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Novo teto de juros para faturas de cartão de crédito tem início nesta quarta-feira

 

A partir desta quarta-feira (3), os juros acumulados nos casos de atraso no pagamento da fatura do cartão de crédito não poderão ultrapassar 100% do valor original da dívida. A medida, segundo o Governo Federal, tem por objetivo reduzir o número de endividados no Brasil.

A decisão foi tomada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) em reunião realizada no dia 21 de dezembro de 2023 e anunciada pelo Ministério da Fazenda, já que o teto para os juros do rotativo do cartão de crédito já estava previsto na Lei do Desenrola.

O principal objetivo do Governo Federal com a nova política de juros é limitar o acúmulo de dívidas e zerar a fila dos endividados, no âmbito do programa Desenrola Brasil.

Com informações da Agência Brasil

Economia

Última reunião do Copom do ano deve levar taxa de juros a menos de 12%, menor patamar dos últimos 21 meses

Membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central começam a deliberar nesta terça-feira, 12 Foto: Raphael Ribeiro

 

Nesta terça-feira, 12, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central inicia sua última reunião do ano para determinar o rumo da taxa de juros do Brasil.

No encontro anterior, o colegiado decidiu reduzir a Selic para 12,25% ao ano, o que a levou para o menor patamar desde março de 2022. O corte de 0,50 ponto percentual foi a terceira redução consecutiva após um período de sete manutenções em sequência. Desde então, indicadores da economia apontam para uma melhora do cenário econômico e redução de riscos inflacionários.

Um exemplo é a aprovação do texto da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da reforma tributária pelo Senado Federal. O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, avaliou que os dados mais recentes da inflação no Brasil foram bons e que o país deve ficar dentro da meta em 2023 e 2024. Ele também avaliou como apropriado o ritmo de cortes nos juros que a autoridade monetária tem promovido.

O Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil cresceu 0,1% no terceiro trimestre do ano, superando as expectativas do mercado, que previa uma queda de 0,3%. Analistas do mercado financeiro ouvidos pelo site da Jovem Pan projetam um novo corte de 0,50 ponto percentual, levando a Selic a 11,75%. A expectativa é a mesma do último Boletim Focus divulgado pelo Banco Central. Caso a projeção seja confirmada, a taxa de juros se igualará ao mesmo patamar que estava em 16 de março de 2022. Os especialistas ainda avaliam que as reduções na Selic devem seguir até a quinta reunião de 2024, que será realizada em julho.

André Galhardo, consultor econômico da Remessa Online, afirma que cerca de 99,9% do mercado espera que o Copom promova cortes no mesmo patamar das reuniões anteriores, por conta de trechos de comunicados anteriores em que o grupo reforça que avalia como apropriado o ritmo atual de reduções. Ele ainda acredita que o comunicado deva sinalizar mais cortes de mesma magnitude para as próximas reuniões. “Temos pelo menos mais duas reuniões de certa forma garantidas de que haverá cortes de 0,50 ponto percentual. Devemos ver, ao longo dos três primeiros meses de 2024, a Selic ser reduzida para perto de 10,75%. E o Copom deve fazer isso com muita tranquilidade porque, na semana passada, o Roberto Campos Neto disse que o ciclo de cortes terminaria com a Selic ainda em campo restritivo, o que mostra uma cautela excessiva do Banco Central em relação ao ritmo de inflação e o nível de atividade econômica. Acredito que o Copom deve estender o ciclo de cortes pelo menos até que a taxa de juros alcance 9,75% ao ano. Isso ainda está em aberto porque depende muito do comportamento das taxas de juros dos Estados Unidos e da inflação norte-americana”, indica. O economista avalia que as reduções devem seguir até a quinta reunião de política monetária de 2024, em julho, com a Selic a 9,75% ao ano.

