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PGR dá parecer favorável a ação de Bolsonaro contra Janones

Foto: Reprodução/X/André Janones

 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) deu parecer para que o Supremo Tribunal Federal (STF) receba uma queixa-crime que o ex-presidente Jair Bolsonaro move contra o deputado federal André Janones (Avante-MG), acusado de calúnia e injúria.

O ex-presidente moveu o processo com base em declarações e xingamentos do parlamentar por meio da rede social X, antigo Twitter, entre março e abril de 2023.

O vice-procurador-geral da República Hindenburgo Chateaubriand Filho considerou que Janones “ultrapassou os limites da liberdade de expressão e os contornos da imunidade parlamentar”. O deputado chamou Bolsonaro de “miliciano, ladrão de joias, bandido fujão e assassino”.

A decisão sobre o prosseguimento do processo, se aceita ou não a continuação da ação, será da ministra Cármen Lúcia (STF).

Deu no Diário do Poder

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Fux autoriza quebra de sigilos bancário e fiscal de André Janones para apurar “rachadinha”

Deputado federal André Janones (Avante-MG) - Foto: Gilmar Félix / Câmara

 

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), autorizou nesta quarta-feira (21) a quebra dos sigilos bancário e fiscal do deputado André Janones (Avante-MG) e de assessores do congressista. A medida foi solicitada pela Polícia Federal (PF) e teve aval da Procuradoria-Geral da República (PGR). O objetivo é aprofundar as investigações sobre um esquema de “rachadinha” em seu gabinete.

Fux é o relator da investigação no STF. Para o ministro, o pedido da PF estava “devidamente fundamentado, indicando as razões por que a medida se revela necessária nesta fase da investigação”.

“Verifico, assim, que os indícios de possível prática criminosa estão bem descritos na representação da Autoridade Policial, com possível ação conjunta dos investigados no suposto esquema criminoso apurado nos autos”, afirmou.

Irregularidades

Segundo os investigadores, as providências adotadas até agora no inquérito “sugerem a existência de um esquema de desvio de recursos públicos no gabinete” de Janones.

O congressista é acusado por um ex-funcionário de seu gabinete de cobrar parte do salário de servidores para custear despesas pessoais. As suspeitas vieram à tona depois do vazamento de áudios com falas do deputado.

O termo “rachadinha” é usado para descrever a prática de repasse de parte da remuneração de um assessor ou servidor público para o parlamentar ou partido que emprega o funcionário.

O pedido da PF se refere aos dados de Janones e de seis assessores. No caso do deputado, a solicitação é para afastamento do sigilo bancário entre janeiro de 2019 e janeiro de 2024.

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PGR dá aval para quebra de sigilos de Janones na denúncia da ‘rachadinha’

 

Nesta quarta-feira, 14, a Procuradoria-Geral da República (PGR) concordou com o pedido da Polícia Federal (PF) para a quebra dos sigilos bancário e fiscal do deputado federal André Janones (Avante-MG) no contexto das investigações das “rachadinhas”. O parlamentar é investigado no Supremo Tribunal Federal (STF) por solicitar a assessores uma parte de seus salários para cobrir despesas do gabinete.

Hindenburgo Chateaubriand Filho, vice-procurador-geral da República, afirmou que, dado o conjunto de informações que apontam a participação dos investigados no esquema de desvio de recursos públicos e recebimento de vantagens indevidas, não há dúvida sobre a necessidade de afastamento dos sigilos bancário e fiscal.

Em 30 de janeiro, a PF solicitou ao relator do inquérito no Supremo, o ministro Luiz Fux, autorização para a quebra dos sigilos fiscal e bancário de Janones e seis assessores. A diligência busca investigar a possível prática da “rachadinha” em seu gabinete. Além dos seis assessores originalmente mencionados, Chateubriand Filho pediu a inclusão de mais dois na quebra de sigilo.

O caso agora deve retornar a Fux, que decidirá se autoriza a diligência. O pedido da PF, feito pelo delegado Roberto Santos Costa, alega que as provas indicam a existência de um esquema de desvio de recursos públicos no gabinete do deputado. Janones, que inicialmente se dispôs a abrir mão de seus sigilos para provar inocência, teve esse gesto utilizado como argumento pela PF.

