Notícias

Dino intima Lula, Lira e Pacheco sobre continuidade do orçamento secreto e “emendas pix”

Foto: Gustavo Moreno / STF

 

O ministro Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), deu 15 dias para que os presidentes da República (Lula), do Senado (Rodrigo Pacheco) e da Câmara dos Deputados (Arthur Lira) se manifestem sobre o descumprimento da decisão da Corte que considerou inconstitucional o chamado “orçamento secreto”. O julgamento aconteceu no final de 2022. No despacho, Dino pede esclarecimentos sobre as emendas de transferência especial, denominadas “emendas Pix”, nas quais o valor é enviado por parlamentares a prefeituras e estados sem um fim específico.

O ministro também pede informações sobre a falta de publicidade da autoria de indicação de recursos remanescentes do antigo Orçamento Secreto. Na decisão em que o STF declarou o mecanismo ilegal, em 2022, a Corte exigiu a transparência sobre a destinação das chamadas emendas de relator.

Segundo a decisão, Luiz Inácio Lula da Silva, Rodrigo Pacheco e Arthur Lira terão 15 dias para prestar explicações sobre o caso, se quiserem.

O orçamento secreto, que tinha como base as emendas de relator ou RP-9, era o instrumento por meio do qual parlamentares destinavam recursos das União sem serem identificados. Os políticos agraciados com a verba eram escolhidos pelo governo, sem critérios claros de seleção, em troca de apoio no Congresso.

Fonte: Portal 98Fm

Notícias

Bolsonaro recorre ao STF após Dino negar anulação de multa

Bolsonaro recorre ao STF após Dino não anular multa do TSE | BRADO JORNAL

 

Os advogados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apresentaram um recurso no Supremo Tribunal Federal (STF) contra a decisão do ministro Flávio Dino que, no último dia 21 de março, negou a anulação de uma multa de R$ 70 mil imposta pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por suposto impulsionamento irregular de uma propaganda eleitoral em 2022.

A condenação na Corte Eleitoral ocorreu por causa de um vídeo publicado no canal do Partido Liberal (PL) no YouTube em que a sigla associava a imagem de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) a termos como “ladrão” e “sistema inimigo do povo”. Após todos os recursos serem esgotados no TSE, os advogados de Bolsonaro acionaram a Suprema Corte.

No STF, o caso ficou sob relatoria do ministro Flávio Dino, que negou o pedido sob o argumento de que a jurisprudência do Supremo impede a reavaliação das provas julgadas pelo TSE. Ele também afirmou que os réus – a coligação pelo Bem do Brasil e Bolsonaro – infringiram a resolução eleitoral.

Para a defesa, porém, a decisão do ministro “deixou de se manifestar sobre ponto de invulgar relevância para a solução do caso, consubstanciado na necessária proteção à liberdade de expressão, imbricada no exame da desproporcionalidade e ausência de individualização da pena, tal como expressamente sustentado no recurso extraordinário”.

– A propaganda eleitoral é poderoso instrumento de informação e concretização da soberania popular. Neste sentido, é que se discute a posição encetada pelo TSE, a materializar providência evidentemente desproporcional de se retirar de circulação um debate relevante quando, em quatro minutos de propaganda, em apenas quatro segundos se tem a veiculação da imagem do candidato opositor – ilustrou o pedido.

Deu no Estadão

Notícias

Dino nega recurso de Bolsonaro contra multa aplicada pelo TSE

 

O ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Flávio Dino negou, nesta quinta-feira (21) recurso do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) para anular a decisão que o condenou a pagar R$ 70.000 por suposto impulsionamento ilegal durante a campanha eleitoral de 2022.

Os advogados da campanha de Bolsonaro recorreram ao Supremo para tentar anular decisão do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) que alegou a ilegalidade cometida contra a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Ao analisar a peça, Dino rejeitou o recurso por razões processuais. Para o ministro, a jurisprudência do Supremo impede a reavaliação das provas julgadas pelo TSE. Eis a íntegra da decisão.

“Houve reconhecimento de que estes não só efetivaram impulsionamento de conteúdo negativo na internet como também não identificaram de forma inequívoca, clara e legível o número de inscrição no CNPJ [Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica] ou o número de inscrição no CPF [Cadastro Nacional de Pessoa Física] da pessoa responsável, além de que não colocaram a expressão ‘Propaganda Eleitoral’, desrespeitando as regras”, disse.