O economista Carlos Caixeta também é um dos que acredita que o Banco Central deve manter o ritmo de redução da Selic. “A inflação continua sob controle. Não há nenhum motivo para que o Banco Central fique alarmado ou preocupado exatamente por isso. Os fatores externos que aconteceram, como a guerra entre Israel e o Hamas, geraram uma preocupação com relação ao preço do barril de petróleo tipo Brent, mas isso foi pontual e não se refletiu ao longo do tempo. Então, não há nenhum fator de risco ou de pressão inflacionária permanente que possa alertar o Copom com relação a um impacto na inflação e que pudesse fazer com que o colegiado mudasse o ritmo de redução na Selic”, avalia. Nicolas Borsoi, economista-chefe da Nova Futura Investimentos, também prevê que a Selic caia para 11,75% nesta reunião e sofra uma redução na mesma proporção em janeiro. Ele estima que o Copom siga promovendo cortes de 0,50 ponto percentual até a quinta reunião de 2024, que será realizada entre 30 e 31 de julho. A projeção é de que a taxa de juros encerre o próximo ano em 9,50% e chegue até 8,50% no fim de 2025.

Economista-chefe da Suno Research, Gustavo Sung também faz uma análise similar sobre o que deve ocorrer no próximo encontro. “Em relação à reunião de novembro, não esperamos grandes alterações no comunicado. Os últimos dados continuam indicando um cenário inflacionário benigno no Brasil, abrangendo tanto o índice cheio quanto os núcleos e os preços de serviços e bens industriais.

A perspectiva é de que a inflação termine dentro do intervalo da meta. Além disso, a economia brasileira continua desacelerando, o que ajuda a diminuir as pressões inflacionárias. Outro ponto positivo é que o estresse dos últimos meses no cenário externo diminuiu, contribuindo para reduzir as incertezas. Contudo, o risco fiscal brasileiro permanece no radar da autoridade monetária, pois pode afetar variáveis macroeconômicas, como o câmbio e as expectativas de inflação”, analisou.

Ele ainda complementa que o grupo deve sinalizar um corte de mesma magnitude para a reunião de janeiro no comunicado. Assim como os colegas, o economista acredita que a taxa básica de juros termine 2024 em 9,75% ao ano.

Informações da JP News

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Mercado piora projeção para inflação de 2024 em meio a debate sobre revisão da meta fiscal

Sede do Banco Central, em Brasília

 

Apesar de manter a expectativa para o IPCA ( Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deste ano, o Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira, 6, ajustou para cima a expectativa da inflação oficial do país em 2024. Em 2023, a projeção seguiu em 4,63%, há um mês a mediana era de 4,86%. No entanto, para o ano que vem o índice subiu de 3,9% para 3,91%.

Há um mês, a expectativa para o IPCA de 2024 era de 3,88%. As estimativas do relatório feito pelo Banco Central (BC), que avalia as expectativas do mercado, continuam acima do centro das metas para a inflação. Para 2023, a mediana está abaixo do teto da meta (4,75%), evitando o estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo, depois de falhar em 2021 e 2022. Para 2025, que tem peso minoritário nas decisões do Copom, a projeção continuou em 3,5% pela 15ª semana consecutiva. No horizonte mais longo, de 2026, a estimativa seguiu em 3,50% pela 18ª semana.

A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB) deste ano se manteve em 2,89%. O governo ainda espera que o crescimento alcance 3,2%, enquanto o BC projeta aumento do PIB em patamar semelhante à expectativa do mercado, em 2,9%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de setembro. Em 2024 a estimativa de crescimento do PIB também foi mantida em 1,50%, mesmo patamar do mês passado. Para 2025, a mediana continuou em 1,90% e o mesmo se aplica para a expectativa para 2026, que se manteve em 2,00% de crescimento do PIB, mesmo valor de um mês atrás.

No entanto, a projeção do mercado para o PIB de 2024 já prevê déficit primário de 0,8%. O “resultado primário” é definido pela diferença entre receitas e despesas do governo, excluindo-se da conta as receitas e despesas com juros. A capacidade do governo de cumprir a meta fiscal de déficit zero em 2024 foi colocada em xeque na semana passada, após Lula (PT) afirmar que “dificilmente” a gestão conseguiria fechar as contas públicas no zero a zero. O objetivo já era visto como ambicioso e otimista por diversos analistas, mas a fala do mandatário fez com que se gerassem dúvidas sobre a capacidade da equipe econômica de cumprir seus acordos e ter responsabilidade fiscal, além de gerar um desconforto com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

De acordo com o Focus, o mercado manteve a expectativa para a taxa básica de juros (Selic) no final de 2023 em 11,75% pela 13ª semana consecutiva. Na semana passada, o Banco Central reduziu a Selic pela terceira vez consecutiva em 0,5 ponto percentual, para 12,25% ao ano. Neste sentido, o mercado espera mais um corte do mesmo patamar na última reunião do ano, em dezembro. Para 2024, a projeção da Selic também foi mantida em 9,25%. Há um mês, a estimativa era de 9,00%. Já no horizonte mais longo, a projeção para a Selic no fim de 2025 seguiu em 8,75% e para 2026 continuou em 8,50%.

