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STF anula mais uma condenação de Sergio Moro na Lava Jato

 

Seguindo voto do ministro Cristiano Zanin, a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) anulou uma condenação imposta pelo ex-juiz Sérgio Moro ao ex-deputado federal André Vargas, um dos primeiros sentenciados pela Operação Lava Jato.

O colegiado estendeu os efeitos de um decisão anterior da Corte máxima e alegou incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba para atuar no caso em que Vargas foi acusado de corrupção e lavagem de dinheiro por usar sua influência como deputado para atuar em contratos no âmbito da Caixa Econômica Federal.

A anulação se deu durante julgamento no plenário virtual da Corte que se encerrou na última sexta-feira (29). Zanin se manifestou sobre o caso por ter herdado o processo de seu antecessor, o ministro Ricardo Lewandowski.

A avaliação do recém-chegado ao STF foi a de que a decisão anterior do STF – a qual anulou um outro processo movido contra Vargas – foi “omissa” ao não avaliar uma segunda ação contra o ex-parlamentar. Zanin anotou como, em ambas as ações, se apurou o envolvimento do ex-deputado em supostos delitos praticados no âmbito da Caixa Econômica Federal

– Este Supremo Tribunal Federal decidiu, em inúmeros precedentes, que a competência, por conexão ou continência, da 13ª Vara Federal de Curitiba restringe-se a processos cujos supostos atos ilícitos tenham ocorrido no âmbito restrito da Petrobras/SA, e não a todas e quaisquer condutas investigadas pela extinta força-tarefa – anotou o magistrado.

Deu no Estadão

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Gilmar Mendes critica Operação Lava Jato e julgamento de Lula

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes disse que houve muitos erros e abusos na Operação Lava Jato, e criticou o papel da mídia pelo que ele chama de “um impulso de combate à corrupção”. Segundo ele, “era algo tão avassalador, que ser contra ou levantar dúvida já era perigoso”. Para o ministro, é preciso analisar o contexto geral que envolveu a Lava Jato, para entender os erros e evitá-los no futuro.

– Esse superpoder da vara de Curitiba, o julgamento do Lula, que não era um julgamento, aquela combinação, que talvez não se veja nem no antigo regime soviético, entre o procurador e um juiz submetendo a denúncia ou provas que deveriam ser acrescidas ou não, tudo isso precisa ser relembrado – declarou ele na estreia do programa Dando a Real com Leando Demori, ou DR com Demori, que vai ao ar nesta terça-feira (26), às 22h, na TV Brasil.

De acordo com Gilmar Mendes, o sistema político também precisa fazer uma profunda autocrítica. – A nação não precisa de salvadores, e a gente tem que fazer essa autocrítica. A debilidade do sistema político causou isso e fez com que Bolsonaro cavalgasse essa figura que é mais falsa que uma nota de R$ 3. Hoje todos nós sabemos.

Sobre os atos do dia 8 de janeiro, o ministro contou que estava em Portugal e que, assim que soube dos acontecimentos, começou a “disparar telefonemas”. Ele falou com os ministros do STF Alexandre de Moraes e Rosa Weber e com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

– Nas conversas que a gente tinha antes, a gente sentia que tudo estava normal, mas um normal em alta temperatura, porque havia uma preocupação.

Outro assunto comentado por Gilmar Mendes na entrevista foi a proposta de descriminalização do porte de drogas para consumo próprio, em votação no STF. Segundo o ministro, muitas pessoas são presas no Brasil por estarem com pequenas quantidades de drogas para uso pessoal e acabam virando mão de obra para organizações criminosas.

– Temos que enfrentar isso, é uma questão de segurança pública para evitar que essas organizações se tornem ainda mais poderosas. Para isso, temos que trabalhar com uma perspectiva de descriminalização dos casos menos graves. Este é o começo, porque é o que mais leva gente para a cadeia, é uma situação que se repete todos os dias – disse Gilmar, citando a iniciativa dos mutirões carcerários para revisar processos de prisões temporárias.

Com informações da Agência Brasil

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Ministério Público vai ao STF contra decisão de Toffoli sobre Lava Jato

 

O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) entrou nesta quarta-feira (20) com um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) para tentar reverter a decisão do ministro Dias Toffoli que anulou provas do acordo de leniência da Odebrecht. O procurador-geral de Justiça do Estado, Mario Luiz Sarrubbo, afirma que as provas foram usadas em “diversas ações e investigações” que agora estão em xeque.