Ex-ministro da Justiça e Segurança do governo Lula, Dino foi empossado no Supremo no mês passado. Ele também é relator de mais 350 processos, dentre os quais, ações contra a atuação de Bolsonaro durante a pandemia da covid-19 e sobre a legalidade dos indultos natalinos assinados durante a gestão do ex-presidente.

Deu no Poder 360 com informações de Agência Brasil

Notícias

1º voto de Dino no STF é pela repercussão geral de vínculo empregatício entre Uber e motoristas

 

Em sua estreia como membro do Supremo Tribunal Federal (STF), o recém-empossado Flávio Dino optou por apoiar a repercussão geral de um caso que aborda a relação laboral entre um motorista de aplicativo que é cadastrado na empresa Uber.

A Corte busca fornecer uma decisão definitiva sobre as normas de vínculo empregatício nesse contexto de trabalho. Com seu voto, Dino se alinhou ao entendimento do relator do caso, ministro Edson Fachin, que também defende a abrangência do julgamento sobre a relação entre motorista e plataforma.

Uma decisão com repercussão geral, que estabelece uma tese a ser seguida em casos semelhantes, tem mais peso do que a análise de uma situação específica. Isso implica que a decisão tomada pelo STF deverá orientar os tribunais inferiores em casos similares.

Até o momento, a avaliação sobre a repercussão geral está sendo conduzida no plenário virtual do Supremo. Somente após isso, em uma data posterior, ocorrerá o julgamento efetivo do caso e da tese, caso a repercussão geral seja reconhecida.

O prazo para a análise da repercussão geral vai até sexta (1º). O reconhecimento do vínculo empregatício daria ao trabalhador uma série de direitos, incluindo FGTS, férias remuneradas, contribuição previdenciária, bem como compensações por rescisão contratual, entre outros benefícios previstos na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).

Notícias

Um político no STF: Dino afirma que pode disputar eleições após aposentadoria da Corte

 

No fim de seu discurso de despedida do Senado, realizado nesta terça-feira, 20, Flávio Dino disse que, após sua passagem pelo Supremo Tribunal Federal (STF), poderá retornar para a política. Atualmente com 55 anos, Flávio Dino será ministro do STF por cerca de 20 anos. Ele tomará posse na quinta-feira, 22, e ficará na Corte até completar 75 anos, quando será aposentado compulsoriamente.

“Não sei se Deus me dará oportunidade de estar novamente na tribuna do Parlamento, no Senado ou na Câmara. Tenho me animado muito acompanhando a eleição dos Estados Unidos, porque os dois contendores têm cerca de 80 anos (em referência às idades do democrata Joe Biden e do republicano Donald Trump). Então, quem sabe, após a aposentadoria, em algum momento, se Deus me der vida e saúde, eu possa aqui estar”, disse.

Indicado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, de quem era ministro da Justiça e da Segurança Pública, Flávio Dino foi aprovado para a o STF pelo plenário do Senado com 47 votos favoráveis e 31 contrários.

Após a aposentadoria, ele poderá novamente se candidatar a cargos eletivos. “Invejo as senhoras e os senhores que permanecerão na política. É uma vida cheia de intempéries, cheia de aventuras, cheia de peripécias, cheia de incompreensões às vezes. Mas, é uma vida marcada por sonhos, pela esperança, pelo desejo de perfurar aquela tábua dura, que é o material inerente à realidade”, afirmou.

Um eventual retorno de Dino para disputar eleições não seria um movimento inédito na história do STF. O jurista paraibano Epitácio Pessoa foi ministro do STF entre 1902 e 1912 e posteriormente se elegeu presidente da República, com mandato entre 1919 e 1922.

Flávio Dino já foi eleito deputado federal, governador do Maranhão por dois mandatos e senador.

Com informações do Estadão Conteúdo

Notícias

“Diretor de presídio de Mossoró mudou após visita de Dino ao Complexo da Maré”, afirma Girão

 

O deputado federal General Girão, do PL-RN, comentou nesta sexta-feira (16) a fuga ocorrida na penitenciária federal de Mossoró. Girão deixou no ar a responsabilização do ex-ministro da Justiça, Flávio Dino, na situação, visto que a direção do presídio foi colocada lá por ele, e logo após a polêmica visita no Complexo da Maré.

Para quem não lembra, no início de 2023, o então ministro da Justiça visitou, sem escolta ou segurança, a área do Rio de Janeiro comandada pelo grupo criminoso Comando Vermelho. A facção é a mesma da qual pertencem os dois presos que fugiram da penitenciária federal nesta semana, sendo liderado pelo traficante Fernandinho Beira-Mar, que também cumpre pena no presídio em Mossoró.