O dólar também não sofreu alteração no Focus desta semana, com estimativa para o câmbio em R$ 5,00 para 2023 e R$ 5,05 para 2024. O Relatório Focus resume as estatísticas calculadas considerando as expectativas de mercado coletadas até a sexta-feira anterior à sua divulgação. Ele é divulgado toda segunda-feira. O relatório traz a evolução gráfica e o comportamento semanal das projeções para índices de preços, atividade econômica, câmbio, taxa Selic, entre outros indicadores. As projeções são do mercado, não do BC.

Deu na Jovem Pan

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Brasil volta a ter a maior taxa de juros reais do mundo, mesmo após novo corte; veja ranking

 

O Brasil voltou a ter a maior taxa de juros reais do mundo nesta quarta-feira (1º), mesmo após o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) anunciar um novo corte da taxa básica, de 0,50 ponto percentual (p.p.).

Segundo levantamento compilado pelo MoneYou, os juros reais do país ficaram agora em 6,90%, no topo do ranking. Em seguida veio o México, com taxa real de 6,89%.

O juro real é formado pela taxa de juros nominal do país subtraída a inflação prevista para os próximos 12 meses.

Veja abaixo os principais resultados da lista de 40 países.

  1. Brasil 6,68%
  2. México 6,64%
  3. Colômbia 6,15%
  4. Chile 4,60%
  5. África do Sul 3,82%
  6. Filipinas 3,80%
  7. Indonésia 3,63%
  8. Hong Kong 2,83%
  9. Reino Unido 2,36%
  10. Israel 2,23%
  11. Nova Zelândia 1,96%
  12. Estados Unidos 1,82%
  13. China 1,67%
  14. Malásia 1,64%
  15. Bélgica 1,57%
  16. Coreia do Sul 1,57%
  17. Espanha 1,48%
  18. Índia 1,48%
  19. Grécia 1,47%
  20. Rússia 1,46%

De acordo com o MoneYou, a volta do Brasil ao topo do ranking reflete a abertura das curvas de juros futuros (expectativas dos rendimentos médios de títulos públicos), após falas recentes do governo sobre o cenário fiscal do país. (entenda mais abaixo)

As projeções mais baixas para a inflação completam o cenário e também ajudam a explicar a volta do Brasil ao 1º lugar.

A Argentina ficou na ponta oposta do ranking. Apesar de ter as taxas nominais mais altas da lista (133% ao ano), o país também enfrenta um quadro de hiperinflação, o que acaba derrubando as taxas reais.

Nesta quarta-feira (1º), o Copom anunciou um novo corte da taxa básica de juros, de 0,50 p.p.. Com a redução, a Selic ficou em 12,25% ao ano.

Segundo o MoneYou, dois fatores explicam a volta do Brasil para o 1º lugar na lista dos maiores juros reais do mundo:

Falas recentes do governo sobre a questão fiscal (entenda abaixo);
E as projeções mais baixas de inflação para o país.
Recentemente, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que “dificilmente” o governo alcançará a meta de déficit zero em suas contas em 2024.

Desde então, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que tem defendido a adoção de medidas para o alcance da meta, vem sendo alvo de questionamentos sobre o tema. A ala política do governo defende a alteração da meta, por temer o impacto das restrições nas contas públicas nas despesas do próximo ano.

Fonte: g1

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Queda da Selic barateia pouco crédito e prestações, avalia Anefac

 

A redução da taxa Selic (juros básicos da economia) para 12,25% ao ano, decidida nesta quarta-feira (1º) pelo Banco Central, barateará pouco o crédito e as prestações, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac).

Com o impacto na ponta final diluído, por causa da diferença muito grande entre a taxa básica e os juros efetivos de prazo mais longo, o tomador de novos empréstimos sentirá pouco os efeitos do afrouxamento monetário.

Segundo a Anefac, o juro médio para as pessoas físicas passará de 123,71% para 122,71% ao ano. Para as pessoas jurídicas, a taxa média sairá de 59,98% para 59,24% ao ano. A Selic passou de 12,75% para 12,25% ao ano.

