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Mulher morre após cair de falésias em Pipa

 

Uma mulher morreu após cair de falésias conhecidas como Chapadão durante a tarde de quarta-feira em Pipa, região da cidade de Tibau do Sul, no litoral do Rio Grande do Norte. De acordo com informações do Corpo de Bombeiros. Outra mulher também ficou ferida, mas foi socorrida com vida. Elas estavam em um quadriciclo no momento da queda.

O caso ocorreu por volta das 16h40, enquanto as vítimas conduziam o veículo pelas falésias de Simbaúma e Pipa, quando cairam. Policiais militares e agentes de saúde da localidade foram acionados até o local, sendo os primeiros a prestarem socorro. Porém, ao chegarem no local, constataram a morte de uma das mulheres (não identificada até a publicação desta matéria).

A outra mulher foi encaminhada, através de um helicóptero da segurança pública, para o hospital Walfredo Gurgel. Seu estado de saúde não foi atualizado até a publicação desta matéria. Moradores do local relataram que o quadrículo no qual ambas estavam havia se afastado de outros dois, que percorriam o local juntos antes da queda.

Deu na Tribuna do Norte

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Projeto de lei quer tornar as falésias em patrimônio do RN

Vista aérea falésia de Pipa Tibau do Sul — Foto: Idema

 

Um projeto de lei apresentado tem como objetivo reconhecer as falésias do litoral do Rio Grande do Norte como patrimônio cultural, de natureza material e imaterial, paisagístico e ecológico. A proposta surge após a polêmica envolvendo a possível construção de um condomínio no chapadão da Praia de Pipa, no município Tibau do Sul.

A obra em Pipa prevê a construção de um condomínio residencial composto por 246 unidades habitacionais, sendo 228 apartamentos com um dormitório, 16 apartamentos de dois dormitórios e dois apartamentos duplex, distribuídos em 11 blocos com subsolo, térreo e primeiro pavimento.

O Projeto de Lei nº 376/2023, que reconhece as falésias do litoral do potiguar como patrimônio, aponta para a importância não apenas destas formações geológicas, mas também o significado destes pontos para as comunidades locais.

As falésias do litoral potiguar estão distribuídas em 14 cidades do estado, incluindo Baía Formosa, Tibau do Sul, Nísia Floresta, Parnamirim, Natal, Maxaranguape, Rio do Fogo, Touros, São Miguel do Gostoso, Macau, Porto do Mangue, Areia Branca, Tibau e Senador Georgino Avelino.

Além de suas impressionantes características geológicas, as falésias desempenham um papel fundamental no ecossistema costeiro, fornecendo habitat para uma variedade de espécies de flora e fauna, algumas das quais são endêmicas e ameaçadas de extinção. A vegetação que cresce nas encostas das falésias também ajuda a estabilizar o solo e a proteger a costa contra a erosão.

Fonte: Novo Notícias

Segurança pública

ALERTA MÁXIMO! Falésias apresentam risco iminente de desabamento

 

As falésias e encostas das praias que banham a cidade de Parnamirim estão em situação de alto risco de desmoronamento. Foi o que constatou uma das equipes da Defesa Civil do município em vistoria realizada no último sábado (25). Em alguns trechos, já nas próximas chuvas, ou mesmo a qualquer momento, pode haver a queda de parte dos paredões. 

Em Cotovelo, as rachaduras são tão proeminentes que é possível ver por entre as fendas, às vezes de 1 ou até mesmo 2cm. Já na região conhecida como “prainha”, com circulação de pescadores e banhistas, muitas encostas já desabaram nos últimos 15 dias, mesmo com a sustentação de raízes de grandes árvores (acompanhe nas imagens). Alguns troncos até já desabaram, devido ao próprio peso da copa das árvores.

Há plantas ocas, com espaço livre entre raízes e o terreno, tudo visível a olho nu. Ainda assim, não é difícil encontrar pessoas perto demais dessas áreas, sem se importar com o grande perigo que estão correndo. Durante o último sábado (25), os agentes da Defesa Civil de Parnamirim abordaram banhistas, pessoas que caminhavam na orla e turistas que vêm em busca de fotos perto demais do precipício das falésias. 

A área está toda sinalizada com placas e com uma equipe de plantão praticamente o dia todo, tudo para evitar que acidentes aconteçam no local. Situações como essa infelizmente já ocorreram no Rio Grande do Norte e, como não se sabe a hora nem o local onde vão voltar a acontecer, todo cuidado é pouco e a prevenção é sempre a melhor escolha. 

A orientação é que na orla – área mais baixa, as pessoas não busquem abrigo do sol próximo de encostas e falésias. Na parte superior dos paredões, não se aproximem demais da borda em busca de fotos ou mesmo contemplação. Uma distância segura, de 10 a 15 metros da borda deve sempre ser respeitada, com ou sem a presença de agentes no local. 

A falésia é sem dúvida um atrativo turístico para qualquer parte do litoral brasileiro, mas como tudo no mundo, para desfrutar desse atrativo é necessário seguir regras de conduta. 

Mantenha a distância de segurança.

Respeite as equipes e siga as orientações. 

Elas podem fazer a diferença.

 

Fotos: Joel da Costa
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Carro cai de falésia na praia de Tabatinga, no Litoral Sul do RN

 

Um carro caiu de cima de uma falésia na praia de Tabatinga, em Nísia Floresta, no Litoral Sul potiguar, segundo a Polícia Militar. O caso aconteceu na tarde de quarta-feira (5). Não há informações sobre feridos.

Bombeiros e policiais militares informaram que foram ao local, mas só encontraram o veículo modelo Meriva de cor prata destruído. Não havia ninguém dentro ou perto do carro.