Após a fuga, a atual administração do Ministério da Justiça, agora sob domínio de Ricardo Lewandowski, afastou a direção da penitenciária. O secretário de Ação Penal do Ministério, André Garcia, afirmou que “muito provavelmente” os protocolos de segurança não foram seguidos e isso ocasionou a fuga.

“Duas semanas depois da visita de Dino ao Complexo da Maré, a direção do presídio federal foi mudada”, afirmou Girão.

Em sabatina no Senado, já em dezembro de 2023, indicado de Lula para o STF disse ter ingressado no complexo protegido pela PF, PRF e Polícia Militar. O ministro da Justiça, Flávio Dino, negou ter entrado no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro, sem a proteção de seguranças. Nas imagens divulgadas na época, no entanto, esses policiais não aparecem.

Além disso, durante a gestão Flávio Dino, houve a polêmica visita da mulher conhecida como a “dama do tráfico” e nome de confiança do Comando Vermelho na região Norte do país, Luciane Barbosa Farias. Ela não se reuniu com Dino, mas sim com assessores do Ministério da Justiça. Teria cobrado, na visita, tratamento mais “humanizado” aos presos do País.

Com informações do Portal da 96

Notícias

Dino deixa ministério nesta semana e herdará 344 processos quando tomar posse no STF

Sob pressão para dividir ministério, Dino diz que segurança pública é tema  principal de sua agenda | Política | Valor Econômico

 

O STF (Supremo Tribunal Federal) retoma os trabalhos nesta quinta-feira (1º), dia em que ocorrerá a abertura do ano judiciário. No mesmo dia, Ricardo Lewandowski toma posse como ministro da Justiça e Segurança Pública no lugar de Flávio Dino, que, três semanas depois, no dia 22, vai assumir o cargo de ministro do STF. A vaga ficou ociosa após a aposentadoria de Rosa Weber, em setembro do ano passado.

Dino herdará 344 ações para relatar, segundo levantamento do próprio tribunal. Entre as ações que ficarão sob relatoria de Dino, está a da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Pandemia.

A ação pede que o ex-presidente Jair Bolsonaro e outros agentes públicos sejam investigados por supostamente incitarem a população a adotar comportamentos ilegais durante a pandemia da Covid-19.

O futuro ministro do STF também ficará responsável pelo recurso no qual o STF vai analisar se é constitucional o indulto natalino concedido pelo presidente da República a pessoas condenadas por crimes com pena privativa de liberdade máxima não superior a cinco anos.

Dino também poderá analisar uma ação em que o PL pede que a punição para abortos provocados por terceiros seja equiparada à do crime de homicídio qualificado.

Entretanto, o ministro não votará na ação que discute a descriminalização do aborto, porque Rosa Weber votou antes de se aposentar.

Deu no R7

Notícias

PEC de Dino impediria Lewandowski de virar ministro na gestão Lula 3

 

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, foi autor de uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que impediria Ricardo Lewandowski, sucessor dele na pasta, de assumir o ministério, caso tivesse sido aprovada. Enquanto deputado federal, Dino propôs que ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), após a aposentadoria, cumprissem um período de três anos de “quarentena” em que não poderiam exercer “cargos em comissão ou de mandatos eletivos em quaisquer dos Poderes e entes da federação”.

É exatamente o que ocorre com Lewandowski, que se aposentou da Corte em abril de 2023. Na quinta-feira, 11, nove meses após sair do Supremo, ele foi nomeado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para um cargo no Executivo, como Ministério da Justiça e Segurança Pública. Se a PEC de Dino tivesse ido adiante no Congresso, Lewandowski ainda estaria na “quarentena” e o movimento não seria possível.

Corte

Além da quarentena de três anos, a PEC 342/2009 propunha um mandato de 11 anos para os ministros do STF. Pela legislação atual, não há um período fixo para que os ministros permaneçam na Corte, apenas uma idade limite para a aposentadoria compulsória. Essa idade, hoje, é de 75 anos, e foi fixada por uma lei de 2015. Até então, o limite era de 70 anos.

