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Escolas estaduais do RN ainda têm 12 mil alunos com 100% de aulas remotas

Foto: Reprodução/Inter TV Cabugi

Pelo menos 12 mil estudantes matriculados nas escolas públicas do Rio Grande do Norte ainda estão com 100% das aulas em formato remoto, segundo dados da própria Secretaria Estadual de Educação.

Desde o dia 4 de outubro, as escolas estão autorizadas a voltar a funcionar com 100% dos estudantes em formato presencial, mas a secretaria informou que 11 unidades estão apenas com aulas remotas por causa de obras.

A vendedora Rosângela da Silva Souza tem quatro filhos – três deles ainda em idade escolar. Sem aulas presenciais desde o ano passado, a mãe precisou alterar a rotina para se adequar à realidade dos filhos.

“Passaram o primeiro ano sem nada, a escola, no geral, não mandava praticamente nada de atividade. Quando veio começar, já foi em outubro, praticamente no final do ano (de 2020). E começou aula online, aplicativos, os filhos em casa sem fazer nada. Isso gerou ansiedade nas crianças, os pais sem poder sair de casa para trabalhar”, afirmou.

Por causa da pandemia, as 615 escolas estaduais tiveram que fechar as portas por todo o ano letivo de 2020 – uma medida necessária para evitar a disseminação da doença. Por outro lado, manter as crianças distantes da sala de aula e dos amigos trouxe consequências para pelo menos uma das filhas de Rosângela, que ficou com ansiedade.

Após 14 meses com os portões fechados, julho marcou a retomada do ensino presencial, de forma gradual, na maior parte das escolas.

A Escola Estadual Nestor Lima foi uma das exceções e não consegui receber os alunos por falta de uma reforma na estrutura do prédio. A diretora explicou que técnicos foram ao colégio e deram um prazo para conclusão em dezembro deste ano, mas os serviços sequer começaram.

“A gente preocupa dar assistência de todas as formas que a gente pode, tanto por meio remoto, com atividades online, como com atividades impressas para aqueles que não têm internet, não têm celular e nos buscam. Mas tem alguns que nem para isso nos procuram”, afirmou a diretora Iuberlandia Alves.

Ao todo, segundo a Seec, 11 escolas ainda não voltaram a receber os estudantes por causa de problemas na estrutura. Com isso, cerca de 12 mil alunos ainda estão em aulas remotas.

Seis escolas precisam de grandes obras. O secretário de Educação, Getúlio Marques, afirma que algumas das obras podem chegar a custar R$ 2 milhões. Segundo ele, a previsão é de que as reformas pendentes sejam concluídas até o início de 2022.

“A gente está com essa preocupação, trabalhando para que todas elas possam retomar para que os alunos não tenham uma perda tão grande”, disse.

Para identificar os principais problemas na rede pública, o Ministério Público do RN começou a fazer visitas técnicas às escolas estaduais de Natal. Os gestores vão responder um questionário e serão feitos registros em fotos e vídeos.

Depois das visitas, os promotores deverão elaborar um diagnóstico sobre a situação da rede pública.

Cidade

Câmara Municipal de Natal aprova projetos para educação, inclusão e defesa da mulher

Em reunião nesta terça-feira (19), a Comissão de Legislação, Justiça e Redação Final da Câmara Municipal de Natal apreciou 40 projetos de lei, sendo 19 aprovados. O restante teve pareceres pela rejeição ou pela prejudicialidade. Parte dos aprovados tratam de melhorias nas escolas, inclusão e cuidado com a mulher.

De acordo com a vice-presidente da comissão, vereadora Nina Souza (PDT), a produtividade da comissão permanece célere e a rejeição ou prejudicialidade de projetos refletem o cuidado com a legalidade e constitucionalidade das matérias. “Não é agradável dar parecer contrário, mas temos projetos com vícios de iniciativa ou de ilegalidade. O poder público não pode de forma deliberada fazer intervenção no setor privado, por exemplo. Além disso, há propostas semelhantes a outras em tramitação ou que já se tornaram leis”, disse ela.

