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PF apura corrupção no Dnit e obras superfaturadas em R$ 2 bilhões

 

A Polícia Federal deflagrou, na manhã desta segunda-feira (24/4), com apoio do Ministério Público Federal (MPF), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Controladoria-Geral da União (CGU), a Operação Pares do Rei. O objetivo da ação é aprofundar as investigações dos crimes relacionados à execução de obras rodoviárias no norte de Minas Gerais, que causaram prejuízo ao erário e à população usuária das estradas da região.

O nome da operação relaciona-se ao fato de se apurar, nesta fase, o envolvimento de pessoas físicas e empresas que participavam do esquema possivelmente auxiliando um fiscal de obras do Dnit.

Dezesseis policiais federais cumprem cinco mandados de busca e apreensão nos municípios de Guaratinguetá (SP), Botumirim (MG) e Montes Claros (MG), além do afastamento do sigilo fiscal de 22 investigados e do sigilo bancário de 23 pessoas físicas e jurídicas.

Os envolvidos poderão responder pelos crimes de peculato, corrupção, fraude à licitação, falsidade ideológica, organização criminosa e lavagem de dinheiro, cujas penas máximas somadas chegam a 51 anos de prisão.

Operação começou em 2019

A Operação BR-090, iniciada em agosto de 2019, vem desarticulando organizações criminosas que agem dentro do Dnit em Minas Gerais com o objetivo de desviar recursos das obras executadas pelo órgão. Foram identificados indícios de fraude ao caráter competitivo dos processos licitatórios, recebimento de vantagens indevidas, superfaturamento em obras públicas e execução de serviços de baixa qualidade.

Até o momento, no decorrer das oito fases da Operação BR-090, foram verificados contratos de obras rodoviárias que perfazem um total de quase R$ 2 bilhões. Três inquéritos, decorrentes das referidas fases, foram relatados pela Polícia Federal, com respectivas denúncias pelo Ministério Público Federal, por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco).

Quatro empresas foram punidas por meio de processo administrativo de responsabilização e três servidores demitidos em função de processos administrativos disciplinares conduzidos pela Controladoria-Geral da União.

A PF ressaltou que ainda estão sendo concluídos os levantamentos dos valores de recursos públicos desviados no decorrer das apurações na Operação BR-090. No entanto, contabilizando o que já foi apurado até o momento e considerando o custo médio gerencial de manutenção estimado pelo Dnit, verificou-se que, com o montante desviado, seria possível a realização da manutenção de aproximadamente 2.100 km de rodovia por um ano.

A fase Rei do Norte, deflagrada em agosto de 2021, teve como foco principal a atuação da organização criminosa com ação na região de Montes Claros. O exame técnico do material apreendido está ocorrendo por meio de análise pericial de material extraído de algumas rodovias numa atuação articulada entre o Setor Técnico Científico da Superintendência da Polícia Federal em Minas Gerais, a Diretoria Técnico-Científica (DITEC) da Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União.

No âmbito da investigação dessa última fase, foram verificados indícios de pagamento indevido de vantagens e favorecimento de servidores a uma das empresas contratadas.

Impacto Social

As rodovias da região norte do Estado de Minas Gerais formam o principal meio de acesso do Sudeste do país para o Nordeste, e vice-versa.

Além do já apurado superfaturamento das obras, a identificação das pessoas físicas envolvidas possibilita sua punição e, consequentemente, a realização de obras de maior qualidade e menor custo, destacou a PF.

Deu no Metrópoles

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CGU restringe divulgação de visitas de Lula e Alckmin

Lula

 

Controladoria-Geral da União (CGU) publicou nesta segunda-feira, 17, no Diário Oficial da União, regras mais rígidas para a divulgação de visitas em residências oficiais.

A portaria assinada pelo ministro Vinícius Marques definiu 12 premissas que serão seguidas pela administração pública.

“Os registros de entrada e saída de pessoas em residências oficiais do presidente e do vice-presidente da República são informações que devem ser protegidas por revelar aspectos da intimidade e da vida privada das autoridades públicas e de seus familiares”, determina o ministro.

A portaria ressaltou que serão divulgadas apenas as agendas oficiais “as quais têm como regra a publicidade ou se referirem a agentes privados que estejam representando interesses junto à Administração Pública”.