A proposta de Dino foi apensada à PEC 484/2005. No processo legislativo, a apensação é um instrumento que permite a tramitação conjunta de proposições que tratam de assuntos iguais ou semelhantes. A PEC que incorporou a proposta de Dino, no entanto, segue em fase iniciação de tramitação, sem nem sequer ter sido apreciada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

Congresso Nacional debate regras

O Congresso debate novos modelos e regras para a indicação ao Supremo. A ideia de tempo de mandato para ministro do STF não é exclusiva da PEC apresentada por Dino e está presente em outras proposições. Em dezembro, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), afirmou que pretende pautar uma PEC que cria um mandato fixo para os ministros da Corte ainda no início de 2024.

No mesmo mês, em entrevista à GloboNews, o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), afirmou que não é uma regra que ele defenda. Segundo o deputado, a fixação de um mandato poderia comprometer a isenção do Supremo. “Imagine uma pessoa que vá ao STF com 44, 45 anos, e sabe que vai sair com 55. O que é que vai se esperar de isenção de julgamento de alguém que sabe que em dez anos vai sair com 55 anos, em plena atividade?”, afirmou Lira.

Dino já criticou indicações em dissertação

A PEC de Flávio Dino reflete uma preocupação de longa data do atual ministro da Justiça. Em 2001, oito anos antes de apresentar a proposta, ele já havia criticado, em sua dissertação de mestrado, as regras para a indicação de juízes em tribunais superiores.

Segundo a dissertação “Autogoverno e controle do Judiciário no Brasil”, apresentada por Dino ao programa de pós-graduação da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), esse modelo de indicação, no qual um político se envolve diretamente com um cargo para o Judiciário, envolve “muitas mediações” que não podem ser esquecidas, tais como “compensação a parlamentares não reeleitos, necessidade de selar alianças partidárias e simpatias pessoais”. Esses fatores, diz o autor, colocariam “em segundo plano o valor da independência judicial”.

A Constituição Federal estabelece que o presidente da República é o responsável por indicar os juízes dos Tribunais Superiores, tais como o STF e o Superior Tribunal de Justiça (STJ). Além disso, o presidente indica também os juízes dos Tribunais Regionais. O método é análogo ao que vigora nas Cortes estaduais. Os Tribunais de Justiça (TJ) de cada Estado também tem magistrados escolhidos pelo Executivo – no caso, os governadores de cada localidade.

“Há quem veja maior compatibilidade com o regime democrático no sistema de livre nomeação dos juízes dos Tribunais pelos chefes do Poder Executivo, em virtude de estes serem eleitos diretamente, de modo que as escolhas feitas refletiriam, em última análise, a vontade popular. Esta é, contudo, uma visão puramente formal, pois despreza as inúmeras distorções que o nosso sistema político-eleitoral possui”, analisou Flávio Dino na dissertação.

Dino, em 2001, reconheceu e criticou o modelo de indicações por meio do qual o interesse político pode se sobrepor à independência do Judiciário. Anos depois, em 2023, foi beneficiado pelo sistema em questão ao ser indicado para o STF por Lula.

No anúncio de Lewandowski para o Ministério, Lula comentou as expectativas que reservava a Flávio Dino no STF. O presidente afirmou que ter um ministro “com cabeça política” no STF era um “sonho”. No mês passado, Lula já havia declarado que estava muito feliz em ter “colocado, na Suprema Corte, um ministro comunista”.

Relembre quem saiu do STF para assumir ministério

Ricardo Lewandowski não é o primeiro a deixar o STF e assumir um ministério. Ao todo, 28 magistrados se aposentaram do STF desde a redemocratização, em 1985. Desses, cinco voltaram à vida pública como ministros de Estado, incluindo Lewandowski. Os outros casos são os de Oscar Corrêa, Célio Borja, Nelson Jobim e Francisco Rezek.

Oscar Corrêa e Célio Borja traçaram um caminho similar ao de Ricardo Lewandowski, deixando o Supremo e, depois, assumindo o Ministério da Justiça. Nelson Jobim saiu do STF em 2006 e, no ano seguinte, foi indicado por Lula para o Ministério da Defesa. Francisco Rezek viveu uma dinâmica peculiar: ele é o único magistrado da história a assumir duas vezes uma cadeira no STF. Em 1990, pediu exoneração da Corte para assumir o Ministério das Relações Exteriores e, em 1992, retornou ao STF.

Fonte: Estadão Conteúdo

Notícias

Dino deixará Ministério com recorde em negativas de pedidos de acesso a informações públicas

 

Flávio Dino deixará o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) com um recorde em negativas de pedidos de acesso a informações públicas sob a alegação de sigilo de informações.

