Política

Quem é María Fernanda Cabal, amiga dos Bolsonaro e líder da oposição a Petro na Colômbia

Foto: Reprodução/X/MaríaFdaCabal

Maria Fernanda Cabal, de 59 anos, ingressou no Senado colombiano em 2018, após um mandato como deputada, e consolidou-se como uma defensora do livre mercado, da segurança nacional e da propriedade privada. Sua atuação lhe rendeu comparações com Margaret Thatcher, principalmente devido à sua postura intransigente contra ideologias socialistas, semelhante à adotada pela ex-primeira-ministra britânica.

Nascida em Cali, ela e seu marido vêm de uma família com forte tradição na criação de gado, influenciando sua perspectiva sobre economia e propriedade privada desde cedo. Formada em Economia pela Universidade de Los Andes e também possui um mestrado em Ciência Política, o que ajudaria sua carreira política futuramente.

Cabal é uma crítica fervorosa dos Acordos de Paz de 2016, assinados entre o governo e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) , argumentando que eles facilitaram a impunidade e concederam poder político a ex-guerrilheiros, o que, em sua visão, prejudicou a segurança e a justiça na Colômbia.

Reconhecida internacionalmente, Cabal mantém alianças com figuras conservadoras de destaque mundial, como Donald Trump, Jair Bolsonaro e Javier Milei. Sua participação constante em eventos como o CPAC evidencia sua posição como uma das principais representantes do movimento conservador na América Latina.

Ela emerge como uma forte opositora ao governo de Gustavo Petro, criticando a inclinação de extrema-esquerda do atual presidente. Seu posicionamento político é marcadamente de direita e baseado nos princípios cristãos tradicionais. Grande admiradora de Olavo de Carvalho, chegou a ser aluna do filósofo. Cabal também expressa uma crítica contundente ao movimento “woke” e à agenda globalista, que considera ameaças à soberania e aos valores tradicionais colombianos. Sua atuação política reflete um combate às influências que percebe como perigosas para a autonomia nacional, fortalecendo sua figura no cenário conservador não apenas da Colômbia, mas de toda a América Latina.

Dentro da Colômbia, a insatisfação com Petro pôde ser medida no último dia 21 de abril, quando milhares de pessoas se reuniram na Plaza de Bolívar, na capital Bogotá, para protestar contra o governo. Entre as principais críticas estavam as reformas propostas pelo governo nas áreas da saúde e das pensões, bem como a gestão das Empresas Promotoras de Saúde (EPS).

Um dos elementos mais controversos e que galvanizou grande parte da oposição foi a proposta de Petro para a criação de uma nova constituição, percebida por muitos como uma tentativa de reestruturação radical dos pilares institucionais do país e baseada num modelo similar ao da Venezuela Chavista. Em entrevista à Gazeta do Povo, Cabal comenta a turbulência política do país e o embate contra o radicalismo de Petro.

Gazeta do Povo:  Senadora, como as recentes manifestações na Colômbia contra o presidente Gustavo Petro se comparam em tamanho e alcance com outros protestos significativos na história colombiana?

Senadora María Fernanda Cabal: Poderia dizer que a maior manifestação em que estive na minha vida foi em 2008, contra as FARC, e que esta última, de 21 de março, foi muito similar. Eram rios de gente de todas as classes sociais. Em todo o país, não apenas nas grandes cidades, mas também nas médias e pequenas. Foi uma resposta a um governo predatório porque as pessoas sentem incerteza sobre seu futuro. Sentem medo de ter que deixar o país. Sentem medo da pobreza, frente à administração de Gustavo Petro.

Gazeta do Povo: Quais foram as principais motivações por trás das manifestações de 21 de abril? Os manifestantes estavam focados principalmente no processo de destituição, nas propostas de uma nova constituição, nas reformas específicas propostas por Petro, ou havia outros fatores envolvidos?