A publicação ainda estabeleceu novas regras para a divulgação de informações via Lei de Acesso à Informação.

Conforme a portaria, os processos de militares deverão ter a mesma transparência de servidores civis; informações curriculares sobre servidores devem ser tornadas públicas; e que “o fundamento ‘informações pessoais’ não pode ser utilizado de forma geral e abstrata para negar pedidos de acesso a documentos ou processos que contenham dados pessoais”.

Há três meses, a CGU divulgou 565 visitas que a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro recebeu no Palácio da Alvorada. Em janeiro, o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, foi às redes sociais também anunciar o fim do sigilo sobre as visitas de Jair Bolsonaro na residência oficial.

Deu na Oeste

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Mais de 60 mil filhas solteiras de ex-servidores recebem pensão de até R$ 39 mil

Conforme a CGU, 4 mil mulheres burlaram a legislação que lhes garantiu o benefício

 

Por serem solteiras, mais de 60 mil filhas de ex-servidores públicos recebem pensão de até R$ 39 mil por mês. A despesa custa aos cofres públicos, por ano, R$ 3 bilhões, informou levantamento da Controladoria-Geral da União (CGU), publicado nesta segunda-feira, 27, pelo jornal O Estado de S. Paulo.

Conforme a CGU, 4 mil mulheres burlaram a legislação que lhes garantiu o benefício, e seguem com a mesada. O pente-fino da CGU cruzou dados de cartórios de todo o país e descobriu que 2,3 mil se casaram ou mantêm união estável. Outras 1,7 mil ingressaram no serviço público. As duas condições são vetadas pela lei. Os pagamentos irregulares custam R$ 145 milhões por ano.

Entre as beneficiárias está Georgiana de Moraes, filha do músico e compositor Vinicius de Moraes, que também foi diplomata. Em união estável, a mulher ganha R$ 13 mil mensais. Ela conseguiu o direito de ser bancada pelos pagadores de impostos em 9 de julho de 1980, quando seu pai morreu.

Além de Georgiana, sua irmã, Maria de Moraes, também se vale do benefício. Ela recebe pensão pela morte de Moraes desde os 10 anos. Hoje, com 53 anos, o valor do benefício é de R$ 13,6 mil.

Georgiana, Maria e filhas supostamente solteiras tiveram a pensão cancelada em 2016, depois de uma auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU) considerar irregular o pagamento a mulheres que possuíssem renda própria, como emprego na iniciativa privada ou uma atividade empresarial, por exemplo. Georgiana é psicóloga, cantora e empresária. Maria também é empresária, nas áreas de cultura e de publicidade.

A decisão do TCU foi suspensa menos de dois anos depois pelo ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal. O ministro argumentou que o TCU não poderia retirar um benefício previsto em lei e determinou a volta do pagamento a filhas de servidores, mesmo se elas trabalhassem. Com isso, a mesada foi retomada, e as beneficiárias também receberam valores retroativos ao período — no caso das filhas de Vinícius de Moraes, a soma foi de cerca de R$ 400 mil.

Deu na Revista Oeste

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CGU de Lula põe fim ao setor de combate à corrupção

Ministro Vinícius de Carvalho, da CGU, ao lado de Luiz Inácio Lula da Silva

 

O governo Luiz Inácio Lula da Silva diluiu o setor da Controladoria-Geral da União (CGU) que atuava no combate à corrupção.

O órgão já extinguiu a Secretaria de Combate à Corrupção e rebaixou a Diretoria de Operações Especiais a uma coordenação. O setor de operações especiais, que integrava a extinta secretaria, promove investigações de combate a desvios e mau uso de recursos públicos.

Parte das atribuições da Secretaria de Combate à Corrupção foi deslocada para a recém-criada Secretaria de Integridade Privada, que incentiva boas práticas no setor privado, para prevenir irregularidades.

Outra parte do antigo setor de combate à corrupção foi deslocada para a Secretaria Federal de Controle Interno, que é responsável pelas auditorias. É num gabinete dentro dela que foi lotada a área de operações especiais. Até o momento, não foi nomeado um coordenador titular, e o posto está sendo ocupado por um substituto.

