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Mundo, Política

Esquerda e direita vão às ruas contra o governo na Argentina

Foto: Reprodução/Cela Fierro

No Dia da Independência da Argentina, comemorado nesse sábado (9), grupos de esquerda e de direita saíram às ruas para protestar contra o governo do presidente Alberto Fernández.

Neste sábado, completa-se uma semana que o então ministro da Economia, Martín Guzmán, renunciou ao cargo por um tweet e gerou uma escalada no valor do dólar vendido no mercado paralelo, além de muita tensão no mercado financeiro e na população geral.

Segundo organizadores dos atos, os protestos desse sábado já estavam programados, mas ganharam outra escala após o agravamento da crise que no governo.

Os grupos de esquerda saíram às ruas para protestar principalmente contra o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que prevê ajustes, como, por exemplo, a diminuição do déficit fiscal da Argentina e que os movimentos sociais avaliam que vai terminar impactando a população.

Por outro lado, os manifestantes de direita reclamam das restrições ao dólar e dizem que a capacidade econômica da classe média da Argentina está se deteriorando cada vez mais e que a situação está insustentável.

Com informações da CNN Brasil

Política

A direita está viva e forte na França; Éric Zemmour cresce nas pesquisas para presidente

O famoso jornalista Éric Zemmour é o candidato em ascensão na França Foto: Divulgação

 

A direita continua viva e forte na Europa e o melhor exemplo é o surgimento de Eric Zemmour, 63 anos, candidato a presidente da França nas eleições de 10 de abril. Um dos mais populares jornalistas franceses, conhecido pelas suas opiniões polêmicas e uma posição firme contra o politicamente correto, o Islã e a imigração, Zemmour é hoje a estrela do Partido Republicano de Nicolas Sarkozy e a prova viva da capacidade de renovação da direita francesa inspirada por Jacques Chirac. As pesquisas de outubro mostravam Zemmour à frente de Marine Le Pen do Partido União Nacional, indicando que pela 1ª vez ela pode ficar fora do 2º turno. Ele tinha 17% e ela 15%, contra 25% do atual presidente Emmanuel Macron. Mas isso foi só o começo. Embora as pesquisas indiquem que Macron venceria com 10 pontos de vantagem numa disputa com Zemmour no 2º turno, a situação do presidente pode se complicar, caso a direita se una e a esquerda acabe se dividindo.

Fora do poder desde o fim do governo François Hollande, a esquerda francesa perdeu o brilho e a capacidade de mobilização em torno das suas pautas mais sagradas, como a defesa intransigente dos direitos sociais. Esta bandeira foi capturada pelo movimento dos coletes amarelos, com grande infiltração de militantes de direita. Embora não se possa afirmar evidentemente que este é um movimento de direita.

A pandemia produziu um rápido empobrecimento em todos os países. O desconforto tende a ser o combustível da indignação daqueles que entendem que a França está ocupada por imigrantes e que o Islã aos poucos vai desbancando a Igreja Católica. A Paris de hoje perdeu muito do seu glamour, ocupada por moradores de rua, muitos deles refugiados. O filme “Sob as Escadas de Paris” (Sous les Etoiles de Paris), de Claus Drexel, mostra esta volta ao passado dos Miseráveis de Victor Hugo em pleno século 21.

A inflação tem se tornado um problema mundial, não apenas de países pobres ou em desenvolvimento como nos anos 1980. É de dar arrepios o relatório do U.S. Bureau Labor publicado em 10 de novembro. Foi registrada uma inflação de 6,2% nos últimos 12 meses, sendo que os preços dos serviços de energia subiram 49,5%, o da gasolina 49,6%, o do óleo combustível 59,1% e o do gás de cozinha 28,1%. A comida em geral subiu 5,3%. Esta alta do custo de vida nos Estados Unidos também está sendo sentida na União Europeia e, claro, na América Latina. É uma dura realidade indicando que a vida no 1º mundo já não é mais aquela maravilha toda. O 1º mundo achou que havia se livrado da pobreza quando a confinou na África, Ásia e América Latina. A globalização acabou levando a pobreza de volta e a pandemia deu uma chance para que ela volte a se estabelecer com o mesmo vigor do fim do século 19 e o período entre guerras.

