Política

Argentina: Pesquisa mostra cenário acirrado entre Massa e Milei

 

 

A quatro dias do primeiro turno das eleições da Argentina, as pesquisas mostram uma competição acirrada entre a esquerda e a direita.

Segundo a última pesquisa do AtlasIntel, o candidato à presidência e atual ministro da Economia, Sergio Massa (Unión por la Patria) aparece na frente das intenções de voto com 30,9%.

Já o principal concorrente de Massa, Javier Milei (La Libertad Avanza) tem 26,5% de intenção de votos.

O levantamento ouviu 5.702 pessoas com mais de 16 anos por meios digitais e de forma aleatória entre os dias 10 e 13 de outubro. O nível de confiança é de 95%, com a margem de erro de um ponto percentual, para mais ou menos.

O primeiro turno das eleições ocorre neste domingo (22). Para que a eleição seja definida no 1º turno é necessário que um dos candidatos atinja 45% dos votos ou 40% em uma diferença de dez pontos percentuais em relação aos demais candidatos. Caso isso não ocorra, é convocado o segundo turno, que está marcado para 19 de novembro.

Deu no DP

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Javier Milei diz que não vai aderir à Agenda 2030 caso vença eleição

 

Candidato liberal ao cargo de presidente da ArgentinaJavier Milei, do partido A Liberdade Avança, disse, neste domingo (8), em debate pré-eleitoral visando o pleito do próximo dia 22, que o país não vai “aderir à Agenda 2030”, nem ao Acordo de Paris, se ele ganhar.

– Não vamos aderir à Agenda 2030. Não vamos aderir ao marxismo cultural, não vamos aderir à decadência – declarou Milei,

Ele foi o candidato mais votado nas primárias argentinas realizadas em 13 de agosto, que definiram os concorrentes que participarão do primeiro turno.

O debate deste domingo, realizado na Faculdade de Direito da Universidade de Buenos Aires (UBA), foi o segundo obrigatório entre os cinco candidatos à Presidência da Argentina. O primeiro embate aconteceu no último dia 1° de outubro.

– Somos o único espaço que apresentou uma agenda de energia que contém todas as restrições aplicáveis na Europa. Estamos em conformidade excessiva – declarou Milei em resposta a uma pergunta do candidato peronista dissidente e atual governador da província de Córdoba, Juan Schiaretti.

O confronto mais tenso nessa parte do debate foi entre Milei e a candidata esquerdista Myriam Bregman. Ela pediu a Milei que esclarecesse suas ideias sobre mudanças climáticas e feminicídio, que a candidata descreveu como “negacionistas”.

– Antes de mais nada, não minta (…). Não nego a mudança climática, o que digo é que há ciclos de temperaturas na história da Terra e este é o quinto – alegou.

Em sua fala, Milei argumentou que “a única diferença” nesse ciclo climático é que “agora existe o ser humano” e que “todas essas políticas que culpam os seres humanos pela mudança climática são falsas”.

Os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável – comumente conhecidos como a Agenda 2030 – foram adotados pela Assembleia Geral das Nações Unidas em 2015 e propõem diferentes metas ambientais, sociais e econômicas. Já o Acordo de Paris foi negociado em 2015 pelos 195 países membros da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima.

O Acordo de Paris busca limitar o aumento das temperaturas a 1,5 °C até 2050 para reduzir os riscos e os efeitos do aquecimento global. Atualmente, a Argentina reconhece ambos os tratados.

Com informações da EFE

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Milei acusa Lula de interferir em eleições na Argentina: ‘comunistas furiosos’

 

O candidato Javier Milei, favorito na disputa pela Presidência da Argentina, acusou Lula de interferir no processo eleitoral do País vizinho.

Nas redes sociais, Milei, representante da direita no pleito, compartilhou uma postagem do jornal O Estado de São Paulo que noticia a atuação do brasileiro para liberar US$1 bilhão ao governo de Alberto Fernández.

O candidato comentou que tem “muitos comunistas furiosos com ações diretas contra mim”.

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Javier Milei chama Lula de ‘socialista com vocação totalitária’

Javier Milei, candidato à Presidência da Argentina.

 

Javier Milei, candidato à Presidência da Argentina, fez duras críticas ao presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em uma entrevista à revista The Economist. Líder das pesquisas, o direitista também manifestou simpatia pelo ex-mandatário Jair Bolsonaro (PL).

Questionado sobre como seria a relação do governo argentino com a China, respondeu que não gosta de “lidar com comunistas”, já que, na visão dele, esse tipo de ideologia não defende “um sistema que conduz à melhoria dos bens”.

“Nenhum sistema comunista conduz à liberdade. Na verdade, destrói-a, por isso, não posso ter relações com comunistas”, completou Milei, que também foi perguntado sobre como seria a diplomacia com o Brasil.

“Olhe as aberrações que ele [Lula] está cometendo em seu governo. Não posso apoiar tais assuntos”, afirmou. O candidato disse que o petista está “usurpando a liberdade de imprensa” e “perseguindo a oposição”.

“No caso do Lula é mais complicado… porque ele tem uma vocação totalitária muito mais marcada. Em outras palavras, ele não é apenas um socialista. Ele é alguém que tem vocação totalitária”, acrescentou.

Perguntado sobre Bolsonaro, a opinião foi diametralmente oposta. “Bolsonaro travou uma luta digna contra o socialismo. Depois, a urna não foi com ele, mas é uma pessoa que travou uma luta digna de reconhecimento”, declarou.