Algumas matérias aprovadas são voltadas à educação, como a de nº 512/2021, da vereadora Brisa Bracchi (PT), que dispõe sobre a avaliação periódica dos prédios escolares da rede de ensino; e a de nº 384/2021, do vereador Tércio Tinoco (PP), para a adoção do Sistema de Inclusão Escolar “ABA” para crianças e adolescentes com Transtorno de Espectro Autista (TEA).

Sobre inclusão e luta contra o preconceito, foi aprovado o projeto nº 330/2020, da vereadora Ana Paula (PL), que institui a data 25 de outubro como Dia Municipal de Combate ao Preconceito contra as pessoas portadoras do Nanismo. “É um assunto que pouco se fala, mas que é necessário combater esse preconceito, conscientizar a população e dar condições de acessibilidade a essas pessoas”, disse a autora.

Outras matérias estão voltadas para o direito da mulher, como o projeto nº 505/2021, do vereador Aldo Clemente (PDT), garantindo o direito das lactantes amamentarem seus filhos durante as etapas dos concursos e seleções públicos realizados pela Prefeitura.  “É preciso assegurar esse direito básico para a mulher e seu filho. Além disso, nosso outro projeto aprovado trata da tramitação prioritária de processos administrativos em tramitação na administração municipal para mulheres vítimas de violência doméstica ou familiar”, frisou o vereador.

O vereador Kleber Fernandes (PSDB), presidente da comissão, e a vereadora Camila Araújo (PSD) também participaram da reunião.

Educação

Talebã exclui meninas na reabertura do ensino médio

Foto: Getty images

O Talebã está excluindo meninas das escolas secundárias do Afeganistão, depois de ordenar neste sábado (18/09) que apenas meninos e professores do sexo masculino voltem para a sala de aula no retorno às aulas esta semana.

Uma declaração do grupo islâmico divulgada esta semana fala na retomada das aulas no ensino médio, mas não menciona meninas ou mulheres.

Uma estudante afegã disse à BBC que estava arrasada. “Tudo parece muito sombrio”, disse ela.

Apesar das promessas do Talebã, esse é o mais recente sinal de que o Afeganistão está retornando ao estilo de governo linha-dura dos anos 1990.

Na sexta-feira (17/07), havia sinais de que o Talebã fechou o ministério de assuntos femininos, o substituindo por um departamento com doutrinas religiosas rígidas.

Durante o governo do Talebã entre 1996 e 2001, havia um Ministério para a Propagação da Virtude e Prevenção do Vício, que era responsável por enviar às ruas a chamada polícia da moralidade para fazer cumprir a interpretação estrita do Talibã da lei religiosa islâmica, conhecida como Sharia.

‘Estou muito preocupada com o meu futuro’

Um comunicado emitido antes da reabertura das escolas afegãs neste sábado disse: “Todos os professores e alunos do sexo masculino devem frequentar as instituições de ensino”.

Escolas secundárias geralmente são para alunos com idades entre 13 e 18 anos. A maioria das escolas também é segregada, o que tornaria mais fácil para o Talebã fechar escolas para meninas.

Alunas e seus pais disseram que as perspectivas no país são sombrias.

“Estou muito preocupada com meu futuro”, disse uma estudante afegã, que quer ser advogada.

“Tudo parece muito sombrio. Todos os dias eu acordo e me pergunto ‘por que estou viva?’ Devo ficar em casa e esperar que alguém bata na porta e me peça em casamento? É esse o propósito de ser mulher?”

Seu pai disse: “Minha mãe era analfabeta, e meu pai constantemente a intimidava e a chamava de idiota. Eu não quero que minha filha se torne como minha mãe”.

Outra estudante, uma jovem de 16 anos de Cabul, disse que foi um “dia triste”.

“Eu queria ser médica! E esse sonho desapareceu. Acho que eles não nos deixarão voltar para a escola. Mesmo que abram o colégio novamente, eles não querem que as mulheres se eduquem.”

No início da semana, o Talebã havia anunciado que as mulheres teriam permissão para estudar nas universidades, mas elas não poderiam fazê-lo ao lado dos homens e teriam que se submeter a um novo código de vestimenta.