Senadora María Fernanda Cabal: Já estava sendo preparada uma marcha, mas a proposta de uma Constituinte disparou os alarmes e foi o gatilho que uniu as multidões. Aqui, Gustavo Petro não conseguirá implementar a receita que destruiu outros países da América Latina com a mentira do socialismo do século 21. Aqui as pessoas, no meio de toda essa incerteza, a situação é terrível. As pessoas saíram para manifestar porque querem que Petro saia, querem que Petro vá embora. Não querem que ele vá embora porque seja a elite ou a oligarquia, como ele aponta, mas porque está empobrecendo o país. Todos os indicadores econômicos estão em queda, há desinvestimento, há desestímulo, o estancamento e o desemprego. Principalmente, soma-se a isso a variável mais importante hoje em dia, que é a insegurança. As mortes de colombianos, os massacres que já superam o número de 110, o narcotráfico tomando controle de municípios e o exército perdendo o controle territorial por uma ideia de paz total que nunca chegará. Pelo contrário, acabará elevando a violência no país.

Gazeta do Povo: Senadora, em relação às recentes manifestações, qual considera que foi o impacto destas no contexto político colombiano? Provocaram alguma mudança significativa na dinâmica política ou na percepção pública em relação ao governo?

Senadora María Fernanda Cabal: “Impactou tudo porque as pessoas sentem a força da rua. E inversamente Petro perdeu as ruas e Petro tem uma personalidade esquerdopata. Isso significa que ele precisa que o povo o adore como bom narcisista. Ele se sente messiânico. Sente que vai nos levar ao paraíso como todos esses socialistas que acabam destruindo países. A força dessas ruas fez com que sentíssemos que sim, podemos, que somos maioria, que não vamos nos deixar roubar o país. Politicamente, a mira está no Congresso para ver se vão passar as reformas. Mas já estão na arena pública todos os congressistas, graças às redes sociais, que trabalham ou agem em favor do governo e contra o desejo cidadão.”

Gazeta do Povo: “Na sua opinião, existe um risco real de que a Colômbia avance para uma forma de governo ditatorial sob a liderança de Gustavo Petro?

Senadora María Fernanda Cabal: “Petro não está sozinho, mas acompanhado por uma equipe oculta que desenha políticas predatórias para levar o país ao desmembramento total. Atrás de cada ministério, há uma equipe paralela pensando em como, através de múltiplas decisões administrativas, decretos e resoluções, destruir a estabilidade institucional. Este é o perigo, porque isso também coloca em xeque a rapidez e a eficácia com que as altas cortes podem responder diante de demandas de atos claramente contrários à Constituição. Se as instituições resistirem e o povo continuar se manifestando contra Petro, ele não terá outra opção, exceto a violência em que o país se encontra.”

Gazeta do Povo: A senhora acredita que há uma agenda do presidente Petro que aspire a transformar a Colômbia em um modelo político-econômico similar ao da Venezuela? Quais evidências ou ações específicas reforçam essa percepção?

Senadora María Fernanda Cabal: Sim, há uma agenda. Para mim é claríssima. As evidências são a complacência com o crime, a complacência através de processos de paz que não vão acontecer, pela erradicação e não fumigação dos cultivos de coca, também com certa aquiescência do Departamento de Estado dos Estados Unidos, que não está sendo tão exigente quanto foi com outros governos. Vemos que todos os projetos vão caminho à estatização e ao controle do indivíduo, destruindo um dos melhores sistemas de saúde do mundo para nos levar de volta ao sistema que tínhamos há 30 anos, um sistema de controle dos pacientes. Uma reforma trabalhista que fortalecerá as centrais sindicais que não têm o poder que tinham antes, porque aqui a economia que gera mais empregos é através do pequeno e médio empreendedor. Uma reforma do sistema previdenciário onde o indivíduo também não poderá decidir sobre sua poupança previdenciária, afinal, é a mesma receita socialista de sempre. Que o perigo é nos tornarmos definitivamente um Narcoestado que é o que significa ser membro do Foro de São Paulo, Grupo de Puebla e da Internacional Progressista, que abraçam ideias que só produzem violência, pobreza e morte.

Gazeta do Povo: Quais são as principais mudanças que o presidente Petro deseja implementar na constituição colombiana? Quais seriam os impactos dessas modificações para o funcionamento democrático do país?

