Notícias

Governo Lula autoriza irmãos Batista, da JBS, a abrirem faculdade

Irmãos Wesley e Joesley Batista. Fotos: Agência Senado
Fotos: Agência Senado

 

Os irmão Batista, donos da JBS, empresa que confessou corrupção no governo petista, conseguiram credenciamento do Ministério da Educação para abrirem a Faculdade Germinare. A portaria, assinada pelo ministro Camilo Santana, foi publicada em 9 de abril no Diário Oficial da União.

A faculdade é mantida pelo Instituo J&F, do grupo de Joesley e Wesley Batista, que fizeram fortuna nos governos do PT. Além da Operação Sépsis, braço da Lava Jato, a empresa dos irmãos foi alvo de ao menos outras quatro operações: Greenfield, Cui Bono?, Carne Fraca e Bullish.

A autorização do MEC credencia a instituição por quatro anos. O Instituto já oferece cursos de educação básica e de ensino médio. O pedido de credenciamento tramita desde 2021, mas só sob a gestão de Lula que o processo foi autorizado.

Portaria foi assinada pelo ministro da Educação, Camilo Santana

Deu no Diário do Poder

Notícias

TRF4 põe na gaveta ação sobre Eldorado Celulose

 

O caso Eldorado está virando símbolo da insegurança jurídica no Brasil. O desembargador do TRF4, Rogério Favreto, candidato a uma vaga no Supremo Tribunal de Justiça (STJ), travou o julgamento sobre a validade de uma ação popular encabeçada pelo ex-prefeito de Chapecó (SC), Luciano Buligon, que pede a suspensão da venda da Eldorado Celulose para a multinacional Paper Excellence. Favreto, que já havia concedido uma liminar em julho de 2023 suspendendo a transação, optou por deixar na gaveta o julgamento do mérito da ação popular ao invés de incluí-lo na sessão virtual desta terça-feira (09), mesmo após todas as partes já terem se manifestado nos autos. Favreto decidiu colocar em votação somente um agravo da Paper contra a liminar, postergando ainda mais o desfecho do caso, conforme convém à J&F.

Depois de perder por 3 x 0 uma arbitragem que deu o direito à Paper de assumir o controle da Eldorado, os irmãos Batista não se conformaram e estão fazendo das tripas coração para impedir a transferência da fábrica de celulose, descumprindo o contrato de compra e venda assinado em 2017. A decisão de Favreto de não pautar o julgamento do mérito deu mais tempo para os Batista, que já tentaram manobras diversas em outros tribunais para postergar e suspender julgamentos sobre o caso. Querem porque querem levar no tapetão.

No TRF4, o autor da ação popular joga de beque no time dos irmãos Batista. Buligon é unha e carne com Gelson Merísio (PSD), candidato derrotado ao governo de Santa Catarina em 2018 e atual membro do Conselho de Administração da JBS, empresa mais famosa da J&F. O ex-prefeito alega nos autos que a Eldorado não pode ser vendida para a Paper, usando como subterfúgio a legislação de terras para estrangeiro. Mas a Paper não comprou terras, comprou uma fábrica de celulose. Os investidores estrangeiros estão de cabelo em pé.

Até agora a J&F perdeu para a rival todas as ações que chegaram até o julgamento do mérito. Tenta confundir e tumultuar processos, como já foi várias vezes reconhecido pela Justiça. O caso chegou ao TRF4 depois que a 2ª Vara Federal de Chapecó negou a ação popular do diligente prefeito entendendo ser ela descabida porque atendia a interesses privados. Se Favretto deixar, no mês que vem a corte deve bater o martelo decidindo se a ação popular vale ou não.

A informação é da Coluna Cláudio Humberto, do Diário do Poder.

Polícia, Política

‘Estrelas’ da corrupção ressurgem no 1º ano de Lula 3

 

Ao final do primeiro ano de Lula 3, o País vê a retomada de métodos e de personagens que jogou no lixo, de corruptos confessos a condenados por ladroagem. E o poder político e econômico volta às mãos de sempre. Os irmãos Joesley e Wesley Batista retornam ao poder obtendo incríveis decisões judiciais e até frequentando eventos com forte presença de ministros de cortes superiores. José Seripieri Filho, ex-Qualicorp, também com passagem pela prisão, é outro retorno bem significativo.