Em novembro do ano passado, um áudio vazado de uma reunião de Janones com seus assessores revelou supostos pedidos para que repassassem parte de seus salários para custear despesas do gabinete e campanha. O caso resultou em um inquérito no Supremo contra o deputado, pois a prática da “rachadinha” é considerada desvio de dinheiro público. Janones nega as acusações e, em janeiro, expressou confiança absoluta em sua absolvição quando a PF pediu a quebra de seus sigilos.

Deu no Estadão

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Janones é alvo de 2ª investigação por ‘rachadinha’

 

O Ministério Público Federal no Distrito Federal (MPF-DF) abriu um inquérito civil público para apurar as denúncias de rachadinha contra o deputado federal André Janones (Avante-MG).

Aberto pelo procurador da República Daniel Cesar Avelino, o processo pede a condenação do parlamentar mineiro por ato de improbidade administrativa. Janones pode ser condenado a perda de bens, pagamento de multa, ressarcimento aos cofres públicos e suspensão dos direitos políticos por até 14 anos.

Essa é a segunda investigação aberta na lista do parlamentar desde que o caso de rachadinha veio à tona. Em dezembro de 2023, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux autorizou a abertura de inquérito a pedido da vice-procuradoria-geral da República, Ana Borges Coêlho Santos, para apurar supostos crimes de associação criminosa, peculato e concussão.

Ainda em dezembro, o Conselho de Ética da Câmara dos Deputados abriu um processo de cassação do mandato de Janones. No entanto, o Conselho de Ética preserva seu histórico de lentidão e de corporativismo.

Por meio das redes sociais, Janones publicou palavras de ataque contra a imprensa. Segundo o deputado, todos os assessores suspeitos de estarem envolvidos com a rachadinha, afirmaram de “nunca terem praticado ou presenciado a prática da rachadinha em meu gabinete.Além disso, TODOS ELES abriram mãos dos seus sigilos bancários, fiscais e telefônicos”. 

Janones ainda questiona o motivo da imprensa não ter publicado nada sobre os depoimentos dos assessores. “Porque será que a imprensa não divulgou uma linha sequer sobre isso? Está chegando a hora da verdade vir a tona! Aguardem, porque as próximas semanas prometem!”.

Rachadones

As suspeitas contra o parlamentar surgiram quando o portal de notícias Metrópoles divulgou um áudio em que Janones defendia o pagamento das suas despesas de campanha para os assessores.

Na conversa, gravada em fevereiro de 2019, o deputado mineiro disse que iria conversar com algumas pessoas para “ajudar a pagar as contas” de sua campanha à prefeitura de Ituiutaba, em 2016.

“Tem algumas pessoas aqui, com que eu ainda vou conversar em particular depois… Vão receber um pouco de salário a mais. E elas vão me ajudar a pagar as contas do que ficou da minha campanha de prefeito”, disse o deputado.

“Eu perdi 675 mil reais na campanha. ‘Ah, isso é devolver salário e você tá chamando de outro nome’. Não é. Porque eu devolver salário, você manda na minha conta e eu faço o que eu quiser”, acrescentou.

Outro trecho do áudio mostrou o deputado sugerindo a criação de uma “vaquinha” mensal entre os servidores de seu gabinete na Câmara dos Deputados para financiar a campanha de seu grupo político em 2020.

Deu no Diário do Poder

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Conciliação? STF manda Janones e Bolsonaro se manifestarem

 

A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado André Janones (Avante-MG) informem se têm interesse em participar de uma audiência de conciliação na ação em que o parlamentar é acusado de calúnia e injúria. O prazo para resposta é de 20 dias.

A tentativa de conciliação foi uma sugestão da Procuradoria-Geral da República (PGR). A audiência acontece se pelo menos uma das partes tiver interesse. Se os dois rejeitarem a proposta, o processo segue o curso.