Senadora Maria Fernanda Cabal: O que sabemos é que Petro tem uma abordagem anarquista que busca desmantelar toda a ordem constitucional. Ele apoiou a constituição criada pelo M-19, na qual muitas forças participaram e se beneficiaram de um acordo de impunidade total para os criminosos. Propõe estatizar setores chave como saúde, educação e previdência. Na saúde, busca que as pessoas dependam do governo de turno; na educação, eliminar a concorrência com o setor privado para doutrinar os estudantes; e na previdência, controlar as poupanças que deveriam pertencer aos cidadãos, não ao governo. Além disso, sua reforma trabalhista impõe cargas insustentáveis para os empregadores, o que poderia levar a que empresas estrangeiras abandonem o país e as locais não cresçam nem gerem emprego.

Gazeta do Povo: Como a senhora vê as semelhanças e diferenças entre o presidente Gustavo Petro e o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, especialmente em termos de políticas públicas e governança?

Senadora Maria Fernanda Cabal: Petro e Lula compartilham o populismo de esquerda, pretendendo representar o povo como se fosse uma massa uniforme, sem direito a pensar diferente. Petro tem estado envolvido em cumplicidades com o narcotráfico, que financia campanhas em grande parte do território. Ambos buscaram desmantelar a ordem constitucional e foram beneficiários da impunidade. No entanto, Lula não é tão ideologicamente extremo quanto Petro; reconhece a importância do petróleo, gás e carvão para o desenvolvimento do país, ao contrário de Petro, que os rejeita.

Gazeta do Povo: Como a senhora vê a situação brasileira?

Senadora María Fernanda Cabal: Os brasileiros enfrentam dois grandes desafios. O primeiro é uma Corte Suprema controlada por juízes que violam as garantias judiciais e o devido processo. É essencial se manifestar contra essa ditadura judicial. O segundo desafio são as eleições, que atualmente não são transparentes devido à Indra manipular a capacidade de refletir a intenção de voto cidadão. É crucial controlar o resultado eleitoral, exigir transparência e utilizar todos os mecanismos, inclusive internacionais, para garantir que as eleições sejam transparentes e livres.

Deu na Gazeta do Povo

Política

José Raul Mulino vence eleições no Panamá

O candidato opositor de direita José Raul Mulino, 64 anos, do partido Realizando Metas, venceu as eleições presidenciais do Panamá no domingo (5.mai.2024). Com 97% das urnas apuradas, Mulino aparece com 34,35% dos votos válidos. No total, 8 candidatos estavam na disputa. O 2º colocado na disputa, Ricardo Lombana, do MOCA (Movimiento Otro Camino), está com 24,87%.

O resultado da eleição deste domingo (5.mai) é definitivo, já que as regras eleitorais do Panamá não exigem um 2º turno. O atual presidente, Laurentino Cortizo, assumiu o cargo com uma vantagem de apenas 2 pontos percentuais nas últimas eleições, realizadas em 2019.

Dos 8 nomes no pleito, Mulino vinha demonstrando vantagem nas pesquisas, com cerca de 30% das intenções de voto. Ele entrou na disputa para substituir o ex-presidente Ricardo Martinelli, depois que as autoridades eleitorais do Panamá o consideraram inelegível por causa de uma pena de 11 anos de prisão por lavagem de dinheiro. A constituição do Panamá proíbe qualquer pessoa condenada por um crime a 5 ou mais anos de prisão de concorrer à presidência.

Desde que assumiu a liderança da chapa, Mulino não participou de nenhum debate presidencial e ainda não tem um vice-presidente, uma questão que ainda aguarda pronunciamento da Justiça, mas sem prazo definido.

QUEM É JOSÉ RAUL MULINO

José Raul Mulino é formado em Direito e Ciência Política pela Universidade Santa María la Antigua do Panamá, tendo também obtido um mestrado em Direito Marítimo pela Tulane University, em Nova Orleans. Durante o governo de Martinelli (2009-2014), ele ocupou os cargos de Ministro da Segurança e de Governo e Justiça. Em 2015, foi preso preventivamente sob acusação de supostos crimes contra a administração pública, mas o caso foi posteriormente anulado por erros processuais.

