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Banco Central decide hoje novo patamar da taxa básica de juros

Selic deve cair 0,25 ou 0,5 ponto percentual

 

Estacionada desde agosto de 2022 no maior patamar em seis anos, a taxa básica de juros da economia brasileira deve iniciar uma trajetória de queda a partir desta quarta-feira (2). De acordo com expectativas do mercado financeiro, o segundo dia de encontro dos diretores do BC (Banco Central) vai resultar no primeiro corte da taxa Selic em três anos.

Ainda que o Boletim Focus, responsável por compilar a mediana da previsão dos principais agentes financeiros do Brasil, aponte para a redução de 0,25 ponto percentual dos juros básicos, a aposta não é uma unanimidade. Projeções de que a Selic pode cair 0,5 ponto percentual viraram mais frequentes à medida que a inflação perde força.

Antes de anunciar o veredito, após as 18h, o Copom (Comitê de Política Monetária) projeta as possibilidades futuras da economia. O movimento ocorre após o grupo formado pelo presidente do BC, Roberto Oliveira Campos, e pelos oito diretores da autoridade monetária avaliar a evolução e as perspectivas da economia e o comportamento do mercado financeiro.

No último encontro, quando decidiu manter a Selic em 13,75% ao ano pela sétima vez consecutiva, o Copom admitiu, pela primeira vez, a possibilidade de reduzir a taxa básica de juros. “A continuação do processo deflacionário em curso, com consequente impacto sobre as expectativas, pode permitir acumular a confiança necessária para iniciar um processo parcimonioso de inflexão na próxima reunião”, destaca o documento.

Deu no R7

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Crédito deve crescer 7,7% neste ano, prevê Banco Central

 

O Banco Central (BC) prevê que o volume de crédito bancário crescerá 7,7% em 2023. A projeção teve uma ligeira alta diante da previsão anterior de 7,6%, divulgada em março deste ano, e continua indicando um processo de desaceleração do crédito, “compatível com o ciclo de aperto monetário” de alta na taxa Selic, os juros básicos da economia.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do BC mantém a taxa Selic em 13,75% ao ano desde agosto do ano passado, o maior nível desde janeiro de 2017, apesar da queda da inflação e das pressões de parte do governo para redução dos juros básicos.

A Selic é o principal instrumento do BC para alcançar a meta de inflação porque a taxa causa reflexos nos preços, já que juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança, evitando a demanda aquecida. Os efeitos do aperto monetário são sentidos no encarecimento do crédito e na desaceleração da economia.

A nova estimativa incorpora os novos dados do mercado de crédito e a revisão do cenário macroeconômico futuro. As informações são do Relatório de Inflação, publicação trimestral do BC, divulgado nesta quinta-feira (29).

“Os dados do mercado de crédito divulgados desde o relatório anterior mostram evolução do saldo dos empréstimos às famílias acima do esperado, principalmente no segmento direcionado, enquanto os financiamentos às empresas recuaram de forma mais intensa, destacando-se o segmento livre”, informou o órgão.

Deu na Agência Brasil

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Lula volta a atacar presidente do Banco Central

Lula Banco Central

 

O presidente Lula voltou a criticar o presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto. Em entrevista coletiva nesta quinta-feira, 22, em Roma, Lula disse que o presidente do BC joga contra a economia.

“Eu acho que esse cidadão joga contra a economia brasileira. Não existe explicação aceitável para que a taxa de juros esteja em 13,75%. Não temos inflação de demanda no Brasil”, declarou o petista.

Na quarta-feira 22, o Conselho de Política Monetária (Copom) decidiu manter a taxa de juros da economia em 13,75%. “É irracional o que está acontecendo no Brasil. Você tem uma taxa de juro de 13,75% com inflação de 5%, ou seja, cada vez que reduz meio ponto a inflação, aumenta o juro real no país. Não é possível ninguém tomar dinheiro emprestado para pagar 14% ao ano, às vezes 18% ao ano”, afirmou Lula, atribuindo a responsabilidade ao presidente do Banco Central.

