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Secretária antidengue de Nísia Trindade curte férias no exterior após reconhecer epidemia

 

Enquanto o Brasil ainda patina no combate à dengue, batendo recordes de casos registrados e óbitos em decorrência da doença, a secretária de Vigilância em Saúde, Ethel Maciel, começou o ano curtindo férias no exterior. O afastamento da responsável pela área de combate à doença do Ministério da Saúde foi autorizado pela chefe da pasta, ministra Nísia Trindade, que tem sido criticada pelo ineficiente enfrentamento ao problema.

A agenda oficial da secretária mostra que entre os dias 2 e 24 de janeiro Ethel não estava no posto. Foi substituída por Angelica Espinosa Barbosa Miranda, diretora de Programa da secretaria. Nas redes sociais, a secretária ostenta fotos da viagem em Varanasi, na Índia, onde participou de cerimônias do hinduísmo e do budismo.

Que possamos saber viver todas as pequenas alegrias! Um excelente ano para vocês”, diz a secretária em uma publicação do Instagram.

O afastamento ocorreu após a secretária reconhecer a possibilidade de uma epidemia de dengue se estabelecer no país, como ocorreu. A Nota Informativa nº 30/2023, assinada pela própria Ethel, chama atenção para “o aumento de casos de dengue e da dispersão do vírus chikungunya”.

“Quase todos os departamentos da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente atuam nas atividades relacionadas ao enfrentamento à dengue. São 407 profissionais atuando intensamente no planejamento, organização, coordenação e controle das medidas contra a dengue nos departamentos de Emergências, de Imunizações e de Doenças Transmissíveis”, disse a pasta.

Com informações do Estadão

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Brasil bate recorde com 1.116 mortes por dengue em 2024

 

O Brasil bateu o recorde histórico de mortes por dengue em 2024. Segundo dados do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde atualizados nesta segunda-feira (08), o país registrou 1.116 mortes nas primeiras treze semanas deste ano, uma taxa inédita.

Este é o maior número desde o início da série histórica, em 2000. O recorde anterior de óbitos ocorreu em 2023, com 1.094. Já o terceiro ano com maior número foi 2022 com 1.053.

No mesmo período do ano passado, em 3 meses, o Brasil tinha 388 mortes. Além disso, até o momento, 2.963.994 casos foram registrados nas primeiras treze semanas deste ano, uma taxa inédita. Em 2023, foram 589.294 casos entre as semanas 01 e 13.

Fonte: g1

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Dengue: epidemia entra na fase mais crítica nesta semana; entenda

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As doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti têm um ciclo natural de aumento e redução que segue variáveis sazonais e, pela média do que ocorreu na última década, o Brasil está hoje bem no meio do período anual mais crítico para essas enfermidades, revela uma análise independente.

O período entre a 15ª e a 17ª sétima semana do ano é o que costuma concentrar o maior número de ocorrências de dengue, zica e chikungunya, e nós entramos hoje na 16ª semana. A notificação de casos ainda deve levar algum tempo para retratar o que está acontecendo neste momento, mas quem se assustou com o tamanho dos recordes batidos ainda pode esperar ver uma piora nos próximos dias.

O alerta foi dado na última semana pelo pesquisador Wanderson Oliveira, ex-chefe da Secretaria Nacional de Vigilância em Saúde (SVS) e epidemiologista do Hospital das Forças Armadas. Uma análise que o especialista publicou na semana passada inspira preocupação ainda com a dinâmica da doença no Brasil.

— Leva-se um tempo entre a detecção do caso, com o preenchimento da ficha do paciente e a digitação dessa informação no banco de dados. Então o que a gente está visualizando hoje é um retrato de algumas semanas atrás — afirma Oliveira.

Deu no O Globo

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Governo Lula corta 61% da verba para campanha contra a dengue

 

Com o Brasil patinando no combate à dengue e os casos da doença em ascensão, o governo Lula decidiu reduzir a verba para publicidade de campanha contra a dengue.

A tesourada do Ministério da Saúde, chefiado por Nísia Trindade, cortou quase R$20 milhões do recurso, que minguou de R$31,6 milhões em 2022, ainda sob gestão de Jair Bolsonaro, para R$12,2 milhões em 2023, primeiro ano do governo Lula. O montante é em valores corrigidos.