No financiamento de uma geladeira de R$ 1,5 mil em 12 prestações, o comprador desembolsará R$ 0,39 a menos por prestação e R$ 4,64 a menos no valor final com a nova taxa Selic. O cliente que entra no cheque especial em R$ 1 mil por 20 dias pagará R$ 0,27 a menos.

Na utilização de R$ 3 mil do rotativo do cartão de crédito por 30 dias, o cliente gastará R$ 1,20 a menos. Um empréstimo pessoal de R$ 5 mil por 12 meses cobrará R$ 1,24 a menos por prestação e R$ 14,85 a menos após o pagamento da última parcela.

Um empréstimo de R$ 3 mil em 12 meses numa financeira sairá R$ 0,81 mais barato por prestação e R$ 9,69 mais barato no total. No financiamento de um automóvel de R$ 40 mil por 60 meses, o comprador pagará R$ 11,23 a menos por parcela e R$ 673,51 a menos no total da operação.

Em relação às pessoas jurídicas, as empresas pagarão R$ 62,55 a menos por um empréstimo de capital de giro de R$ 50 mil por 90 dias, R$ 24,92 a menos pelo desconto de R$ 20 mil em duplicatas por 90 dias e R$ 2,67 a menos pela utilização de conta garantida no valor de R$ 10 mil por 20 dias.

Deu no Portal da 96

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Banco Central prevê redução da taxa básica de juros em 0,5 ponto percentual

Banco Central - Foto: © Marcello Casal JrAgência Brasil

 

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) define, na próxima quarta-feira (1°/11), a taxa básica de juros, a Selic. Na sétima reunião de 2023, que começa amanhã (31), a expectativa é que o órgão reduza a taxa dos atuais 12,75% ao ano para 12,25% ao ano, segundo o boletim Focus, pesquisa semanal do BC com analistas de mercado.

Este deverá ser o terceiro corte desde agosto, quando a autoridade monetária interrompeu o ciclo de aperto monetário. Após sucessivas quedas no fim do primeiro semestre, a inflação voltou a subir na segunda metade do ano, mas essa alta era esperada por economistas.

Os membros do Copom já previam cortes de 0,5 ponto percentual nas reuniões do segundo semestre. Na ata do último encontro, em setembro, o órgão manteve a avaliação que esse é o ritmo adequado para manter a política monetária contracionista (juros que desestimulam a economia) necessária para controlar a inflação.

A expectativa do mercado financeiro é que a Selic encerre 2023 em 11,75% ao ano.

Taxa Selic

A taxa básica de juros é usada nas negociações de títulos públicos emitidos pelo Tesouro Nacional no Sistema Especial de Liquidação e Custódia (Selic) e serve de referência para as demais taxas da economia. Ela é o principal instrumento do Banco Central para manter a inflação sob controle. O BC atua diariamente por meio de operações de mercado aberto – comprando e vendendo títulos públicos federais – para manter a taxa de juros próxima do valor definido na reunião.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Ao reduzir a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

O Copom reúne-se a cada 45 dias. No primeiro dia do encontro, são feitas apresentações técnicas sobre a evolução e as perspectivas das economias brasileira e mundial e o comportamento do mercado financeiro. No segundo dia, os membros do Copom, formado pela diretoria do BC, analisam as possibilidades e definem a Selic.

Fonte: Agência Brasil

Economia

Copom segue com cortes na taxa de juros e reduz Selic a 12,75%

Foto: Beto Nociti

 

Nesta quarta-feira, 20, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Centraldecidiu baixar a taxa básica de juros para 12,75% ao ano. Esta é a segunda redução seguida de 0,5 ponto percentual, após um período sete manutenções consecutivas. A decisão do colegiado seguiu as expectativas do mercado. O Comitê citou que os bancos centrais das principais economias permanecem determinados em promover a convergência das taxas de inflação para suas metas. O grupo também cita a elevação das taxas de juros de longo prazo dos Estados Unidos e a perspectiva de menor crescimento na China, ambos exigindo maior atenção por parte de países emergentes. “A conjuntura atual, caracterizada por um estágio do processo desinflacionário que tende a ser mais lento e por expectativas de inflação com reancoragem parcial, demanda serenidade e moderação na condução da política monetária. O Comitê reforça a necessidade de perseverar com uma política monetária contracionista até que se consolide não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”, avaliou o grupo.