Negócio bilionário

Delator na Lava Jato, Seripieri retorna à ribalta em grande estilo, por meio da compra bilionária do plano de saúde Amil.

O novo controlador pagará R$11 bilhões pela Amil à UHG (UnitedHealth Group), prometendo “mudar pra melhor a saúde suplementar no Brasil.”

Lula não parece incomodado com a volta, à sua sombra, de quem, como no seu caso, até cumpriu pena por corrupção e lavagem de dinheiro.

Deu no Diário do Poder

Justiça

MPF aponta mentiras e pede cancelamento de leniência da J&F dos irmãos Batista

 

O Ministério Público Federal (MPF) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma dura manifestação contra a nova manobra da J&F, holding dos irmãos Joesley e Wesley Batista, para tentar reduzir a multa bilionária que se comprometeram pagar em acordo de leniência e para não entregar o controle da empresa Eldorado Eldorado Celulose, vendido à multinacional Papper Excelllence.

O procurador Anselmo Lopes, do MPF, demonstra em sua manifestação inverdades contidas em petição da J&F ao ministro Dias Toffoli, do STF, fruto de presunção e de matéria de site jornalístico que considera sem fundamento.

Anselmo Lopes também pede instauração de processo criminal por difamação contra Francisco de Assis, diretor jurídico da holding, e que se avalie conduta de má-fé da J&F e o cancelamento do acordo de leniência assinado mediante anuência do próprio STF.

Ao chamar a petição de “difamatória” c ontra o próprio MPF, o procurador lembra que, no acordo de leniência, a empresa da dupla Joesley e Wesley se comprometeu a agir “com honestidade, lealdade e boa-fé durante o cumprimento dessas obrigações”, por essa razão solicita que seja avaliada o cancelamento do acordo:

– “Considerando que, na cláusula 15, X, de seu acordo de leniência perante o MPF, a holding J&F comprometeu-se a portar-se com honestidade, lealdade e boa-fé durante o cumprimento dessas obrigações, remeto também cópia deste memorando ao […] ao procurador atuante no acordo de leniência da J&F[…] para que possam ter ciência dos fatos e avaliar, se for o caso, possível descumprimento do mencionado acordo de leniência pela J&F”.

O Ministério Público recomenda ainda denúncia criminal por difamação e outros crimes contra honra, além da apuração por possível litigância de má fé, tendo por consequência a anulação do vigente acordo de delação premiada contra a operação Lava-jato.

– “Considerando que o subscritor da petição difamatória, o advogado Francisco de Assis e Silva, tem vigente acordo de colaboração premiada firmada junto à Procuradoria-Geral da República, o qual demanda sua atuação verdadeira e de boa-fé para com o Ministério Público Federal, remeto cópia deste memorando à Exma. Procuradora- Geral da República, para que examine se é o caso de rescindir o referido acordo de colaboração premiada”, detalha o documento.

Deu no Diário do Poder

Notícias

MPF anula desconto bilionário em multa dos irmãos Batista

Irmãos Wesley e Joesley Batista. Fotos: Agência Senado

 

Por 17 votos a 2, o Conselho Institucional do Ministério Público Federal invalidou o descontão de 65% concedido à J&F, dos irmãos Wesley e Joesley Batista, que aliviaria a multa de R$10,3 bilhões aplicada em acordo de leniência da empresa com o MPF.

A decisão que aplicou generoso desconto de R$6,8 bilhões aos irmãos Batista foi assinada de forma unilateral pelo subprocurador Ronaldo Albo. A decisão gerou comentários e críticas dentro do MPF.

O procurador Carlos Henrique Martins Lima, responsável pelo processo da J&F em primeira instância, recorreu ao conselho do MPF, que derrubou o desconto.

Os irmãos Batista, enrolados em corrupção, foram processados pela Lava Jato e fecharam acordo de delação premiada em 2017. Joesley chegou a gravar o ex-presidente Michel Temer supostamente autorizando compra de silêncio de Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara dos Deputados.

Apesar do histórico dos irmãos, a dupla ainda mantem laços estreitos com poderosos. No início do ano, Joesley e Wesley estavam na comitiva do presidente Lula que foi à China.