Este é o menor valor destinado para esta finalidade registrado na série histórica. Foram R$54,6 milhões em 2019; 27,4 milhões em 2020; R$23,2 milhões em 2021; R$31,6 milhões em 2022; até a redução para R$12,2 milhões em 2023.

Os valores foram revelados após cruzamento, pelo site Poder360, de dados do Sistema de Comunicação do Governo do Poder Executivo Federal.

A redução da verba para conscientização da população pode ajudar a explicar a disparada nos casos da doença, que já superam 2,6 milhões. O número de mortos também disparou. Dados do próprio Ministério da Saúde indicam que são 1.020 mortos já confirmados e outros 1.531 estão sob investigação.

Deu no Diário do Poder

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Março de 2024 bate recorde como o mês que registrou mais mortes por dengue desde 2000, com 665 óbitos

 

Entre 1º de março e 1º de abril, o Brasil registrou 665 mortes causadas por dengue, numa média de 20 óbitos por dia. Segundo dados do Ministério da Saúde, esse é o maior número registrado durante esse mês desde 2000, quando a pasta começou a contabilizar os casos.

Além disso, em 19 dos 24 anos apurados, o país teve menos mortes do que o que foi registrado apenas este mês. Desde o começo do ano, 991 mortes foram confirmadas e outras 1.483 estão sob investigação.

O recorde de óbitos é de 2023, com 1.072, seguido por 2022, com 1.053. O mês com mais mortes no último ano foi abril, quando aconteceu o pico da doença e foram registradas 285 mortes.

No infográfico a seguir, é possível ver a curva de óbitos começando a subir no começo do ano, chegando no ápice em abril e caindo em seguida, como é esperado.

Deu no R7

Saúde

Anvisa adia decisão sobre venda de autotestes de dengue em meio à epidemia

Foto: André Borges

 

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) adiou a discussão que poderia autorizar a venda de autotestes para diagnóstico da dengue no Brasil, que seria tratada na reunião da diretoria colegiada nesta terça (19). Uma nova data não foi informada e ocorre em meio à epidemia da doença que já passa de 2,5 milhões de casos prováveis segundo o Ministério da Saúde.

A justificativa é de que a venda dos autotestes precisa ser melhor discutida por conta da notificação compulsória da doença, que pode ser afetada com a permissão para as pessoas se testarem em casa.

O diretor Daniel Pereira justificou a retirada mencionando a necessidade de continuar os “alinhamentos” relacionados ao tema com o Ministério da Saúde. Ele destacou a importância de uma política pública para esse tipo de produto, especialmente por se tratar de um diagnóstico de uma doença de notificação compulsória, como é o caso da dengue.

Antonio Barra Torres, diretor-presidente da Anvisa, já havia adiantado que as negociações para a comercialização de autotestes para dengue estavam em andamento entre o ministério e a agência. Ele ressaltou a necessidade de uma política pública do Ministério da Saúde para garantir que os casos sejam adequadamente notificados em todo o país.

“A dengue é uma doença de notificação compulsória. É necessário que haja uma política pública gerada pelo Ministério da Saúde nesse sentido e que contemple, mesmo no caso do autoteste – aquele que o próprio cidadão poderá realizar – um mecanismo para que os sistemas de monitoramento sejam notificados, de modo que se possa justamente computar os casos em todo o Brasil”, afirmou.

Marília Santini, coordenadora-geral de Laboratórios de Saúde Pública do Ministério da Saúde, confirmou que houve reuniões com a Anvisa sobre o assunto. Ela explicou que o teste rápido e o autoteste são basicamente o mesmo dispositivo, diferindo apenas no modo como são conduzidos, sendo o primeiro realizado por um profissional de saúde e o segundo pelo próprio paciente.

Santini também ressaltou que, ao contrário dos autotestes para Covid-19, que ajudam a interromper a transmissão do vírus através do isolamento, os autotestes para dengue não desempenham esse papel, uma vez que a doença é transmitida apenas pela picada do mosquito Aedes aegypti.

Ainda assim, as tratativas entre Anvisa e Ministério da Saúde continuam para definir os próximos passos em relação à comercialização desses produtos no país.