Bolsonaro deu entrada no processo após ter sido chamado de “ladrãozinho de joias”, “miliciano” e “bandido fujão” em publicações feitas pelo deputado no X, antigo Twitter, entre março e abril do ano passado. Janones também atribuiu ao ex-presidente a responsabilidade por milhares de mortes na pandemia.

VEJA AS PUBLICAÇÕES QUESTIONADAS
– Trump acaba de confirmar que se entregará à polícia na próxima terça-feira, dia 04, e o depoimento que o miliciano ladrão de joias vai dar à PF será um dia depois, na quarta dia 05!

– Hoje vocês tão aí se preparando pro feriado e o ladrãozinho de joias se preparando para encarar a polícia. É a primeira de muitas contas que o bandido fujão vai ter te que acertar.

– O assassino que matou 4 crianças hoje em SC tinha como inspiração um outro assassino: Jair Bolsonaro! Luiz Lima, autor da chacina, mantinha em suas redes de postagens enaltecendo o ‘capitão’ que matou milhares na pandemia! O Bolsonarismo deve ser criminalizado assim como o nazismo!

De um lado, a defesa de Bolsonaro afirma que as postagens ofenderam sua honra e que ele foi acusado de crimes que não cometeu. Do outro, o deputado afirma que as declarações estão protegidas pela imunidade parlamentar.

As penas máximas dos crimes de calúnia e injúria, somadas, chegam a dois anos e meio de detenção. Bolsonaro pede que, no caso de Janones, a Justiça declare que os crimes foram cometidos cinco vezes e considere como agravante a disseminação do conteúdo na internet. Com isso, a pena máxima poderia chegar a 16 anos. O ex-presidente também pede indenização de R$ 20 mil por danos morais.

Deu no Estadão

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Conselho de Ética vota pedido do PL para cassar Janones por ‘rachadinha’

 

Conselho de Ética e Decoro Parlamentar da Câmara dos Deputados vota nesta quarta-feira (13), às 11 horas, quatro pareceres preliminares sobre acusações de quebra de decoro contra parlamentares.

O colegiado ainda deve instaurar sete pedidos de cassação de deputados, entre eles o do Partido Liberal (PL) contra André Janones (Avante-MG), acusado de praticar crime, com base em gravações que expuseram pedidos do parlamentar para que assessores devolvessem parte de seus salários para quitar dívidas da campanha do deputado, prática conhecida como “rachadinha”.

Na representação contra Janones, o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, condena o esquema atribuído ao deputado mineiro aliado do presidente Lula (PT) como sendo uma “prática ilegal e odiosa que pode configurar, em tese, crime de peculato”.

A peça acusatória do PL ainda destaca que Janones não negou ter participado do encontro em que foi gravado por assessores ou sequer questionou a veracidade dos áudios em que faz o apelo para quitar uma suposta dívida de R$ 675 mil adquirida em campanha para prefeito. E reagiu à divulgação das gravações inicialmente pelo portal Metrópoles somente reclamando de que as falas teriam sido tiradas de contexto.

“Tem algumas pessoas aqui, [com] que eu ainda vou conversar em particular depois… Vão receber um pouco de salário a mais. E elas vão me ajudar a pagar as contas do que ficou da minha campanha de prefeito”, diz o deputado, em um dos trechos da conversa que motivaram a representação.

Deu no Diário do Poder

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Corrupto: Janones manda 76% das emendas para Prefeitura da ex-namorada

 

O deputado federal André Janones (Avante-MG) priorizou a Prefeitura de Ituiutaba (MG), governada pela ex-namorada e ex-assessora Leandra Guedes, na hora de enviar emendas parlamentares por meio do mandato na Câmara. O parlamentar destinou R$ 58,4 milhões de recursos federais para o município nos últimos quatro anos. O valor equivale a 76,1% de todas as emendas indicadas por Janones no período.

Janones e Leandra são investigados por um esquema de “rachadinha” no gabinete do parlamentar em Brasília. A prefeita era assessora dele na Câmara. Outros dois ex-assessores acusam Janones de cobrar a devolução de parte dos salários para cobrir despesas do deputado. Leandra seria a operadora do esquema, de acordo com os relatos. Ambos negam as acusações, apesar de um áudio mostrar o parlamentar dizendo que assessores vão receber a mais para que ajudem na recuperação de seu patrimônio.