Em relação ao cenário doméstico, o Copom observou maior resiliência da atividade econômica do que anteriormente esperado, mas segue antecipando um cenário de desaceleração da economia nos próximos trimestres. O Comitê ressaltou que os impactos do aperto monetário sincronizado sobre a desinflação global se mostrarem mais fortes do que o esperado. “Em se confirmando o cenário esperado, os membros do Comitê, unanimemente, anteveem redução de mesma magnitude nas próximas reuniões e avaliam que esse é o ritmo apropriado para manter a política monetária contracionista necessária para o processo desinflacionário. O Comitê ressalta ainda que a magnitude total do ciclo de flexibilização ao longo do tempo dependerá da evolução da dinâmica inflacionária, em especial dos componentes mais sensíveis à política monetária e à atividade econômica, das expectativas de inflação, em particular as de maior prazo, de suas projeções de inflação, do hiato do produto e do balanço de riscos”, afirmou o comitê.

Na ata da reunião anterior, os membros do grupo já haviam sinalizado a possibilidade de continuar com reduções de 0,5 ponto percentual nos encontros seguintes. A última edição do Boletim Focus, que mede as expectativas do mercado, também projetava o corte de 0,5 p.p. Dados positivos na economia dos últimos dias também incentivaram a decisão. Na terça-feira, 12, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE) divulgou que o IPCA mensal registrou crescimento de 0,23% em agosto de 2023. Apesar do crescimento, o índice veio abaixo das expectativas do mercado, que esperava que a inflação batesse 0,28%. As exportações do agronegócio cresceram 6,6% em agosto de 2023, alcançando o melhor resultado para o mês na série histórica. O setor arrecadou US$ 15,63 bilhões no mês.

Mais cedo no mesmo dia, o Federal Reserve (Banco Central dos Estados Unidos) decidiu manter a taxa de juros nos EUA para o intervalo entre 5,25% e 5,5% ao ano. O percentual representa o maior patamar em 22 anos. A última vez que os juros norte-americanos foram a 5,5% foi em 2001. O comitê avaliou que indicadores recentes sugerem que a atividade econômica tem crescido em um ritmo sólido. A geração de emprego diminuiu nos últimos meses, mas permaneceu forte, com taxas de desemprego em baixa. Apesar disso, a inflação continua elevada. Para os membros do Fed, condições de crédito mais restritivas para famílias e empresas poderão pesar sobre a atividade econômica, as contratações e a inflação. O Comitê afirmou que está preparado para ajustar os rumos da política monetária, conforme apropriado, caso, surjam riscos que possam impedir o cumprimento dos objetivos do Comitê.

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Com alta da energia elétrica, prévia da inflação oficial sobe para 0,28% em agosto

 

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15), que mede a prévia da inflação oficial do país, ficou em 0,28% em agosto deste ano, taxa maior que a registrada em julho, que teve deflação (queda de preços) de 0,07%. Em agosto do ano passado, o IPCA-15 acusou deflação de 0,73%.

Com o resultado de agosto de 2023, o IPCA-15 acumula 3,38% no ano. Em 12 meses, o acumulado é de 4,24%, acima dos 3,19% anotados na prévia de julho.

O maior impacto na prévia da inflação em agosto veio do grupo habitação, que registrou alta de preços de 1,08%, puxada pelo aumento das tarifas de energia elétrica residencial em cidades como Curitiba, Porto Alegre e São Paulo, o que resultou numa inflação média nacional de 4,59% para o item. A pesquisa foi feita pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE.

Saúde e cuidados pessoais

Também tiveram taxas de inflação expressivas os grupos saúde e cuidados pessoais (0,81%), devido principalmente ao aumento de 1,59% nos itens de higiene pessoal e educação (0,71%), explicada pela alta de 0,74% nos cursos regulares.

Os transportes também tiveram inflação (0,23%), com altas nos preços da gasolina (0,90%) e do gás veicular (1,88%).

Ao mesmo tempo, os alimentos e bebidas continuaram ajudando a conter a inflação, com queda média de preços de 0,65% em agosto. Os destaques ficaram com as deflações da batata-inglesa (-12,68%), tomate (-5,60%), frango em pedaços (-3,66%), leite longa vida (-2,40%) e carnes (-1,44%)

Vestuário foi outro grupo de despesas com deflação (-0,03%). Os demais grupos apresentaram as seguintes altas de preços: despesas pessoais (0,60%), comunicação (0,04%) e artigos de residência (0,01%).