Mulino concorria como vice-presidente de Martinelli nessas eleições até que a Justiça Eleitoral desqualificou o ex-presidente em 4 de março. A proposta de Mulino visa “colocar mais dinheiro nos bolsos dos panamenhos” por meio de projetos de infraestrutura destinados a impulsionar a geração de emprego no país. O presidente eleito também planeja reduzir a migração pela selva do Darién, no Panamá.

 

OUTROS CANDIDATOS

Na votação de domingo (5.mai), também concorreram o ex-presidente Martín Torrijos, do Partido Popular, o atual vice-presidente, José Gabriel Carrizo, do Partido Revolucionário Democrático, e o ex-secretário de Relações Exteriores, Rómulo Roux, pelo Mudança Democrática. Além disso, 2 candidatos independentes – o deputado nacional Zulay Rodríguez e o advogado Ricardo Lombana – participaram do pleito.

Rómulo Roux O advogado de 59 anos concorreu pela 2ª vez ao cargo. Até fevereiro deste ano, ele era sócio do escritório de advocacia Morgan & Morgan. Em sua campanha, ele enfatizou o desenvolvimento do turismo, ao mesmo tempo em que se comprometeu a criar 500 mil empregos caso fosse eleito.

Martín Torrijos Filho do ex-general Omar Torrijos, focou sua administração no Canal do Panamá durante seu 1º mandato presidencial (2004-2009). Ele também negociou o 1º acordo de livre comércio do Panamá com os Estados Unidos. Ele prometia ampliar as operações do canal e investir US$ 19 bilhões em 40 projetos de infraestrutura, criando 165 mil empregos.

José Gabriel Carrizo O atual vice-presidente do Panamá, de 40 anos, buscava um 2º mandato para seu partido, o Revolução Democrática, já que no país, a reeleição consecutiva não é permitida. Carrizo prometeu reduzir a jornada de trabalho e aumentar o salário dos panamenhos como parte de sua plataforma eleitoral.

Deu no Poder360

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Nova pesquisa surpreende e sinaliza potencial reviravolta nas próximas eleições; veja os números

Reprodução / Agência Brasil
Reprodução / Agência Brasil

Uma nova pesquisa conduzida pelo Ipec, antigo Ibope, aponta aspectos chaves sobre o posicionamento político atual dos eleitores brasileiros. Os resultados, divulgados com exclusividade na GloboNews, mostram que 24% dos entrevistados se identificam como sendo totalmente direita, enquanto 11% afirmam ser totalmente de esquerda. Já 20% dos entrevistados afirmaram ser de centro.

Considerando as duas extremidades da escala política, 45% se posicionaram à direita, enquanto 21% se identificaram mais à esquerda. Para compreender melhor o espectro político dos entrevistados, o instituto solicitou que os participantes indicassem um número em uma escala que variava de 0 (esquerda) a 10 (direita). Os resultados foram os seguintes: 0 (Esquerda): 11%; 1 – 2%; 2 – 2%; 3 – 3%; 4 – 3%; 5 – 20%; 6 – 5%; 7 – 5%; 8 – 8%; 9 – 3%; 10 (Direita) – 24%.

Ao todo, 4% dos entrevistados afirmaram não saber o que significa ser de esquerda, de direita ou de centro, enquanto 9% não responderam.

Realizado no início de março, o levantamento do Ipec entrevistou 2 mil pessoas com 16 anos ou mais em 130 municípios brasileiros, apresentando uma margem de erro de dois pontos percentuais.

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Após direita reunir 750 mil na Paulista, esquerda volta às ruas, mas atos ficam vazios em todo o Brasil

Após direita reunir 750 mil na Paulista, esquerda volta às ruas, mas atos ficam vazios em todo o Brasil 1

 

Depois de um longo período, a esquerda decidiu voltar às ruas. Atos pró-governo Lula foram programados para este sábado, 23, em diversos pontos do país. Essas manifestações tinham sido anunciadas logo após o sucesso da mobilização da direita, a menos de um mês, quando reuniu 750 mil pessoas na Avenida Paulista, em São Paulo, no dia 25 de fevereiro.