Um parlamentar pode destinar emendas para qualquer município do País. A Constituição, no entanto, determina que o Orçamento sirva para reduzir desigualdades regionais e combater as desigualdades sociais da população. As emendas acabam distorcendo esse princípio, pois algumas localidades recebem muito e outras não recebem nada.

Ituiutaba, um município de 102 mil habitantes no oeste de Minas, é a cidade natal de Janones, integrante da base de apoio do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso. Dos R$ 58 milhões em emendas do deputado, R$ 25 milhões foram repassados por meio da Emenda Pix, revelada pelo Estadão, um mecanismo sem transparência nem fiscalização. A modalidade é criticada publicamente pelo próprio Janones.

O dinheiro da Emenda Pix de Janones bancou o cachê de artistas nacionais em uma feira agropecuária da cidade da ex-assessora, entre eles Gusttavo Lima, Jorge e Mateus, Alok, Simone, Zezé Di Camargo e Luciano, Ana Carolina, Guilherme e Santiago, João Bosco e Vinícius, João Neto e Frederico e Gian e Giovani.

Com os repasses, Ituiutaba se tornou o município que mais recebeu recursos de Emenda Pix de todo o Estado, sem qualquer critério de distribuição. O valor repassado por Janones para a cidade é quase quatro vezes maior do que o enviado por parlamentares mineiros para Belo Horizonte por meio da mesma modalidade de transferência direta. A capital mineira recebeu R$ 7,2 milhões em quatro anos em emendas Pix. Enquanto isso, outros 16 municípios do Estado ficaram sem nenhum centavo.

A Prefeitura de Ituiutaba, comandada pela ex-assessora de Janones, não apresentou nenhuma prestação de contas ao governo federal sobre o uso da Emenda Pix. A administração municipal afirmou que não protocolou os documentos que comprovam o que foi feito com o dinheiro porque os recursos ainda estão em execução e não foram gastos totalmente. A plataforma federal, porém, permite às prefeituras apresentar um plano dizendo onde vão gastar o dinheiro e uma prestação de contas parcial, conforme gastam o recurso.

Ao longo deste ano, Ituiutaba já realizou quatro grandes festas – Carnaval, Festa do Trabalhador (1º de Maio), Arraiá do Povo e a 45ª Expopec – num custo total de pelo menos R$ 9 milhões aos cofres públicos, segundo levantamento do Estadão feito com base nos contratos da prefeitura. Todas contaram com grandes atrações. Do total, R$ 2,4 milhões foram bancados com recursos das Emendas Pix de Janones. O restante não foi pago diretamente com a verba parlamentar, mas o dinheiro enviado pelo deputado permite as contratações de artistas nos shows, pois, com o repasse, os recursos que seriam investidos numa área podem ser realocados em outras ações – como nas próprias festas.

Os contratos com os artistas são feitos sem licitação, e os cachês variam de R$ 75 mil, pago à dupla sertaneja João Neto e Frederico, a R$ 704 mil, para Gusttavo Lima. Janones costuma participar dos eventos e seu nome é citado durante as apresentações. A 45ª Expopec contou também com a participação do ministro da Agricultura, Carlos Fávaro.

Além dos cachês, as Emendas Pix bancam instituições que participam da realização dos shows. É o caso do Sindicato dos Produtores Rurais de Ituiutaba (Sipri), que recebeu R$ 320,5 mil neste ano para realizar cavalgada, missa rural e o concurso Garota Expopec. O sindicato é presidido pelo ex-vereador da cidade Juarez José Muniz.

Janones também concentrou emendas em Ituiutaba na hora de definir para onde vai o dinheiro da saúde e de obras bancadas com recursos da União. Além disso, informou ter indicado R$ 1,7 milhão por meio do orçamento secreto – tipo de emenda que foi considerada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e chamada de aberração por Janones. “Isso [orçamento secreto] serve para quê? Para que mantenham-se esses currais eleitorais”, afirmou em entrevista ao portal G1.