No recurso, Sarrubbo sugere dois caminhos: que Toffoli reconsidere a própria decisão ou envie o caso para análise no Plenário do STF. O principal argumento usado no recurso é processual. O chefe do MP de São Paulo afirma que a decisão de anular provas da leniência não poderia ter efeito generalizado e deveria valer apenas para o presidente Luiz Inácio Lula de Silva (PT), porque foi ele quem deu entrada na reclamação.

– Ainda que admitido o manejo do remédio heroico constitucional no bojo da reclamação, com o trancamento de ofício da ação penal em face do reclamante, não há como se ampliar a concessão da ordem para atingir processos e investigações indistintas, em que não se tem conhecimento sequer dos fatos e sujeitos investigados – diz um trecho do pedido.

O recurso encampa uma tentativa de salvar investigações e processos em curso, que podem ser desidratados se as provas obtidas a partir do acordo de Odebrecht forem retiradas. Na mesma decisão que anulou as provas, Toffoli afirmou que a condenação de Lula na Lava Jato foi um dos “maiores erros judiciários da história do país”.

O agravo do MP de São Paulo chega ao STF antes mesmo de o Ministério Público Federal (MPF) decidir se entrará ou não com recurso na ação.

Deu no Estadão

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Nenhuma novidade: Toffoli anula suspeição e retira processo contra Appio na Lava Jato

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli determinou a suspensão do processo administrativo contra o juiz Eduardo Fernando Appio, que atuou em processos da operação Lava Jato.

O processo administrativo tramitava na Corregedoria-Geral do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4).

Toffoli também declarou a nulidade da decisão do TRF4 que tornou Appio suspeito. O ministro classificou a suspeição como uma decisão “ilegalmente exarada pelo TRF da 4ª Região”.

Na decisão, o ministro ainda oficiou o Corregedor-Nacional de Justiça “para a adoção de medidas sob sua competência Constitucional e legal”. Foi solicitado também uma cópia “de todo material, tais quais processos, dados e informações disponíveis acerca da” 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba.

As informações são da âncora da CNN Thais Arbex.

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Flávio Dino diz que PF vai investigar Lava Jato por ‘possíveis crimes’ na gestão de verbas

 

O ministro da Justiça de Lula, Flávio Dino, afirmou que a Polícia Federal (PF) vai analisar se os investigadores da Operação Lava Jato cometeram “possíveis crimes” na gestão de verbas. De acordo com o ministro, um grupo de trabalho será criado para investigar movimentações de recursos financeiros pela 13ª Vara Federal de Curitiba.

Dino disse que recebeu um relatório do corregedor Luís Felipe Salomão, que aponta que o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), a partir de uma investigação administrativa, encontrou supostas irregularidades na homologação e na gestão dos acordos de colaboração e de leniência feitos pela 13ª Vara Federal de Curitiba. Na época da Lava Jato, a Vara tinha como juiz titular o agora senador Sérgio Moro (União-PR).

No último dia 15, Moro afirmou que as supostas irregularidades citadas pelo relatório do CNJ são uma “mera opinião preliminar sem base em fatos”. O senador afirmou que os acordos de leniência foram aprovados previamente, antes da homologação, pela 5ª Câmara de Revisão do Ministério Público Federal, que atua com o procurador-geral da República.

“No que se refere às alegações sobre a criação de fundação (Fundação Lava Jato) para gerir valores de acordo entre a Petrobras e o DOJ/SEC dos Estados Unidos, o que não se concretizou, trata-se de fato posterior a minha saída da 13.ª Vara Federal”, disse o senador.

Com informações do Estadão

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Não é coincidência: Dias Toffoli foi advogado do PT e indicado por Lula ao STF

Dias Toffoli, que anulou provas da Lava Jato, foi advogado do PT e indicado por Lula ao STF 4

 

José Antonio Dias Toffoli, de 55 anos, chegou ao Supremo Tribunal Federal (STF) em 2009, pela indicação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O líder petista cumpria seu segundo mandato presidencial.