Na tentativa de dar uma resposta à oposição, grupos lulopetistas iniciaram uma grande operação nas redes sociais e entre movimentos de base para encher as ruas neste sábado. No entanto, apesar dos esforços, todos os pontos onde os atos ocorreram ficaram vazios.

As pautas envolviam a defesa do governo Lula; a lembrança dos 60 anos da investida militar no país, rotulada como golpe pelos adeptos; pedidos de que não haja anistia para os envolvidos no 8 de janeiro, além da defesa de defesa prisão para Jair Bolsonaro (PL).

Mesmo com o envolvimento de partidos e entidades da esquerda, todas as cidades ficaram esvaziadas. Havia manifestações programadas para 22 cidades no Brasil e no exterior, incluindo em capitais como Belo Horizonte, Fortaleza, Curitiba, Campo Grande e Recife. Logo pela manhã, os atos nesses locais já indicavam que a adesão seria baixa, devido a presença de apenas algumas dezenas de pessoas.

Em Salvador, que é um reduto tradicional do lulopetismo, a mobilização reuniu entre 800 a 1.100 pessoas. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, marcou presença na capital baiana, mas nem isso foi suficiente para encher o reduto.

O governador da Bahia, que é do PT, não compareceu. Além de Jerônimo Rodrigues, o senador petista Jaques Wagner, também ficou de fora.

Em São Paulo, no largo São Francisco, no centro, o evento também registrou esvaziamento, e reuniu cerca de 1 mil pessoas, conforme números dos próprios organizadores.

Na tentativa de minimizar os impactos negativos, Gleisi Hoffmann informou que “[o objetivo] é fazer atos pelo Brasil inteiro, independente de tamanho. Para reunir as pessoas e aqueles que lutaram contra a ditadura e deixar aceso na memória que não podemos voltar a esse tempo”.

Já o deputado estadual Simão Pedro (PT-SP) usou a ironiza para minimizar a ausência de público. “Acho que São Pedro está do lado de lá”, disse ele, fazendo menção às chuvas que caíram em diversos estados neste sábado.

Deu no Conexão Política

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Sergio Moro é cobrado por ausência em movimentação da direita nos EUA

Moro

 

O senador Sérgio Moro (União-PR) tem enfrentado cobranças de sua base eleitoral devido à sua suposta ausência em movimentos da oposição no exterior, que têm denunciado abusos do Supremo Tribunal Federal (STF). Enquanto outros políticos de direita marcaram presença em eventos internacionais, o nome de Moro não foi associado a tais iniciativas, gerando críticas e questionamentos por parte de seus eleitores. O ex-magistrado também não esteve presente no ‘Ato Pela Liberdade’, que reuniu 750 mil pessoas na Avenida Paulista (SP).

A falta de posicionamento tem sido interpretada como um ato de covardia e omissão diante das tensões que têm cercado seu mandato nos últimos meses. O momento é crucial para Moro, uma vez que o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) está prestes a iniciar o julgamento que discutirá a cassação de seu mandato, sob acusações de abuso de poder econômico e caixa dois. Se condenado, além de perder o mandato, Moro pode ficar inelegível até 2030, o que abriria caminho para uma nova eleição suplementar no Paraná.

Com a possibilidade de cassação, partidos como PTPL, União Brasil e PP já começaram a movimentar-se para escolher candidatos em caso de novo pleito. Além disso, a transferência do título eleitoral da esposa de Moro, a deputada federal Rosângela Moro (União-SP), para o Paraná, sugere que ela pode ser uma alternativa para herdar o capital político do marido, caso ele seja cassado.

Entre os possíveis candidatos, o jornalista Paulo Martins, derrotado por Moro nas últimas eleições, desponta como um dos favoritos do PL. Martins, que já manifestou interesse em concorrer novamente ao Senado, perdeu para Moro por uma margem considerável, mas pretende se lançar novamente caso a cassação do mandato do ex-juiz se concretize.