Desde o começo do mandato, Lula lidera ataques contra Campos Neto. Petistas e aliados têm feito campanha para a saída do executivo do cargo. O presidente do Banco Central tem mandato até 2024 e só pode ser demitido com aprovação do Senado.

Lula disse que já pediu providências a senadores sobre o presidente do Banco Central. “Eu tenho cobrado dos senadores porque foram eles que colocaram esse cidadão lá. Os senadores têm que analisar se ele está cumprindo aquilo que ele tem de cumprir. Na lei, ele tem que cuidar da inflação, do crescimento econômico e da geração de emprego. Então, tem que ser cobrado”, afirmou o petista. “O Senado é que tem responsabilidade de cobrar dele”.

No comunicado divulgado depois da reunião, o Copom deu sinais de que a partir da próxima reunião, em agosto, começará a cortar os juros.

Deu na Oeste

Economia

Minha Casa, Minha Vida terá juro menor e maior limite de renda e valor do imóvel

 

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (CCFGTS) aprovou nessa terça-feira (20) medidas propostas pelo Ministério das Cidades que beneficiarão, sobretudo, famílias de baixa renda que acessam o Minha Casa, Minha Vida (MCMV) por meio de financiamentos habitacionais.

Na reunião, foi decidido que as taxas de juros oferecidas para famílias com renda de até R$ 2 mil mensais sejam reduzidas em 0,25%. Com a mudança, moradores das regiões Norte e Nordeste poderão fazer financiamentos com juros de até 4% ao ano. No Sul, Sudeste e Centro-Oeste a taxa fica em 4,75% ao ano para a faixa 1.

Além disso, o limite de renda para se enquadrar na Faixa 1 do MCMV foi ajustado dos atuais R$ 2,4 mil para R$ 2,6 mil, conforme estabelecido na Medida Provisória n.º 1.162 aprovada pelo Congresso Nacional no dia 13 de junho. Agora, a redução na taxa de juros passa a ser de 0,5% para as famílias reenquadradas.

Deu na CNN

Economia

Taxa de juros do cartão de crédito rotativo atinge nível mais alto em seis anos e chega a quase 450%, diz BC

 

Os juros de cartão de crédito rotativo no Brasil atingiram o nível mais alto em seis anos e chegou a quase 450%. Além de pessoas, empresas também estão endividadas.

De acordo com o Banco Central (BC), a taxa média de juros cobrada pelos bancos nas operações com cartão de crédito rotativo subiu de 433,3% ao ano, registrada em março, para 447,5% ao ano, em abril. Em março de 2017, a taxa estava em 490% ao ano, acima da atual.

Segundo o economista Roberto Piscitelli, com um total de 190 milhões de cartões ativos e 93 milhões de clientes, representando aumento de 30% em três anos, o risco de que pessoas entrem na lista de inadimplentes é alto, principalmente com a inflação elevada.

“Sabemos que o cartão de crédito é o mecanismo mais utilizado pelas pessoas físicas. E é justamente o instrumento de endividamento e que traz mais preocupação por causa das altas taxas de juros e das dificuldades de administrar essas dívidas”, comentou.

O endividamento das famílias atingiu 48,5% em março, com recuos de 0,1% no mês e de 1,3% em 12 meses. No entanto, nas mesmas bases de comparação, o comprometimento de renda aumentou 0,3% no mês e 1,6% em 12 meses, ficando em 27,7%.

Informações da JP News

Economia

Campos Neto: “Eu tenho mandato até 2024 e não vou abreviar”

 

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, deixou claro que não pretende antecipar sua saída do comando da autoridade monetária.
Alvo de uma série de críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e de integrantes do governo, inclusive durante o seminário promovido pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) na quinta-feira (25/5), Campos Neto tem mandato até 2024 na presidência do BC. E diz que vai cumpri-lo até o fim.