A remodelação da CGU está sendo feita sob o comando do ministro Vinícius de Carvalho. Oficialmente, o órgão afirma que, mesmo com a mudança, a função de combate à corrupção “permeia todo o trabalho da Controladoria-Geral da União”.

Ainda segundo a CGU, houve uma reorganização de áreas que estavam dispersas, e agora elas passam a atuar em vertentes complementares. O ministério afirma que isso ajuda o órgão a “atuar na promoção da integridade privada e na prevenção, na identificação e na responsabilização de atos de corrupção”.

A CGU é o órgão responsável pelo controle interno do governo federal. Tem como funções a atuação na defesa do patrimônio público, na prevenção e no combate à corrupção e no incremento da transparência de gestão.

Deu na Revista Oeste

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CGU retira sigilo de processo que envolve Eduardo Pazuello

 

A Controladoria-Geral da União (CGU) deu prazo de 10 dias para que o Comando do Exército libere acesso ao inteiro teor dos documentos que tratam do processo disciplinar que envolveu o ex-ministro da Saúde e general Eduardo Pazuello. Em 2021, já fora do cargo de ministro, mas ainda general da ativa, Pazuello participou de um ato político ao lado do então presidente Jair Bolsonaro, no Rio de Janeiro, onde subiu no palanque do mandatário.

Na época, o país vivia ainda um dos piores momentos da pandemia de covid-19. O código de conduta militar, impede a participação de militares da ativa em atos de caráter político-partidário sem autorização do Comando.

O caso acabou ensejando a abertura de um processo administrativo contra Pazuello, que acabou sendo absolvido de infração disciplinar. Os autos desse processo, mesmo encerrado, acabaram sendo classificados com sigilo de 100 anos. Desde então, o Exército vinha se negando, em pedidos de acesso, como base na Lei de Acesso à Informação (LAI), a liberar esse conteúdo.

De acordo com parecer da CGU, como a transparência é regra e o processo em questão já foi encerrado, os autos deveriam ser tornados públicos. Como a Controladoria é órgão revisor sobre classificações de transparência de documentos públicos, a decisão agora deverá ser cumprida pelo Exército, ressalvado o tarjamento de informações pessoais e dados biográficos de Pazuello, que são protegidos de exposição.

Com informações Agência Brasil

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Brasil tem 8.674 obras paralisadas; lista inclui construções das gestões anteriores de Lula e de Dilma

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante Lançamento do Minha Casa, Minha Vida em Santo Amaro (BA)

 

O Brasil terminou o ano de 2022 com 8.674 obras públicas paralisadas em todo o país, de acordo com o painel de dados feito pelo Tribunal de Contas da União (TCU). O conjunto, iniciado em 2018, aponta obras que se arrastam desde 2007, por exemplo, quando o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) iniciava seu segundo mandato. O valor total dessas obras é de R$ 27,22 bilhões, segundo o órgão.

O tribunal aponta o mau planejamento – decorrente de projetos básicos deficientes, falta de contrapartida e falta de capacidade técnica dos executores dos empreendimentos – como a principal causa para uma obra não ser concluída. “Chegou-se à conclusão de que o mau planejamento dos empreendimentos é o principal fator de paralisação de obras tanto de baixo como de alto valor”, aponta o órgão.

A área que possui a maior quantidade de obras paralisadas é a educação (3.993), como escolas e creches inconclusas. Depois vêm infraestrutura e mobilidade urbana (569), com pavimentação de vias e recapeamento parados; e esporte (480), com ampliação de campo de futebol e construção de quadra poliesportiva sem terminar.

Na sequência, vêm turismo (449), com a construção paralisada de portais em entradas de municípios e reforma de teatros; saneamento (407), com projetos de drenagem e de estabelecimento de água não terminados; e saúde (289), com unidades básicas e hospitais ainda a serem concluídos.

Obras

O Nordeste é a região que mais concentra construções inacabadas: 4.169, seguido de Norte (1.543), Sudeste (1.351), Centro-Oeste (847) e Sul (764), ainda segundo os dados do painel do TCU.

Uma das obras paralisadas apontadas pelo TCU no setor de habitação fica em Alagoinhas, na Bahia, cujo valor do convênio é de 13 milhões. A vigência teve início em 2007, segundo mandato de Lula à frente da Presidência da República, e até hoje não foi entregue. A causa da paralisação é relacionada à dificuldade financeira da empresa contratada.