Deu no Conexão Política

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Direita conseguiu dar um ‘chega’ na extrema esquerda em Portugal, diz André Ventura

Direita conseguiu dar um 'chega' na extrema esquerda em Portugal, diz André Ventura 1

 

Com a menor taxa de abstenção em mais de uma década, os portugueses foram às urnas neste domingo (10) para escolher seu novo Parlamento.

O grande destaque foi a legenda de direita Chega, que se consolidou com o maior crescimento político do pleito, tornando-se peça-chave para a definição do próximo governo.

Com 226 das 230 cadeiras da Assembleia definidas até as 23h45 de Brasília, a AD tinha conquistado 79 (+4) assentos contra 77 dos socialistas (-43). O Chega, que tinha apenas 12 deputados na legislatura atual, saltou para 48 (+36). Dos restantes que já haviam sido apurados, as demais siglas de esquerda levaram 13, a direita 9, e uma ficou com uma sigla independente. 4 ainda estão por atribuir.

Conforme o sistema eleitoral luso, vota-se no partido, e não diretamente no candidato. Com a devida a definição dos assentos parlamentares, as bancadas atuam por meio de acordos e coligações que busquem fomentar arranjos para governar. A composição total do Parlamento importa para a formação do Executivo.

O líder do Chega, André Ventura, comemorou o resultado, dizendo que a resposta dos portugueses é um ‘chega’ definitivo na atuação da extrema esquerda, que estava à frente de Portugal por 8 anos.

“Absolutamente histórico. Haverá uma maioria forte à direita para governar. A partir desta noite, temos que começar a trabalhar para que haja um governo estável em Portugal”, afirmou.

Deu no Conexão Política

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Nova pesquisa mostra esquerda em baixa nas maiores capitais do país; veja os números

 

Uma pesquisa conduzida pelo instituto Futura Inteligência aponta que a esquerda enfrentará desafios na corrida eleitoral municipal deste ano, especialmente nas maiores capitais brasileiras.

O levantamento abrange 15 capitais estaduais, e os resultados revelam que a esquerda não foi citada como a preferência ideológica da maioria dos eleitores em nenhuma delas. Em oito capitais, a maioria dos entrevistados afirmou não ter preferência ideológica, enquanto em sete delas, a direita é identificada como a posição política mais popular.

Para obter esses dados, o instituto perguntou se “o posicionamento político do candidato é importante na decisão do seu voto?” e, “se sim, tem preferência por algum posicionamento político?”.

Nas capitais em que a maioria se identifica com a direita, destacam-se Goiânia (48,2%), Cuiabá (40,7%), Belo Horizonte (40,7%), Vitória (33,9%), Curitiba (42,4%), Florianópolis (43,5%) e Porto Alegre (40,0%).

Por outro lado, a maioria respondeu não ter preferências ideológicas em Rio de Janeiro (43,1%), São Paulo (39,4%), Fortaleza (39,8%), Recife (35,0%), Salvador (49,6%), São Luís (47,8%), Belém (43,4%) e Manaus (46,8%).

Chama atenção o fato de que, além de não ser a ideologia preferida da maioria em nenhuma capital, a esquerda aparece apenas como o segundo posicionamento mais comum em uma delas: Florianópolis (23,3%). Nas demais cidades, os direitistas e aqueles sem preferência se revezam entre o primeiro e o segundo lugar.

A pesquisa abrangeu um total de 14.450 entrevistas realizadas entre novembro e dezembro nas 15 capitais mencionadas, apresentando uma margem de erro que varia de 3 pontos percentuais em Recife a 3,95 pontos percentuais em Vitória.

Deu no Conexão Política

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Governadores articulam junto ao Senado para acabar com “saidinha”

 

Governadores de direita prometem pressionar o Senado a aprovar, na volta do recesso, em fevereiro, o projeto de lei que acaba com a saída temporária de presos, instrumento conhecido popularmente como “saidinha” e que tem gerado debate principalmente quando a liberação ocorre para visitas às famílias durante feriados e datas comemorativas.