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, que diz ter obtido acesso ao Painel da Controladoria Geral da União (CGU), Dino negou mais pedidos feitos via Lei de Acesso à Informação (LAI) desde que a legislação passou a vigorar em 2012, superando outros ex-ministros que já chefiaram a pasta.

Conforme o veículo, o ministério de Dino justifica que a alta em pedidos negados se deve a requerimentos sobre investigações dos ataques de 8 de janeiro.

A LAI, Lei de Acesso à Informação, estabelece que todos os cidadãos brasileiros têm a garantia do acesso a dados públicos das esferas federal, estadual e municipal. O texto da lei, sancionada em 2011, considera informação sigilosa aquela que é imprescindível “para a segurança da sociedade e do Estado”.

Ainda segundo o Estadão, ao todo, em 2023, o Ministério da Justiça negou 16,6% dos pedidos feitos via LAI.

“Dos 16,6% dos pedidos feitos via LAI negados pelo ministério de Dino, 45,3% foram considerados pela pasta como informações sigilosas de acordo com ‘legislação específica’ ou assegurados pela lei de 2011. Outras 9,72% das demandas tiveram concessão negada por se tratarem de dados pessoais e 5,67% não foram contempladas por serem desproporcionais ou desarrazoados”, emenda o jornal.

Notícias

Justiça suspende ação de Flávio Dino contra Monark por supostos crimes de injúria e difamação

Brasília, (DF) – 21/12/2023 – Ministro da Justiça e Segurança Pública,  Flávio Dino, participa do programa do Brasil em Dia. Foto Valter Campanato/Agência Brasil.

 

O desembargador do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, Fausto de Sanctis, tomou a decisão de trancar a ação penal movida pelo ministro da Justiça, Flávio Dino, contra o influenciador digital Bruno Monteiro Aiub, conhecido como Monark, alegando supostos crimes de injúria e difamação. A medida foi motivada por um pedido de Habeas Corpus (HC) apresentado pelo advogado de Monark, Jorge Urbani Salomão, em resposta às determinações da juíza Isabel do Prado da 5ª Vara Federal da Subseção Judiciária de São Paulo.

Sanctis derrubou as medidas cautelares impostas ao influenciador, que incluíam a obrigação de comparecimento mensal à secretaria do Tribunal, mesmo por videoconferência, a presença em audiências determinadas pelo Tribunal e a obrigação de fornecer seus dados de contato e endereço nos Estados Unidos, onde reside atualmente. Além disso, Monark estava proibido de proferir novas ofensas pessoais contra Flávio Dino.

A juíza Isabel do Prado havia estabelecido essas imposições após Monark ter chamado Dino de ‘gordola’, ‘autoritário’, ‘tirânico’, ‘malicioso’, ‘perverso’, ‘fraude’ e ‘maldito’ durante críticas à declaração do ministro sobre a ‘autorregulação’ e a

‘liberdade de expressão como valor absoluto’ no Brasil, durante uma reunião com representantes das Big Techs.

A decisão de Sanctis suspende também uma audiência de instrução e julgamento marcada para 16 de fevereiro de 2024. Na ação, a defesa de Monark argumentou sobre a desproporção das reprimendas consideradas na queixa-crime, sustentando que a análise das circunstâncias é tão importante quanto o próprio direito positivo, indicando uma preocupação com o punitivismo e a defesa da ponderação no sistema penal.

“A desproporção das reprimendas consideradas na Queixa-Crime em face dos fatos praticados, quando confrontada a delitos equiparados a hediondos, por exemplo, resta evidente. Essas desproporções estão levando pessoas a cumprirem punições elevadas ou a prisões preventivas por crimes de opinião cujas penas normalmente preveem seu cumprimento em regime aberto ou no máximo semiaberto, dado o punitivismo, tão censurado nos casos de crimes graves, como corrupção e lavagem de dinheiro. Muitos tentam se refugiar para fora do país por esse motivo. Usam de tal expediente, de uma armadura em razão da luta desigual, do uso desproporcional do direito, de um irracional estado de coisas. Peças não mencionadas são essenciais na armadura (cintas para prender vestes de baixo, a couraça, ou seja, a camisa de couro para proteção do tronco, cravos nas solas das sandálias para não escorregar quando em batalha), como deve ser o equilíbrio e as ponderações do sistema punitivo. Esta análise mostra-se tão importante quanto o próprio direito positivo”, diz um trecho do pedido de Habeas Corpus impetrado pelo advogado Jorge Urbani Salomão.

Deu no Conexão Política