: Juan Mabromata

 

Javier Milei, presidente da Argentina, discursou nesta sexta-feira, 1º, na abertura do Congresso argentino e se referiu aos parlamentares como “casta”. “Eles precisam aceitar que as pessoas odeiam os políticos”, afirmou Milei à imprensa. Milei iniciou seu pronunciamento às 21h00 em vez do meio-dia, como é a tradição, para coincidir com o horário de maior audiência televisiva e em meio a um forte esquema de segurança. Centenas de pessoas se reuniram em torno do Congresso em repúdio às medidas de ajuste do presidente. A Argentina está passando por uma crise econômica com uma inflação interanual de 254% e metade da população vive na pobreza.

Além do aumento acelerado nos preços dos alimentos e medicamentos, a retirada de subsídios nos serviços públicos causou um ajuste abrupto nas tarifas. Dez dias após sua posse, Milei emitiu um decreto presidencial para modificar ou revogar mais de 300 normas, incluindo as leis de aluguéis, abastecimento e controles de preços, mas a iniciativa foi recebida com dezenas de ações judiciais questionando sua constitucionalidade. Depois, tentou a aprovação no Congresso da “Lei Ônibus”, com 664 artigos que buscavam mudanças estruturais, como a privatização de 41 empresas estatais, e outras normas mais curiosas, como exigir que juízes usem toga preta e um martelo. Mas o projeto de lei não teve o sucesso que o governo esperava e o próprio Milei ordenou sua retirada.

Os líderes políticos da oposição que criticaram o DNU foram chamados de “idiotas úteis” pelo presidente. Já os deputados, próprios e alheios, que não aprovaram os artigos da “Lei Ônibus”, foram mencionados um por um por Milei na rede social X e classificados como traidores. O fracasso da lei foi interpretado por Milei como um triunfo, porque, segundo disse a jornalistas, deixou evidente que os governadores provinciais a quem muitos legisladores respondem “são uns delinquentes”.

O Fundo Monetário Internacional (FMI), que prevê uma contração econômica de 2,8% em 2024 para a Argentina, saudou as medidas tomadas pelo governo, mas recomendou que estas sejam calibradas para proteger os setores sociais mais pobres. “Meu ajuste é mais forte que o do FMI”, assegurou Milei à imprensa em diversas ocasiões, referindo-se ao seu compromisso de conseguir um superávit de 3% do PIB este ano, mais do que o exigido pelo Fundo.

Deu na AFP