O movimento já havia sido acordado em outubro durante a reunião do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) realizada em São Paulo, mas voltou a ser tratado como prioridade após um preso liberado para voltar para casa para as festas de fim de ano assassinar um sargento da Polícia Militar de Minas Gerais.

Participam da articulação política os governadores Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), Romeu Zema (Novo-MG) e Ronaldo Caiado (União-GO). Em tramitação desde 2013, o projeto inicialmente apenas limitava as saídas temporárias, mas foi alterado pelo relator na Câmara dos Deputados, Guilherme Derrite (PL-SP), atual secretário de Segurança Pública de São Paulo.

O texto foi aprovado em agosto de 2022 na Câmara e seguiu para o Senado. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) foi escolhido como relator na Comissão de Segurança Pública em maio de 2023 e apresentou parecer favorável um mês depois. O relatório, porém, não foi votado até o momento.

“Consideramos esse fator como um dos principais entraves para a segurança pública, já que não temos uma punição adequada ao criminoso por conta desse e de vários outros benefícios. O governador Tarcísio e eu devemos ir a Brasília no próximo mês para tratarmos desse assunto com o Senado”, disse Derrite.

Após a morte do PM mineiro, Zema foi às redes sociais cobrar a alteração da lei e dizer que “a mudança está parada” no Congresso. Ao Estadão, o governador disse que pediu aos parlamentares mineiros atenção especial ao projeto, defendeu que os critérios para uma eventual liberação temporária dos presos sejam mais rígidos e declarou querer debater a proposta do senador Sergio Moro (União-PR), que preserva a possibilidade de saída temporária para trabalho ou estudos, mas a extingue nos demais casos.

“A ressocialização é necessária, mas se for às custas de vidas, sou totalmente contrário. Não quero nenhuma ressocialização se for para pagar com vida de inocentes, que é o que tem acontecido”, disse o governador mineiro. “Da forma que está, ficou muito nítido com esse caso que é necessário um aperfeiçoamento. Aquilo que não está dando certo precisa ser revisto”.

Moro, por sua vez, diz que a ideia é votar o projeto na comissão ainda em fevereiro. “O objetivo do projeto de lei é exatamente o de prevenir situações na qual um preso perigoso é colocado na rua sem qualquer causa que justifique a medida”, disse o senador.

Discussão tem contornos eleitorais

Em Minas Gerais, o debate, que já é politizado, ganhou contornos eleitorais a partir das cobranças de Zema e de parlamentares bolsonaristas, que também passaram a pedir pressa ao Senado. Presidente da Casa, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) é cotado para se candidatar ao governo do Estado em 2026 e disputaria a eleição contra um aliado de Zema. Em outro cenário, o governador e o senador poderiam ser adversários na disputa por uma vaga no Senado.

Pacheco declarou, um dia após o episódio, que o Senado mudaria a Lei de Execução Penal, que prevê a saída temporária, e depois chamou de “demagogos”, “oportunistas” e “desavisados” aqueles que disseram que a Casa comandada por ele demorou a analisar o fim das saídas temporárias.

“Não houve inércia do Senado. O projeto chegou e eu, como presidente, despachei à Comissão de Segurança Pública. Então, não ficou parado o projeto, ao contrário do que alguns disseram”, disse Rodrigo Pacheco. O presidente do Senado e o governador mineiro também trocaram farpas em dezembro, ao discutirem uma saída para as contas públicas do Estado.

Zema diz que sua relação com Pacheco é “muito boa” e elogiou o esforço dele sobre o tema e também na renegociação da dívida de Minas. Ele negou, no entanto, que os dois estejam se alfinetando. “O que eu vejo é que muitas vezes alguém interpreta que ele ou eu poderíamos estar mandando algum tipo de recado. De forma alguma. Eu acho que nós estamos querendo é somar por Minas Gerais”, declarou o governador.

Deu no Estadão

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Peña, Milei, Trump, Lacalle Pou e Bolsonaro: posse na Argentina reunirá a nata da direita

Peña, Milei, Trump, Lacalle Pou e Bolsonaro: posse na Argentina reunirá a nata da direita 1

 

Desde o último domingo (19), quando Javier Milei foi oficialmente declarado vencedor das eleições presidenciais da Argentina, o tema tem dominado as discussões no segmento político do Twitter.