Deu no Diário do Poder

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Irmãos Batista tentam obter desconto de R$ 3 bilhões em leniência

Os irmãos Wesley e Joesley Batista, donos da J&F, holding que controla a JBS

 

A J&F, holding que controla a JBS, quer reduzir em ao menos R$ 3 bilhões o valor da multa que a companhia aceitou pagar por envolvimento em casos de corrupção. O acordo de leniência foi fechado em 2017. O total previsto a ser pago era de R$ 10,3 bilhões.

Ministério Público Federal (MPF) aceitou o pedido da J&F. A decisão suspende, até julgamento definitivo sobre o caso, o pagamento das parcelas que o grupo dos irmãos Joesley e Wesley Batista ainda tem em aberto.

Desde 2017, quando foi celebrado o acordo, a empresa desembolsou cerca de R$ 580 milhões — menos de 6% do total para ser pago em 25 anos.

Pelo acordo, a empresa comprometeu-se a ressarcir R$ 10,3 bilhões às instituições lesadas — Caixa Econômica Federal, FGTS, Funcef, Petros e BNDES, além da própria União.

O grupo dos irmãos Batista vinha tendo negadas pelo MPF todas as tentativas de mudar partes do acordo. A última delas, em fevereiro do ano passado, foi divulgada pela própria Procuradoria-Geral da República (PGR).

No entanto, em decisão até agora mantida em sigilo, o subprocurador-geral da República Ronaldo Albo aceitou, em outubro, praticamente todas as alegações da J&F e autorizou diligências com prazo de três meses para reunir informações e instruir processo de revisão de partes da leniência. Depois disso, o caso vai a julgamento, o que ainda não tem data.

Albo também determinou expedição de ofícios para que a PGR notificasse a Justiça sobre a suspensão dos pagamentos das parcelas até a análise do mérito do caso.

No pedido ao MPF, o grupo dos irmãos Batista questionou praticamente todos os pontos do acordo que assinou por livre e espontânea vontade. Afirmou que o valor total pactuado está majorado e apresentou ao menos duas teses para defender sua posição.

No despacho, o subprocurador Ronaldo Albo pede que esse parecer seja avaliado como referência do pleito da J&F.

“Há fortes indícios e evidências de que a fórmula adotada para se chegar ao valor da multa imposta desrespeitou os limites legais”, escreveu. Para ele, “do que se vê, não ocorreu dano ou lesão aos cofres públicos e aos entes beneficiados”.

Deu na Oeste

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Irmãos Batista, envolvidos em escândalo de corrupção, integram comitiva de Lula

 

Os irmãos Joesley e Wesley Batista, executivos das empresas do grupo J&F, que controla a JBS, integrarão a viagem do presidente Lula Inácio Lula da Silva à China.

Além de Joesley e Wesley Batista, há outros 96 empresários listados na comitiva.

Além de empresários, o giro presidencial contará com parlamentares, governadores e ministros de Estado.

Em 2017, os irmãos Batista fecharam acordo de delação premiada com o Ministério Público Federal no âmbito da Operação Lava Jato. De acordo com depoimento de Joesley Batista, durante a delação premiada, o frigorífico JBS exercia influência no Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) por meio do ex-ministro da Fazenda, Guido Mantega, durante a gestão petista.

O empresário contou que pagava como propina uma taxa de 4% do valor de cada contrato aprovado no BNDES, assim como dos aportes financeiros feitos por meio da BNDESpar, o braço do banco que investe em participações de empresas e é acionista da JBS.

A informação foi anunciada no jornal “O Globo”.

Justiça

STJ reabre ação do BNDES cobrando R$10,3 bilhões da J&F dos irmãos Batista

 

A presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministra Maria Thereza de Assis Moura, deferiu o pedido do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e restabeleceu o andamento da ação que trata do pagamento de multa de R$10,3 bilhões pelo grupo J&F, controlada pelos irmãos Joesley e Wesley Batista.

A decisão da ministra é do dia 23 de novembro. Decisão anterior, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), havia determinado a suspensão do andamento de ação revisional da multa bilionária pactuada em acordo de leniência entre a J&F Investimentos S/A e o Ministério Público Federal (MPF).

Ao deferir o pedido, a ministra registrou que a decisão questionada comprometia a ordem pública ao gerar incerteza sobre a força vinculante dos acordos de leniência. “Nem se fale das consequências deletérias para o caso específico dos autos, quando sanções pecuniárias deixarão de ser honradas simplesmente porque se discute, paralelamente, se os beneficiários devem ou não participar da ação revisional em curso ainda na primeira instância da Justiça Federal do Distrito Federal”, acrescentou.

