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Prefeitura veta projeto de lei que obriga entregas na portaria de condomínios em Natal

 

Aprovado em 21 de dezembro de 2023 na Câmara Municipal de Natal (CMN), o Projeto de Lei n.º 586/2023 que determinava que mercadorias solicitadas por aplicativo sejam entregues nas portarias de condomínios horizontais ou verticais foi vetado integralmente pela Prefeitura da capital. A mensagem foi publicada no Diário Oficial do Município (DOM) desta sexta-feira (19).

De acordo com o texto que tinha sido aprovado na CMN, o objetivo era evitar o elevado fluxo de pessoas dentro desses espaços, garantindo a segurança dos consumidores e dos entregadores, e principalmente assegurar que os entregadores não realizem um deslocamento até a residência do consumidor sem receber qualquer remuneração. A Prefeitura considerou o Projeto com “inconstitucionalidades de cunho formal e material, afrontando o art. 22, I e XVI da Constituição Federal”.

Nas justificativas para a decisão, o Prefeito Álvaro Dias sinalizou que o texto “acaba por criar uma norma restritiva de direito e dever em relações privadas condominiais, com pertinência temática afeta, portanto, ao Direito Civil (que engloba o Direito Condominial e o Imobiliário), o qual, como exposto acima, a competência para legislar é privativa da União Federal”.

A mensagem Nº. 015/2024 cita ainda que “ao estabelecer como determinada profissão irá exercer o seu trabalho, acaba por legislar sobre condições para o exercício de profissões, o que, novamente adentra na competência privativa da União”.

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Natal aprova lei para que entregadores só sejam obrigados a deixar pedidos na portaria de condomínios

 

A Câmara Municipal de Natal aprovou nesta quinta-feira (21) um projeto de lei que desobriga entregadores de aplicativo da cidade de entrarem em condomínios residenciais para entregarem pedidos de clientes.

O projeto agora vai à sanção do prefeito Álvaro Dias (Republicanos). Quando a proposta virar lei, trabalhadores de aplicativo só serão obrigados a deixar o pedido na portaria, sem precisar entrar nos prédios, exceto nos casos de idosos, gestantes, pessoas com deficiência, obesos, lactantes ou pessoas com crianças de colo – que poderão receber o pedido diretamente em casa.

“O objetivo da lei é eliminar o tempo de trabalho não pago às trabalhadoras e aos trabalhadores por aplicativo consistente no deslocamento entre a portaria e a unidade condominial de onde o consumidor demandou a mercadoria”, diz um trecho da proposta.

O projeto estabelece que o entregador não fica impedido de deixar o pedido na porta da unidade residencial (casa ou apartamento), mas, para isso, é necessário o pagamento de gorjeta e a concordância dele.

Após a aprovação nesta quinta-feira, o vereador enfatizou: “O entregador perde muito tempo de trabalho não contabilizado ao deixar a encomenda na porta do consumidor. Os trabalhadores de entrega por aplicativo são uma categoria muito explorada, com remuneração baixíssima e alta carga-horária. O projeto de lei apresentado por nós e hoje aprovado, além de diminuir a circulação de pessoas nos condomínios, prezando pela segurança de consumidores e entregadores, ainda tem o efeito de melhorar suas condições de trabalho”.

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Entregadores de aplicativo devem ou não subir até o apartamento? Entenda a polêmica

Caco Carvalho | Flickr

 

Um vídeo recentemente viralizado nas redes sociais mostra o jornalista esportivo Rica Perrone dizendo que passou por um mal-entendido com um entregador de aplicativo de comida. Perrone, em uma entrevista concedida ao podcast “O Poder nos Bastidores” em julho deste ano, mencionou um incidente no qual houve um desentendimento após ele solicitar que a entrega fosse feita na porta de seu apartamento, em vez da portaria do edifício.

A repercussão desse vídeo levanta a seguinte questão: os entregadores de aplicativos, como o iFood, têm a obrigação de entregar pedidos diretamente nos apartamentos dos clientes? A resposta é não.

De acordo com as políticas do iFood, os entregadores não são obrigados a subir até o apartamento do cliente para realizar a entrega, embora tenham a opção de fazê-lo por livre e espontânea vontade. O iFood esclarece em seu site oficial que descer para buscar o pedido agiliza o processo de entrega e demonstra consideração pelo trabalho do entregador.

Diego Barreto, vice-presidente de estratégias e finanças da empresa, enfatiza que a recomendação é para que o entregador se dirija ao primeiro ponto de contato disponível na residência do cliente, que, no caso de condomínios, geralmente é a portaria.

Além disso, o iFood também destaca que nem sempre os entregadores têm acesso a locais apropriados para estacionar suas motos ou bicicletas ao subir até os apartamentos. Isso pode criar situações potencialmente arriscadas. Portanto, é preferível que a entrega seja realizada na porta do imóvel, garantindo assim a segurança e a eficiência do serviço.

Em uma nova publicação sobre o episódio, após a declaração ter viralizado na internet, Rica Perrone afirma que o motivo do desentendimento não foi o entregador reclamar de subir até o apartamento, e sim a maneira como ele se expressou em frente à sua residência.

“Gente, isso é mentira. Eu não sei se acredito em erro ou maldade, seja como for, tá bem claro no vídeo que eu não estou tratando o cara mal por ele subir ou não, mas sim por ele me dizer na porta de casa ‘Desce pra pegar a po**a da sua comida’. Sejam honestos”, escreveu.

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Emprego, Política

Rogério Marinho propõe Lei para melhorar condições de entregadores e motoristas de aplicativos

 

O senador Rogério Marinho (PL/RN) protocolou nesta segunda-feira (17) um Projeto de Lei Complementar (PLC) que estabelece novos direitos e melhorias das condições de trabalho para prestadores de serviços independentes de transporte remunerado privado individual de passageiros ou serviço remunerado de entregas.

Entre as mudanças propostas pelo parlamentar estão a inclusão previdenciária dos prestadores de serviço, a criação de pontos de apoio para motoristas e entregadores, a contratação de seguro de vida e para cobertura de danos, assim como a possibilidade de as plataformas oferecem auxílio para pagamento de combustível, de forma a mitigar oscilações dos preços.

Segundo Marinho, a proposta busca o equilíbrio entre os direitos dos trabalhadores e a prática do livre mercado. “Tendo em vista as especificidades deste mercado, é preciso garantir a segurança e a dignidade dos profissionais, mas sempre com o cuidado de não coibir ou ameaçar os avanços tecnológicos e a grande base de consumidores destes serviços no Brasil” defende.

Inclusão previdenciária

A inclusão dos profissionais da categoria na Previdência Social, com contribuição à cargo das operadoras de plataforma tecnológica de intermediação, assegura aposentadorias maiores do que um salário mínimo, auxílios acidente e por incapacidade temporária, aposentadoria por incapacidade permanente, pensão por morte, aposentadorias programadas e salário-maternidade.

“Considerando o funcionamento peculiar deste mercado, criamos uma alternativa que garante direitos e proteção social aos trabalhadores, possibilita inovação tecnológica para o consumidor, e melhora a prestação dos serviços”, avalia o senador.

Confira a íntegra do PLC: https://bit.ly/3GQSqDa