Na plataforma de Elon Musk, o assunto ultrapassou milhões de interações, consolidando-se como um dos mais comentados.

A ascensão de Milei ao mais alto cargo na Argentina marca uma guinada à direita no pleito deste ano, representando não apenas a derrota de Sergio Massa, mas um revés histórico contra a extrema-esquerda argentina. Por quase três décadas, líderes progressistas como Alberto Fernández e Cristina Kirchner dominaram o cenário político, sendo esta última ex-presidente, totalizando oito mandatos.

Com o declínio do ciclo progressista, a Argentina elegeu Milei, que é um líder de orientação direitista, para liderar o país nos próximos quatro anos, com a possibilidade de reeleição por mais quatro, caso vença o próximo pleito. Com o apoio de figuras como Maurício Macri e Patricia Bullrich, terceira colocada na corrida à Casa Rosada, Milei derrotou Massa com mais de 55% dos votos, consolidando uma diferença de quase 12 pontos percentuais.

Dias antes da vitória esmagadora, as ruas argentinas testemunharam o apoio massivo a Javier Milei, com milhares de manifestantes lotando avenidas, especialmente em Córdoba, onde o candidato obteve 74% dos votos, com uma diferença de mais de 1,6 milhão de votos.

Esta vitória sem precedentes reverberou globalmente, atraindo a atenção de líderes políticos de destaque. As imagens impressionantes do ato final em Córdoba, com uma multidão que ocupava ruas s mais ruas, contribuíram para a magnitude deste feito histórico.

Logo após o final do pleito, líderes políticos de renome mundial confirmaram presença na cerimônia de posse, agendada para o dia 10 de dezembro. Até o fechamento desta matéria, personalidades como Donald Trump, pré-candidato republicano em 2024, Jair Bolsonaro, ex-presidente do Brasil, Santiago Peña, presidente do Paraguai, e Lacalle Pou, presidente do Uruguai, marcaram suas vagas na festividade.

Deu no Conexão Política

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Na CPAC, Zema defende união da direita e é interrompido

 

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), foi interrompido enquanto pregava a união da direita em uma palestra na Conferência de Ação Política Conservadora, na sigla em inglês (CPAC), evento que reúne conservadores e políticos da direita, neste sábado (23).

– No ano que vem, eleição municipal, temos de eleger bons vereadores e bons prefeitos aqui em Minas e em todo Brasil e a direita precisa trabalhar unida, nós temos de estar juntos, não podemos… – disse o governador, sendo interrompido em seguida.

Zema estava encaminhando sua fala para o final quando uma mulher da plateia disse que foi demitida da Companhia de Saneamento de Minas Gerais (Copasa) por não ter tomado a vacina contra a Covid-19. O governador não respondeu ao protesto e encerrou sua fala agradecendo.

Na sequência, o mediador da conferência subiu ao palco e elogiou o político como um gestor “respeitado” e com “trabalho reconhecido pelo público”.

– Eu tenho dito que a direita tem de arrumar o bom candidato e todos vamos apoiar o bom candidato – afirmou o governador, em sua resposta derradeira.

As imagens foram transmitidas nas redes oficiais do evento. Na pandemia de Covid-19, Zema defendeu a vacinação e tomou quatro doses do imunizante, mostrando seu ato publicamente.

No início de agosto, o governador havia defendido uma união da direita contra a esquerda nas eleições de 2026. Além disso, anunciou uma frente de estados do Sul e do Sudeste para buscar protagonismo e evitar perdas contra Norte e Nordeste, provocando críticas de governadores e políticos dessas regiões.

Ele próprio é um dos pré-candidatos apontados para a disputa à Presidência,assim como os governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), e do Paraná, Ratinho Júnior (PSD).

– Tudo vai passar por um processo da direita tentar se unir e encontrar um nome que tenha apoio. Mas se for para lançar dois, três nomes, aí é para dar de mão beijada a reeleição ao adversário – disse Zema.

Deu no Estadão