Segundo o Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, já foram registrados 923 óbitos pela doença e há outros 1,4 mil em investigação. O Distrito Federal lidera a infecção da dengue no país, com um coeficiente de incidência que chega a 6.751 para cada grupo de 100 mil habitantes.

Deu na Gazeta do Povo

Mundo, Saúde

Opas: “Esta epidemia de dengue será a pior da história do mundo”

 

Em coletiva de imprensa realizada nesta quinta-feira (28), a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) alertou sobre a epidemia de dengue que está acontecendo atualmente no mundo. A instituição teme que este ano será o pior da história em casos da doença.

Já temos 3,5 milhões de casos registrados. Isso representa três vezes mais do que o contabilizado no mesmo período de 2023, que foi o ano recorde de infecções no mundo. No ano passado, foram 5 milhões de casos, e dificilmente não superaremos este número”, indica o diretor da Opas, Jarbas Barbosa.

Barbosa também destacou que o Aedes aegypti está conseguindo chegar a mais zonas das Américas do que ele normalmente circulava, como o sul dos Estados Unidos e do Chile. “Os mosquitos precisam de ambientes quentes e úmidos, e as mudanças climáticas estão aumentando a área de atuação deles”, afirma.

Embora o índice de letalidade registrado no mundo esteja em cerca de 0,04% dos casos, abaixo do teto esperado (0,05%), a Opas considera que é possível reduzir ainda mais os casos fatais.

Nossa prioridade é evitar mortes, e isso se faz com capacitação médica e educação da população para que ela esteja atenta aos sintomas e à progressão deles para casos graves. Os países precisam colaborar uns com os outros para dividir estratégias de sucesso”, completou o diretor do departamento de Prevenção, Controle e Eliminação de Doenças Transmissíveis da Opas, Sylvain Aldighieri.

Vacinação contra dengue só funcionará a médio prazo

Segundo informou o Metrópoles, os especialistas da instituição apontaram que embora a vacina Qdenga seja uma mudança de paradigma na prevenção da doença, seus resultados só aparecerão daqui a oito anos, quando houver uma grande proporção de pessoas imunizadas.

O gerente executivo do Programa Especial Integral de Imunização da Opas, Daniel Salas, ressaltou que a vacina seguirá sendo usada como forma complementar de prevenção e não será protagonista do combate à dengue mesmo quando for possível produzi-la em larga escala.

A vacina que temos é desbalanceada. Quando ela foi testada, os sorotipos 3 e 4 não eram frequentes como agora, então precisaremos de tempo para entender sua eficácia. Além disso, ela previne hospitalizações, mas não é uma garantia de que a população não voltará a ter dengue”, destacou ele.

Barbosa explicou durante a coletiva que o imunizante criado pelo Instituto Butantan, de São Paulo, teve resultados prévios mais interessantes, mas ainda demorará a chegar ao público. “Esta vacina terá a vantagem de ser dose única e poderá ser produzida em maior quantidade, mas só teremos seus resultados finais em 2025”, afirmou.

Wolbachia: o combate ao mosquito

As esperanças da Opas para deter o avanço da dengue estão no combate ao mosquito. Além da estratégia de evitar manter lixo nas ruas e depósitos de água parada, conhecidas formas de prevenir a reprodução do Aedes aegypti, os especialistas apostam que o uso da bactéria Wolbachia poderá ajudar a virar o jogo contra o agente transmissor da dengue.

A bactéria atrasa o desenvolvimento de ovos de Aedes, dificultando o desenvolvimento de mosquitos e a sua chegada à idade adulta, reduzindo assim a transmissão das doenças relacionadas a ele.

“Sem dúvida, está é uma das formas mais avançadas de controle da doença que temos, mas neste momento não teríamos a possibilidade de usá-la em larga escala. Estamos em estudos pilotos ainda, mas é um desejo da Opas ampliar as áreas destas pesquisas”, concluiu Aldighieri.

Deu no Portal da 96

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Veja remédios contraindicados em caso de suspeita de dengue

 

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) alerta para os remédios contraindicados em caso de suspeita da doença. O presidente da SBI, Alberto Chebabo, citou o ácido acetilsalicílico, ou AAS, conhecido popularmente como aspirina, entre os não recomendáveis, por se tratar de medicação que age sobre plaquetas.