“Eu tenho mandato até 2024 e não vou abreviar. O que eu sempre disse é que não estava disposto a uma recondução. Já fiz bastante coisa, tem que passar o bastão para o próximo”, afirmou o presidente do BC, em entrevista à GloboNews.

A eventual troca de comando do BC começou a ser especulada após a indicação do secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, para a Diretoria de Política Monetária do BC. O número 2 da pasta deve ser sabatinado no Senado, na próxima semana.

Nos bastidores, comentava-se que Galípolo era cotado para suceder Campos Neto na presidência do BC, o que poderia abrir espaço para uma saída do atual chefe da autoridade monetária antes do fim de seu mandato.

Campos Neto vem sendo o alvo preferencial de Lula e parte do governo, que criticam a taxa básica de juros (Selic) em 13,75% ao ano, considerada um entrave para a retomada do crescimento do país. A desaceleração da inflação nos últimos meses pressiona ainda mais o BC a iniciar a queda dos juros. Ontem, na Fiesp, Lula disse que os juros atuais no país são uma “excrescência”.

“Não sei, acho que ele (Galípolo) vai chegar, tem o trabalho da Diretoria de Política Monetária a ser feito. A gente vai discutir ao longo do tempo. Quem decide o novo presidente é o governo. Pode decidir por alguém que está na casa ou não”, disse Campos Neto, sobre a possível chegada de Galípolo ao BC. “Vai ser um processo de aprendizado para ele, como foi para mim quando cheguei”, completou.

Campos Neto reiterou os elogios que já havia feito a Galípolo e ao servidor de carreira Ailton Aquino dos Santos, indicado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para a Diretoria de Fiscalização.

“Converso bastante com o Galípolo desde o início do governo. Ailton é superquerido dentro do BC. As indicações do governo fazem parte da regra do jogo da autonomia e foram boas”, disse o presidente do BC. “Tenho certeza de que os diretores que entrarem entenderão que o processo é técnico.”

Autonomia

Em fevereiro de 2021, o então presidente Jair Bolsonaro sancionou o projeto que deu autonomia ao BC e, assim, limitou a influência do Executivo sobre as decisões relacionadas à política monetária.

Pela regra vigente desde então, os mandatos do chefe do BC e do titular do Palácio do Planalto não são mais coincidentes. O presidente do banco assumirá sempre no primeiro dia útil do terceiro ano de cada governo. Assim, o chefe do Executivo federal só poderá efetuar troca no comando do BC a partir do segundo ano de gestão. No caso de Lula, isso só acontecerá em 2024.

Deu no Metrópoles

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Com inflação disparada, Argentina eleva juros a 97%

Argentina

 

Com a inflação beirando os 110% ao ano, o Banco Central da Argentina decidiu elevar a taxa básica de juros em 6 pontos porcentuais, de 91% para 97% ao ano. Uma ala da área econômica e monetária pretendia elevar os juros a 110%, antecipou o jornal La Nación, no domingo 14. O pacote do presidente argentino Alberto Fernández e da vice Cristina Kirchner com as medidas emergenciais contra escalada de preços deve ser lançado oficialmente nesta segunda-feira, 15.

A decisão de elevar os juros de maneira drástica ocorreu depois que a inflação de abril fechou a 8,4%. A inflação argentina em 12 meses está em 108,8%. A título de comparação, a inflação oficial do Brasil, medida pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no mês passado ficou em 0,61%, e o acumulado em 12 meses é de 4,18%.

Além disso, o pacote econômico, assinado pelo ministro da Economia, Sergio Massa, também prevê uma intervenção maior do Banco Central no mercado de câmbio para evitar a desvalorização gradual do peso.

As discussões com o Fundo Moneário Internacional (FMI) serão aceleradas, assim como as negociações com a China, para uso da moeda chinesa iuane nas transações comerciais, e também com os demais países do chamado BRICs, grupo de países emergentes, que inclui o Brasil, para facilitar a troca de moedas. Massa viajará para Pequim no próximo dia 29 para tentar concretizar os acordos.

