Política

Fátima deixou de pagar R$ 460 milhões em empréstimos entre 2019 e 2022

 

A gestão da governadora Fátima Bezerra (PT) deixou de pagar, entre 2019 e maio deste ano cerca de R$ 460 milhões referentes a parcelas de empréstimos. Durante todo este período, a conta foi bancada pelo governo federal, fiador nos contratos e que tem o direito de descontar os valores cobertos por meio de bloqueio de verbas futuras ou do débito em repasses.

Entretanto, neste caso, o governo estadual está protegido por decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), que em julho de 2019, impediu a União de executar as chamadas “contragarantias”, conforme informações do Portal da 98 FM.

De acordo com o governo do Estado, em abril, ele retomou o pagamento dos empréstimos e da dívida junto ao governo federal.

Só em junho deste ano, segundo a gestão, foram pagos R$ 65 milhões em parcelas de financiamentos – dos quais R$ 40 milhões foram referentes ao acordo de empréstimo com o Banco Mundial (Programa Governo Cidadão).

“Havia uma liminar expedida pela Justiça que impedia a União de executar as contragarantias de empréstimos e dívidas, mas o Governo do Estado renunciou a essa liminar, ressalte-se, e retomou o pagamento dos empréstimos e renegociamos o pagamento da dívida com a União”.

A gestão estadual informou ainda que, com a retomada dos pagamentos regulares, houve uma negociação para o acerto de contas dos últimos três anos.

O governo do Estado se comprometeu a pagar ao Governo Federal R$ 450 milhões (98% da dívida) pelos próximos 360 meses, ou seja, 30 anos.

Em seu site oficial, o Tesouro Nacional descreve o atual cenário em que é obrigado a honrar dívidas dos estados e municípios. Em 2021, a União teve de arcar R$ 8,96 bilhões em dívidas de governos estaduais e prefeituras.

“Esse crescimento das honras de garantia sem a correspondente recuperação das contragarantias tem como efeito final o aumento das despesas financeiras do governo federal”, afirmou.

“Assim, os ‘calotes’ de alguns entes são transferidos para todo o País, seja pela necessidade de aumentar impostos, pagos por todos; seja pela redução da capacidade de investimentos, a exemplo de cortes em setores como saúde, educação, segurança pública e infraestrutura. Na prática, a conta acaba sendo dividida e paga por cada cidadão brasileiro”, informou.

Veja quanto o RN deixou de pagar entre 2019 e maio de 2022
2019: R$ 139,41 milhões
2020: R$ 148,28 milhões
2021: R$ 156,98 milhões
2022 (até maio): R$ 15,5 milhões

Informações da 98 FM

Política

Após calote, marqueteiro da campanha de Dilma cobra mais de 6 milhões do PT

O marqueteiro João Santana, hoje na campanha de Ciro Gomes (PDT), está cobrando do Partido dos Trabalhadores uma dívida de R$ 3,9 milhões por serviços de “consultoria estratégica, criação visual, produção de conteúdo, produção tecnológica e esforços de publicidade e propaganda nas mídias digitais do PT”, relativos à campanha de reeleição de Dilma Rousseff em 2014. O valor corrigido ultrapassa R$ 6,3 milhões.

A ação de cobrança por inadimplência, que começou há cinco anos na Justiça de São Paulo, chegou a Brasília. A defesa de Santana obteve decisão favorável na primeira instância, com o reconhecimento da dívida, mas a legenda recorreu.

A disputa judicial levou à penhora temporária do valor na conta do partido, mas os advogados do PT conseguiram desbloquear o valor sob alegação de “impenhorabilidade” dos fundos partidário e eleitoral.

Os advogados do marqueteiro recorreram novamente, questionando a decisão, uma vez que os recursos públicos entregues aos partidos, via orçamento, são direcionados à quitação de despesas partidárias e de campanha.

Impedir a penhora para quitação de uma dívida eleitoral, portanto, não faz sentido, pois seria um salvo conduto para a inadimplência de todos os partidos. Caso tenha sucesso, Santana poderá provocar um pequeno abalo nas contas da pré-campanha de Lula, seu ex-chefe.

Com informações de O Antagonista