Por outro lado, municípios mineiros sofrem com problemas ambientais, de saúde e de educação: 73 cidades do Estado apresentam IDH baixo, entre 0,529 e 0,599 (o mesmo de países africanos como Nigéria, Ruanda e Camarões); o analfabetismo atinge cerca de 4,8% da população, a pior taxa entre os Estados do Sudeste; e 134 cidades têm um índice de déficit de saneamento básico alto ou muito alto.

No X (antigo Twitter), Janones afirmou que enviou neste ano R$ 11 milhões em emendas para ajudar o município a bancar o Passe Livre, que envolve passagem gratuita do transporte público. Não é verdade. O valor não foi usado apenas no programa, como indicou o parlamentar. Dos R$ 11 milhões, R$ 1,4 milhão foram para o Passe Livre, cuja empresa contratada também trabalhou na campanha de Janones. O restante das emendas foi destinado aos shows e pavimentação.

O parlamentar não respondeu, contudo, o motivo dele priorizar a prefeitura de sua ex-namorada ao distribuir recursos durante seu mandato.

Por sua vez, a Prefeitura de Ituiutaba explicou que as emendas enviadas por Janones foram “destinadas à realização de vários investimentos pelo Poder Executivo, que incluem reformas já concluídas e em andamento em cinco praças públicas, campo de futebol, ginásio poliesportivo, unidade de saúde animal, custeio e ampliação dos serviços de saúde oferecidos via SUS, entre outros”. O município omitiu na resposta os cachês dos artistas.

Com mais de 13 milhões de seguidores nas redes sociais (Instagram, X, Facebook, TikTok e YouTube) e forte atuação digital, Janones foi o segundo deputado federal mais votado em Minas Gerais nas eleições de 2022. Na hora de movimentar recursos, porém, o parlamentar concentra o dinheiro na cidade governada pela ex-assessora.

Janones tem bastante influência na gestão municipal. Ele participa de anúncios na localidade e faz intermediação de agendas da prefeita com autoridades em Brasília. Na internet, Leandra dedica várias manifestações para enaltecer a atuação do parlamentar e publicar fotos ao lado do antigo chefe.

O próprio deputado já criticou o modelo da Emenda Pix, mas, mesmo assim, usa o mecanismo para enviar dinheiro para a prefeitura da ex-assessora. O repasse cai mais rápido que em outras transferências, mas é criticado por especialistas e órgãos de controle por desviar da fiscalização e do planejamento.

“Eu não queria que existisse esse tipo de emenda, porque é uma emenda que dificulta a fiscalização”, afirmou o deputado em entrevista ao jornal Estado de Minas, no ano passado.

Fonte: Estadão Conteudo

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Fux autoriza investigação contra Janones por rachadinha

 

Nesta segunda-feira (4), o ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu ao pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) para abrir uma investigação contra o deputado federal André Janones (Avante-MG) por suposta prática de “rachadinha”.

A PGR solicitou na última sexta (1º) que fosse aberta uma investigação e que além do parlamentar, também fossem convocados para depor os atuais assessores do deputado mineiro e seus ex-assessores.

Antigos funcionários do gabinete de Janones o denunciaram pela prática de “rachadinha” e divulgaram áudios onde o parlamentar fala na devolução de parte do salário para ajudá-lo a pagar contas pessoais.

Ao autorizar a investigação, Fux falou do foro privilegiado do deputado e da importância de iniciar o processo para a reconstrução histórica dos fatos.

– Verifica-se que os pedidos de diligências formulados pelo Ministério Público Federal se encontram fundamentados nos indícios de suposta prática criminosa revelados até o momento. Nesse contexto, a suspeita de prática criminosa envolvendo detentor de prerrogativa de foro perante o Supremo Tribunal Federal demanda esclarecimentos quanto à eventual tipicidade, materialidade e autoria dos fatos imputados – diz parte da decisão.

E continua:

Como se sabe, a investigação criminal consiste na reconstrução histórica de fatos que, em tese, consubstanciam ilícitos penais. Ressalto que a instauração de inquérito não veicula a formulação de juízo quanto à procedência ou improcedência dos indícios de autoria ou materialidade.