Em junho de 2017, a J&F celebrou acordo de leniência relacionado a fatos apurados nas Operações Greenfield, Sépsis, Cui Bono (Lava Jato) e Carne Fraca, pelo qual se comprometeu a contribuir com as investigações e pagar multa de R$ 10,3 bilhões, destinada a diversas instituições lesadas, entre elas o BNDES, a Caixa Econômica Federal, a Fundação dos Economiários Federais (Funcef), a Fundação Petrobras de Seguridade Social (Petros) e a União. Ao BNDES caberiam R$ 1,75 bilhão. Porém, depois de ter assinado o acordo voluntariamente, a J&F alegou ilegalidades no cálculo da multa e entrou com ação revisional do valor. A 10ª Vara Federal Criminal do Distrito Federal autorizou que a empresa apresentasse seguro garantia judicial até o julgamento definitivo da ação. Posteriormente, o mesmo juízo deferiu o ingresso nos autos de dois destinatários dos pagamentos da multa, a Petros e a Funcef.

Em seguida, a J&F entrou com agravo de instrumento no TRF1, questionando o ingresso das duas entidades, e o tribunal, por considerar plausível a tese de inexistência de interesse jurídico da Petros e da Funcef para serem admitidas como assistentes do MPF, deferiu o pedido para suspender a tramitação da ação revisional até o julgamento final do recurso.

O BNDES, então, ajuizou no STJ o pedido de suspensão da decisão do TRF1, apontando grave lesão à ordem pública. De acordo com o banco, “a ação de origem se encontra suspensa, não havendo qualquer previsão de sua retomada, e, enquanto isso, os pagamentos das parcelas da multa prevista no acordo de leniência estão paralisados aguardando o seu prosseguimento”. Esse pedido de suspensão é o que foi acolhido pela presidente do STJ na nova decisão.

 

Força de lei

A ministra Maria Thereza de Assis Moura destacou que os acordos de leniência devem receber especial atenção e proteção do sistema de Justiça, tendo em vista os resultados positivos que têm trazido para a ordem jurídica nacional.

“Há de ser considerado, sobretudo, que suas bases estão assentadas no voluntarismo das pessoas jurídicas que, envolvidas em atos ilícitos, comprometem-se em romper com essas condutas, reconhecem suas responsabilidades, colaboram com a identificação de outros envolvidos e buscam reparar os danos causados”, afirmou.

Diante disso, observou a magistrada, a validade e a força dos termos ajustados nos acordos de leniência devem ser protegidas, “evitando-se discussões prolongadas e sem fim de eventuais questionamentos em juízo posteriormente à sua celebração”.

A ministra destacou que uma das consequências legais do acordo de leniência é a reparação integral dos danos causados, o que, na hipótese analisada, é representada pela multa imposta ao grupo J&F.

Procurada pela reportagem J&F disse não vai comentar o assunto pois não houve decisão de mérito.

 

Economia, Judiciário

Irmãos Batista são condenados em ação empresarial bilionária

 

Os irmãos Batista foram condenados na justiça a transferir 100% da Eldorado Brasil Celulose, uma das maiores empresas do setor no Brasil, para a Paper Excellence. Por meio da J&F, realizaram um contrato bilionário, mas não repassaram o controle acionário a quem comprou.

A decisão da juíza Renata Maciel, da 2ª Vara Empresarial e Conflitos de Arbitragem, manteve o entendimento adotado pelo tribunal arbitral da Câmara de Comércio Internacional (ICC), que legitimou a negociação de R$15 bilhões contestada pela J&F.

Segundo a Paper, que já era dona de 49,41% da Eldorado, a decisão judicial permitirá a transferência do restante das ações e “a expectativa é que se inicie agora outro processo de arbitragem para avaliação da conta de perdas e danos a serem pagas em favor da Paper”.
“Nosso foco agora será integrar e operar a nova unidade brasileira da Paper Excellence. Posteriormente, avaliaremos o momento adequado para a expansão da planta”, diz Cláudio Cotrim, diretor-presidente da empresa no Brasil.

Deu no Diário do Poder