No fim de abril, o Banco Central já tinha elevado a taxa de 81% para 91%, maior valor em 20 anos, acima até do recorde de Mauricio Macri (86% em setembro de 2019). O novo número de 97% estabelece um novo recorde.

Para tentar moderar o efeito do aumento das taxas de juro, que encarecem os empréstimos, o plano econômico do governo Fernández prevê a redução do custo de financiamento para parcelamentos em 12 meses. O objetivo é incentivar o consumo de produtos fabricados no país.

Diante da crise sem precedentes, que se avolumou sob seu comando, Fernández já anunciou que não vai disputar a reeleição neste ano. Cristina Kirchner, condenada a seis anos por corrupção, também já declinou.

Deu na Oeste

Economia

Entenda porque o Banco Central manteve a taxa Selic em 13,75%

 

 

Apesar da expectativa e pressões do governo para que a taxa selic fosse reduzida, a taxa foi mantida em 13,75% pela sexta vez consecutiva e por unamidade do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central.

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A taxa Selic é a taxa básica da economia brasileira e, é a referência para as demais taxas. Ela é o principal instrumento de política monetária do país.

A definição da Taxa Selic é feita pelo Banco Central, pelo Comitê de Política Monetária (COPOM) e depende, principalmente da perspectiva de crescimento da economia e inflação.

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O principal objetivo do Banco Central é alcançar a estabilidade de preços. Logo, o principais impactos ocorrem:

1) Na inflação – a selic está diretamente ligada ao controle da inflação que é a variação de preços em um determinado período de tempo e que em alta desvaloriza o dinheiro e reduz o poder de compra, impactando na vida de todas as pessoas, embora a maioria não se dê conta.

2) No crédito – a taxa selic em alta reduz a oferta de crédito, pois sobe também a taxa de juros de créditos e financiamentos tomados (empréstimos, limite da conta, rotativo di cartão de crédito e etc), reduzindo os investimentos nos negócios e em infraestruturas, por exemplo.

3) Nos investimentos – a selic alta é favorável aos investimentos de renda fixa, que oferecem uma remuneração baseada em juros, como títulos públicos do governo federal, CDBs, letras de crédito, das debêntures, entre outras opções.

As taxas de juros altas também atraem investidores estrangeiros que procuram o melhor retorno do seu dinheiro, aumentando a demanda pela moeda do país. Logo, uma taxa elevada atrai investimentos e uma taxa menor afasta os investidores.

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A Selic foi mantida por causa da incerteza tanto no ambiente interno (Brasil) quanto no externo (outros países).

1) Cenário interno – a principal incerteza no país é como ficará o desenho final do arcabouço fiscal a ser aprovado pelo Congresso Nacional e, consequentemente a condução da política monetária por parte do governo federal, a trajetória da dívida pública e da inflação.

2) Cenário externo – o ambiente externo se mantém adverso. A taxa de juros aumentou pela décima vez consecutiva nos Estados Unidos. A inflação continua elevada e o Federal Reserve (Fed), Banco Central americano manteve o aperto monetário por lá.

Além dos EUA, os episódios com outros bancos no exterior têm elevado a incerteza. A inflação mundial continua em alta e os bancos centrais das principais economias seguem determinados em promover a convergência entre inflação e metas.

Informações do linkedl Economia

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Banco Central ignora pressão política e mantém taxa de juros em 13,75%

taxa de juros

 

Em reunião realizada nesta quarta-feira, 3, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu manter a taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano. Essa é a sexta vez que a taxa é mantida em 13,75%, maior índice desde início de 2017.

O Copom destacou em seu comunicado a “incerteza” sobre a versão final do arcabouço fiscal, entregue à Câmara dos Deputados, pelo governo Lula e classificou que alguns pontos do documento causam receios econômicos, o que aumenta o fator de risco para o BC. Além disso, o Comitê ressaltou que a inflação “segue acima do intervalo compatível com o cumprimento da meta”.