O órgão aponta também outra obra habitacional antiga, que teve início em 2008, em Belém, no Pará. O valor do convênio para construção de 276 unidades habitacionais e urbanização em um residencial da cidade é de R$ 10 milhões. A vigência do contrato foi atualizada para 2024.

Na lista feita pelo TCU, há ainda construções paralisadas do governo de Dilma Rousseff (PT). Uma delas é referente às obras de produção de 150 unidades habitacionais pelo Minha Casa, Minha Vida, em Itororó, na Bahia. O início de vigência do contrato é de outubro de 2011 e deve ser concluído apenas no final do primeiro semestre deste ano. O valor do projeto é de R$ 7 milhões. A causa do atraso é está relacionada à dificuldade técnica do tomador, no caso, o Executivo.

Deu no R7

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CGU decide retirar sigilo de cartão de vacinação de Bolsonaro

 

A CGU (Controladoria-Geral da União) decidiu retirar o sigilo do cartão de vacinação do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

A expectativa no governo é que, até sexta-feira (17), o órgão autorize o Ministério da Saúde a fornecer os dados a quem solicitá-los via Lei de Acesso à Informação (LAI).

Em meados de janeiro, a pasta da Saúde negou à imprensa o acesso aos dados do cartão de vacina de Bolsonaro. Veículos de comunicação, no entanto, recorreram à CGU.

Indicação do ministro da CGU

Em entrevista à coluna Guilherme Amado, do Metrópoles, nesta semana, o ministro do CGU, Vinícius de Carvalho, deu uma indicação da decisão.

O ministro da CGU afirmou que a divulgação de um cartão de vacina de um presidente em meio a uma pandemia é diferente de uma questão íntima de saúde.

“Quando você fala de saúde, você normalmente está lidando com um caso relacionado à privacidade das pessoas. Só que, quando você está falando de vacinação, você está falando de uma política pública no meio de uma pandemia. Uma agenda de saúde pública”, afirmou Vinícius de Carvalho.

O chefe da CGU lembrou ainda que, no caso específico de Bolsonaro, é preciso levar em conta que o próprio ex-presidente declarou não ter se vacinado contra a Covid-19.

“Se essa preocupação de intimidade é algo assim tão relevante, a pessoa pode dizer: ‘Não vou falar, é da minha intimidade’. Então, uma coisa para ser problematizada é a distância que existe entre uma declaração e um cartão de vacina. E aí também um contexto histórico que se vivia naquele momento em relação a esse tema”, emendou o ministro.

Fonte: Metrópoles

Economia

AGU devolveu mais de R$ 760 bilhões aos cofres públicos em 2021

 

No ano passado, a Advocacia-Geral da União (AGU) reverteu mais de R$ 761 bilhões para os cofres públicos. Foram 14,8 milhões de processos enfrentados pelo órgão, com 62,6% de taxa de sucesso judicial.

Os dados foram divulgados pelo advogado-geral Bruno Bianco, que concedeu entrevista à TV Brasil neste último domingo (29).

“Evitar que os cofres públicos percam dinheiro, fazer acordos de leniência, ganhando um processo judicial, evitando que alguém que entre com ação contra a União, atuando em questões previdenciárias, questões de petróleo e gás natural, dando parecer em questões de infraestrutura… Além de exitosas, essas ações evitam que a União perca dinheiro, e a AGU traz um ressarcimento”, declarou Bianco.

Uma das formas de recuperar recursos, na avaliação do ministro, é o chamado acordo de leniência.

“No período da [operação] Lava-Jato as delações premiadas ficaram muito famosas. O acordo de leniência é como se fosse uma delação premiada, mas para pessoas jurídicas, uma empresa que foi pega em corrupção. A AGU, em conjunto com a CGU [Controladoria-Geral da União], traz o direito conciliatório, a empresa admite a culpa, paga uma multa, transformando-a em pecúnia para o Estado”, acrescentou.

Bruno Bianco também comentou sobre o trabalho de assessoramento do governo federal na elaboração de atos normativos e sobre o desenvolvimento de atividades de mediação, conciliação e arbitramento, cujo objetivo é resolver administrativamente os litígios entre os órgãos e entidades do Executivo e, eventualmente, de outros Poderes e os Estados da Federação, evitando, assim, a intervenção do Judiciário.