Neste semana, como noticiou o Conexão Política, Toffoli decidiu anular o acordo de leniência feito pela construtora Odebrecht na Lava Jato. O ministro teceu duras críticas à operação e determinou investigações contra os agentes públicos envolvidos.

A medida tomada pelo magistrado do Supremo se soma a um histórico de posicionamentos contrários à força-tarefa.

O ingresso de Dias Toffoli no segmento político se deu por meio do Partido dos Trabalhadores. Em 1994, foi assessor do deputado Arlindo Chinaglia (PT) na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Depois, durante cinco anos (de 1995 a 2000), Toffoli trabalhou como assessor jurídico da liderança do Partido dos Trabalhadores na Câmara dos Deputados. Já nas eleições presidenciais de 1998, 2002 e 2006, advogou para a sigla.

Durante o primeiro mandato de Lula, de janeiro de 2003 a julho de 2005, o advogado foi subchefe da Secretaria Especial para Assuntos Jurídicos (SAJ). O órgão faz parte da Casa Civil e, à época, estava sob os cuidados de José Dirceu.

Quatro anos depois, Dias Toffoli foi indicado ao STF, que é mais alta Corte do país. O nome dele gerou turbulência no segmento político. Entre as críticas, estava o fato de que Toffoli havia sido reprovado em dois concursos para ingresso na magistratura, na década de 1990.

De 2018 a 2020, Toffoli foi presidente do Supremo. Em 2019, ele não permitiu que Lula deixasse a prisão em Curitiba (RS) para ir ao velório do irmão, Genival Inácio da Silva, o Vavá. Apesar disso, no passado, o ministro teria pedido “perdão” ao petista pela decisão, segundo veículos de imprensa.

Dias Toffoli X Lava Jato

Na última quarta-feira, 6 de setembro, Sias Toffoli disse que a prisão de Lula na Operação Lava Jato foi um dos “maiores erros judiciários da história do País” e a anulação dos investigados ocorreu “não apenas na seara funcional, como também nas esferas administrativa, cível e criminal”.

Na decisão, o magistrado chama as provas da Lava-Jato de “imprestáveis” e “ilegítimas”. Conforme o texto de Toffoli, centenas de acordos de leniências e de delações premiadas foram celebrados como meios ilegítimos de levar inocentes à prisão. Ele repreendeu a 13ª Vara Federal de Curitiba, dizendo que ela extrapolou todos os limites.

“Delações essas que caem por terra, dia após dia. Tal conluio e parcialidade demonstram, a não mais poder, que houve uma verdadeira conspiração com o objetivo de colocar um inocente como tendo cometido crimes jamais por ele praticados. Esse vasto apanhado indica que a parcialidade do juízo da 13a Vara Federal de Curitiba extrapolou todos os limites, e com certeza contamina diversos outros procedimentos; porquanto os constantes ajustes e combinações realizados entre o magistrado e o Parquet e apontados acima representam verdadeiro conluio a inviabilizar o exercício do contraditório e da ampla defesa”, diz o documento.

Toffoli, entre outras considerações, fez uma comparação entre a obtenção de provas pelos promotores e métodos de tortura, descrevendo-a como “um pau de arara do século XXI”.

“Sob objetivos aparentemente corretos e necessários, mas sem respeito à verdade factual, esses agentes desrespeitaram o devido processo legal, descumpriram decisões judiciais superiores, subverteram provas, agiram com parcialidade (vide citada decisão do STF) e fora de sua esfera de competência. Enfim, em última análise, não distinguiram, propositadamente, inocentes de criminosos. Valeram-se, como já disse em julgamento da Segunda Turma, de uma verdadeira tortura psicológica, UM PAU DE ARARA DO SÉCULO XXI, para obter “provas” contra inocentes”, diz outro trecho da resolução.

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ABSURDO: Ministério Público pede perdão a empresas condenadas na Lava Jato

 

O Ministério Público, junto ao Tribunal de Contas da União (TCU), pediu nesta sexta-feira (8) que a Corte se retrate e reabilite empresas e identifique todos os processos internos em que tenha sido aplicada a penalidade de declaração de inidoneidade para licitar com a administração pública às empresas condenadas com base em processos judiciais conduzidos pela operação Lava Jato.

A manifestação ocorreu após o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli anular as provas obtidas a partir do acordo de leniência da Odebrecht, usadas na operação.