Caso seja confirmado que o parlamentar cometeu crime com a administração pública, ele poderá perder o mandato.

Deu na CNN

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PL utiliza decisão de Moraes para pedir cassação de André Janones

 

A representação apresentada pelo Partido Liberal (PL) na qual a sigla pede a cassação do deputado federal André Janones (Avante-MG), pela suposta prática de rachadinha, utiliza uma decisão do ministro Alexandre de Moraes no âmbito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A informação foi publicada neste domingo (3) pelo colunista Paulo Cappelli, do site Metrópoles.

O acórdão que consta na representação, e que teve a relatoria de Moraes, foi julgado em 2021 e envolveu a ex-vereadora Maria Helena Pereira Fontes (PSL-SP). Ao decidir pela inelegibilidade da parlamentar por oito anos, Moraes justificou que rachadinha era “uma clara e ostensiva modalidade de corrupção”. O partido destaca que a decisão ocorreu em “contexto rigorosamente similar” ao de Janones.

– A reprovabilidade quanto aos fatos foi bem analisada pelo Ministro Alexandre de Moraes, em contexto rigorosamente similar, in verbis: “Rachadinha, que consiste no superfaturamento de valor remuneratório individual de cada assessor para posterior apropriação ilícita do agente público de hierarquia e comando na contratação, ou a contratação de funcionário sem efetiva necessidade relacionada à prestação do serviço” – diz a representação da sigla.

O PL ressalta também que “a colocação do ministro Alexandre de Moraes é de todo pertinente vez que, categoricamente, o representado [Janones] diz que irá superfaturar os salários de seus assessores com o objetivo de custear suas dívidas pessoais, mediante desvio de valores”. A legenda avalia ainda que o repasse de parte dos salários teria sido imposto, uma vez que a cobrança partiu diretamente do deputado.

– Janones buscava institucionalizar uma “vaquinha” mensal entre os servidores de seu gabinete, remunerados com dinheiro público, para tirar proveito pessoal e eleitoral – resume o partido.

Deu no Pleno News

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PGR pede abertura de inquérito para STF investigar ‘rachadinha’ de Janones

 

A Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu nesta sexta-feira (01), ao Supremo Tribunal Federal a abertura de inquérito contra o deputado federal André Janones (Avante-MG) para investigar a suposta prática de rachadinha em gabinete na Câmara, exposto por áudios vazados por assessores.

O pedido é assinado pela vice-procuradora-geral da República, Ana Borges Coêlho, a número 2 da PGR e parceira da PGR interina, Elizeta Ramos. Agora, caberá ao STF analisar o pedido de abertura do inquérito e aprofundar as investigações.

Para a PGR, a abertura de inquérito é necessária para esclarecer se Janones “associou-se, de forma estável e permanente, a assessores e ex-assessores por ele indicados para ocupar cargos em comissão em seu gabinete, para o fim específico de cometer crimes contra a administração pública, consistentes em sistemáticos repasses ao agente político de parte dos recursos públicos destinados ao pagamento das remunerações dos servidores públicos, mediante prévio ajuste, prática popularmente conhecida como “rachadinha”

“Tal como reportados, os fatos são graves”, escreveu a subprocuradora, apontando “indícios suficientes sugestivos” da prática de delitos previstos no Código Penal, como associação criminosa, peculato e concussão.

O pedido da PGR ainda vai ser sorteado livremente entre os integrantes do STF, ou seja, o sistema da Corte ainda vai definir o relator do caso.

Além disso a PGR quer que o STF tome uma série de medidas para iniciar as investigações sobre a rachadinha como: requisitar à Câmara dos Deputados a relação de todos os servidores que já atuaram ou ainda trabalham no gabinete de Janones; os registros e credenciais de acesso de cada um deles às dependências da Câmara, com os respectivos horários de entrada e saída do trabalho; os históricos profissionais completos desses servidores, com seus atos de nomeação, exoneração, declarações de parentesco e até as fichas financeiras com as suas remunerações.

Deu no Diário do Poder