A equipe do Corpo de Bombeiros foi a primeira a chegar ao local, mas informou que encontrou apenas o veículo e acionou o batalhão de polícia rodoviária da PM.

Segundo a PM, uma equipe foi acionada às margens da RN 316 por volta das 17h15, porém, ao chegar no local, encontrou somente o carro, caído na areia da praia, sem nenhum ocupante.

Como aparentemente não houve vítimas, a responsabilidade pela retirada do veículo do local seria do seu proprietário. Os policiais deixaram o local, com o anoitecer.

g1 também procurou a Secretaria Municipal de Turismo do município. O secretário Alberto Alexandre disse que soube da ocorrência por meio das redes sociais, mas também não havia conseguido mais informações até a manhã desta quinta (6).

Deu no G1

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Universidades Federais do RN e do Ceará alertam para risco em falésias do litoral nordestino

Rico em belezas naturais, o litoral do Nordeste é destino turístico de milhares de pessoas que, todos os anos, escolhem essa região do país por suas belas praias e clima de verão praticamente o ano inteiro. Nesse cenário, uma formação natural encanta por sua imponência e diversidade de tons: as falésias. Para investigar o risco de desabamento e propor medidas de segurança aos turistas que visitam essas formas de relevo, uma parceria entre a Universidade Federal do Ceará (UFC) e a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) deu origem ao projeto Falésias.

Com financiamento do Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR), o projeto Falésias desenvolveu suas ações de março a novembro de 2021, com o objetivo de elaborar um diagnóstico e apontar ações mitigadoras de riscos nas falésias de Pipa, no município de Tibau do Sul, e Barra de Tabatinga, em Nísia Floresta, no Rio Grande do Norte. A iniciativa contou com uma equipe de geógrafos, geólogos, engenheiro civil, além de estudantes de graduação, que atuaram na coleta de dados e imagens em alta resolução por meio de tecnologias como drones, radares e scanners. Nesse processo foram consideradas as particularidades geológicas e geomorfológicas, bem como as dinâmicas costeira, territorial, ambiental e cultural.

No início deste ano foi divulgado o relatório final do projeto que detectou situações preocupantes nos municípios estudados: foram encontradas alterações como fraturas, voçorocas (erosão causada pela chuva), formação de reentrâncias, e cicatrizes de colapso de blocos, representando, assim, um grande risco tanto para pessoas ou veículos que transitem no topo quanto para banhistas que passeiam próximo à base das falésias analisadas.

Uma situação crítica foi encontrada em Barra de Tabatinga, onde um intenso processo de voçorocamento, com 15 ocorrências em menos de 100 m², ameaça a destruição de parte da RN-063, devido à proximidade da rodovia com a borda da escarpa. Vale lembrar ainda que, na Praia de Pipa, uma das contempladas pelo projeto, parte da falésia desabou em janeiro deste ano, não tendo deixado feridos. O trecho, entre a Praia do Centro e a Baía dos Golfinhos, foi o mesmo em que, em 2020, morreu uma família inteira após um deslizamento. De acordo com os pesquisadores, o promontório da Baía dos Golfinhos configura atualmente zona de risco elevado por apresentar cicatrizes de colapso, fratura de desplacamento, reentrância erosional e, em sua base, blocos recém-colapsados.

“A ocupação da borda do Tabuleiro, nas proximidades da falésia, além de aumentar a instabilidade da área, gera uma zona de risco duplo. Tanto para quem está em cima, ter sua construção destruída pela erosão, quanto para quem transita pela praia”, destaca o Prof. Rubson Pinheiro, do Curso de Geografia da UFC e um dos coordenadores do Projeto Falésias, ao falar sobre o processo erosivo nesses paredões litorâneos.

Além das construções urbanas, outros fatores de impacto são tráfego de veículos, drenagem pluvial inadequada de rodovias e até mesmo consequências diretas do aquecimento global. “Temos um contexto de elevação do nível do mar associado a praias estreitas. Assim, nas marés altas, as ondas incidem diretamente na base das falésias acelerando sua erosão”, acrescenta o professor. Segundo o relatório da pesquisa, atualmente 60% da costa norte-riograndense, um total de 245 quilômetros, sofre erosão ou ação de processos erosivos.

TURISMO – Outro elemento que tem repercutido na erosão das falésias é o fluxo turístico desordenado. Com um grande trânsito de veículos nessas praias, que estacionam na borda das escarpas, ou de banhistas, que posam para fotos ao lado de placas de aviso de perigo, acidentes, inclusive fatais, são iminentes. “De imediato, é preciso estabelecer restrições e disseminar a cultura do risco entre os turistas. Como medida emergencial, estamos orientando a Defesa Civil a colocar placas nos lugares mais críticos, e as Prefeituras, para colocar guardas municipais orientando os turistas”, relata o docente.

Rubson alerta ainda que, no Ceará, o contexto não difere, sendo necessária uma avaliação de riscos de acidentes nas falésias do nosso litoral. “As falésias do Ceará, sobretudo Beberibe, Morro Branco, Canoa Quebrada e Icapuí, seguem um contexto semelhante e também apresentam riscos”, enfatiza.

Para o pesquisador, a elaboração de políticas públicas de segurança para os turistas nas praias cearenses é indispensável. “Os bugueiros transitam com os turistas na margem da falésia desconsiderando completamente os riscos de colapso de blocos. Não existe nenhuma placa, folder informativo, ou qualquer outra indicação que oriente o turista para sua segurança. É urgente a necessidade de um mapeamento e classificação de riscos associados a essas áreas para, então, definir políticas públicas que regulamentem uma política de segurança para os turistas”, afirma.

As informações são do Portal UFC.