No documento, o subprocurador-geral Lucas Furtado diz que não tem dúvida de que “a Lava Jato acabou com a indústria de construção civil pesada do país e criou um clima de terra arrasada no Brasil. Embora a Lava Jato tenha tentado criar no país cenário de combate à corrupção, foi, na realidade, a meu ver, movimento político”.

“Objetivando reparar esse erro histórico e no intuito de reabilitar as empresas da construção civil pesada que tiveram decisões de inabilitação para participar de licitações públicas, bem como calcular os danos causados ao erário pela Operação Lava Jato e cobrar dos agentes responsáveis o débito acarretado à União, é que apresento a presente representação”, diz.

O MP também pede que o tribunal de contas torne sem efeito essas declarações de inidoneidade, uma vez identificadas, determine à Controladoria-Geral da União (CGU) as providências necessárias para anular essas penalidades no Executivo Federal, apure os “prejuízos ocasionados aos cofres públicos em razão das operações irregulares e anuladas da Operação Lava Jato” e impute responsabilidade aos agentes envolvidos nessas irregularidades.

Para o procurador, há consequências práticas da aplicação de sanções que impedem a contratação com o Poder Público das empresas de construção.

Deu no R7

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Toffoli anula provas da Odebrecht e livra Delcídio Amaral

 

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, anulou provas apresentadas pela Odebrecht que embasou delação dos executivos e que enrolavam o ex-senador petista Delcídio do Amaral, suspeito de obstruir a Operação Lava Jato.

O inquérito contra o ex-petista, agora filiado ao PTB, tramitava na Justiça Eleitoral do Mato Grosso do Sul. Delcídio, ex-líder do governo Dilma Rousseff, chegou a ser preso em 2015.

Toffoli argumentou que a 2ª Turma do STF considerou “imprestáveis” como prova os sistemas da Odebrecht de registro das propinas pagas a agentes políticos. Uma perícia demonstrou que os programas MyWebDay B e Drousys teriam sido alterados.

O ministro usou o mesmo entendimento do ministro Ricardo Lewandowski, agora aposentado, que beneficiou outros réus, como o presidente Lula e o vice-presidente Geraldo Alckmin.

Deu no Diário do Poder

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Medida disciplinar mira Gabriela Hardt, juíza ‘linha-dura’ da Lava Jato

 

O Conselho Nacional de Justiça (CNJ) abriu uma medida disciplinar para apurar a conduta da juíza federal Gabriela Hardt, que atuou na 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da Operação Lava Jato.

A ação foi assinada na segunda-feira (17) pelo corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão. O processo vai apurar se a magistrada deixou de tomar providências após ser alertada de supostas ilegalidades que teriam sido cometidas pelo ex-juiz Sergio Moro e ex-procuradores da República.

Na primeira fase do processo, Gabriela Hardt terá prazo de 15 dias enviar ao CNJ sua manifestação sobre as acusações, que foram feitas pelo empresário Antonio Celso Garcia, conhecido como Tony Garcia.

Atualmente, a juíza atua na 3ª Turma Recursal do Paraná.

Por meio da assessoria de imprensa da Justiça Federal em Curitiba, Gabriela Hardt declarou que vai prestar as informações solicitadas pelo CNJ.

Fonte:ConexãoPolítica

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CNJ mantém Appio afastado da Lava Jato: “Conduta gravíssima”

 

O corregedor nacional de Justiça, Luís Felipe Salomão, do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), decidiu manter o juiz Eduardo Appio afastado do cargo.

A decisão se refere ao caso em que o magistrado é acusado de fazer ameaças por telefone ao filho do desembargador Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região.

Salomão fala em “conduta gravíssima” e decide manter o juiz longe da 13ª Vara Federal de Curitiba, onde estão os processos da Operação Lava-Jato.

– A utilização dessas informações para constranger ou intimidar o desembargador do tribunal representa, por si só, em tese, conduta gravíssima e apta a justificar o afastamento provisório e cautelar do magistrado sob investigação – diz o corregedor no processo ao qual o jornal O Globo teve acesso.

O corregedor entende que manter Appio no exercício da atividade poderia atrapalhar a apuração do caso, pois ele teria acesso aos sistemas de informática da Justiça Federal.

Deu no Pleno News