Deu na CNN

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Com aumento no preço dos combustíveis, previsão da inflação para 2023 sobe para 4,9%

Sede do Banco Central, em Brasília

 

Após o aumento dos combustíveis pela Petrobras na semana passada, a estimativa para a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo), em 2023 voltou a subir, de 4,84% para 4,9%. O patamar é o mesmo previsto um mês atrás, de acordo com o Boletim Focus, do Banco Central (BC). Para 2024, houve manutenção da expectativa em 3,86%. Há um mês, a mediana era de 3,9%.

O documento ainda mostrou manutenção da expectativa para 2025, que permaneceu em 3,5%, repetindo a mediana de quatro semanas antes. No horizonte mais longo, de 2026, a estimativa também continuou em 3,5%. A previsão do Boletim Focus para o IPCa em 2023 continua acima do teto da meta de inflação determinado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 4,75%, e indica estouro do objetivo a ser perseguido pelo BC pelo terceiro ano consecutivo. Nos outros anos, as expectativas estão dentro do intervalo, mas superam o alvo central de 3,0%.

A expectativa para a taxa básica de juros (Selic) no fim de 2023 continuou a se orientar pela sinalização dada pelo Copom, que indicou repetir o passo de corte da taxa básica de juros em 0,50 ponto porcentual nas próximas reuniões do colegiado. A mediana para a Selic esperada no encerramento deste ano se manteve em 11,75%. Para o término de 2024, houve manutenção em 9%. Há um mês, as estimativas eram de 12% e 9,5%, respectivamente. O boletim também trouxe estabilidade na projeção de crescimento econômico para 2023.

A projeção para a alta do PIB (Produto Interno Bruto) se manteve em 2,29%, contra 2,24% há um mês. Já para 2024, o relatório mostrou avanço da estimativa de crescimento do PIB, de 1,3% para 1,33%. Em relação a 2025 e 2026, a mediana continuou em 1,9% e 2%, respectivamente. O Ministério da Fazenda prevê crescimento de 2,5% neste ano. No Banco Central, a estimativa atual é de 2,0%, conforme o Relatório Trimestral de Inflação (RTI) de junho.

Fonte:JovemPan

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Banco Central estuda acabar com rotativo do cartão de crédito, afirma Campos Neto

Roberto Campos Neto

 

O presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, compareceu ao Senado Federal nesta quinta-feira, 10, para apresentar o Relatório de Inflação e de Estabilidade Financeira do órgão. Ele foi convocado pelo presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), para prestar explicações sobre o processo inflacionário do país e o patamar da taxa de juros.

Durante a apresentação, Campos Neto compartilhou que o BC estuda alternativas para diminuir a inadimplência no pagamento do cartão de crédito rotativo. Essa modalidade corresponde a 50% das transações realizadas em cartões de crédito no Brasil. Entre as possibilidades analisadas, está acabar com esse tipo de pagamento, uma vez que são cobradas altas taxas de juros para o saldo devedor.

A solução proposta pelo presidente do BC é substituir o rotativo por um novo modelo de parcelamento com taxas de juros mais baixas, de cerca de 9% ao mês. “A solução está se encaminhando para que não tenha mais rotativo, que o crédito vá direto para o parcelamento. Que seja uma taxa ao redor de 9%. Você extingue o rotativo. Quem não paga o cartão vai direto para o parcelamento ao redor de 9%”, explicou. Campos Neto também afirmou que o BC avalia criar uma tarifa para desincentivar parcelamentos longos sem juros.

“Não é proibir o parcelamento sem juros. É simplesmente tentar que fique um pouco mais disciplinado. Não vai afetar o consumo. Lembrando que cartão de crédito é 40% do consumo no Brasil”, esclareceu. Também está sendo estudada a limitação dos juros no cartão de crédito rotativo. Uma das propostas é de que os bancos possam retirar cartões de crédito de circulação no caso de pessoas que apresentem grande risco de não pagar toda a fatura. Uma proposta oficial sobre o tema deve ser apresentada nas próximas semanas.

Deu na Jovem Pan