– Como já tem uma queda de plaquetas na dengue, a gente não recomenda o uso de AAS – disse o médico.

Corticoides também são contraindicados na fase inicial da dengue.

Segundo Chebabo, como a dengue é uma doença viral, para a qual não existe antiviral, os sintomas são tratados. O tratamento básico inclui analgésico, antitérmico e, eventualmente, medicação para vômito. Os principais sintomas relacionados são febre, vômito, dor de cabeça, dor no corpo e aparecimento de lesões avermelhadas na pele.

O infectologista advertiu que, se tiver qualquer um dos sintomas, a pessoa não deve se medicar sozinha, e sim ir a um posto médico para ser examinada.

– A recomendação é procurar o médico logo no início, para ser avaliada, fazer exames clínicos, hemograma, para ver inclusive a gravidade [do quadro], receber orientação sobre os sinais de alarme, para que a pessoa possa voltar caso tais sinais apareçam na evolução da doença.

Os casos devem ser encaminhados às unidades de pronto atendimento (UPAs) e às clínicas de família.

SINTOMAS GRAVES
Entre os sinais de alarme, Chebabo destacou vômito incoercível, que não para, não melhora e prejudica a hidratação; dor abdominal de forte intensidade; tonteira; desidratação; cansaço; sonolência e alteração de comportamento, além de sinais de sangramento.

– Qualquer sangramento ativo também deve levar à busca de atendimento médico – alertou.

No entanto, a maior preocupação dever ser com a hidratação e com sinais e sintomas de que a pessoa está evoluindo para uma forma grave da doença.

Com informações Agência Brasil

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Ministra de Lula culpa o clima pela dengue e afirma que a vacina não será a solução

 

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, voltou a responsabilizar as “mudanças climáticas” pela epidemia de dengue no Brasil, nesta quarta-feira, 20. De acordo com dados da pasta, o Brasil alcançou ontem 1,8 milhão de casos da doença, um recorde histórico, além de 561 mortes.

Sobre a falta de doses para toda a população, Nísia disse que nenhum país tem em abundância a vacina japonesa Qdenga, a mais conhecida até o momento. Dessa forma, o governo federal está incentivando a produção nacional, por meio do Instituto Butantan. Não há, porém, data para um cronograma ser divulgado. “Está em processo, mas não temos ainda a definição precisa de quantas doses poderão ser produzidas, pois há várias questões técnicas que não vou comentar”, disse.

A ministra, contudo, disse que o imunizante em si não será o responsável por mitigar a crise sanitária. “A vacina é um instrumento importantíssimo a médio e longo prazo, mas não é a solução para essa epidemia, ainda mais uma que é aplicada em duas doses com intervalo de três meses”, disse, durante entrevista coletiva prevista para as 11 horas, mas que ocorreu quase uma hora depois.

“Parece que todos os problemas de saúde foram antecipados neste ano”, observou a ministra. “Isso não é por acaso. Tem a ver com fatores climáticos e ligados aos próprios vírus.” Nísia Trindade ficou pouco tempo e deixou cinco técnicos na mesa para apresentar dados e solucionar dúvidas.

Deu na Revista Oeste

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Dengue atinge recorde histórico no Brasil com mais de 1,8 milhão de casos em 2024

 

Em apenas 78 dias, desde o início de 2024, o Brasil atingiu um recorde histórico de dengue, com 1.889.206 casos prováveis da doença até os registros desta segunda-feira, 18. Os números são do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, pasta comandada pela socióloga e ex-presidente da Fiocruz, Nisia Trindade.

De acordo com a plataforma que organiza os dados da doença no país, sob governo do petista Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil já totaliza 561 mortos pela dengue; esse número equivale a 51,2% do total de óbitos registrados em todo o ano de 2023, que foi de 1.094.

Outras 1.020 mortes ainda estão sendo investigadas pelo Ministério da Saúde.

Em quase três meses, a situação atual é 11,8% maior do que o drama da dengue enfrentado pela população brasileira em 2015.

Naquele ano, o Brasil teve o maior número de casos até então, 1.688.688. Era governo da petista Dilma Rousseff e houve troca de ministros na pasta da Saúde: Arthur Chioro deixou o cargo em outubro; Marcelo Castro assumiu em meio à crise.

Deu na Revista Oeste