A decisão pela manutenção da taxa de juros, no entanto, já era esperada por economistas e por boa parte do mercado, que só consegue enxergar um cenário melhor no segundo semestre. Contudo, o Copom afirma ainda em seu comunicado “que não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado”.

Na semana passada, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, endossou a pressão feita pelo presidente Lula, afirmando que “só temos boas notícias da inflação e recomposição do Orçamento”, em outras palavras, haveria um cenário econômico favorável para reduzir a Selic.

Dessa forma, apesar da pressão, o Comitê manteve o valor esperado por agentes financeiros.

Últimas taxas de juros divulgas pelo Banco Central

  • 03 de maio de 2023: 13,75% ao ano
  • 22 de março de 2023: 13,75% ao ano
  • 01 de fevereiro de 2023: 13,75% ao ano
  • 07 de dezembro de 2022: 13,75% ao ano
  • 26 de outubro de 2022: 13,75% ao ano
  • 21 de setembro de 2022: 13,75% ao ano
  • 03 de agosto de 2022: 13,75% ao ano
  • 15 de junho de 2022: 13,25% ao ano
  • 04 de maio de 2022: 12,75% ao ano
  • 16 de março de 2022: 11,75% ao ano

Deu na Oeste

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Banco Central decide nova taxa de juros nesta quarta-feira (3)

 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anuncia no início da noite desta quarta-feira (2) a sua decisão a respeito da Selic, a taxa de juros de referência da economia brasileira.

Os juros básicos estão desde agosto do ano passado em 13,75%, no maior patamar desde 2016.

O consenso entre economistas é de que os diretores do BC devem manter a taxa onde está no encontro desta quarta-feira, e que não deve também mudar consideravelmente seu tom mais duro em relação aos próximos passos, mesmo com a avaliação crescente, que ganhou corpo nos últimos meses, de que há espaço para que o Banco Central comece os cortes na taxa mais cedo.

Alguns indicadores, de fato, passaram a ajudar o Banco Central na tarefa de aliviar os juros altos e, com eles, a pressão que causam sobre a economia.

Foi o caso de vários sinais de uma desaceleração já em curso no Brasil e no mundo, como o PIB negativo no último trimestre do ano passado, as quedas na indústria e no varejo e uma inflação que passou a perder força rápido.

Também trouxe alívio para o cenário a apresentação pelo governo, no fim de março, de sua proposta para a regra fiscal que deverá substituir o atual teto de gastos.

Por outro lado, há diversos fatores que ainda turvam o caminho para juros mais baixos, e mesmo que uma ala dos bancos e consultorias esteja revisando para baixo suas projeções para os juros, as reduções são bem suaves.

“O Copom deve manter o tom duro na sinalização da política monetária, reforçando que o cenário não pressupõe cortes de juros iminentes e em linha com as recentes falas dos diretores e do próprio presidente do BC, Roberto Campos Neto”, diz o chefe de pesquisa macroeconomica da Kínitro Capital, João Savignon,

Preços de itens como serviços ainda alta, expectativas para a inflação deste e do próximo ano ainda afastadas da meta e, também, um mercado de trabalho resiliente e aquecido estão entre os elementos mencionados pelos analistas do outro lado da balança que ainda impedem o BC de ser mais agressivo em sua descida dos juros.

Atualmente, a projeção média do mercado, de acordo com o relatório semanal Focus, do BC, é que a Selic chegue ao fim de 2023 aos 12,5%, numa ligeira redução em relação ao projetado há duas semanas (12,75%), mas ainda acima do que no começo do ano, quando a estimativa geral estava em 12,25%.

É também um nível bem pouco abaixo dos 13,75% atuais.

As projeções para a inflação, por outro lado, seguem sendo revistas para cima e falam, atualmente, em um IPCA a 6% ao fim do ano – mais alto, inclusive, do que está agora (4,65% em março) e ainda longe da meta que deveria ser cumprida pelo BC neste ano, que é de 3,25%, com margem de tolerância entre 1,75% e 4,75%.

Fonte: CNN