Alguns sugeriram que essas novas regras na prática acabariam excluindo as mulheres do sistema educacional, porque as universidades não têm recursos para oferecer aulas separadas.

Impedir que as meninas frequentem escolas secundárias também significa que nenhuma delas será capaz de chegar ao ensino superior.

Desde que o Talebã foi removido do poder em 2001, houve grande progresso no número de matrículas e nas taxas de alfabetização do Afeganistão — especialmente entre meninas e mulheres.

O número de meninas nas escolas primárias aumentou de quase zero para 2,5 milhões, enquanto a taxa de alfabetização feminina quase dobrou em uma década, atingindo 30%.

“Este é um revés na educação de mulheres e meninas afegãs”, disse Nororya Nizhat, ex-porta-voz do Ministério da Educação.

“Isso lembra a todos o que o Talebã fez nos anos 90. Isso fez com que tivessemos uma geração de mulheres analfabetas e sem instrução.”

Pouco depois de assumir o poder, o Talebã havia dito que os direitos das mulheres no Afeganistão seriam respeitados “dentro da estrutura da lei islâmica”.

Com informações da BBC News

Educação

Nova sede do Colégio Porto inaugura em 2022 e promete revolucionar o conceito de educação em Natal

Foto: Divulgação

Estrutura de colégio com o astral de cursinho. Foi com essa “simpática receita” que o Colégio Porto entrou em Natal. Com uma seleção cuidadosa e criteriosa da sua equipe pedagógica, o colégio tem feito muito sucesso com o público jovem.

E a partir de 2022 esse sucesso será multiplicado com a inauguração da nova sede, que passa a funcionar na rua Felipe Cortez, fazendo esquina com a avenida Nascimento de Castro. Com uma das estruturas mais modernas do Estado, o local foi projetado para revolucionar o conceito de educação, com o que há de melhor em suporte ao aluno, dentro e fora da sala de aula.

A escola divulgou novas imagens da sede, que conta com laboratórios equipados com alta tecnologia, centro olímpico para a prática de esportes, salas de aula com isolamento acústico, rooftop com espaço de convivência e uma midiateca, que integrará biblioteca, cabines de estudo individualizado e salas para estudo em pequenos grupos. “A nova sede do Colégio Porto vai proporcionar um aprendizado com tecnologia e inovação”, disse, confiante, o aluno Bernardo Mansur, da 1ª série do ensino médio.

O prédio faz parte do planejamento de expansão do Colégio Porto, que passa a contar a partir de 2022, com turmas do 6º e 7º ano no ensino fundamental, oferecendo uma proposta educacional completa, até a preparação para o Enem.  “Eu sinto que a comunidade Porto vai crescer muito com essa nova sede”, afirmou a aluna Cecília Aladim, do 8º ano.

No novo espaço, que já está com as obras em andamento, a metodologia de ensino humanizado, que já é uma marca registrada da escola, seguirá sendo aplicada na formação dos estudantes para os desafios do aprendizado e da vida em sociedade. O design interno foi inspirado nas universidades americanas, valorizando a integração.

Notícias

Plano de Desenvolvimento da Pós-graduação oferece mais de mil bolsas

Fotos: Sandro Menezes / ASSECOM-RN

O Governo do Rio Grande do Norte iniciou nesta quarta-feira (11), Dia do Estudante, o Plano de Desenvolvimento da Pós-Graduação do RN. Executado pela Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado do RN (Fapern), o plano encerra o período de nove anos sem as gestões estaduais anteriores firmarem convênios com a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) – fundação vinculada ao Ministério da Educação que atua na expansão e consolidação da pós-graduação em todos os estados brasileiros.

“Esta é mais uma data que vai ficar marcada na educação do nosso Estado. Estamos efetivando o maior programa de incentivo à pós-graduação da história do estado”, afirmou a governadora, professora Fátima Bezerra.

Ela acrescentou que “com imensa alegria iniciamos a execução deste programa que é resultado do trabalho incansável e competente que nossa equipe de governo realiza. Estamos dando mais um passo para o fortalecimento da ciência, da pesquisa e da inovação. Ressalto, também, o trabalho louvável do professor Gilton Sampaio à frente da Fapern. A Fundação de Amparo à Pesquisa do RN passou 9 anos sem conveniar com a Capes. Não podemos admitir o estado ser ineficiente e incompetente. Somos gratos ao trabalho da equipe Fapern que agora está de pé e promovendo a pesquisa, ciência e inovação”.