Deu na CNN Brasil

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Com Milei disparado, imprensa ventila cenário de 2º turno na Argentina

 

Após a Argentina ter Javier Milei como vencedor das eleições primárias presidenciais, a imprensa argentina e internacional têm projetado um cenário altamente competitivo no país.

O histórico de erros na previsão de resultados eleitorais por parte da imprensa fez com que alguns setores tentassem projetar novamente os números, considerando as características únicas dessa disputa. A eleição é vista como uma das mais cruciais da história recente da Argentina, com potencial para eleger um novo líder em 22 de outubro.

Muitos jornalistas e agências têm indicado que, apesar da vitória nas primárias, Milei enfrenta um cenário aniquilador no segundo turno, com riscos consideráveis de ser derrotado, o que poderia marcar um fracasso para a direita.

Milei tem chances reais de conquistar uma vitória histórica, podendo até mesmo ser efetivada em único turno.

Para vencer no primeiro turno na Argentina, um candidato deve obter ao menos 45% dos votos ou 40% com mais de dez pontos percentuais de vantagem em relação ao segundo colocado.

Deu no Conexão Política

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Milei desdenha de figuras políticas como Lula: “Não tenho parceiros socialistas”

Arquivo/RCP

 

Em entrevista à Bloomberg News, o candidato à presidência argentina Javier Milei, o mais votado nas eleições primárias, disse que pretende retirar seu país do Mercosul caso seja eleito.

O direitista desdenhou eventuais parcerias com o Brasil, Colômbia e outros países governados pela esquerda na América do Sul.

Na entrevista, o postulante voltou a dizer que pretende acabar com o Banco Central argentino. “Os bancos centrais estão divididos em quatro categorias: os ruins, como o Federal Reserve [dos Estados Unidos], os muito ruins, como os da América Latina, os terrivelmente ruins e o banco central da Argentina”, afirmou.

O libertário, que é economista, criticou o Mercosul e deu embasou suas alegações para retirar a Argentina do bloco econômico.

“O Mercosul é uma união aduaneira de má qualidade, que cria distorções comerciais e prejudica todos os seus membros”, externou.

Ao falar sobre como seriam as relações com governos sul-americanos de esquerda, Milei ironizou: “Não tenho parceiros socialistas”. Ainda assim, fez questão de dizer que tem vínculo com o ex-presidente brasileiro Jair Bolsonaro, também direitista, e que declarou apoio à sua campanha. A relação entre eles é “excelente”, reiterou.

Na entrevista, Javier também criticou a China. “As pessoas não são livres, não podem fazer o que querem. E quando elas fazem o que querem, eles [governo] as matam”, afirmou Javier Milei.

Fonte:ConexãoPolítica

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Apoiado por Bolsonaro, Milei vence primárias na Argentina

 

O deputado e economista Javier Milei, líder da frente A Liberdade Avança e que conta com apoio declarado no Brasil do ex-presidente Jair Bolsonaro, foi o candidato mais votado nas eleições primárias abertas realizadas neste domingo (13) na Argentina para definir os candidatos ao cargo de presidente do país no pleito a ser realizado no próximo dia 22 de outubro.

Quando 97,39% das urnas haviam sido apuradas, Milei, que não tinha adversário na eleição partidária, contava com 30,04% do total nacional (7,11 milhões de votos), um percentual que não havia sido previsto nas pesquisas. Na última quinta-feira (10), Bolsonaro enviou um vídeo a Milei manifestando apoio a sua candidatura e apontando semelhanças de valores entre eles.

A outra frente de oposição ao atual governo do presidente Alberto Fernández foi a segunda mais votada nacionalmente: a Juntos pela Mudança, com 28,27% dos votos. Neste caso, a disputa interna pela candidatura foi vencida pela ex-ministra da Segurança Patricia Bullrich, com 16,98% dos votos em todo o país, contra 11,3% do prefeito de Buenos Aires, Horacio Rodríguez Larreta.

O atual ministro da Economia da Argentina, Sergio Massa, foi o segundo pré-candidato mais votado em termos nacionais, com 21,40%, levando a melhor com sobras na disputa pela candidatura presidencial pela União pela Pátria, já que o advogado Juan Grabois obteve 5,87%. A coalizão peronista e de base do atual governo, porém, foi apenas a terceira mais votada no país, com 27,27%.

Além de Milei, Massa e Bullrich, outros dois outros candidatos conseguiram votos suficientes para se qualificarem para disputar as eleições presidenciais de outubro, porque suas frentes políticas superaram a cláusula de barreira de mais de 1,5% dos votos no domingo.

São eles o peronista não-kirchnerista Juan Schiaretti, governador da província de Córdoba, com 3,83% dos votos, e Myriam Bregman, da Frente de Esquerda, com 2,65%.

Cerca de 35,4 milhões de argentinos foram convocados neste domingo para as chamadas PASO (primárias, abertas, simultâneas e obrigatórias), que definiram as listas de candidatos que concorrerão nas eleições gerais de 22 de outubro.

Além da disputa presidencial, a Argentina vai definir os ocupantes de 130 das 257 cadeiras da Câmara dos Deputados e 24 das 72 do Senado. Também serão eleitos 43 representantes argentinos para o Parlamento do Mercosul (Parlasur).

Fonte:EFE