Polícia

Operação apura irregularidades na contratação de empresas por prefeitura do RN

Uma operação foi deflagrada nesta quinta-feira (16) para apurar supostas irregularidades na contratação de empresas, por parte da Prefeitura de Passa e Fica, para realização do transporte escolar e na execução de pavimentação e drenagem de diversas ruas localizadas na zona urbana do município. O trabalho é conduzido pela Controladoria-Geral da União (CGU), em parceria com a Polícia Civil e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO/MPRN).
A ação foi batizada de Operação Ilicitação. O trabalho consiste no cumprimento de 16 mandados de busca e apreensão nos municípios de Natal, Parnamirim e Passa e Fica. O trabalho de campo conta com a participação de nove auditores da CGU, de 70 policiais civis, de três promotores do Ministério Público do Rio Grande do Norte e de 40 servidores do GAECO/MPRN.
A investigação trata de apurar possíveis irregularidades envolvendo a terceirização do transporte escolar e a suposta contratação de empresas para execução de obras, provenientes de convênios celebrados com os Governos Federal e Estadual, em licitações direcionadas.
As informações colhidas pela CGU indicavam que o serviço de transporte de alunos havia sido superfaturado e subcontratado integral e ilegalmente. Já as obras teriam sido executadas com pessoal e maquinários fornecidos pela própria Prefeitura de Passa e Fica (RN), figurando o nome das empresas nos contratos e demais documentos tão somente para dar aparência de regularidade às contratações, segundo o órgão de fiscalização.
Segundo a CGU, os fatos apurados pela força-tarefa demonstraram que na execução de convênios federais e estaduais, notadamente em pavimentações de ruas localizadas no município, bem como na construção do Terminal Turístico do Alto da Timbaúba, foram perpetradas diversas irregularidades, tais como: direcionamento em licitações, fraudes na execução dos contratos, sobrepreços nos quantitativos realizados e a subcontratação integral dos serviços licitados.
Também foram confirmados os ilícitos envolvendo o transporte de alunos, a execução da pavimentação em ruas de acesso ao Terminal Turístico do Alto da Timbaúba e a do loteamento Caminhos da Serra – essa última teve como objetivo valorizar loteamentos privados de pessoas ligados à Prefeitura, além de culminar na caracterização dessa área como expansão urbana.
Os valores envolvidos (recursos federais, estaduais e municipais) superaram o montante de R$ 2,67 milhões, culminando num prejuízo potencial de aproximadamente R$ 1 milhão.
A CGU avaliou que os desvios de recursos públicos decorrentes dos convênios federais e estaduais firmados pela Prefeitura de Passa e Fica comprometem a execução de outras ações em áreas essenciais, como saúde e educação, que deveriam proporcionar o bem-estar da população do município, principalmente aqueles mais vulneráveis.
Denúncias
 
A CGU, por meio da Ouvidoria-Geral da União (OGU), mantém a plataforma Fala.BR para o recebimento de denúncias. Quem tiver informações sobre esta operação ou sobre quaisquer outras irregularidades, pode enviá-las por meio de formulário eletrônico. A denúncia pode ser anônima, para isso, basta escolher a opção “Não identificado”.
Política

Desvio de verba para a Covid-19 pode chegar a R$ 300 milhões; RN está entre os estados roubados

 

Segundo dados obtidos com exclusividade pela CNN, um levantamento da Controladoria-Geral da União aponta que o prejuízo em desvio de recursos para a Covid destinados a estados e municípios pode chegar a R$ 300 milhões.

 

Durante a pandemia, houve um aumento de operações de combate à corrupção pelo País. O ano de 2020 alcançou o maior número da série histórica, desde 2003, com 97 operações, das quais 47 relacionadas a verbas para o enfrentamento à Covid, aponta o estudo. Em 2021, ocorreram mais 57 operações, das quais 31 envolveram dinheiro da pandemia.

 

As operações ocorreram desde abril de 2020 nos estados da BA, MT, MA, ES, SP, RN, CE, PA, PB, AL, SE, PI, AC, GO, MG, AM, RJ, RR, TO, RO, PE, AP, RS, DF e foram realizadas com a ajuda da Polícia Federal.