É neste cenário que o discurso de Zemmour ganhou tração e aderência junto ao eleitorado cada vez mais centrado no seu próprio umbigo. Reparem que, juntos, Le Pen e Zemmour, principais nomes da direita, detém 32% das preferências dos franceses. Com os 25% do centro-direitista Macron, são quase 2/3 dos franceses que não veem na esquerda solução para os seus problemas cotidianos, como ter um emprego, pagar contas, comer ou andar na rua sem correr o risco de ser assaltado. O discurso duro de Zemmour contra o politicamente correto, sua crítica à política de imigração do governo Macron e sua posição de gaullista e bonapartista, defensor de um estado forte, conservador e centralizador, está soando como música aos franceses do interior e aos conservadores de Paris, inclusive os católicos, embora ele seja judeu. A última pesquisa de opinião feita de 5 a 8 de novembro pelo Harris Interactive com margem de erro de 3,1%, mostra Macron com 24%, Zemmour com 19%, Marine Le Pen estacionada em 15%. O verde Yannik Jadot tem 8% e a ex-prefeita de Paris e socialista Ane Hidalgo 4%. Zemmour se descolou de Le Pen fora da margem de erro e pode estar empatado com Macron.

Faltando menos de 5 meses para a eleição, este candidato que nunca foi político, nunca disputou cargo eletivo e que, como jornalista, sempre exerceu o papel de franco atirador. Agora é um outsider com chances reais de chegar ao poder. Embora ele e toda a França saiba que para derrotar Macron no 2º turno vai precisar da ajuda dos políticos profissionais. Vamos ver se ele terá fôlego para chegar competitivo em abril e se cairá nas graças dos profissionais. Em todo o mundo a onda conservadora não parou, mesmo com a derrota de Donald Trump e a brutal campanha contra Jair Bolsonaro dentro e fora do país. Aqui no Brasil, por exemplo, ainda não há qualquer segurança de que a esquerda poderá voltar ao poder nas eleições de 2022, mesmo com Lula na frente. As pesquisas qualitativas têm indicado que o eleitor continua mais conservador do que progressista. Na Espanha a direita tem voltado a crescer com Vox e o PP, hoje maiores opositores do governo socialista de Pedro Sanchez. Na Itália a esquerda continua sem empolgar. A ascensão de Zemmour mostra uma tendência mundial. Provavelmente efeito da globalização, de rejeição aos políticos tradicionais e de abertura para o surgimento de novas lideranças com um discurso focado nos problemas cotidianos e reais do homem comum. É esse o principal pilar que mantém a direita viva e competitiva.

 

Deu no Poder 360

Notícias

“Nem extrema direita, nem extrema esquerda. Será Centro” diz ex-senador José Agripino sobre o novo partido, fusão do DEM com o PSL

Foto: Reprodução/Twitter

O ex-senador José Agripino Maia (DEM) falou sobre a fusão que está prestes a acontecer entre o seu partido (Democratas) e o Partido Social Liberal (PSL). Em entrevista ao Agora RN, o potiguar, que irá liderar esse novo partido no RN, disse que a nova agremiação não será nem de extrema direita, nem de extrema esquerda, mas representará o “centro do Brasil”.

“Eu reputo fundamental ser feito através pesquisa de opinião pública, um nome que traduza a tendência do partido, que é uma tendência centrista, liberal democrática. Nem extrema direita, nem extrema esquerda”, declarou o político.

Embora a imprensa nacional venha colocando o novo partido com tendências à direita, Agripino foi categórico ao afirmar: “O novo partido sendo fundado, será um partido que pretende representar o centro no Brasil. O centro democrático que inclusive entendemos que retrata o pensamento da maioria do povo brasileiro. Uma maioria até silenciosa, mas que não quer votar nem na extrema esquerda de Lula, nem na extrema direita de Bolsonaro”.

Deu no Agora RN

 

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