O investimento é de R$ 4 milhões em 28 programas de pós-graduação. Do valor total, R$ 2,5 milhões são via bolsas da CAPES e R$ 1,46 milhão em contrapartida do Estado, via FAPERN. Vai atender 850 alunos de mestrado, 243 de doutorado e 06 de pós-doutorado, somando 1.099 beneficiários. Os recursos contemplam programas de pós-graduação do IFRN, UERN, UFERSA e UFRN em todas as regiões do estado. Para mensurar o alcance do PDPG-FAPERN, tomando a Universidade Estadual do RN como exemplo, em 2021, a UERN conta com 786 docentes efetivos, dos quais 293 têm mestrado (37,2%) e 427 têm doutorado (54,3%). O PDPG-FAPERN inicia de imediato e sua implementação será concluída em 2024.

O professor Gilton Sampaio disse que o trabalho de recuperação do convênio com a Capes exigiu muita dedicação e vários deslocamentos a Brasília para entendimentos junto ao Ministério da Educação. “Conseguimos inclusive incluir temáticas regionais para os programas que irão impactar favoravelmente o desenvolvimento econômico”, afirmou. “O Governo do Estado pensa no desenvolvimento científico e tecnológico com inovação. Este programa fortalece as ações do dia a dia e mantém o pós-graduando, que poderá ter mais tempo para sua pesquisa. O investimento também desenvolve o estado pela qualificação profissional que proporciona”.

“As ações do governo da professora Fátima Bezerra dão resultados positivos”, declarou a professora da UERN, Losangela Martins, coordenadora do programa de pós-graduação em planejamento e dinâmicas territoriais no semiárido (PLANDITES) em Pau dos Ferros.  Diretor da Associação Nacional de Pós-graduação (ANPG), o aluno José Germano avaliou o plano como “iniciativa de muito significativa para nós. Teremos suporte para publicar artigos, pesquisas, atividades de campo e participar de congressos. A Fapern era um armário cheio de teias de aranha. Hoje é atuante e exerce o seu papel. Só temos a agradecer”.

Para o reitor do Instituto Federal de Educação Tecnológica do RN (IFRN), Arnóbio de Araújo Filho, “é inadmissível pensar que ciência é supérflua e que investir em educação é desnecessário. Ciência, ensino, pesquisa e inovação são fundamentais para a sociedade, para a juventude e para o desenvolvimento do Estado. O trabalho é esse mesmo que constatamos no governo do nosso estado, com muito diálogo para construir uma sociedade mais justa e igualitária”. Graduanda em História, na UFRN, a vereadora em Natal, Brisa Bracchi, disse que o governo do estado investe em todos os níveis da educação e atende quem mais precisa.

No ato de efetivação do programa a governadora ainda afirmou: “Passa um filme na minha cabeça, lembro quando cheguei a Natal para estudar. Primeiro na escola Padre Monte, depois na Padre Miguelinho e Pedagogia na UFRN. Como estudante, professora e parlamentar, sempre estive na luta pela educação, no combate ao obscurantismo. Hoje, no Dia do Estudante, meu coração está feliz porque estamos realizando ações práticas, dando oportunidade aos nossos estudantes de se qualificarem. Tiramos a Fapern da estagnação. E ela estagnou por que alguém deixou de cuidar”.

A reunião contou com a participação do vice-governador Antenor Roberto, secretária adjunta da Educação, Márcia Gurgel; subsecretário estadual da Juventude, Gabriel Medeiros; diretora Científica e Coordenadora Geral do PDPG-FAPERN, Jucirema Ferreira; Diretor Administrativo-Financeiro, Cyro Gurgel; Analista de CT&I e Assessor de Comunicação, José Ricardo da Silveira; Secretário-Geral, Arthur César Barbosa Nunes. A deputada Isolda Dantas, presidente da Comissão de Educação da Assembleia Legislativa representou o parlamento estadual.